Mostrando postagens com marcador Alckmin. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alckmin. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

FIM DE PAPO II



No dia 5 de agosto do ano passado, postei aqui no Blog (FIM DE PAPO) a minha previsão para três eleições deste ano - Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. Errei alguma coisa (por exemplo, achei que Eduardo Campos poderia acabar apoiando Dilma e ainda não considerava a candidatura de Crivella para o Rio), mas acertei no principal. Reveja aqui os principais trechos:

Papo eleitoral.
Adoro bolas de cristal. Desde que tenham pesquisas por trás, perfis bem definidos, muita informação, histórico bem avançado de todos os atores e cenários – enfim, um papo aqui, papo acolá, e imaginação com pé no chão. Vou usar minha bola de cristal para tentar prever três resultados eleitorais.
•    Dilma (PT) vence, talvez no primeiro turno. Eu me baseio no poder da máquina e na inconsistência dos nomes da oposição. A máquina governamental, bem usada, bem azeitada, é capaz de mover montanhas. E apesar dos pequenos reveses da economia, da relação com os aliados e do clamor das ruas, a máquina federal ainda conta com uma força-reserva monumental, graças à sua política social (isso sem contar a força-Lula...). A oposição, fraca, ajuda muito. Marina (?), até hoje, tem um partido indefinido. Variou da crença evangélica ao PT, passou pelo PV e chega hoje a uma Rede da Solidariedade que ainda não encontrou gancho para se sustentar. Tá difícil. Aécio (PSDB) é o mais frágil dos tucanos. Não tem a antipatia atávica de Serra (PSDB), mas também não tem o mesmo preparo nem o mesmo maquiavelismo. Tem um lado simpático, jovem, moderno, mas pesa contra ele o lado irresponsável, “garotão”.
•    Alckmin (PSDB) vence em São Paulo, será reeleito Governador. Apesar de sua política de insegurança assustadora, ainda pode contar com a ação da máquina no Interior. Os petistas Mercadante, Marta e Padilha não avançaram bastante e Haddad até agora não ajudou em nada. Os outros não têm nem papo.
•    Pezão (PMDB) vence no Rio, passará de Vice para Governador. Talvez seja a previsão mais polêmica, mas é bom lembrar que, hoje, os principais nomes (além do Pezão, temos Lindberg, do PT, talvez Garotinho, do PR, e Cesar Maia, do DEM) estão praticamente em empate técnico, com a vantagem para Pezão de ser o menos conhecido e de poder contar com a máquina estadual e com a política de segurança que mais deu certo até agora. Não estou contando ainda com Miro Teixeira, do PDT, porque não levo muita fé na sua candidatura. Também não considero que Freixo, do PSOL, corra o risco de se candidatar agora. Nem acho que os tucanos tenham algum nome viável. Pezão conta também com a alta rejeição dos outros três e não se contamina com a rejeição (talvez temporária) de Sérgio Cabral. Seu estilo pé no chão, realizador, alheio aos holofotes passou a ser grande virtude para o momento. O PT ainda vive a dúvida de apoiar ou não apoiar a candidatura peemedebista, porque pensa no fortalecimento da aliança nacional. Mas é difícil frear a ânsia do petismo local para tentar a sorte com um nome eleitoralmente melhor, por isso é quase irreversível a candidatura de Lindberg. Aliás, em 2006, isso já aconteceu, e o PT, com Vladimir, teve 7,7% dos votos contra 41, 4% de Sérgio Cabral. No dia seguinte, o grupo de Cabral reuniu-se para discutir se apoiaria Lula ou Alckmin. Foi coisa rápida. Cabral e Pezão apoiavam Lula e logo telefonaram para comunicar a decisão. Se Lindberg for mesmo candidato, certamente terá mais votos do que Vladimir - mas apenas isso.

domingo, 5 de outubro de 2014

SURPRESAS E NÃO-SURPRESAS DA ELEIÇÃO



1. A maior surpresa, claro, foi a morte de Eduardo Campos. A ascensão de Marina, não foi surpresa – eu mesmo previ isso, baseado no efeito comoção (só não previ a rapidez da ascensão e queda).
2. Outra surpresa foi o tucano que tinha virado pó ter conseguido tornar-se um pó-ssível (ou pó-cível), como dizia meu amigo Edson Vidigal, nas suas campanhas da década de 60 para vereador de Caxias, Maranhão. É verdade que Aécio foi muito ajudado pela incompetência da campanha de Marina (iniciada com o imbróglio do “sim, pastor Malafaia”), mas foi principalmente o poder paulista e a mídia que conseguiram fazê-lo alçar voo novamente. Curiosamente, se conseguir o segundo turno, como indicam as pesquisas, talvez tenha contra ele exatamente o poder paulista do vitorioso Alckmin, que está de olho em 2018.
3. A vitória de Alckmin não foi surpresa, assim como não foram surpresas, para mim, as vitórias de Dilma e Pezão, no Rio. Em agosto do ano passado, postei no meu Blog: “Adoro bola de cristal. Desde que tenham pesquisas por trás, perfis bem definidos, muita informação, histórico bem avançado de todos os atores e cenários – enfim, um papo aqui, papo acolá, e imaginação com pé no chão. Vou usar minha bola de cristal para tentar prever três resultados eleitorais”. Os três resultados:
a. Dilma (PT) vence, talvez no primeiro turno.
b. Alckmin (PSDB) vence em São Paulo.
c. Pezão (PMDB) vence no Rio (...). Talvez seja a previsão mais polêmica, mas é bom lembrar que, hoje, os principais nomes (além do Pezão, temos Lindberg, do PT, talvez Garotinho, do PR, e Cesar Maia, do DEM) estão praticamente em empate técnico, com a vantagem para Pezão de ser o menos conhecido e de poder contar com a máquina estadual e a com a política de segurança que mais deu certo até agora. (...) Pezão conta também com a alta rejeição dos outros três e não se contamina com a rejeição (talvez temporária) de Sérgio Cabral. Seu estilo pé no chão, realizador, alheio aos holofotes passou a ser grande virtude para o momento.
Aliás, há pouco mais de 3 meses, o jornalista Roberto Barbosa me perguntou pelo Skype quem venceria, Pezão ou Garotinho? Respondi Pezão. Ele disse que, se isso acontecesse, ele publicaria que eu fui o único oráculo que tinha previsto isso quando Pezão ainda estava com 4%. Veremos no Blog do Roberto Barbosa.
4. Depois do desastre do avião, o maior desastre, para mim, foi a campanha de Lindberg para o Governo do Rio. Pensei, inicialmente, que ele iria para o segundo turno junto com Pezão. Mas seu marketing eleitoral foi errado do começo ao fim. Percebi logo pela foto oficial. Como ainda trazia resquício de cara-pintada, irreverente, daqueles que entram na casa dos eleitores e pedem para tomar banho, conhecido como “Lindinho” por mocinhas enlouquecidas, foi necessário dar seriedade à sua imagem para se qualificar como “Governador”. Foi o que fizeram, mas exageraram na dose: além de sério, ele ficou de cara triste. Não parou por aí. Um quadro forte e repetido exaustivamente em seu programa de TV, mostrava Lindberg atacando o candidato Pezão com a mesma cara triste, cercado por jovens cabisbaixos, mais tristes ainda. Faltou a alegria que ele sempre soube imprimir às suas campanhas. Pior: trouxe para o foco inicial o conceito de cidade partida / estado partido ou “ricos versus pobres”. Muito bom, mas com o desenvolvimento errado – em vez de usar isso para uma proposta de unir/nivelar os dois mundos, ele ampliou o abismo, dando um tom que parecia condenar o mundo da classe média. A classe média que estava pronta para abraçá-lo, mas acabou largando-o no abismo. Como disse Quaquá, presidente do PT-RJ, para o candidato: “Fizeram de você o Não-Lindberg”.
5. Uma grande e simpática surpresa foi o candidato a Governador do Rio, pelo PSOL, Professor Tarcísio. Já conhecia pessoalmente, porque ele esteve, anos atrás, na minha empresa, como um dos dirigentes do SEPE. Mas jamais poderia imaginar que ele teria desempenho tão excelente.

Meus votos, logo mais, não serão surpresas – apenas o voto para Senador, que decidi ontem, depois de um bom papo com meu cunhado, Edwaldo Cafezeiro.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Eleições 2012: São Paulo vai virar Brasil de Lula e Dilma



Como até Gilmar Mendes diria, até as pedras sabem que São Paulo quer mudar. Garanto que tem pesquisa de intenção de voto para Prefeito da Capital que já captou isso, mas o que se viu até agora foram velhos nomes liderarem a preferência popular. Aliás, isso é natural. Nesse momento de candidaturas ainda não divulgadas amplamente, é mais do que lógico que se responda o primeiro nome que vem à cabeça. Daí políticos tradicionais como Russomano, Serra e Netinho aparecerem na liderança. Mas são nomes que também devem liderar os índices de rejeição até o final – principalmente Serra. E o apoio de Alckmin e Kassab só faz piorar as coisas.
O que está acontecendo, afinal? O povo paulistano está vendo no Brasil que está à sua volta um mundo inteiramente novo e bem melhor, no qual ele não está inteiramente inserido. O paulistano quer renovação, quer viver 100% o Brasil de Lula e Dilma. Por isso tenho certeza que quando Haddad (que deve estar em quarto lugar nas intenções de voto, logo atrás dos velhos conhecidos) é associado a Lula e Dilma, ele pula para a liderança, com uns 40% a 50% das intenções. Os nomes de Andrea Matarazzo e Afif Domingos, associados a Serra e Alckmin (o primeiro) e a Kassab (o segundo), juntos, não devem nem mesmo chegar a 30%.
A opção do PT por Haddad atende perfeitamente os anseios da população. A mudança é inexorável, e Lula percebeu isso de longe. Hoje, quem se informa bem também sabe disso.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma imagem fala mais do que 3.321 palavras



Vamos ser francos – o discurso de Aécio foi muito chocho. E dificilmente poderia ser diferente, já que a oposição encontra-se desprovida de discurso. Não há um único de seus representantes capaz de falar qualquer coisa consistente. E o que é pior: graças ao excelente (e surpreendente) desempenho político de Dilma, a oposição já não conta com o apoio irrestrito da mídia e de amplos setores da classe média. É verdade que ele tentou uma jogada municipalista, defendendo a descentralização da arrecadação dos impostos, mas foi pouco. A postura de Aécio com seu discurso lembra antiga campanha publicitária da locadora Avis, nos Estados Unidos, que, diante da inquestionável liderança da concorrente Hertz, decidiu posicionar-se como “número 2”. Aécio por enquanto quer apenas isso – firmar-se o “principal número 2”. A palavra significativa que ele mais usou (no seu discurso de 3.321 palavras) foi “oposição” (11 vezes), seguida de “ética” (7 vezes) e “Minas/mineiro” (6 vezes). Serra mereceu duas citações, à frente de Alckmin, de Dornelles e até de Tancredo (uma vez cada). Zé Alencar, nada. Itamar, quatro. E Fernando Henrique, três. Lula teve duas. Dilma/presidente quatro. Aécio saiu na frente para ser o número 1 da oposição. E isso na atual conjuntura talvez queira dizer muito pouco. Como disse Lindberg, dirigindo-se a Aécio Neves: "Vossa Excelência é o futuro. Vai liderar esta oposição... Por muitos anos”. Ganhou o Troféu Ironia...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Está mais do que provado: Aécio apóia Dilma contra Serra


Já deixei claro inúmeras vezes neste Blog que Aécio não está nem um pouquinho interessado em uma hipotética vitória de Serra, muito ao contrário. Ele quer que Serra e todo o tucanato paulista afunde de vez. Alckmin, ainda passa, desde que se acomode sob suas asas. Essa linha de pensamento casa perfeitamente com o objetivo imediato lulo-petista de derrotar a oposição paulista. Na minha postagem da semana passada, Derrotar ou não derrotar Aécio – eis a questão, escrevi que Aécio “ajuda a minar a liderança paulista” e que, por outro lado, se Lula avançasse contra Aécio, “estaria reaproximando Minas e São Paulo, dando mais fôlego a esse eixo cambaleante” e ainda “estaria matando o voto “dilmasia”, essencial para a vitória consistente de Dilma em Minas”.
Hoje, confirmando minha análise, o Painel da Folha, da jornalista Renata Lo Prete publica três notinhas bem reveladoras:
"Cristianização cruzada"
Não obstante a esperada aparição de Lula amanhã ao lado de Hélio Costa (PMDB), o comando da campanha de José Serra (PSDB) se convenceu de que Minas assiste a uma "cristianização cruzada": o presidente cumpre tabela em relação ao aliado local, que perde terreno para Antonio Anastasia (PSDB), cujo padrinho, Aécio Neves, tampouco se empenha por Serra.
A percepção do QG serrista foi consolidada pela notícia, vinda do entorno de Aécio, de que ele e Lula tiveram longa e recente conversa por telefone. Na avaliação de aliados do candidato presidencial tucano, a contínua expansão do voto "Dilmasia" vale mais para o Planalto que a eleição de Costa.
Sem tela
A campanha de Serra já pediu mais de uma vez aos tucanos de Minas que o incluam na propaganda de TV de Anastasia. Um dos apelos foi feito pelo próprio Serra, sem resultado.
Senha
Ao defender a aproximação do PSDB com o PSB e o PDT em 2011, Aécio teria, na interpretação de petistas, sinalizado a intenção de se integrar ao projeto lulista para 2014. Disso resultaria a relativa indiferença do presidente para com as aflições de Hélio Costa.

terça-feira, 23 de março de 2010

Em Minas, Serra perderia até para Alckmin


Estão circulando informações sobre uma pesquisa Vox Populi em Minas. Dilma já teria 45% contra 29% de Serra, 7% de Ciro e 5% de Marina. É bom lembrar que no primeiro turno de 2006, em Minas, Lula teve 48,61%, Alckmin teve 41,64% e Heloísa Helena teve 6,85%. Se os dados se confirmarem, talvez fosse o caso dos tucanos trocarem: Serra para re-eleição em São Paulo e Alckmin para candidato à Presidência - que perderia de novo, mas perderia melhor...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Eleição plebiscitária: se Cesar Maia diz que está errada, é porque está certa – e vice-versa

No seu Ex-Blog de hoje, Cesar Maia fala de eleição plebiscitária e “prova”, por B mais A, que ela favorece ao Serra. Alguém acredita que ele acredita nisso?
Vou comentar, em itálico e negrito, o seu texto abaixo:

A QUEM INTERESSA UMA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL PLEBISCITÁRIA?
1. A dinâmica do processo pré-eleitoral até este início de 2010 mostra que a campanha presidencial sofreu mudanças importantes. O lançamento a fórceps de Dilma por Lula e o estressamento em suas aparições acompanhadas deste, mostraram que seu potencial é menor do que se imaginava. Sua imagem – burocrata – e a de Lula – paizão – são opostas. O fato de Dilma ter nos setores de renda menor a mesma média que tem em geral, pode ser também por dificuldade de introjeção.
A questão é elementar, e não tem nada de “introjeção”: a informação demora mais a chegar à população de baixa renda. Imensa parte ainda nem sabe que Lula não será candidato novamente.


2. Ciro, nas últimas pesquisas de 2009, mostrou menos potencial do que se imaginava, e mesmo no nordeste passou a ter sua média igual a geral, apesar de disparar no Ceará. Sem o Ceará, curiosamente, teria no nordeste menos do que nas demais regiões. Hoje, se poderia dizer que se ele ficar, vai ser só para atrapalhar Dilma. Havendo consciência disso, ele deixará de ser candidato.
Não é bem assim. Pelo Datafolha, hoje Ciro tira mais votos de Serra, no primeiro turno.


3. Marina teve sete meses para sair da Amazônia e entrar nos demais Estados. Copenhague mostrou isso: seu destaque estava entre os de outros países preocupados com a Amazônia. O programa do PV não acrescentou uma vírgula à sua intenção de voto. Se conseguir reproduzir o resultado de Heloísa Helena, será um sucesso. Dessa forma, a Marina que cresceria e tornaria o segundo turno compulsório, parece não existir mais. Ela passou a ser um número baixo que levará ou não a eleição para o segundo turno, dependendo da diferença de Serra e Dilma.
Pelo Datafolha, Marina tirava mais votos da esquerda. Mas agora ela deve ter perdido de vez esses votos. Provavelmente estará também tirando mais votos de Serra no primeiro turno.

4. Num quadro como esse, a eleição plebiscitária tende a passar a interessar especialmente a Serra. As razões parecem claras. Se a introjeção da imagem de Dilma não será simples, quanto menor o tempo de exposição, pior para ela. Sem experiência eleitoral, com imagem fotograficamente mutante, com uma TV dia sim, dia não, e cheia de ruídos de governadores, senadores, deputados federais e estaduais, maior a dificuldade para fazer entender que ela é "irmã" de Lula.
Num quadro como esse, a eleição plebiscitária tende a passar a interessar especialmente a Dilma. E o texto de Cesar Maia, no fundo, confirma isso. Aliás, ele sabe muito bem o que é eleger um sucessor desconhecido – afinal, ele elegeu ninguém menos do que Luiz Paulo Quem? Conde para seu sucessor.


5. Os temas – economia, social, saúde, segurança, política externa..., – terminam não sendo diferenciadores. Até porque a oposição prefere o "somos todos iguais nesta noite", ou tudo começou com FHC, que a diferenciação, por temor à popularidade de Lula. A eleição vai depender de tipping points e da clássica dialética "segurança-insegurança" do eleitor. Segurança/Insegurança no sentido de risco. A capilaridade dos candidatos a governador do PT ou os realmente integrados é menor que os da oposição em proporção ao eleitorado.
Aqui ele está certo: quando a insegurança com relação ao retorno aos tempos de FHC se espalhar como vírus, a eleição estará inteiramente definida. Talvez sem segundo turno.


6. Num segundo turno, com 10 minutos para cada lado, todo dia, sem os ruídos do primeiro turno, com as imagens limpas, com debates polarizantes, com a experiência adquirida na campanha e, por isso tudo, com a maior facilidade para Lula explicar o que a burocrata tem que ver com o paizão, Dilma terá um terreno mais fértil para avançar. Lembre-se de Alckmin x Lula em 2006.
Certo novamente.


7. Com essas preliminares, a tese da eleição plebiscitária, que pesava a favor de Dilma, agora pesa a favor de Serra. Nesse sentido, quanto menor o peso de Marina, maior a probabilidade da eleição se decidir no primeiro turno, e sendo assim, hoje, maior a probabilidade de vitória de Serra. Um quadro curioso, pois é o inverso do que se pensava seis meses atrás.
Atenção: Marina está perdendo peso, é verdade, mas apenas do lado esquerdo. Do lado direito está engordando. A candidatura dela está virando um peso... para a Oposição.



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O apagão da Oposição

No seu desespero anti-Lula, a Oposição tenta encontrar um fio de luz no apagão elétrico dessa semana. Sem visão clara do que aconteceu, tenta fazer passar a idéia de que agora não tem mais como acusar Fernando Henrique pelo racionamento que ele provocou. Raciocínio ingênuo, por dois motivos: primeiro, porque no caso tucano faltou planejamento, o que é um absurdo; segundo, porque com isso ressurge da penumbra o fantasma de Fernando Henrique para a comparação eleitoral. A Oposição também tentou se ligar nas explicações do estranho Lobão (o ministro, não o compositor), mas deu curto-circuito, porque tratava-se de armadilha: Lobão estava apenas acendendo o holofote para a entrada em cena de Dilma. A Oposição/Mídia ainda tenta levantar a tocha do investimento insuficiente, mas essa pilha está fraca, porque, comprovadamente, o país dispõe hoje de um dos mais avançados sistemas elétricos do mundo, exatamente o oposto dos tempos “à meia-luz” de Fernando Henrique. Enquanto isso, a Oposição tateia no escuro vivendo um apagão de candidatos. Para a Presidência, acende uma vela a Aécio e outra a Serra; em São Paulo, não consegue ver brilho nem na candidatura de Alckmin nem na de Aloysio Nunes; no Rio, faltam fósforos, isqueiro, interruptor, lâmpada... falta tudo! Enfim, a Oposição está completamente às cegas. Com relação ao apagão propriamente dito, as explicações dadas ao Bom Dia Brasil por Eduardo Barata, diretor de operações do ONS, me pareceram convincentes. E o artigo de hoje na Folha (ver abaixo) de Luiz Pinguelli Rosa serve de facho seguro para quem ainda tem dúvidas.
Blecaute
LUIZ PINGUELLI ROSA
Não há sistema tecnológico sem falhas. Mas o sistema interligado é inteligente, pois otimiza o uso da geração hidrelétrica
AINDA PAIRAM algumas dúvidas sobre o blecaute que atingiu vários Estados brasileiros, mais drasticamente São Paulo e Rio de Janeiro.
É preciso esclarecer, porém, que o ocorrido na terça-feira foi totalmente diferente do chamado apagão de 2001, quando o governo decretou um racionamento obrigatório de energia elétrica para toda a população, sob pena de desligamento de residência ou empresa por alguns dias caso não fosse cumprido o corte no consumo.
Naquela ocasião, havia falta de energia para atender a demanda, pois esta vinha crescendo mais rapidamente do que a capacidade instalada no país. Enquanto houve chuvas suficientes para a geração hidrelétrica, o sistema funcionou e o problema foi adiado. Quando as chuvas se reduziram, os reservatórios estavam vazios e faltou energia no sistema.
Alertei o então presidente Fernando Henrique Cardoso por uma carta, como coordenador do Instituto Virtual da Coppe/UFRJ, e cheguei a conversar com José Jorge, à época ministro de Minas e Energia.
Naquele caso, houve falta de investimento. As estatais elétricas, a começar pela Eletrobrás, reduziram seus investimentos, pois aguardavam a privatização. Já as empresas privatizadas, a maioria delas distribuidoras nos Estados, pouco investiram.
O problema da última terça-feira tem mais semelhança com o blecaute de 1999, que também desligou São Paulo e muitas outras cidades, algumas por muito mais horas do que o recente incidente. Aquele problema se originou em uma subestação de transformadores em Bauru (SP), causado por uma sobretensão elétrica supostamente devida a um raio que atingiu a linha de transmissão a muitos quilômetros de distância e se propagou até a subestação -que deveria estar protegida. Como não estava, o sistema falhou.
O que ocorreu nesta semana foi a interrupção de três linhas que trazem a energia de Itaipu ao Sudeste, acarretando o desligamento de todas as turbinas da usina e causando o desligamento de várias outras linhas em cascata. Daí a propagação do blecaute ter atingido tantas cidades. O efeito é como uma série de pedras de dominó que caem uma por cima da outra.
O desligamento das linhas em sobretensão é correto, pois as protege e evita danos a equipamentos e perdas de transformadores por sobrecarga. Portanto, o desligamento automático das linhas de transmissão é inevitável em certos casos críticos como o de agora. Os efeitos seriam muito piores se o desligamento não ocorresse.
No entanto, algumas questões ainda precisam ser respondias. A primeira delas é o que causou a sobrecarga. Uma hipótese aventada é que raios tenham causado tudo isso. Três linhas sofreram colapso, embora todas sejam protegidas por para-raios, que são fios paralelos ao longo das linhas.
Talvez uma delas tenha sido atingida, a sobretensão tenha se propagado indevidamente para dentro da subestação em que as outras também tenham sido afetadas. É uma hipótese.
Como evitar a repetição de blecautes? Não há sistema tecnológico com 0% de falhas. O que pode ser feito é minimizá-las, tanto na frequência de ocorrências desse tipo como na gravidade delas.
Eliminar o uso da transmissão de longa distância seria uma bobagem, pois o Brasil é uma Arábia Saudita hidrelétrica. Integrando em um longo tempo a energia que se pode obter do potencial hidrelétrico brasileiro, o resultado é maior que a energia do petróleo do pré-sal. O sistema interligado é inteligente, pois otimiza o uso da geração hidrelétrica, complementada por outras fontes.
Uma proposta que tem sido recentemente estudada em todo o mundo é o de redes elétricas inteligentes, ou seja, fazer uma gestão melhor das redes para diminuir incertezas, evitar problemas de pico de tensão e falhas, com um sistema de controle ponto a ponto ao longo das redes.
Nos Estados Unidos, Nova York sofreu um blecaute em 2003 que, sob certos aspectos, foi mais grave.
Há poucos meses, o professor Pravin Varaiya, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, esteve no Programa de Planejamento Energético da Coppe para participar de um seminário sobre essas redes inteligentes de energia elétrica. Mas os estudos ainda precisam avançar, inclusive para prevenir vulnerabilidades como o acesso indevido à rede por hackers.
O que se mostrou vulnerável aqui no nosso caso foi a enorme extensão da área atingida e a grande população que sofreu as consequências, pois não se conseguiu ilhar a propagação do efeito para circunscrever suas consequências a uma região menor. É necessário apurar os fatos para corrigir as falhas e aperfeiçoar o sistema.
LUIZ PINGUELLI ROSA , 67, físico, é diretor da Coppe-UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Foi presidente da Eletrobrás (2003-04).

domingo, 7 de setembro de 2008

A foto da eleição

Essa foto, feita por Pisco del Gaiso, em 25 de outubro de 94, e publicada hoje pela Folha, reflete a alma da dupla Alckmin-Kassab.

sábado, 16 de agosto de 2008

Eleição SP: Marta a 2,5 pontos de vencer no priemiro turno

A nova pesquisa Ibope mostra um cenário muito novo para as eleições municipais de São Paulo. Não se trata apenas do avanço de Marta ou da queda de Alckmin. A novidade é que Marta está perto de vencer ainda no primeiro turno. De acordo com a pesquisa, existem 87% de votos válidos e Marta tem 41%. Para vencer no primeiro turno, ela precisará ter 43,5% mais um voto. Falta muito pouco e o Horário Eleitoral Gratuito ainda nem começou.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Eleição SP: Datafolha confirma este Blog

Já falei aqui que Kassab (DEM, ex-PFL) está sendo rifado em São Paulo e a Pesquisa Datafolha divulgada ontem confirma isso. A tendência deve ser aumentar cada vez mais a polarização entre Marta (PT) e Alckmin (PSDB). Kassab (11%) e o pepista Maluf (8%) serão os grandes paparicados pelos líderes.

sábado, 5 de julho de 2008

Eleição em São Paulo: ninguém segura Marta

Saiu a primeira pesquisa Datafolha depois da oficialização dos candidatos em SP. Marta disparou. Veja o que diz o Datafolha:
Marta é líder isolada, com 38% das intenções de voto
(...) Marta Suplicy (PT), liderando a disputa, com 38% das intenções de voto, sete pontos à frente do ex-governador paulista e candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que atinge 31% das preferências. A vantagem de Marta sobre Alckmin supera a margem de erro máxima da pesquisa, de três pontos percentuais para mais ou para menos. Vêm a seguir o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM, com 13% das intenções de voto, e o ex-prefeito Paulo Maluf, do PP, com 8%. Soninha, do PPS, atinge 1%. Levy Fidelix (PRTB), Ciro Moura (PTC), Renato Reichman (PMN) e Ivan Valente (PSOL) foram citados, mas não atingem 1% das menções. Os nomes de Anaí Caproni (PCO) e Edmilson Costa (PCB) constavam do cartão circular apresentado aos entrevistados, mas não foram citados por nenhum dos entrevistados. Se a eleição fosse hoje, 5% votariam em branco ou anulariam o voto. Não saberiam em quem votar 3%. Foram ouvidos 1085 moradores da cidade de São Paulo, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 3 e 4 de julho de 2007.

terça-feira, 25 de março de 2008

Eleição no Rio: César Maia errou como político e como marqueteiro

César Maia acreditou piamente que a aliança do seu DEM (ex-PFL) com o PMDB no Rio seria pra valer. Eu cansei de dizer aqui que isso não faria qualquer sentido para o PMDB. Parafraseando Obama (e depois o Alckmin), como pode o maior ceder o lugar para quem está acabando? O PMDB, caso se aliasse a César Maia, estaria simplesmente entregando de bandeja o Rio a um DEM em fim de carreira. César Maia também errou como marqueteiro, ao se empenhar tanto em demonstrar que sua pupila, Solange Amaral, era viável eleitoralmente. Veio a superchapa de Sérgio Cabral e Lula, com apoio de Dornelles e do PSB... e o sonho acabou. Claro que é louvável o esforço que César Maia estava fazendo, mas qualquer um podia prever que era um esforço inútil. Relendo agora o seu Ex-Blog de hoje sobre os candidatos no Rio, chega a dar pena:
O QUADRO PRÉ-ELEITORAL DO RIO EM MARÇO!
  1. Com as pesquisas informadas pela imprensa e as articulações políticas seguidas de informações a respeito, o quadro eleitoral do Rio está definido em dois vetores: Crivella e Solange Amaral. Embora a candidatura de Gabeira com o tempo de TV do PSDB também esteja definida, o campo da dinâmica de sua candidatura não está.
  2. Entre os candidatos deste campo estão Jandira, Gabeira, Chico Alencar e Molon. Os dois últimos parecem ter suas candidaturas confirmadas. Mas estas se sobrepõem à do Gabeira e com isso ficam inviabilizadas e apenas trocam votos entre si.
  3. Jandira tem suas intenções de voto muito melhor espalhadas que as do Gabeira. Mas sem tempo de TV ficará inviabilizada para abrir seu leque eleitoral, regional e socialmente. Por isso sua procura do PSB e do PDT para ter algum tempo significativo de TV. Não será simples, pois isso afetará as chapas de vereadores do PDT e PSB e inviabilizará o crescimento dos mesmos no Rio.
  4. Desta forma, o mais provável é que Crivella e Solange avancem sobre seus campos de eleitores potenciais e os demais façam uma espécie de eleição paralela entre eles. Nesse momento nesta eleição paralela - só com os nomes deles - venceria - entre estes 4 - Jandira, Gabeira, Chico e Molon - Jandira com alguma folga.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Eleições 2008: se continuar assim, só restará à oposição paulistana relaxar sem gozar

A Pesquisa sobre intenção de voto para Prefeito de São Paulo que a Folha e o Ibope estão divulgando deve estar provocando uma revoada no ninho tucano e um clima infernal no mundo Demo. Marta Suplicy (PT), que estava sendo considerada carta fora do baralho, lidera o cenário de primeiro turno que tem seu nome. Tem 29% contra 27% do ex-Governador Alckmin (PSDB) e 17% do Prefeito Kassab (DEM, ex-PFL). É verdade que nos cenários de 2º turno ela perde tanto para Kassab (47% X 38%) quanto para Alckmin (51% x 39%). Mas caso ela decida de fato se candidatar, deverá ser uma disputa pau a pau. Vai ser difícil saber quem vai relaxar e gozar...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Todos os partidos do Brasil têm candidato próprio à Presidência da República

Não entendo toda essa quizumba em torno da candidatura própria do PT para as eleições presidenciais de 2010. Ou melhor, entendo, sim. A oposição, com apoio da grande imprensa, quer acabar de vez com o PT e, para isso, busca pêlo em casca de ovo. É natural que o maior partido, que elegeu o Presidente atual, coloque a sua alternativa de candidato para seus aliados - e os aliados fazem o mesmo. Além disso, é mais do que natural que qualquer partido tenha candidato em todas as instâncias, para todos os cargos. Um partido existe para ter voto. Ou - concluindo acacianamente - sem voto, um partido não existe. E a candidatura própria majoritária é importante para os cargos majoritários, evidente, mas também é importante para fortalecer bancadas parlamentares. É claro que, verificando que não dispõe da maioria dos votos para eleger seu candidato, um partido procure se aliar a outro para, juntos, terem uma candidatura vitoriosa. De qual dos partidos sairá o nome do candidato, é uma decisão conjunta, fruto de muito debate, muita negociação e medição de força eleitoral. Isso se chama jogo da democracia. Quem, por exemplo, é o nome eleitoralmente mais forte para 2010 na base governista? Ciro (Bloco de Esquerda), Nelson Jobim (PMDB) ou Dilma (PT)? Hoje, provavelmente seria o nome de Ciro. Mas ainda estamos muito distante da hora certa para definir o candidato comum e nem sabemos ao certo se são esses os pré-candidatos. Provavelmente muita coisa vai mudar e as negociações estão apenas começando. Vejamos o exemplo das eleições municipais do próximo ano - a indefinição de nomes ainda é imensa. Em São Paulo, por exemplo, a aliança conservadora vai de Kassab ou de Alckmin? Ou dois serão candidatos, deixando a aliança para um possível 2º turno? E no Rio, qual será o candidato dos partidos que compõem a base governista (nacional)? O PT ainda não se decidiu se terá um nome e qual será: Benedita? Edson Santos? Molon? Vladimir? Minc? O PMDB é a sigla mais forte elelitoralmente, mas está sem nome próprio capaz de disputar. O PRB tem Crivella liderando as pesquisas. O PCdoB tem o nome forte de Jandira Feghali. O PDT tem o nome forte do Deputado Federal Miro Teixeira. O PSB poderia voltar a experimentar o Deputado Federal Alexandre Cardoso. O PHS teria quem - Esdras Macedo? E o PMN - o Deputado Estadual Christino Áureo? Tudo é possível, todos podem ter candidato próprio - a eleição já é no próximo ano. Faltam menos de 13 meses e ainda não decidiram sobre candidatura única ou comum a todos ou comum a alguns! Por favor, mais juízo no noticiário. A imprensa pode escrever o que quiser, mas precisa tomar mais cuidado com as historinhas que anda inventando.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Cesar Maia bate em Serra: qual o motivo?

No seu Ex-Blog de hoje Cesar Maia (Dem) escreve: "SERRA: CAIXA ECONÔMICA DE SP PAGOU 2 BILHÕES PELA FOLHA DE PAGAMENTOS! Sem licitação e por arbitramento. Sangrou o setor publico, descapitalizando a Caixa Econômica-SP. Por que não abriu a licitação para que o setor privado usasse seus recursos?" Como em política nada é de graça, por que será que Cesar Maia resolveu dar essa pancada em seu "amigo" e aliado em São Paulo? Até o momento, sabemos que Serra (PSDB) é quem mais apóia a candidatura de Kassab (Dem) para a Prefeitura de São Paulo em 2008. Dois motivos surgem, talvez três (ou mais...). 1) Cesar Maia percebeu que dificilmente Serra conseguirá evitar o lançamento de uma candidatura tucana (possivelmente Alckmin) em 2008 e, por isso, já começou a marcar diferenças batendo na administração tucana; 2) Cesar Maia não está tão preocupado com a candidatura Kassab (o que é difícil, mas não impossível) e só pensa em 2010; 3) Independente de qualquer eleição, Cesar Maia está interessado em marcar um lugar específico para seu Democratas no espectro político - já está claro que faz oposição ao Governo Lula, mas precisa definir as diferenças entre os partidos de oposição, principalmente o PSDB. Os próximos movimentos responderão melhor.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Governadores continuam em lua de mel com a população

A pesquisa Datafolha divulgada hoje pela Folha de São Paulo (assinantes) é bastante favorável aos governadores dos 3 maiores estados do Sudeste (SP, MG e RJ). A pesquisa busca a avaliação que a população faz desses primeiros meses de mandato e traz resultados superiores aos de outros mandatos. Aécio Neves (PSDB), de Minas, é o que menos surpreende. Ele já está no segundo mandato e sua aprovação, 71%, está compatível com os índices do período eleitoral. Ele tem apenas que fazer manutenção para se cacifar a postulante do cargo presidencial. Sérgio Cabral (PMDB) superou os índices de Rosinha (PMDB, 22%) e Marcello Alencar (PSDB, 26%) nas pesquisas feitas nos períodos equivalentes (Garotinho - PDT, PSB e depois PMDB - não tinha sido avaliado). Ele está muito bem, certamente, pelos contrastes com os antecessores. Trouxe idéias novas, disposição para administrar, está bem na mídia. Isso apesar do Rio ter sido com certeza o estado que mais ganhou manchetes sobre violência neste ano. José Serra (PSDB) tem-se mostrado inteligente. Conseguiu desvincular seu nome da tragédia do Metrô e, mal ou bem, do fracasso da educação em São Paulo. Superou os índices dos tucanos que o antecederam (Mário Covas 31% e Alckmin 34%). Mas mostrou que não está tão bem na Capital, 31%, onde teremos eleição importante no ano que vem. O seu candidato, o atual prefeito Gilberto Kassab (PFL), tem apenas 15% de aprovação e 42% de rejeição. Há ainda um fato positivo a considerar nos bons índices desses governadores: o bom relacionamento (principalmente de Sérgio Cabral) com Lula. Isso faz bem ao povo, que deseja que esse amor seja eterno enquanto dure - o que vai ser duro, se nos próximos meses pelo menos parte das expectativas não se confirmarem.