sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

PT e PSDB fizeram acordo de cavalheiros – e o PMDB se beneficia




Houve acordo no mínimo tácito entre petistas e tucanos sobre as linhas dos discursos feitos anteontem. Aos tucanos, em frangalhos, interessava serem classificados como a alternativa ao PT. Querem chegar às próximas eleições com alguma autonomia de voo, e o fato de serem escolhidos como principais adversários do partido mais forte fez com que batessem asas de alegria. Ao PT, era conveniente valorizar um adversário sem muito futuro, mais fácil de derrotar e que garantisse mais brilho à sua estrela. Por trás dos panos, o arrulhar da pomba do PSB. Tanto petistas quanto tucanos querem evitar que Eduardo Campos alce (epa!) voo, o que é bem justo. Para o PT foi mais fácil. O partido está de bem com a vida e teve uma boa oportunidade de mostrar sua unidade e de que está mais do que disposto a enfrentar os ataques incessantes da mídia. Seus discursos foram coerentes, entusiasmados e trouxeram boa comparação com os tucanos. Do lado tucano, representado pelo cambaleante Aécio, o gorjeio foi mais fraco, mas serviu para garantir fôlego junto à mídia. Quem ficou na moita, prestando atenção a tudo que estava no ar, foram os peemedebistas, fortalecendo-se ainda mais para 2014. Não é que eles pretendam abandonar o barco petista – longe disso! –, mas viram seu cacife aumentar para as eleições regionais – governos, senado, câmara e assembleias. Certamente continuarão como vice. Mas ganharão muito mais por isso.