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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Enigma do Copom: decifra-me ou aumento os juros

Faço minhas as palavras do Senador Francisco Dornelles (PP, RJ), "O Copom vai cometer um grande erro se aumentar a taxa Selic", e acho que a taxa dessa vez não deveria ser aumentada. Mas ninguém acredita na possibilidade do Copom agir diferente. A justificativa para o provável aumento é a inflação alta dos últimos meses, acima da meta do Governo. Mas, por mais que digam, essa postura não pode ser tão automática. Os motivos inflacionários do final do ano passado já não parecem os mesmos e Guido Mantega está claramente empenhado em cortar gastos - mesmo mantendo a política de desenvolvimento. Os juros altos agora prejudicariam fortemente nossa moeda e nossa posição no mercado internacional, acabaria sendo ruim para nosso mercado interno. Os únicos beneficiados seriam aqueles que se utilizam do dólar especulativo - inclusive brasileiros, como aponta reportagem de hoje da Folha ("Exportador especula com dólar deixado fora do país"): nossos exportadores depositam seus ganhos em dólares em bancos no exterior, que trazem esses dólares para vender no Brasil (geralmente ao Banco Central) e dividem os lucros com os exportadores. A denúncia é do próprio vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro. Enquanto isso, o Copom mantém-se como aquela esfinge que a apenas o mercado financeiro é capaz de decifrar.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Será que Lindberg errou de sigla?


Nunca vi alguém buscar tanto ter inimigos quanto Lindberg. Já vimos aqui que no ano passado seu grande inimigo era Sérgio Cabral. Depois voltou-se contra a Direção Nacional do PT, que passou a tratar de “PT paulista” (pausa para lembrar que em 2004, para vencer Adeilson Telles na disputa interna pela candidatura a Prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg buscou apoio de Zé Dirceu, Genoíno, Sílvio Pereira, Delúbio e toda a cúpula petista; depois de indicado, aliou-se ao PSDB...). Lindberg puxou briga com o município de Belford Roxo, administrado pelo também petista Alcides Rolim, e agora parece que resolveu brigar com o PT inteiro: no afã de se candidatar a alguma coisa (em vez de concluir o mandato de mais 3 anos), resolveu pedir apoio para a indicação de uma pré-candidatura ao Senado adivinha a quem? A Lula, você diria. Ou a Dilma. Ou ao Berzoini, atual Presidente Nacional do PT. Ou ao Dutra, o Presidente eleito. Nada disso, foi buscar apoio do Senador Francisco Dornelles, principal liderança do PP! As siglas PT e PP soam parecidas, mas não pode haver engano. Dornelles, com todo o respeito, não vota na Convenção do PT (ou será que vota?). Mas a coisa vai mais longe, segundo o Panorama Político de hoje do jornal O Globo: “Dornelles disse que apoiava a candidatura de Lindberg e pediu para indicar o primeiro suplente”. Perdão a todos, mas acho que cabe aqui a sigla PQP...

terça-feira, 25 de março de 2008

Eleição no Rio: César Maia errou como político e como marqueteiro

César Maia acreditou piamente que a aliança do seu DEM (ex-PFL) com o PMDB no Rio seria pra valer. Eu cansei de dizer aqui que isso não faria qualquer sentido para o PMDB. Parafraseando Obama (e depois o Alckmin), como pode o maior ceder o lugar para quem está acabando? O PMDB, caso se aliasse a César Maia, estaria simplesmente entregando de bandeja o Rio a um DEM em fim de carreira. César Maia também errou como marqueteiro, ao se empenhar tanto em demonstrar que sua pupila, Solange Amaral, era viável eleitoralmente. Veio a superchapa de Sérgio Cabral e Lula, com apoio de Dornelles e do PSB... e o sonho acabou. Claro que é louvável o esforço que César Maia estava fazendo, mas qualquer um podia prever que era um esforço inútil. Relendo agora o seu Ex-Blog de hoje sobre os candidatos no Rio, chega a dar pena:
O QUADRO PRÉ-ELEITORAL DO RIO EM MARÇO!
  1. Com as pesquisas informadas pela imprensa e as articulações políticas seguidas de informações a respeito, o quadro eleitoral do Rio está definido em dois vetores: Crivella e Solange Amaral. Embora a candidatura de Gabeira com o tempo de TV do PSDB também esteja definida, o campo da dinâmica de sua candidatura não está.
  2. Entre os candidatos deste campo estão Jandira, Gabeira, Chico Alencar e Molon. Os dois últimos parecem ter suas candidaturas confirmadas. Mas estas se sobrepõem à do Gabeira e com isso ficam inviabilizadas e apenas trocam votos entre si.
  3. Jandira tem suas intenções de voto muito melhor espalhadas que as do Gabeira. Mas sem tempo de TV ficará inviabilizada para abrir seu leque eleitoral, regional e socialmente. Por isso sua procura do PSB e do PDT para ter algum tempo significativo de TV. Não será simples, pois isso afetará as chapas de vereadores do PDT e PSB e inviabilizará o crescimento dos mesmos no Rio.
  4. Desta forma, o mais provável é que Crivella e Solange avancem sobre seus campos de eleitores potenciais e os demais façam uma espécie de eleição paralela entre eles. Nesse momento nesta eleição paralela - só com os nomes deles - venceria - entre estes 4 - Jandira, Gabeira, Chico e Molon - Jandira com alguma folga.

Eleição no Rio: a reviravolta continua com PSB e PP unindo-se a Lula e Sérgio Cabral

Euforia total no Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O Governador Sérgio Cabral e seu Vice, Luiz Fernando Pezão, não páram de comemorar a nova aliança PT-PMDB pela disputa da Prefeitura do Rio. Ao mesmo tempo que comemoram, movem-se rapidamente para que a aliança se amplie. O PP, através de Dornelles, já deu o sim. E Alexandre Cardoso entrou há pouco no gabinete com o mesmo objetivo e já foi possível ouvir o sim. A meta agora é vitória no primeiro turno.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O barraco de César e Syrkis na Favela da Rocinha

O Prefeito do Rio, César Maia (DEM, ex-PFL), e o seu ex-Secretário de Urbanismo, Alfredo Syrkis (presidente do PV no Estado do rio de Janeiro), resolveram armar o maior barraco adivinha onde - na maior das favelas, a Rocinha. Barraco com direito a primeira página do Globo, reprodução de e-mails trocados, publicação de trecho de livro (do Syrkis) a ser lançado, entrevistas nos principais veículos. Os alicerces do barraco estariam no desentendimento entre os dois sobre o que fazer com as construções irregulares da Rocinha, isso em 2005. Syrkis conta que tentou acabar com as irregularidades, mas César Maia teria impedido, movido por motivos políticos. Segundo ele, César estaria deixando de ser administrador para ser apenas político (algo assim). César responde na mesma moeda, dizendo que tudo não passa de encenação de Syrkis, que estaria buscando projetar-se por causa de sua candidatura a Prefeito do Rio em 2008 (algo assim). Os dois certamente têm razão. São muito próximos desde os tempos do PDT de Brizola e vinham há anos fazendo uma perceria muito bem afinada na política local. O PV servia a César para aliviar um pouco as tintas carregadas de seu conservadorismo. E César era a máquina que garantia um pouco de oxigênio ao debilitado PV. As estruturas dessa relação tiveram um abalo forte em 2006. Syrkis candidatou-se a senador pensando em conquistar uma votação expressiva e, com isso, cacifar-se para a candidatura de prefeito em 2008. Chegou até a mudar o visual para isso. E obviamente contava com o aval de César que talvez tenha sido o mentor do plano. Mas a disputa ficou muito polarizada entre Dornelles (PP) e Jandira (PCdoB), com todas as projeções apontando para a vitória da "comunista do b". César percebeu que ela é que ganharia força monumental para a disputa de 2008, e isso ele não poderia admitir. Retirou todo o apoio a Syrkis e colocou em Dornelles (que não tem a pretensão de ser prefeito), garantindo a sua vitória. O resultado é que a vida em palco iluminado que os dois tinham agora não conta mais com as roupas comuns dependuradas...