quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Chávez: "Não contavam com minha astúcia..."

A dupla Uribe-Bush acaba de receber duro golpe político. Graças à sua incompetência na oposição irracional a Hugo Chávez, conseguiram tirá-lo da condição de simples negociador junto às Farc e transformá-lo em comandante de uma grande operação humanitária de alcance internacional. Era tudo que o presidente colombiano, Alvaro Uribe, não queria. Ao tentar roubar a cena de Chávez desautorizando-o nas negociações com as Farc, Uribe só fez projetá-lo ainda mais. A pressão interna (principalmente por parte das famílias dos colombianos seqüestrados) pró-Chávez aumentou e os guerrilheiros aproveitaram o momento para reforçarem imagem positiva de seu movimento junto à opinião pública internacional. Uribe agiu certo em ceder e aceitar a ação pirotécnica no meio da selva. Caso contrário, era bem capaz que povo colombiano quisesse trocá-lo por Chávez...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

E nasce o da Silva...

Não andava querendo falar sobre o bispo, dom Luiz Cappio, que fez greve de fome contra a chamada "transposição do São Francisco". Primeiro, porque confesso que ainda não entendi exatamente o que o bispo quer. Segundo, porque são tantas emoções envolvendo a celeuma que as razões acabam ficando em segundo plano. Recebi e-mails de amigos em defesa de dom Cappio, mas não me convenceram. Recebi um texto de Cesar Benjamin (ex-candidato a Vice-Presidente do PSOL) bastante interessante (apesar de carregado de emoção e de luta política) com a proposta de um milhão de cisternas, como alternativa à transposição do São Francisco. O argumento principal é de que, com a transposição, a água se evaporaria rapidamente e serviria basicamente à indústria da seca e ao hidronegócio, além de custar o dobro. Notei que o argumento de que o São Francisco ia acabar acabou. Mas gostei da proposta das cisternas - não como alternativa, mas para se somar à transposição, se isso é possível. Pronto, acabei falando do assunto, sem querer falar. Queria falar era sobre essa dualidade, essas duas "entidades" citadas por dom Cappio, o "Lula" e o "da Silva". Talvez ele pretenda contrapor o Luiz Inácio Lula da Silva "sonhador" que foi símbolo das lutas progressistas deste País e o Luiz Inácio Lula da Silva "realista" que ocupa a Presidência da República. Obviamente dom Cappio (um sonhador, parece) identifica-se com o "Lula" líder dos movimentos operários organizados do ABC paulista, admirado pelos movimentos das liberdades democráticas e venerado por toda a classe média progressista. Um nome importantíssimo nas conquistas sociais do Brasil. O "da Silva" a que se refere dom Cappio com razão é outro. Mas isso não quer dizer que "Lula" tenha morrido. Aquele "Lula" de pura emoção era importante para alavancar as lutas sociais. Agora ele chegou à idade da razão, à dura realidade de quem alcançou o poder de um país que ainda está bem longe de seus sonhos. "Lula" não morreu, mas nasceu o "da Silva". Mais perto do sentimento do povo, mais envolvido com a busca de soluções concretas, tendo que engolir sapos de todo tipo (até mesmo os sapos iguais a ele). Um não é melhor do que outro, fazem parte de um processo e devem ser vistos assim. Sinceramente, não vejo como ser muito diferente. Talvez possa melhorar um pouco aqui, avançar bastante acolá, mas na essência seria tudo igual. Precisamos de muitos e muitos "Lulas", mas não podemos abrir mão dos "da Silva" que nascerão em seguida. É melhor ter na Presidência um "Lula da Silva" do que um "Lula de Cappio".

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Carta de não-Natal

Desculpem, o clima é de festa. Mas essaa carta enviada ao Globo Online me emocionou. Diz a reportagem: "A família Ronca Cavalcanti se prepara para o primeiro Natal sem o filho caçula, Hugo, morto no Alto Leblon. A mãe do menino, Sandra, enviou uma carta ao Globo Online em que desabafa, emocionada:
A bala que atingiu meu filho veio de cima. “Gostaria que houvesse menos armas, menos disparos, isso inclui os irresponsáveis disparos para cima. Gostaria que nossas crianças pudessem ser simplesmente crianças”. — Não vamos desmarcar nada. A família ficará toda junta e sabemos que o Hugo estará conosco. Este ano, só não poderemos abraçá-lo — disse ela. Sandra relata que, mesmo nos dias de maior agonia, acreditou no milagre da recuperação do filho até o último momento. “Os médicos me olhavam assustados, como quem pergunta: Mas a senhora entendeu mesmo o que está se passando? Entendi, sim, mas o que eu poderia fazer? Me desesperar? Isto estaria ajudando de alguma forma? Até o último momento, enquanto me era permitido, eu tinha que acreditar num milagre”, conta. A mãe de Hugo diz ainda que a agonia no Hospital Miguel Couto, da rede pública do município, onde o filho ficou internado, a fez refletir. “Vi, na realidade de um hospital público que acredito ser um dos que se encontram em melhor estado, pais sem dinheiro da passagem para visitar seus filhos, diversas talas improvisadas com papelão, pessoas caminhando segurando seu próprio soro, empurrando as macas de seus amigos, banheiros sem papel higiênico, papel toalha ou mesmo tranca”, descreve, para ressalvar que este não era o cenário do CTI infantil, “graças a Deus, bem aparelhado”. “Eu me perguntava o que leva pessoas que estão em cargos públicos com altos salários a desviar dinheiro da saúde, da educação ou do que quer que seja e tirar o mínimo de dignidade à qual estas pessoas têm direito”, escreveu Sandra. Ela acrescenta: “A pergunta que ecoa é: Pra quê? O que pensam os corruptos, como raciocinam ou mesmo se chegam a fazê-lo. Uma semana num hospital público em piores condições faria bem a eles, seria uma verdadeira lição de vida. Espero que alguns estejam lendo esta carta. A bala que atingiu meu filho veio de cima e é de cima que a sociedade gostaria de ver os melhores exemplos”. Sandra aproveita para agradecer a solidariedade e a corrente de orações pelo filho caçula: “É muito estranho, você de repente é ator de um filme, do qual não sabe o enredo, que é passado no momento exato em que está acontecendo”.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O Globo fala do "gulag caribenho"

Em um box de opinião que publica hoje, o jornal O Globo trata Cuba como "gulag caribenho", procurando uma associação com os "campos de trabalho corretivo" do período stalinista. Deve ter feito isso pensando na prisão americana de Guantánamo, que fica em Cuba - prisão, aliás, que parece superar muitíssimo em desumanidade as antigas prisões soviéticas... Será que O Globo vai fazer campanha contra Bush?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Eleições 2008 no Rio: afinal, Minc é ou não é candidato?

Tem gente que jura de pés juntos que o líder ambientalista do PT e atual Secretário do Meio Ambiente do Governo Sérgio Cabral, Carlos Minc, será o candidato petista (com apoio do PMDB) à Prefeitura do Rio. Pessoalmente, acho muito difícil. Mas em política nada é impossível. Aparentando estar alheio a tudo isso, ontem Minc aproveitava o restinho de fim de semana passeando na Estrada das Paineiras (que dá acesso ao Corcovado) e tomava banho de cachoeira. Disse ele que no momento procura acumular experiência administrativa (foi Deputado Estadual muitos anos) e que aposta na indicação do Deputado Alessandro Molon pelo PT.

Datafolha: em São Paulo e no Rio, prefeitos do DEM (ex-PFL) crescem em rejeição

Na Pesquisa Datafolha de avaliação de Prefeituras divulgada hoje pela Folha destacam-se o aumento da rejeição a Kassab (São Paulo, DEM - ex-PFL) e a César Maia (Rio de Janeiro, DEM - ex-PFL). Estão empatados tanto nos índices de "ruim/péssimo", com 31%, quanto nos índice de "aprovação", com 33%.A pesquisa aponta nos primeiros lugares de avaliação positiva Beto Richa (Curitiba, PSDB), com 75% de aprovação e Fernando Pimentel (Belo Horizonte, PT), com 63% de aprovação. Esses índices são muito importantes, porque os atuais prefeitos ou estão tentando a reeleição ou tentando fazer o sucessor.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Datafolha: 20 milhões saem da faixa de pobreza

A pesquisa Datafolha publicada hoje pela Folha mostra um fato incontestável: o Governo Lula tem trabalhado eficientemente pela redução da miséria em nosso país. Nesse sentido, não há como não apoiá-lo, independente das preferências partidárias. Claro que há alguns setores que podem se sentir prejudicados, certamente pertencentes às faixas sócio-econômicas privilegiadas. Mas é bom que se saiba que, mais adiante, a redução da pobreza beneficia a todos. Minimiza-se uma das causas apontadas pela violência, por exemplo. O setor produtivo cresce, os salários aumentam, as riquezas se distribuem melhor. Queremos que essa política - com ou sem CPMF - possa se intensificar, porque está na cara que ela está sendo boa para o Brasil. Veja a reportagem de Fernando Canzian:
Crescimento tira milhões das classes D e E. Cerca de 20 milhões entram na classe C em 5 anos, aponta Datafolha; movimento intensifica-se nos últimos 17 meses. Movimento sugere que, num primeiro momento, programas sociais elevavam padrão de vida; hoje, impulso vem da expansão econômica.
Nos últimos cinco anos e com forte aceleração a partir de meados de 2006, cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 16 anos migraram para a classe C. Eles vieram, em sua grande maioria, da classe D/E. Nos três primeiros anos e seis meses de governo Lula (janeiro de 2003 a junho de 2006), apenas 6 milhões de pessoas fizeram essa transição. Já nos últimos 17 meses (julho de 2006 a novembro passado), que coincidem com um período de recuperação mais robusta da economia, a travessia da classe D/E para a C envolveu cerca de 14 milhões de brasileiros. Os números são resultado de pesquisas Datafolha realizadas em três momentos: outubro de 2002 (pouco antes da posse de Lula), junho de 2006 e no final de novembro passado. Nos últimos cinco anos, a classe D/E encolheu de 46% do total da população para 26%. Já a C cresceu de 32% para 49%, reunindo hoje quase a metade dos eleitores do país -125 milhões de pessoas com mais de 16 anos. A classe A/B manteve-se praticamente estável. Seu tamanho oscilou de 20% para 23% do total da população. Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, "o movimento de ascensão da classe D/E deve continuar, muito apoiado na ampliação da oferta de crédito no comércio e no crescimento econômico". A classificação econômica usando as classes A/B, C e D/E é comum no mercado publicitário e entre as empresas. Ela visa segmentar o mercado levando em conta o poder aquisitivo. É obtida a partir da verificação de itens de consumo e seu número no domicílio dos entrevistados. Apura ainda o grau de instrução do chefe de família e se há empregado doméstico na residência. Esse tipo de classificação não reflete, necessariamente, uma melhora estrutural nas condições de vida do entrevistado. A aceleração da transição de membros da classe D/E para a C sugere que, se em um primeiro momento foram os programas sociais e previdenciários os responsáveis pela melhora de vida dos mais pobres, agora é o crescimento econômico que empurra os brasileiros para uma situação mais confortável. O PIB (Produto Interno Bruto) do país poderá crescer acima de 5% em 2007, sustentado por aumentos sucessivos no consumo, na produção, nos investimentos e na renda e com queda no desemprego. O maior número de pessoas que passaram a ter melhora econômica e mais acesso a bens e produtos pertence a famílias com renda de até dois salários mínimos (R$ 760). Nessa faixa de renda, os indicadores que classificam a classe D/E encolheram, nos últimos cinco anos, de 80% do total para 49%. Já a classe C cresceu de 16% para 45%. "Há um novo mercado interno sendo criado pela melhora na situação dos mais pobres. E a desigualdade cai visivelmente com o crescimento mais robusto da economia", afirma o economista Antonio Delfim Netto. Em termos regionais, a passagem da classe D/E para a C foi mais acentuada no interior do que nas regiões metropolitanas e maior no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste. Nessas regiões, os impactos do crescimento tendem a ser mais fortes, dado o número de pobres que concentram. No Sul, onde os programas sociais têm menor penetração, foi pequena a migração das classes D/E para a C nos três anos e seis meses iniciais de governo Lula. Mas, nos 17 meses seguintes, ela veio com força (a classe D/E encolheu de 30% para 18%), coincidindo com a recuperação do predominante setor agrícola na região. Nos Estados mais ricos do Sudeste, o encolhimento da classe D/E foi de 35% para 17%. Hoje, mais da metade (51%) da população da região pertence à classe C. Outros 31% estão na classe A/B.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Obama empata com Hillary Clinton

A surpresa do momento nas prévias americanas é a subida de Barack Obama nas pesquisas, chegando a empate técnico com Hillary Clinton em Iowa e New Hampshire, estados que dão a partida na corrida dos Democratas agora em janeiro. O Instituto Rasmussen mostra Hillary apenas 3 pontos na frente de Obama em Iowa e com três pontos atrás em New Hampshire. Ela continua à frente nacionalmente, mas uma resultado ruim nos primeiros estados pode influenciar o resto. Leia o Financial Times.

Países em desenvolvimento - incluindo Brasil - humilham Governo Bush

A BBC distribuiu notícia sobre o Encontro de Bali com o título "Acordo de Bali é vitória dos países em desenvolvimento". Veja trechos:

"Foi uma grande vitória dos países em desenvolvimento. O grupo dos 77 fez valer a sua grande maioria", afirmou o negociador-chefe do Brasil, embaixador Everton Vargas.

Na análise da organização ambientalista Greenpeace, o governo de George W. Bush "foi humilhado" pelos países em desenvolvimento.

"A administração Bush levou uma lição de humildade e foi envergonhada pela firme decisão dos países em desenvolvimento – China, Índia, Brasil, África do Sul – que vieram a Bali com propostas concretas para dar a sua participação nos esforços globais contra o aquecimento global", disse Ailun Yang, do Greenpeace chinês.

"Minha melhor obra foi ter tido tempo para pensar", disse Niemeyer. Que bom para nós que ele teve tempo. Tomara que tenha muito mais. Viva os 100 anos.

Alguém precisa prender o Bush por crime contra a humanidade

O mundo inteiro conhece as barbaridades que Bush tem cometido por toda parte. O Iraque, sem dúvida, é o exemplo mais visível. Mas existem também os crimes ocultos, as torturas inimagináveis praticadas principalmente fora do território americano, em locais como Guantánamo e outros presídios secretos e irregulares. Agora a Câmara de Deputados americana (de maioria Democrata) aprovou uma lei que proíbe a tortura (simulação de afogamento, simulação de fuzilamento, humilhação sexual, uso de cães e outros terrores que Bush chama de "métodos alternativos de interrogatório"). Ótima decisão dos parlamentares de lá, mas temos que lembrar que é um absurdo um país como os Estados Unidos precisar de uma lei específica para acabar com a prática da tortura. Se isso já é um absurdo, o pior vem agora: Bush promete vetar a lei!!! E o mundo vai ter que ficar calado? Cadê nossa mídia e nossos valorosos parlamentares que se levantam contra o Hugo Chávez? Todo mundo torce o nariz para Chávez, torce o nariz para Morales, torce o nariz para Lula, torce o nariz para Fidel, todo mundo diz que esses líderes agem como ditadores... e eu pergunto: ninguém abre a boca contra o "paladino da democracia" Bush? O mínimo que se deveria fazer seria invadir os Estados Unidos, prender Bush e julgá-lo por crimes contra a humanidade. Exatamente como ele fez contra Saddam. Mas sem torturá-lo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

CPMF: "Cedo demais para não esquecer"

Todo mundo sempre soube os verdadeiros objetivos da oposição. Mas é sempre bom registrar o que disse o presidente tucano pós-vitória no Senado, segundo Ilmar Franco, hoje, no Globo: "Guerra diz que a oposição atingiu seu objetivo: “desorganizar o governo”. A oposição precisava frear o Programa de Aceleração do Crescimento. Ano que vem tem eleições municipais". É verdade. O encontro está marcado para as próximas eleições municipais. Veremos com quem os votos vão se encontrar...

CPMF: quanto melhor, pior

A Oposição fez a bobagem que lhe é própria: decidiu atrasar o Brasil com o objetivo único de atrapalhar o Governo Lula. Vejam por exemplo o que escreve o Financial Times de hoje sobre o assunto: "Analysts say fiscal difficulties caused by the loss of the CPMF may delay a long-awaited decision by the main ratings agencies to promote Brazil to investment grade, opening the country’s assets to big institutional investors and, in theory, helping to drive growth by increasing the availability of cheaper credit to finance production". Ou seja: o fim da CPMF vai prejudicar a promoção do Brasil junto às agências de investimentos, retardando fluxos de investimentos que ajudariam nosso crescimento. Para a turma do "quanto pior, melhor", se as coisas vão bem para o povo, isso é ruim para para eles, porque foi obra do Governo Lula. Eles podem, com isso, começar a ter mais problemas de saúde eleitoral e nas próximas eleições serem reduzidos a pó.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A nova pesquisa CNI-Ibope é mais um alerta aos senadores da oposição

Atenção, Senador, na hora de votar contra a prorrogação da CPMF: você certamente estará contribuindo para aumentar a aprovação do Governo Lula. Confira na nova Pesquisa CNI-Ibope.

CPMF? Perdeu!

A oposição perdeu a batalha da CPMF. Não se trata apenas de ter ou não ter votos suficientes no 1º e no 2º turnos da votação no Senado. A oposição esticou demais a corda na tentativa de evitar que o Governo Lula aprovasse a prorrogação da CPMF e agora encontra-se em situação onde ou perde ou perde. Se o Governo conseguir os 49 votos (o mais provável), vai humilhar imediatamente a oposição que tanto fez pra nada. Os governadores tucanos é que ficarão felizes - o Governador Arruda (DF, DEM, ex-PFL) mais ainda. Se a oposição conseguir os votos necessários para impedir a prorrogação da CPMF, vai querer mostrar que saiu vitoriosa politicamente. Haverá comemorações no plenário, discursos, muitos depoimentos na mídia. Mas será uma vitória de Pirro. A oposição conseguirá que a marca "não gosto de pobre" que carrega na testa torne-se indelével. O prejuízo da oposição nas próximas eleições municipais será monumental. E os seus governadores ficarão em má situação, principalmente os que têm ambições presidenciais. O único que terá certeza de que se saiu vitorioso é Fernando Henrique que jogou todas as fichas no "quanto pior, melhor". Pior pra ele.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Tristeza na Casa Branca: Bush perde o título de maior enrolador do mundo

Leia a noíticia distribuída pela Reuters:
Técnico inglês vence Bush e ganha prêmio de maior enrolador. Por Paul Majendie. LONDRES (Reuters) - O ex-treinador da seleção inglesa de futebol Steve McClaren bateu a forte concorrência do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e ganhou o prêmio "Pé na Boca", dado todos os anos pela campanha Inglês Simples para os mestres da enrolação linguística. A declaração dele sobre o jogador Wayne Rooney garantiu a honraria: "Ele é inexperiente, mas é experiente em termos de tudo por que passou". Bush ficou em segundo lugar, com a frase: "Tudo o que posso contar é que, quando o governador liga, eu atendo o telefone dele". Segundo Ben Beer, representante da campanha, o prêmio para Bush era óbvio. "Ele aparece com as suas todo dia", disse ele à Reuters. O objetivo do prêmio é combater a enrolação e os jargões incompreensíveis. McClaren, demitido do cargo com a desclassificação da Inglaterra para a Eurocopa, está em boa companhia: entre os vencedores passados estão a modelo Naomi Campbell, o ator Richard Gere e o ex-secretário da Defesa dos EUA Donald Rumsfeld. "Temos entre 40 e 50 exemplos por semana, a maioria de documentos britânicos. A imprensa, incluindo as propagadas, está repleta de jargões", disse Beer à Reuters. A campanha foi fundada em 1979 por Chrissie Maher, que só aprendeu a ler e escrever aos 14 anos. Seus fiscais antijargão agora atacam os excessos verbais do oficialismo e dão aulas para burocratas, banqueiros e advogados. "Houve algum avanço ao longo dos anos, mas ainda há um longo caminho. Este é o 29o ano da campanha. Não há nenhuma chance de estarmos extintos num futuro próximo."

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Eleições 2008: no Rio, Benedita volta a entrar no páreo

O PT do Rio tem pelo menos 5 nomes como pré-candidatos a Prefeito: Alessandro Molon, Benedita da Silva, Carlos Minc, Edson Santos e Vladimir Palmeira. O nome que mais está sendo testado nas pesquisas, o do Deputado Edson Santos, tem patinado nos índices entre 1% e 3%. Ninguém acredita na candidatura de Vladimir e o Secretário do Meio Ambiente Carlos Minc, um nome bem aceito, está quase convencendo a todos que não é mesmo candidato. O nome do Deputado Molon, com forte apoio da Igreja Católica e com grande inserção na classe média, é o mais badalado do momento. A Secretária de Ação Social Benedita da Silva estava sendo descartada. Argumentava-se que ela mantinha-se pré-candidata apenas como barganha e que não teria nem força na estrutura partidária nem apoio do Governador Sérgio Cabral (PMDB). Dois fatos recentíssimos teriam alterado essa percepção. Primeiro, que o seu grupo teria tido desempenho surpreendente nas eleições para as direções municipais, estadual e nacional do PT (aguardo números detalhados que me foram prometidos para confirmação). Segundo, que Benedita teria comunicado formalmente ao Governador a sua intenção de se pré-candidatar. Confirmando-se essas informações, Benedita e Molon passam a ser o foco principal. Seja para aumentar a disputa entre si, seja para formarem aliança.

Eleições 2008: César Maia trabalha o "terceiro mandato"

César Maia não anda muito preocupado com o desempenho nas pesquisas do futuro (ou futura) candidato a Prefeito do Rio pelo seu partido (DEM, ex-PFL). Pode ser que a candidata seja Solange Amaral, apesar dos baixos índices de intenção de voto e da rejeição alta. Pode ser o Deputado Índio da Costa. Ou o Secretário de Obras Eider Dantas. Ou a Vereadora Rosa Fernandes. Ou Ronaldo César Coelho. César Maia sabe que nenhum deles tem chances reais. E aposta em um único nome: ele mesmo. Claro que ele não pode ser candidato. Mas está se preparando para fazer de conta que é. Simples: vai cobrir a cidade com material de "apoio" com sua foto e o texto "César Maia é 25 - para Prefeito". Com certeza vai conseguir mais votos com isso do que o que conseguiria qualquer um de seus "pupilos". Mesmo assim, com toda essa artimanha, acho que dificilmente ele fará seu sucessor.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Eleições 2008: no Rio, a liderança está embolada

A Pesquisa Datafolha de intenção de voto para Prefeito do Rio divulgada pela Folha repete o que se fala há muito tempo: total indefinição no cenário carioca. Estão tecnicamente empatados em primeiro lugar Wagner Montes (PDT, 18%), Crivella (PRB, 17%) e Denise Frossard (PPS, 15%). O curioso é que ninguém aposta que qualquer um dos três possa sair vitorioso. O Deputado Estadual Wagner Montes, de perfil popular, pode se transformar em Vice de alguma aliança. O Senador Crivella, bispo da Universal e também de perfil popular, enfrenta a falta de tempo na TV e forte rejeição da Zona Sul carioca. Denise Frossard conta com o apoio da classe média conservadora, tem pouco voto na área popular e também pouco tempo na TV (Crivella tenta obter seu apoio agora em troca de apoio para o Senado em 2010). Jandira (PCdoB, 12%), Eduardo Paes (PMDB, 10%), Chico Alencar (PSOL, 8%) e Solange Amaral (DEM, ex-PFL, 5%) aparecem em seguida. O PT, ainda sem candidato definido, não teve nomes incluídos na pesquisa (feita com 643 entrevistas, margem de erro de 4%).

Eleições 2008: em Belo Horizonte, PT só tem chance com Patrus Ananias

A Pesquisa Datafolha de intenção de voto para Prefeito de Belo Horizonte que está sendo divulgada hoje pela Folha mostra que o PT só tem chances quando o seu canditato é o Ministro Patrus Ananias. Ele está empatado na liderança tanto no cenário com o tucano Eduardo Azeredo (24% contra 22% de Patrus Ananias) quanto com o tucano João Leite (25% contra 23%). A margem de erro é 5% (segundo a Folha), o que deve significar uma pesquisa com apenas 400 entrevistas.

Eleições 2008: em São Paulo, Alckmin cai e Marta sobe para empate técnico na liderança

Segundo Pesquisa Datafolha de intenção de voto para Prefeito de ão Paulo, Marta Suplicy (PT) continua sendo a grande dor de cabeça da oposição na Capital paulista. Apesar de perder nas simulação de 2º turno para o tucano Alckmin (que também vence Kassab - DEM, ex-PFL), ela está em ascensão em todas simulações. Seu ponto fraco é a classe média. A maior rejeição é de Maluf. A pesquisa tem 1.089 entrevistas, margem de erro de 3%.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Finalmente o Irã detona sua bomba

A Reuters está noticiando que o Irã parou de vender petróleo em dólares. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, tem dito que a moeda norte-americana é "um pedaço de papel sem valor". E, no mês passado, um oficial do setor energético do país havia dito que "quase todo" o petróleo vendido pelo Irã estava sendo pago com "moedas não-americanas". Sem dúvida isso terá impacto no cenário mundial, já que o Irã é "quarto maior produtor mundial da commodity". Se a moda pega, alguma coisa vai explodir.

Obrigado, Stockhausen

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Eleições 2008: o Ibope no Rio

O Informe do Dia está divulgando uma pesquisa de intenção de voto para Prefeito do Rio em 2008 feita pelo Ibope, com apenas 504 entrevistas. Deu Wagner Montes (PDT) com 19%; Crivella (PRB) com 18%; Denise Frossard (PPS) com 14%; Jandira Feghali (PCdoB) 11%; Eduardo Paes (PMDB) 9%; Chico Alencar (PSOL) 4%; Otávio Leite (PSDB) 3%; Solange Amaral (DEM, ex-PFL) 3%; Edson Santos (PT) 2%. Até aí tudo bem, nenhuma grande surpresa. Ainda falta muito tempo, falta testar outros nomes, ainda há muita indefinição. O que surpreende é a margem de erro anunciada: 2%?! Para 504 entrevistas?!?! É isso mesmo, Ibope? Pela minha curva, o erro médio seria de 4,4%.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Eleições 2008: se continuar assim, só restará à oposição paulistana relaxar sem gozar

A Pesquisa sobre intenção de voto para Prefeito de São Paulo que a Folha e o Ibope estão divulgando deve estar provocando uma revoada no ninho tucano e um clima infernal no mundo Demo. Marta Suplicy (PT), que estava sendo considerada carta fora do baralho, lidera o cenário de primeiro turno que tem seu nome. Tem 29% contra 27% do ex-Governador Alckmin (PSDB) e 17% do Prefeito Kassab (DEM, ex-PFL). É verdade que nos cenários de 2º turno ela perde tanto para Kassab (47% X 38%) quanto para Alckmin (51% x 39%). Mas caso ela decida de fato se candidatar, deverá ser uma disputa pau a pau. Vai ser difícil saber quem vai relaxar e gozar...

Assim não Vale

Estava achando apenas curiosa essa história da coincidência das cores da nova logomarca da Vale do Rio Doce com as cores do Banco Real. Hoje li que a equipe de criação foi a mesma. A história deixou de ser curiosa e também deixou de haver coincidência. Agora surgiu a história da semelhança entre o cone da Vale e o cone da Vitelli. É difícil também ter havido coincidência. As equipes de criação de logomarca costumam passar os olhos por milhares de outras logomarcas em busca de inspiração. Às vezes criam outra igual porque guardaram a original no subconsciente; às vezes gostam tanto de uma logomarca que tratam de criar uma quase igual. Parece que foi esse o caso da logomarca da Vale. (E lembra muito aquele personagem de Borges que gostava tanto de Don Quijote que resolveu reescrevê-lo parágrafo por parágrafo, linha por linha, palavra por palavra, vírgula por vírgula, exatamente como Cervantes tinha escrito.) Às vezes não existe má-fé, é apenas ingenuidade.

Os espiões americanos colocaram uma bomba no colo de Bush

O mundo inteiro está careca (como ElBaradei) de saber que essa história da bomba nuclear iraniana sempre foi mais uma invencionice de Bush em busca de ganhos políticos. Primeiro ele bombardeia a mídia com mentiras e depois invade um país. Já aconteceu no Iraque e só não aconteceu no Irã porque os Estados Unidos estão enfraquecidos militarmente. Felizmente as 16 agências de espionagem americanas que fizeram o relatório desmascarando o seu presidente parece que também são agências de inteligência. Felizmente também a Agência Internacional de Energia Atômica tem um presidente, o egípcio Mohamed ElBaradei (Aliás, vale o texto sobre ele do correspondente José Meirelles Passos para o Globo), que não se deixou intimidar pelo cataclismo mental de Bush. Para acabar de vez com esse tipo de ameaça nuclear só falta Bush ser detonado do poder absurdo que tem de interferir nos destinos da humanidade. Que ele vá bombar em outro lugar.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Escolha o seu candidato a Presidente... nos Estados Unidos

Interessante o programa interativo desenvolvido pelo Washington Post para ajudar os eleitores a escolherem o candidato a Presidente nas próximas eleições com o qual tenham maior identificação. Uma das seqüências é para os pré-candidatos Democratas, a outra é para os pré-candidatos Republicanas. Clique aqui e interaja.

Alô, Prefeito César Maia, você sabe muito bem que não faz bem divulgar uma pesquisa dessas

O Prefeito César Maia (DEM, ex-PFL) é bom de marketing. Principalmente usando a seu favor. Essa pesquisa do IBPS que ele divulgou hoje em seu Ex-Blog é o melhor exemplo do que um profissional de marketing não deve fazer. É uma pesquisa feita entre 26 e 28 de novembro, por telefone (a meu ver, bastante problemática no Brasil), com 1.100 eleitores da cidade do Rio de Janeiro, buscando intenções de votos para a eleição de 2008. Além dos problemas naturais da pesquisa telefônica e de não testar candidato do PMDB, entre outras gracinhas ela apresenta intenção de voto para vereador (!!!) e vejam só o resultado: "Intenção de voto para vereador - Espontânea: 95,4%. Rosa Fernandes 0,4%. Leila do Flamengo 0,2%. Lucinha 0,2%..." É um crime contra a inteligência divulgar um resultado desses!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Apertem os cintos, o Corinthians caiu

Ontem, o comandante do avião que trazia da Argentina um grupo de diplomatas brasileiros em certo momento comunicou: "O Corinthians acaba de ser rebaixado". Alguns diplomatas ficaram com os olhos cheios de lágrimas.

Eleição no Rio: avaliação de César Maia é quase boa.

O Prefeito César Maia (DEM, ex-PFL) traz hoje no seu Ex-Blog uma avaliação do quadro eleitoral de 2008 na cidade do Rio de Janeiro que seria boa se ele conseguisse se conter na puxada de brasa pra sua sardinha. Vou comentar os seus comentários no trechos em vermelho:

ATUALIZAÇÃO DO QUADRO ELEITORAL NO RIO-CAPITAL!

1. Pesquisas -quantitativas e qualitativas- às quais este Ex-Blog teve acesso mostram alguns ajustes no quadro -pré-eleitoral- para Prefeito do Rio.

2. Um fato a destacar é que a tendência do senador Crivella ver seu patamar de apoio, reduzido, continua. Esta curva descendente tem seu ápice na eleição de Senador, cai um pouco na de Prefeito - mais ainda fica nos 20% -, cai na de Governador para uns 14%. E essa tendência tende a se confirmar. O Voto aberto em Renan Calheiros não vai ajudar o Senador.
(É verdade que o Senador Crivella está carente de apoio de peso e de tempo na TV. Precisa disso e de um bom trabalho para neutralizar a rejeição na Classe Média.)
3. O PDT sabe que a puxada do Deputado Wagner Montes ajudará a eleger uma bancada de pelo menos 5 vereadores e que com um candidato para marcar posição se elegem apenas os dois mais fortes. Os candidatos a vereador querem o Deputado Wagner Montes, que continua liderando todas as pesquisas na faixa dos 20% e superior e sendo o que gera mais memória nas qualitativas. Nestas, ele é inclusive citado e saudado como o Capitão Nascimento de Tropa de Elite.
(A avaliação está bem feita, mas faltou falar do risco do PDT transformar-se definitivamente em um clone do PTB – não aquele que sonhou...)
4. Os testes quali-quantis com a Deputada Solange Amaral - candidata do PMDB-DEM - mostram que quando o eleitor está informado plenamente da origem - e apoio - de e à sua candidatura, esta vai para um patamar de 20%, bem acima do pouco menos de 10% que tem nas quantitativas de intenção de voto.
(Aqui César Maia forçou muito a barra. Primeiro porque a sua candidata está longe de crescer tanto assim. Mesmo quando “o eleitor está informado plenamente da origem – e apoio – de e à sua candidatura". Ou talvez por isso. Além disso, a aliança PMDB-DEM ainda é um sonho, talvez bem distante.)
5. A candidatura de Denise Frossard continua sendo uma incógnita. Bem nas pesquisas com cerca de 20%, ela sabe que precisa de tempo de TV e apoio capilar de candidatos a vereador. Segundo se informa, ela aguarda estas confirmações para decidir.
(Perfeito. Talvez ela aguarde exatamente o fim do “sonho” PMDB-DEM...)
6. O convite ao economista Carlos Lessa e sua decisão de se candidatar, implode ainda mais a vontade de coligar o PSB, o PDT e o PCdoB. E, com ela, o tempo de TV, tão requerido por Jandira Feghali. Esta se mantém na faixa superior aos 10%, mas a experiência de 2004 mostra suas dificuldades de caminhar sem tempo de TV. Nas qualitativas seus problemas com a Igreja e com o aborto, continuam presentes.
(A análise está correta, mas a luta pela aliança é forte.)
7. O Deputado Chico Alencar continua liderando o bloco Left-Classe Média. Especialmente em quali-quantis quando sua trajetória é relembrada. Seus problemas estarão no tempo de TV e na dispersão do mesmo voto com os candidatos do PSB, PCdoB, PT e PV. Terá que antecipar o voto útil desde já. Ou conseguir desistências a seu favor.
(A candidatura de Chico Alencar é uma necessidade para o PSOL eleger vereadores.)
8. Finalmente as candidaturas do PT – Deputado Edson Santos – e do PV, Alfredo Sirkis, continuam patinando entre 1% e 2%. Curiosamente nas quali-quantis não há memória de seus currículos, temas e feitos. O Deputado Edson Santos com o segundo maior tempo de TV terá chance de fazer memória. Ambos ficam tamponados por Feghali e o Deputado Chico Alencar.
(Atenção. As outras pré-candidaturas do PT – Benedita, Minc, Molon e Vladimir – não estão inteiramente descartadas.)
9. Finalmente no PSDB as informações internas dizem que na Convenção as chances do Deputado Luiz Paulo são maiores que as do Deputado Otavio Leite. Em função desta disputa interna, eles não tem tido tempo de iniciar a pré-campanha nas ditas bases sociais e com isso permanecem na faixa um pouco inferior aos 5%. Nas qualitativas ainda a memória de ambos é muito fraca. Com tempo de TV – e a candidatura definida – o vencedor poderá ter muito mais visibilidade e sensibilizar as pesquisas, coisa que ainda não ocorreu.

Chávez não consegue mobilizar seus eleitores e acaba derrotado

Ao contrários das supostas pesquisas de boca de urna divulgadas pelas fontes exclusivas da Reuters, o NÂO venceu o SIM na Venezuela. Veja o Boletim do Consejo Nacional Electoral:
03/12/2007. PODER ELECTORAL OFRECIÓ PRIMER BOLETIN OFICIAL. La presidenta del CNE, acompañada por la directiva en pleno, dijo que, una vez revisados los resultados y el porcentaje de transmisión, se determinó que tienen una tendencia clara e irreversible. Felicitó al pueblo de Venezuela, porque la jornada se llevó a cabo en un ambiente cívico y democrático. La presidenta del Consejo Nacional Electoral, rectora Tibisay Lucena, dio a conocer el primer boletín oficial con los resultados del Referendo de la Reforma Constitucional, efectuado este 02 de diciembre. En cadena de radio y televisión, la directiva en pleno del Poder Electoral informó que el Consejo Nacional Electoral para dar cumplimiento al artículo número 344 de la Constitución de la República Bolivariana de Venezuela y a los artículos 185 y 189 de las Normas para Regular el Referendo de Reforma Constitucional, del 05 de noviembre de 2007, emanada del Consejo Nacional Electoral, una vez recibidas las actas de escrutinios, la Comisión de Totalización procedió a examinarlas comprobándose que corresponden a las mesas electorales de la circunscripción nacional, procedió a totalizar los votos obtenidos por las opciones del Si y No de la siguiente pregunta: ¿Aprueba usted el proyecto de Reforma Constitucional con sus Títulos, Capítulos, Disposiciones Transitorias, Derogatoria y Final; presentado en dos bloques y sancionado por la Asamblea Nacional, con la participación del pueblo y con base en la iniciativa del Presidente Hugo Chávez? En el Bloque A, la opción del NO obtuvo 4.504.354, con 50.70% de la votación. La opción del Si, obtuvo 4.379.392, con 49.29%. El total de votos válidos 8 millones 883 mil 746. Total de votos nulos 118 mil 693. Total de votos escrutados 9 millones 2 mil 439. Abstención del 44.11%. En el Bloque B, la opción del NO obtuvo 4.522.332, con 51.05%. La opción del Si obtuvo 4.335.136 con 48.94%. La presidenta del ente comicial dijo que faltaba un porcentaje de actas para la totalización y que “al analizar las transmisiones realizadas hasta el momento se determinó y se comprobó que es una tendencia que no es reversible. Es decir, que la votación se mantendrá con las actas aún faltantes y la tendencia se mantiene”.La rectora felicitó al pueblo de Venezuela, porque la jornada se llevó a cabo en un ambiente cívico y democrático. En nombre del Poder Electoral solicitó a todos los actores políticos integrantes de los bloques participantes, a los medios de comunicación, a las instituciones, a los ciudadanos y a todos los sectores del país, acatar y respetar los resultados electorales “porque esta es la voluntad soberana del pueblo de Venezuela expresada a través del ejercicio soberano del voto”.
Chávez já reconheceu a derrota. Mas derrotou aqueles que insistem em dizer que não há democracia na Venezuela.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Acompanhe o passo-a-passo da provável vitória de Chávez

O Consejo Nacional Electoral da Venezuela está prometendo para breve iniciar a divulgação oficial. Acesse o site.

Datafolha quer exterminar oposição.

Na nova pesquisa Datafolha, a aprovação ao Governo Lula cresceu até mesmo no Sudeste. Isso só pode ser complô contra a oposição. Se continuar assim, vamos acabar tendo quinto mandato... A jornalista da sala ao lado não quer nem ouvir falar nessa história (pelo menos por enquanto...).

Até quando vão dizer que o PT tem que discutir o mensalão?

Hoje, foi dia das eleições diretas petistas para escolher seu presidente. E adivinha qual foi o título de uma entrevista publicada pelo Globo? "As diferenças estão debaixo do tapete". Não pertenço ao PT nem tenho procuração para defendê-lo, mas acho que a mídia está fazendo tudo para riscá-lo do mapa. A entrevista, feita com o professor de ética e filosofia Roberto Romano, é uma gracinha. Segundo ele, o PT continua "sem ter resolvido a crise que abalou o partido em 2005, quando veio à tona o escândalo do mensalão". O partido teria adotado a "tática de empurrar a crise para debaixo do tapete, sem punir os envolvidos". Em outras palavras, o PT tem que parar tudo para se dedicar a uma discussão interna sobre o mensalão e punir os "envolvidos". Pelo que conheço do PT, duvido que essa discussão não tenha sido exaustivamente feita. E também acho que os pretensos envolvidos já foram "punidos". O que se quer, na verdade, é que o PT se enfraqueça, entregue os pontos e, ao fazer seu mea culpa, abra caminho para os partidos adversários ocuparem o seu espaço (provavelmente fazendo um "mensalão sem culpa"). Com todo o respeito aos teóricos da ética, o PT, segundo seu Estatuto, "se propõem a lutar por democracia, pluralidade, solidariedade, transformações políticas, sociais, institucionais, econômicas, jurídicas e culturais, destinadas a eliminar a exploração, a dominação, a opressão, a desigualdade, a injustiça e a miséria, com o objetivo de construir o socialismo democrático". A discussão que se coloca - não apenas para petistas, mas para todos os que se propõem uma luta em termos semelhantes - é bem diferente: como governar nessa "democracia representativa" que domina o mundo e está fundamentada na corrupção? Infelizmente, não há como ser plenamente ético e governar com o que temos aí. A discussão não é do PT. É de todos nós.

Aloizio Mercadante descobriu a pólvora... da oposição

Li hoje no Panorama Político do Globo: "Há um limite de corte do investimento público. Não dá para tirar R$ 40 bi. A não ser que seja quanto pior, melhor” — Aloizio Mercadante, senador (PT-SP)" Faz séculos que escrevo aqui que toda a argumentação do Governo, provando por A + B que sem a CPMF o país vai passar por maus momentos (sem Bolsa Família e outros programas sociais, sem PAC, sem investimento, sem desenvolvimento, sem nada) só serve se una no voto contra. O "quanto pior, melhor" é a cara da oposição.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O Império mostra sua cara na Bolívia

Foto Folha de São Paulo Esta foto de um manifestante anti-Morales usando a cara de Darth Vader (Guerra nas Estrelas) é bem o retrato do que pode estar acontecendo na Bolívia.

Austrália não se afina mais com Bush e resolve tocar em outra banda

Google O novo primeiro ministro trabalhista Kevin Rudd mudou inteiramente o ritmo do governo na Austrália. A sua primeira nota dissonante foi a indicação para ministro do meio ambiente do ex-líder da banda de rock Midnight Oil (punk-hard rock, dissolvida em 2002) e ativista ambientalista, Peter Garrett. Dentro desse clima, Rudd apóia o Tratado de Kioto, que é abominado por Bush. Sem nem ainda ter tomado posse (foi eleito sábado), ele se prepara também para retirar os soldados australianos que estão a serviço dos Estados Unidos na guerra suja do Iraque. Isso prova que Bush está cada vez mais desafinado com o mundo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O maior uso do dinheiro público para campanha eleitoral

Esse encontro que Bush promoveu em Annapolis, nos Estados Unidos, foi um verdadeiro derrame de dinheiro público, aparentemente com o intuito único de tentar fortalecer os Republicanos nas próximas eleições presidenciais americanas. Dezenas de chefes de estado mobilizados e um grande aparato da mídia - pra quê? Um Bush enfraquecido, um premier israelense sob intensa pressão interna reunidos com líderes muçulmanos divididos. Até a Palestina, possivelmente a maior interessada em que tudo desse certo, foi ao encontro cheia de dúvidas. Todo mundo está cansado de saber que a paz não é o objetivo de Bush, e o Iraque sente isso na própria carne. Então, pra que tudo isso? Talvez o tiro tenha saído pela culatra e Bush fique ainda mais enfraquecido. Foi dinheiro (público) jogado fora. Enquanto isso, estamos dia a dia mais distantes de um mundo de paz...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

IDH: Brasil entre os primeiros

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil aumentou em relação ao ano passado e permitiu que o país entrasse pela primeira vez no grupo dos países de Alto Desenvolvimento Humano. O IDH, calculado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foi divulgado nesta terça-feira e faz parte do "Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 – Combater as Mudanças do Clima: Solidariedade Humana em um mundo dividido". Entre os principais motivos da ascensão do Brasil estão o crescimento do PIB per capita entre 2004 e 2005 e o aumento da expectativa de vida ao nascer. Boa notícia para o Brasil, má notícia para a oposição - cada vez mais com menos discurso...

CPMF passou, Renan ficou, o mensalão de Minas pipocou, Fernando Henrique escorregou - e à oposição, o que restou?

A aprovação da CPMF, na minha opinião, são favas contadas. Muda um pouco aqui, um pouco ali, mas vai ser aprovada, não importa a cara final. Renan Calheiros vai sobreviver como personagem folclórico. Como bem disse, acho que foi o Noblat, não existe ninguém no Senado preocupado em defenestrá-lo. A história do mensalão deixou de ser uma exclusividade anti-Lula/PT - os tucanos reivindicam a sua fatia na história. O Congresso Tucano reduziu-se a Fernando Henrique escorregando nas palavras - ou seja, não decolou. Certamente o discurso oposicionista ainda vai insistir na CPMF, mas de fato resume-se no momento a duas palavras: Chávez e Morales. Palavras, aliás, que estão ilustradas na primeira página do Globo de hoje, com o título "CONSTITUIÇÃO INCENDEIA BOLÍVIA E VENEZUELA". A Folha também noticia na primeira página - mas o destaque maior é para os incêndios de Paris. O Estadão segue o mesmo caminho. Que mais a oposição pode inventar? Terceiro mandato? TV pública? É, pode ser... mas é muito pouco.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ahmadinejad, ao contrário de César Maia, vive dilema hamletiano sobre seu blog

Na sua última postagem, datada do dia 18, Mahmoud Ahmadinejad, o polêmico (no Ocidente, pelo menos...) líder iraniano, escreveu o título "Ler ou escrever, eis a questão!" (خواندن یا نوشتن؟ مساله این است). Ele se desculpa porque levou meses, desde a última postagem - mas trata logo de esclarecer que mantém o seu compromisso de dedicar 15 minutos por semana ao blog. A dedicação ao blog, continua ele, é muito maior, por causa da leitura das numerosas - e extensas - mensagens que tem recebido. Na verdade é isso que tem atrapalhado: de tanto ler, não consegue mais escrever. Pede que reduzam a extensão das mensagens para poder continuar atendendo a todos. Ahmadinejad deveria consultar César Maia para saber como ele consegue tempo...

Poços da Petrobras: recordar é profundo

Por acaso encontrei este anúncio que fiz para a Petrobras, acho que na segunda metade da década de oitenta. É um bom anúncio, acho. Mas o mais interessante, no momento, é o trecho em que a Petrobras orgulha-se de seu savoir-faire em águas profundas. Na época, ela podia "extrair petróleo do mar a uma profundidade de 500 metros". O novo poço, Tupi, está entre 5.000 e 7.000 metros de profundidade.

domingo, 25 de novembro de 2007

Mônica e Renan, o casal ternura

Mônica Bergamo publica hoje, na Folha, pérolas graciosas do livro "O Poder que Seduz", de Mônica Veloso, que será lançado na próxima quarta-feira. Lendo essas coisinhas bobas da Corte, só nos resta balançar a cabeça. Selecionei algumas delícias:
Música, perfume e um certo torpor. Champanhe na mão, conversávamos e sorríamos após o jantar [na casa do senador Ney Suassuna]. (...) O vento agitando as cortinas, o barulho de cristais e porcelanas como rumores longínquos vindos da sala. Era como se fôssemos as únicas pessoas no mundo.
Naquele momento, o senador Renan Calheiros olhou nos meus olhos e passou a dizer coisas que gostei de ouvir (...)
[Num segundo encontro, num jantar, em fevereiro] Seus olhos brilharam quando me viu e, indiferente aos outros convidados, não os tirou mais de mim durante o jantar. Parecia uma criança, estava encantado, feliz. (...) Depois passou a me levar ao Senado, onde eu era tratada com a maior deferência."
Conheci um lobista de Minas que contava aos quatro ventos quais parlamentares estavam na sua folha de pagamentos.
Houve um momento, bem no começo da nossa relação, em que pensei em desistir (...) Renan era mais velho que eu e não tinha o gosto pela cultura, pelo cinema, que eu queria em um homem. Não era antenado com as coisas modernas, não vibrava com as novidades, as tendências, só falava sobre política.
O celular tocou. Era ele, radiante como uma criança por ter tomado café com o presidente.
No mundo pode haver milhões de rosas, mas para o Renan eu era uma rosa única, que ele tratava com devoção comovente.
Como qualquer casal apaixonado, tínhamos nossos códigos, nossos momentos e nossas músicas(...) Nossa música marcante foi a do filme "Lisbela e o Prisioneiro". Misturávamos as nossas vozes com a do Caetano e cantávamos, baixinho, olhando no fundo dos olhos do outro: "Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar...".
Um de seus sonhos mais freqüentes era ir comigo para o Carnaval da Bahia. Não no camarote: queria ir no chão, no estilo sem lenço e sem documento. Totalmente largado.
O Renan parecia ser o homem que eu sempre mereci.
Parece bobo, piegas, como uma adolescente falando, mas o fato é que amei o Renan loucamente, como jamais pensei ser capaz. Amei com a alma, com tudo que há de mais puro no meu ser.
[Em dezembro de 2003] descobri que estava grávida, carregava no ventre o resultado de meu amor com Renan.
Quando contei sobre a gravidez, ele entrou em pânico. Dizia ser impossível. Afinal, argumentou, não éramos mais crianças. Fiquei muito triste com a sua reação. Pela primeira vez, percebi que o amor era lindo, mas a política, para ele, era tudo.
Eu não acreditava que o homem que eu amava, que de tão meigo comigo passei a chamar de "docinho", agia daquela forma (...) Ele sumiu por 20 dias. Não o procurei. Passou Natal, Réveillon e nada do Renan.
Ele prometeu que depois da campanha do desarmamento se "organizaria", o que em bom português queria dizer que se separaria para ficarmos juntos.
Decidimos, então, que eu me mudaria para uma casa alugada no Lago Norte, e lá vivi como reclusa, preocupada em esconder minha gravidez.
[Uma colunista do "Jornal de Brasília", do Distrito Federal] deu uma nota dizendo que eu estava grávida e a criança era filha do senador Renan Calheiros (...) Pediram-me para redigir uma nota, de próprio punho, negando que o filho fosse do Renan. Escrevi, chorando (...) quando ficamos sozinhos, pela primeira vez vi o Renan chorar.
Amei Renan loucamente, como jamais pensei. Amei com a alma, com tudo que há de mais puro no meu ser.
Carregava no ventre o resultado de meu amor (...)
Então, para me precaver, apenas para o caso de ele se recusar a admitir a paternidade, gravei algumas conversas que tivemos durante a gravidez (...) Nunca usei os diálogos para nada, muito menos para fazer chantagem, como insinuaram.
Continuamos nos relacionando. Ainda havia amor entre mim e Renan, sim, mas o encanto tinha acabado. Desde o final de 2003 eu sabia que ele, ao contrário do que me dizia, mantinha uma relação conjugal estável (...).
Não creio que a humilhação do senador tenha sido maior do que a de uma mulher que carregou uma filha na barriga e teve de se esconder, como se fosse uma criminosa.
Nunca imaginei que diria isso, mas a verdade é que tive orgulho de fazer a "Playboy'(...) A beleza venceu a feiúra, a alegria esmagou a tristeza, o aconchego superou a indiferença.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A preocupação de Fernando Henrique com o português do Lula está virando piada

Fernando Henrique está dando um show de desconhecimento. Na mesma Convenção do PSDB em que atacou Lula e disse que tucanos falam português direito, ele foi saudado com a faixa tucana onde se lia "FANFARÃO" (ver foto). Afinal, quem é o fanfarrão nessa história?

A memória às vezes é Demo...

No Panorama Político de hoje, no Globo, o brasileiro pode refrescar um pouco a memória. Diz o texto, referindo-se ao novo ministro de Relações Institucionais, José Múcio (PTB): "Em 1992, o PFL afastou Múcio da CPI do PC Farias porque ele assumiu posição contra o presidente Fernando Collor". Para quem ainda não sabe, o PFL (ex-ARENA) atende atualmente pelo nome de DEM (alguns tratam por Demo, mas isso é detalhe...).

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Obrigado, Béjart

Maurice Béjart e Pina Bausch até hoje foram os coreógrafos que mais me impressionaram. Quando assisti pela primeira vez o Ballet du Siècle XX, fiquei deslumbrado, maravilhado com a coreografia que introduzia o ruído em um conjunto para fazê-lo ainda mais harmônico. Com sua morte, ficou um ruído.

Professor Texto

Recebi e-mail do Luiz Favilla apresentando o seu Blog (Professor Texto: http://professortexto.blogspot.com/), uma visita que me deixou feliz. Recomendo.

Maluf é Tupi desde criancinha

Tinha recado em casa, tinha recado no escritório, tinha recado na caixa postal, meu celular tinha 311 ligações não respondidas. Era minha sogra - ou, como ela diz, minha sogra preferida. Estava indignada. Tinha acabado de ver uma inserção política com o Maluf (PP) se dizendo responsável pela descoberta do poço Tupi da Petrobras... Reportagem da Folha de hoje deve atender às inquietações de minha sogra:
PP afirma que petróleo em SP é obra de Maluf. O PP de São Paulo tem divulgado desde o dia 14 inserções na TV nas quais apresenta o deputado federal Paulo Maluf como precursor da descoberta de petróleo na bacia de Santos pela Petrobras. "Em 1980, baseado em estudos geológicos, o governador Paulo Maluf criou a Paulipetro. Ao invés de apoio, a iniciativa recebeu calúnias e incompreensões. Vinte e sete anos depois, o projeto de Maluf se confirma. Graças ao petróleo da bacia de Santos, o Brasil vai fazer parte da Opep. PP: visão de futuro", afirma a inserção. Criada pelo então governador Paulo Maluf em 1979, a Paulipetro tentou encontrar petróleo e gás - mas na bacia do Paraná, no interior do Estado. Em 1981 a empresa descobriu pequenos depósitos de gás em Cuiabá Paulista, sem viabilidade comercial. A empresa foi extinta pelo governador Franco Montoro (PMDB), deixando dívidas de US$ 500 milhões. Em 1980, o advogado Walter do Amaral ajuizou ação contra Maluf, que foi julgada improcedente na primeira e na segunda instâncias, mas em 1997 o STJ acatou recurso e condenou Maluf e os demais acusados a devolverem US$ 250 mil ao erário. "Se for eleito governador, não voltarei a procurar petróleo", disse Maluf na época. Em agosto último, o STF confirmou a condenação.

Pastelão do dia: ACM Neto contra Chávez

Nada mais engraçado do que ver o Deputado ACM Neto (DEM, ex-PFL) vociferar contra a entrada da Venezuela no Mercosul. Tudo porque, segundo ele, Chávez é um ditador. Logo quem! ACM Neto, neto de Antonio Carlos Magalhães que, além de seu avô, foi seu guru político. Sobre a relação entre ACM Avô e a ditadura, tudo já foi dito. Não vou gastar os pixels do meu Blog com isso.

domingo, 18 de novembro de 2007

PPS da D: sem comentários....

No Panorama Político de hoje, no Globo, saiu essa nota: Veto. O PPS é contra a entrada da Venezuela no Mercosul (!!!). E rejeita o relator da matéria, Paulo Maluf (PP-SP). Diz Raul Jungmann (PE) que ele foi “um fiel servidor da ditadura militar”. E dizer que os dois foram aliados no apoio ao governo FH...

Contribuinte paga pelas memórias de Fernando Henrique

Outra nota do Panorama Político de hoje, no Globo: BENEFÍCIO FISCAL. O Instituto Fernando Henrique Cardoso captou até agora, pela Lei Rouanet, R$ 3,8 milhões para a preservação, catalogação e digitalização do acervo do expresidente. Entre os 11 doadores, a maior contribuição é da Ambev. Também colaboraram a Gespar Participações, a Rio Bravo Investimentos e a BES Investimentos do Brasil. Elas podem deduzir o valor repassado do Imposto de Renda.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Pânico na oposição conservadora: Cepal comprova a redução da pobreza no Brasil e na América Latina

O "Panorama Social da América Latina-2007" publicado pela Cepal - Comissão Econômica para América Latina e Caribe revela que "o crescimento econômico da América Latina permitiu que 15 milhões de pessoas saíssem da pobreza e 10 milhões deixassem de ser indigentes na região em 2006". A estimativa é de que 2007 se encerre com uma população pobre de 190 milhões de pessoas, o número mais baixo dos últimos 17 anos. Se considerarmos a proporção da população indigente, é a mais baixa dos últimos 27 anos. O documento é apavorante para os conservadores, quando diz (e o próprio Globo reproduz) que "Brasil, Argentina e Venezuela estão entre os países que registraram maiores avanços. Segundo a Cepal, no caso brasileiro, não apenas o crescimento, mas programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, foram determinantes. O país reduziu em 4,2 pontos percentuais tanto a pobreza quanto a indigência entre 2001 e 2006". Brasil, Argentina e Venezuela são exatamente os países mais atacados pela mídia e toda a oposição conservadora. Seus presidentes são "xingados" de populistas. Mas o documento da Cepal demonstra a contradição desse pensamento: ao populista não interessa a redução da pobreza. Ele trabalha com a rapidez desorganizada e a falta de conscientização. Precisa consolidar o poder através de benefícios sociais de pequena monta - rápidos, imediatos, mas que não levam a nenhuma transformação profunda. Com benefícios feitos com um mínimo de organização e que levem à redução substancial da pobreza, o nível de consciência pode se elevar e reduzir área de influência para o populismo. Se você faz uma política do tipo "bica d'água", de cunho puramente eleitoreiro, você é um exemplo perfeito do populista. Mas se você está de fato empenhado na inclusão social, em tirar a população da pobreza e garantir-lhe cidadania, participação no consumo, avanços sociais e econômicos, você está fazendo o básico para uma sociedade menos desigual. Os verdadeiros populistas não aceitam essa situação de transformação mais profunda de nosso mundo. Acesse o site em espanhol da Cepal e também O Globo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Mauro Santayana: em defesa de Chávez, contra arrogância colonialista

Falha minha, não tinha lido o "Coisas da Política" do dia 12, no JB (para assinantes), texto de Mauro Santayana, que trata do entrevero entre Chávez e Juan Carlos da Espanha (aquele que herdou a coroa contra a vontade do pai, com o apoio do ditador Franco). Mas o Chico Mattos enviou cópia, que reproduzo:
A arrogância colonialista. O presidente Hugo Chávez é descuidado e franco no que fala. Usa, em sua retórica antiimperialista, metáforas quase divertidas, como chamar Bush de diabo. Mas não exagerou ao qualificar o ex-primeiro ministro espanhol José Maria Aznar de fascista. Aznar, produto típico da Opus Dei, que se reorganiza com novo alento na Espanha, sempre tratou a América Latina com desdém. Em 2002, em Madri, atreveu-se a dar ordens ao Presidente Eduardo Duhalde, da Argentina, para que aceitasse e cumprisse as exigências do FMI. Reincidiu na grosseria, ao telefonar a Buenos Aires, logo depois, como um dono de fazenda telefona para seu capataz, a fim de determinar-lhe a assinatura imediata do acordo com o órgão. Conforme disse o próprio Ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Angel Moratinos, Aznar deu ordens ao embaixador da Espanha em Caracas para que apoiasse o golpe contra Chávez em 2002. Com o presidente eleito preso pelos golpistas, o Embaixador foi o primeiro a cumprimentar o empresário Pedro Carmona, que, também com o entusiasmado aplauso do representante dos Estados Unidos, tomava posse do governo, para ser desalojado do Palácio de Miraflores horas depois. Não se pode pedir a Chávez que trate bem o ex-primeiro ministro espanhol, embora talvez lhe tivesse sido melhor ignorá-lo no encontro de Santiago. Mas, como comentou, na edição de ontem de El Pais, o jornalista Peru Egurdide, há um crescente mal-estar na América Latina com a presença econômica espanhola, identificada como “segunda conquista”. A Espanha opera hoje serviços como os bancários, de água, energia, telefonia e estradas, que não satisfazem os usuários. Ainda na noite de sexta-feira, em reunião fechada, Lula e Bachelet trataram do assunto com Zapatero, de forma veemente – longe dos jornalistas. Mas se Chávez, mestiço venezuelano, homem do povo, fugiu à linguagem diplomática, o Rei Juan Carlos foi imperial e grosseiro, ao dizer-lhe que se calasse. O Rei, criado por Franco, tem deixado a majestade de lado para intervir cada vez mais na política espanhola – conforme o El Pais critica em seu editorial de ontem. Em razão disso, as reivindicações federalistas dos povos espanhóis (sobretudo dos catalães e dos bascos) se exacerbam e indicam uma tendência para a forma republicana de governo. Pequenos episódios revelam o conflito latente entre os espanhóis e seu rei. Já em 1981, quando do frustrado golpe contra o Parlamento Espanhol, o comportamento de sua majestade deixou dúvidas. Ele levou algumas horas antes de se definir pela legalidade democrática. Para muitos, o golpe chefiado por Millan del Bosch pretendia que todos os poderes fossem conferidos a Juan Carlos, em um franquismo coroado. Os dirigentes latino-americanos tentarão, diplomaticamente, amenizar a repercussão do estrago, mas o “cala a boca” de Juan Carlos doeu em todos os homens honrados do continente. O rei atuou com intolerável arrogância, como se fossem os tempos de Carlos V ou Filipe II. A linguagem de Zapatero foi de outra natureza: pediu a Chávez que moderasse a linguagem. Como súdito em um regime monárquico, não pôde exigir de Juan Carlos o mesmo comportamento – o que seria lógico no incidente. Durante os últimos anos de Franco, a oposição republicana espanhola se referia ao Príncipe com certo desdém, considerando-o pouco inteligente. Na realidade, ele nada tinha de bobo, mas, sim, de astuto, vencendo outros pretendentes ao trono e assumindo a chefia do Estado. Agora, no entanto, merece que a América Latina lhe devolva, e com razão, a ofensa: é melhor que se cale.

Expocuba: apesar das ameças de Bush, aumentam os negócios americanos em Cuba

Foto de Jose Goitia para o New York Times A 25ª Expocuba, a feira cubana anual de negócios, encerrou-se no último sábado. E nela pôde-se ver que os americanos estão cada vez mais interessados - e necessitados - em negociar com Cuba. Escreveu James C. McKinley Jr para o New York Times: "A atmosfera era festiva, com mais de uma dúzia de restaurantes onde as pessoas bebiam Havana Club (rum da melhor qualidade!) e davam baforadas nos famosos charutos cubanos, uma iguaria com que os americanos se deliciam (...) Além de autoridades estaduais, a delegação americana incluiu várias empresas de transporte e do setor agrícola, como Pilgrim’s Pride, Cargill e Purdue. Seus vendedores passavam o dia inteiro trabalhando nos quiosques, voltavam para o Hotel Nacional (um marco art deco) e partiam para aproveitar a noite havanense". O mais curioso era a presença de autoridades americanas, como Dave Heineman, Governador Republicano do Nebraska (na foto comemorando vendas de 11 milhões de dólares). Junto com 100 empresários, viam-se também autoridades do Minnesota, Alabama e Ohio. Como ficam então as ameaças de Bush e seu argumento de que "todo dólar que entra em Cuba ajuda a manter um regime despótico"? Governadores e outras autoridades estaduais contraargumentam simplesmente que a exportação para Cuba (ou seja, a entrada de dólares nos estados Unidos) está "ajudando os seus agricultores" e destacam que não querem "falar de política nacional". Por mais que o raivoso Bush insista no bloqueio econômico, o fato é que Cuba tem um bilhão e meio de dólares para fazer compras e a realidade americana precisa abocanhar uma fatia desse bolo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

1937/2007: César Maia dá puxão de orelha na mídia

No seu Ex-Blog de hoje César Maia aproveitou as "comemorações" dos 70 anos do Estado Novo (10 de novembro) para trazer algumas informações pertinentes e dizer aos jornalistas que o que se está fazendo com isso está mais para novela do que para história ou jornalismo. Veja o seu texto:
70 ANOS: GETULIO VARGAS E O 10 DE NOVEMBRO DE 1937! 1. As ações dos governos se medem tanto pelas intenções como pelos resultados. E sempre - quando se trata do passado - é básico contextualizar. Falar dos anos 30 é falar de regimes verticais e autoritários pelo mundo todo, com exceção - quase que só - da Grã-Bretanha. O primeiro governo Roosevelt nos EUA não ficou fora disso. Sobre isso vale ler o artigo de Churchill sobre ele, publicado numa coletânea em português. 2. O fato é que 1937 foi uma resposta vertical às tentativas de golpe dos partidos - comunista e integralista - nada democráticos e à debilidade dos partidos que se formavam pós constituinte de 1934, quase todos provisórios e de caráter regional. 3. O fato é que de 1937 saíram as três grandes forças políticas brasileiras pós-autoritárias. Os interventores que ficaram com Getulio Vargas criaram mais tarde o PSD (Benedito Valadares, Amaral Peixoto, Agamenon Magalhães...). Os interventores que não aceitaram continuar e os getulistas que rejeitaram a saída de 1937 formaram depois a UDN (Magalhães... e o próprio Oswaldo Aranha, embaixador nos EUA). E o trabalhismo - governo-sindicatos-esquerda - antes articulado por Pedro Ernesto se estrutura a partir daí. 4. O Brasil com Vargas e Lindolfo Collor, no início da Revolução de 30, constrói o segundo sistema previdenciário no mundo todo. O primeiro foi o alemão ainda no século 19 com Bismarck. No pós-37 esse sistema passa a ganhar ossatura, acompanhado de leis trabalhistas. 5. Portanto, 1937 não pode ser tratado como mais um golpe de caudilho latino-americano. E descontextualizando programas de TV ou matérias de jornais, terminam desinformando e fazendo novela e não história nem jornalismo.

US$ 1.500.000.000.000,00: preço das guerras americanas

Você consegue imaginar o significado de um trilhão e meio? Imagine a velocidade de um segundo, e saiba que um dia compõe-se de 86.400 segundos; um ano, 31.536.000 segundos; 2007 anos, 63.292.752.000 segundos... Para chegarmos a um trilhão e meio de segundos seriam necessários mais de 47.565 anos! Pois bem, em poucos anos o governo americano já conseguiu gastar a incrível cifra de US$ 1.500.000.000.000,00 com as guerras do Afeganistão e do Iraque. US$ 1.500.000.000.000,00 para matar e morrer! Segundo o Iraq Coalition Casualties, até anteontem, já morreram 3.860 soldados americanos no Iraque. Isso sem contar soldados de outras nacionalidades, sem contar os iraquianos e afegãos civis e militares, sem contar milhares e milhares de feridos. O estudo feito por congressistas do Partido Democrata e divulgado pelo Washington Post (Ver também BBC) resolveu estimar, além dos custos óbvios com armas e deslocamento de soldados, os chamados custos ocultos da guerra, como "a alta nos preços do petróleo, os gastos com o tratamento de militares feridos e os juros pagos nos empréstimos tomados para custear as guerras". A conclusão é de que o custo total corresponde a 20 mil dólares "cobrados" de cada família americana. Apesar de ser bem amplo, o estudo ainda está longe de apontar o custo social completo disso tudo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Por que não continua falando, Chávez?

Quero confessar que às vezes acho o Hugo Chávez muito chato. Mas a bem da verdade o papel dele não é ser simpático a quem quer que seja. Ele tem mais é que ser chato em defesa do povo venezuelano. Por isso, entendo a irritação dos espanhóis com os ataques desconcertantes que Chávez fez a personagens importantes de seu país. Mas acho que Chávez estava no papel dele, principalmente considerando que o governo espanhol teria apoiado a tentativa de golpe contra ele. E muito pior do que a "chatice" de Chávez é a agressão permanente e maciça que se faz ao seu governo. A "grande imprensa" daqui e de boa parte do mundo, que se acha acima de qualquer suspeita (!!!) e guardiã das "verdades" da democracia, resolveu satanizar o "chavismo" e, por conta disso, consegue simplesmente ser insuportável. Sobre esse tema, sugiro a leitura da postagem "Democracia e ditadura na Venezuela e no Brasil" feita hoje no Blog do Mello.

César Maia não entende de mulher

No seu Ex-Blog de sexta-feira, dia 9, o Prefeito César Maia (DEM, ex-PFL) dirigiu alguns "conselhos" de marketing à Ministra Dilma Roussef, "pelas lembranças do tempo em que militava por tantos anos no PDT". Ele deu mais uma justificativa: "O propósito é colaborar. Afinal, dizem que você pode ser a candidata a sucessão do Lula". Na verdade, César Maia acusou o golpe do petromarketing da última quinta-feira e está tentando ridicularizar Dilma, dando-lhe "aulas" de comportamento diante das câmeras. Quero reafirmar que considero César Maia um bom teórico de marketing político, com algumas "práticas" positivas, principalmente quando conseguiu fazer o desconhecido Luiz Paulo Conde seu sucessor em 1996. Mas César Maia acumula grandes fracassos, principalmente como "conselheiro" de candidaturas de mulheres. Em 2002, transformou a candidata ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Solange Amaral, em um clone perfeito de... César Maia - e foi um fiasco absoluto. Em 2006, fez mais ou menos a mesma coisa com a candidata Denise Frossard (PPS), com resultado melhor, mas longe de uma transformação realmente vitoriosa. Ainda em 2006, tentando inflar a candidatura de Heloisa Helena (PSOL), enviou-lhe alguns conselhos, nos moldes desses que enviou para Dilma. Faziam até mais sentido, naquela época, mas não tiveram efeito concreto. E agora, com esses "conselhos" a Dilma, concluí que César Maia (se estiver sendo sincero, o que é difícil...) definitivamente não entende de mulher - ou entende de marketing menos do que se imagina. Disse ele: "Quanto mais baixa a voz, mais atenção desperta. O tom de voz que você usou foi de rádio. Quando isso acontece, seu rosto sai pela tela e a voz por cima do aparelho, dando uma aparência de leão da Metro, rugindo". César Maia estaria certo, se não se tratasse de uma ministra mulher que até agora manteve-se à sombra e que precisa acima de tudo afirmar-se no comando. Ao contrário de Heloisa Helena, que tinha grande visibilidade para seu jeito agressivo bem antes da candidatura, Dilma ainda não teve a exposição necessária para se transformar em candidata de respeito. Para o grande público, neste momento, o que ela precisa é exatamente de um rosto que "sai pela tela". Se realmente é candidata à Presidência (na minha opinião, a melhor opção até agora dentro do PT), ela tem que falar forte agora e suavizar a fala mais à frente. O resto é jogada política de oposição. Veja o texto completo de César Maia:
MINHA CARA MINISTRA DILMA ROUSSEF! 1. Este Ex-Blog se dirige a você pelas lembranças do tempo em que militava por tantos anos no PDT. O propósito é colaborar. Afinal, dizem que você pode ser a candidata a sucessão do Lula. Que bom! Pelo menos não correríamos riscos de termos estes pelegos e chavistas do PT na disputa. 2. Mas esta nota, ministra, é para comentar sua aparição ontem no Jornal Nacional. Na TV, ministra, se fala com voz escandida, suave, pausando as palavras... Quanto mais baixa a voz, mais atenção desperta. O tom de voz que você usou foi de rádio. Quando isso acontece, seu rosto sai pela tela e a voz por cima do aparelho, dando uma aparência de leão da Metro, rugindo. 3. Por outro lado, o tipo de locução que você fez - dar uma notícia boa, com feições e tom de voz, como se estivesse denunciando um caso grave - dá a certeza a quem está vendo, de que você está mentindo, que se trata na verdade do Poço do Visconde (ler Monteiro Lobato). Isso não ajuda a sua candidatura. 4. Cuidado! Os pelegos e chavistas do PT estão de olho em você! Há bons cursos de telegenia a disposição. Em Brasília este Ex-Blog conhece pelo menos uns três de alto nível. Vão lhe ajudar a se comunicar pela TV.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A Petrobras lançou as manchetes no fundo do poço

Algumas manchetes de ontem: "Petrobras não cumpre a meta de produção de gás" (Valor Econômico), "Governo fez motorista acreditar no GNV e agora põe o pé no freio" (O Dia), "Governo agora pede para abandonar o carro a gás" (Estado de Minas), "Petrobras avisa que gás vai aumentar até 25%" (Globo). Hoje tudo mudou: "Brasil descobre campo gigante de petróleo" (JB), "Petrobras anuncia megacampo de petróleo" (Folha), "Descoberta da Petrobras deve aumentar reservas em 50%" (Estadão), "Governo diz que descoberta fará país virar exportador de petróleo" (Globo), "Nova reserva de óleo pode valer US$ 48 bi" (Gazeta Mercantil), "Brasil festeja reserva gigante de petróleo" (Correio), "Novas reservas de óleo provocam euforia" (Valor), "Petrobras anuncia superpoço, mas não livra o Rio do apagás" (O Dia). No exterior, destaquei duas manchetes: "Brasil descubre en sus aguas un gran yacimiento de petróleo - El hallazgo puede hacer del país una potencia exportadora" (El País, da Espanha) e "Tupi field a boost for Brazil’s Petrobras" (Financial Times, da Inglaterra). A sensação que tive foi de que a mídia amanheceu engasgada, tendo que divulgar notícias favoráveis ao Governo Lula. Claro que houve resistência, mas a notícia é forte demais para ser escamoteada. Acredito também que o Ministro Franklin Martins soube agir com maestria. A seguir, as reportagens no Financial Times e em El País:
Tupi field: a boost for Brazil’s Petrobras, By Sheila McNulty in Houston and agencies Published: November 8 2007 22:43 | Last updated: November 8 2007 22:43. Petroleo Brasileiro, or Petrobras, Brazil’s state-owned oil company, on Thursday said well tests revealed its Tupi field may contain as much as 8bn barrels of oil and natural gas, which would considerably bolster the country’s energy clout. The estimate, if correct, would raise the country’s reserves by 62 per cent and just about put Tupi on par with Norway’s 8.5bn barrels of proved oil reserves. Brazil has 14.4bn barrels of proved reserves of oil and natural-gas equivalent. The news pushed up Petrobras’ shares 9.95 reais, or 14.2 per cent, to 80.2 on the São Paulo stock exchange, the biggest rise in more than nine years. It also lifted the shares of its partners – BG group of the UK, which holds a 25 per cent stake, and Galp Energia of Portugal, which holds 10 per cent. BG Group’s shares rose 9.8 per cent to 989p in London and Galp Energia reported its biggest one-day gain in Lisbon, rising 14 per cent to a record close of €12.35. Petrobras’ news release contained few details beyond the fact that the estimates were made after analysis of the formation tests for a second well in the area. The company also said the oil within was light, which is more valuable because it is cheaper to refine than the heavier crude oil that Brazil mostly produces. “Tupi changes everything for Brazil and Petrobras,’’ said Carlos Renato Nunes, an oil analyst with São Paulo-based brokerage Coinvalores CCVM who has a buy recommendation on Petrobras shares. “Tupi is not only huge, its light oil offers huge cost advantages.’’ And at a time when oil is heading towards $100 a barrel, and energy security is high on the agenda of many governments, the news is sure to boost Brazil’s economic influence. Petrobras, already a well-respected national oil company on the world stage, is likely to receive a further boost from the discovery. “Brazil needs time to evaluate its new oil potential,’’ Dilma Rousseff, president Luiz Inacio Lula da Silva’s cabinet chief, said at a news conference in Rio de Janeiro. “This could make Brazil jump from an intermediate producer to among the world’s largest producers.’’ Tupi is three-quarters the size of Kazakh­stan’s Kashagan field, which holds 12bn barrels of recoverable crude and was the biggest find in the past 30 years. There have only been a few gas discoveries in the past 20 years that would rival it, including the Shtokman field in Russia at 23bn barrels of oil equivalent, and two other Russian finds in the 5bn to 10bn range, Andy Latham, vice-president of exploration services at Wood Mackenzie Consultants in London, said. Brasil descubre en sus aguas un gran yacimiento de petróleo - El hallazgo puede hacer del país una potencia exportadora. JUAN ARIAS / EFE - Río de Janeiro - 09/11/2007. El presidente de Petrobras, Sergio Gabrielli, anunció ayer el hallazgo de un yacimiento de petróleo bajo las áreas marinas que explora en el océano Atlántico en el área de Tupi, en la bahía de Santos, Estado de São Paulo, de 8.000 millones de barriles, lo que puede convertir al país suramericano en un exportador de petróleo, a la altura de Venezuela o Nigeria. Nada más conocerse la noticia, las acciones de la empresa brasileña subieron más de un 15% en la Bolsa de valores de São Paulo. Inmediatamente después, la ministra jefa de la Casa Civil, Dilma Rouseff, convocó una conferencia de prensa junto al ministro de Minas y Energía, Nelson Hubner, para explicar la importancia económica y política del nuevo hallazgo. “Supone que Brasil pasa de intentar ser autosuficiente en petróleo a convertirse en un exportador, como los países árabes o Venezuela”, señaló Rouseff. Y añadió que “podrá cambiar la cara de este país”. Petrobras posee en esa zona el 65% del capital, compartido con la británica BG Group, que posee un 25%, y con la portuguesa Galp Energia, con un 10%. El hallazgo anunciado ayer podría ser sólo uno de varios ricos campos en una extensión de 800 kilómetros de longitud por 200 de ancho en el litoral de los Estados de Río de Janeiro, Espíritu Santo, São Paulo y hasta Santa Caterina, en el sureste del país. Los indicios de nuevos yacimientos apuntan a la necesidad del país de parar y pensar nuevamente respecto a su industria petroler. “Ha cambiado la realidad”, dijo Rousseff al afirmar que el tamaño de la riqueza petrolera de Brasil es ahora “mucho mayor”. Las reservas probadas totales de petróleo y gas de Brasil, a cargo de Petrobras, cerraron 2006 en 10.573 millones de barriles equivalentes. De ese total, 9.000 millones de barriles eran solamente de crudo, según criterios de evaluación aceptados por los organismos fiscalizadores del mercado de capitales de Brasil y Estados Unidos. Petrobras está controlada por el Estado brasileño, pero sus acciones cotizan en las Bolsas de Brasil, Nueva York, Madrid y Buenos Aires.