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domingo, 10 de janeiro de 2010
Será que Lindberg errou de sigla?
Nunca vi alguém buscar tanto ter inimigos quanto Lindberg. Já vimos aqui que no ano passado seu grande inimigo era Sérgio Cabral. Depois voltou-se contra a Direção Nacional do PT, que passou a tratar de “PT paulista” (pausa para lembrar que em 2004, para vencer Adeilson Telles na disputa interna pela candidatura a Prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg buscou apoio de Zé Dirceu, Genoíno, Sílvio Pereira, Delúbio e toda a cúpula petista; depois de indicado, aliou-se ao PSDB...). Lindberg puxou briga com o município de Belford Roxo, administrado pelo também petista Alcides Rolim, e agora parece que resolveu brigar com o PT inteiro: no afã de se candidatar a alguma coisa (em vez de concluir o mandato de mais 3 anos), resolveu pedir apoio para a indicação de uma pré-candidatura ao Senado adivinha a quem? A Lula, você diria. Ou a Dilma. Ou ao Berzoini, atual Presidente Nacional do PT. Ou ao Dutra, o Presidente eleito. Nada disso, foi buscar apoio do Senador Francisco Dornelles, principal liderança do PP! As siglas PT e PP soam parecidas, mas não pode haver engano. Dornelles, com todo o respeito, não vota na Convenção do PT (ou será que vota?). Mas a coisa vai mais longe, segundo o Panorama Político de hoje do jornal O Globo: “Dornelles disse que apoiava a candidatura de Lindberg e pediu para indicar o primeiro suplente”. Perdão a todos, mas acho que cabe aqui a sigla PQP...
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terça-feira, 21 de abril de 2009
Sérgio Cabral volta a ser Vice de Dilma
Sérgio Cabral (PMDB), grande amigo de Lula, esteve no ano passado altamente cotado para ser o Vice de Dilma. Depois saiu de cena e dedicou-se à reeleição para Governador do Rio. Agora seu nome voltou a entrar na roda, puxado por Tarso Genro e talvez, quem sabe, por Zé Dirceu. Sérgio Cabral já negou, mas isso não quer dizer "não" necessariamente. Se a dobradinha Dilma-Cabral se concretizar, haverá grande reviravolta na chapa governista do Rio. Certamente haverá forte aliança PMDB-PT. Pezão Vice Governador) e Minc (Ministro do Meio Ambiente) - será? Negarão tudo, mas acredito que seria o mais lógico.
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quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Os atletas cubanos: será que Elio Gaspari não morre de vergonha?
O preconceito contra Cuba é impressionante. Percebi isso até em mim mesmo, quando fui conhecer o país há 20 anos atrás. Fiquei cheio de cuidados nos preparativos, declarando cada centavo de dólar que possuía, relacionando tudo que estava levando, oferecendo minha mala para a inspeção na chegada ao aeroporto. Eles acharam aquilo meio estranho. Jogaram no lixo minha relação de pertences e me mandaram seguir em frente sem abrir a mala: "Pode ir. A gente não faz nada disso aqui". No controle de passaportes, a autoridade local riu, quando eu disse que talvez fosse melhor não carimbar os meus documentos e perguntou: "Mas as coisas não mudaram por lá? Não é verdade que a ditadura acabou?" Que vergonha senti. E que alegria tive em conviver alguns dias com o povo cubano. Um dos lugares, como turista, que fiquei mais à vontade. Quando li o texto de Elio Gaspari sobre o caso dos boxeadores cubanos que fugiram do PAN, pensei no grande preconceito que existe, mesmo entre pessoas pretensamente esclarecidas. Deixei pra lá. Mas hoje, agora há pouco, li esse texto de Max Altman no Blog do Zé Dirceu. E fiz questão de reproduzir:
A verdade desmente Elio Gaspari. Ao contrário do que escreveu Elio Gaspari em sua coluna na Folha de S. Paulo deste domingo, 5 de agosto, de que "Lula colocou o Estado brasileiro a serviço da polícia política de Fidel Castro, como resultado da detenção e do anunciado repatriamento dos boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara", o presidente brasileiro determinou ao delegado da Polícia Federal em Niterói, Felício Laterça, que informasse os atletas de que tinham direito de formalizar um pedido de refúgio ao Brasil. E que não só informasse mas que insistisse bastante nessa possibilidade. Legalmente quando se pede refúgio, aguarda-se no país a tramitação e o julgamento que é feito por um órgão independente das Nações Unidas e não pela justiça do país hospedeiro. Ao contrário também do que informa o sr. Gaspari de que os "dois foram detidos pela polícia no litoral do Rio, levados para um quartel da PM, transferidos para a Polícia Federal e colocados sob vigilância policial", Rigondeaux e Lara ficaram hospedados num hotel em Niterói entre quinta-feira e sábado, quando retornaram a Cuba em vôo fretado pelo governo cubano, decolando do Aeroporto Internacional do Galeão em torno das 21h00 de sábado, 4 de agosto. Foi no ambiente tranqüilo do hotel e não numa dependência carcerária da Polícia Federal, como insinua o sr. Gaspari, que o delegado Laterça declarou à imprensa "eles estavam ótimos emocionalmente. Pareciam exultantes e felizes com a viagem de volta. Sabem que são grandes atletas. Não estão com medo de retaliações. Acho que foram vítimas da empresa alemã. Um deles me disse: 'Há 11 milhões de cubanos a minha espera em Havana'. Insisti com eles, conversamos muito, mas não quiseram fazer o pedido de refugiados". O sr. Gaspari afirma que a atividade esportiva "na ditadura cubana é compulsoriamente estatal". Afirmação raivosa e caluniosa. Na verdade, em Cuba, o esporte, como a educação, a saúde, o lazer, a arte, é um direito de todo cidadão, desde a mais tenra idade. E esse direito é levado a sério. Os índices dos diversos organismos das Nações Unidas comprovam-no. A excelência desportiva de Cuba, um país com pouco mais de 11 milhões de habitantes, decorre da universalidade da prática desse direito, os atletas sendo descobertos, formados e preparados para as competições de alto nível por uma imensa legião de treinadores, professores de educação física, fisicultores, médicos, psicólogos, etc. O esporte em Cuba é essencialmente amador. Ninguém assina contrato para conseguir mais dinheiro. Se é verdade que alguns desportistas cubanos, especialmente no beisebol, atraídos pelos aliciadores norte-americanos ao preço de muitos dólares, deixaram seu país para viver profissionalmente do esporte, a imensa maioria, entre a qual alguns heróis do esporte universal que deixaram sua marca histórica, como Javier Sottomayor e Alberto Juantorena (atletismo), Teófilo Stevenson e Félix Savón (boxe), Regla Torres e Mireya (vôlei) rejeitaram o saco de dinheiro, preferindo ficar ao lado de seus companheiros de disputa e do povo cubano. O murmúrio do sr. Gaspari de que "Fidel Castro chamou sua delegação de volta antes da festa de encerramento do Pan porque farejou fuga em massa de atletas" já se calou de todo diante dos fatos. Esse murmúrio, que a Globo trombeteou enquanto pôde, foi desmentido, não por esta estação que escondeu vergonhosamente a realidade e sim pela concorrente Bandeirantes que exibiu inúmeros atletas cubanos desfilando no Maracanã na festa de encerramento. Diz finalmente o articulista, em fecho digno de seus colegas que militam na imprensa de Miami, que "o aparelho do Estado brasileiro deteve Rigondeaux e Lara a serviço da repressão cubana." As agências internacionais dão conta que os pugilistas encontraram-se com seus familiares numa casa de visita e colocaram-se à disposição da imprensa local e internacional. A respeito da repressão vale a pena ler as observações de Fidel Castro, antecipando-se aos comentários maliciosos e mendazes que fatalmente viriam: "A esses cidadãos não lhes espera prisão de nenhum tipo, muito menos os métodos que o governo dos Estados Unidos utiliza em Abu Ghraib e Guantânamo. ... Serão oferecidas a eles tarefas dignas e em favor do esporte de acordo com seus conhecimentos e experiência. As autoridades brasileiras podem ficar tranqüilas diante das inevitáveis campanhas dos adversários. Cuba sabe comportar-se à altura das circunstâncias." O resto é conversa fiada, como diz o próprio Elio Gaspari.
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domingo, 10 de junho de 2007
Reforma política: Zé Dirceu dá aula a Elio Gaspari
Pessoalmente, acredito que o "voto de lista", apesar de poder apresentar problemas, poderia ser uma importante contribuição aos fortalecimento dos partidos - algo extremamente necessário no momento. Mas não é o que pensaElio Gaspari, uma espécie de "Nosso Guia" do colunismo político (ou pelo menos é o que ele parece pretender por seu estilo). Na sua coluna deste domingo (O Globo, Folha), decidiu investir, de forma meio grosseira, contra a proposta de "voto de lista". Resume tudo a um "golpe do comissariado", referindo-se principalmente à cúpula do PT, mas também ao PSDB e DEM (ex-PFL). Identifica o "voto de lista" com "cassação do direito de os cidadãos escolherem seus representantes na Câmara". Apelativo, como a maior parte do que escreve: "Aos trancos e barrancos, esse direito está aí desde o século XIX. A nomenklatura do PT, assim como as do PSDB e do DEM, quer impor um sistema pelo qual os eleitores ficarão obrigados a votar nos partidos, elegendo maganos colocados numa lista de acordo com as preferências dos donatários das siglas". Em vez de fazer propostas relevantes para melhorar a possível reforma eleitoral, Elio Gaspari dedica-se a argumentos fraquinhos e bobos, usa as imagens que se tornaram negativas de Renam, Delúbio e outros menos "votados" contra o "voto de lista" e também contra o "financiamento público de campanhas". Aproveita para bater em Zé Dirceu que, no mesmo dia, deu o troco em seu Blog. Surpreendetemente, o ex-Deputado não caiu no jogo de Elio Gaspari e deu uma resposta serena, bem fundamentada, em defesa do PT e de seus pontos de vista para uma reforma política. Elio Gaspari, procurando agradar um eleitorado eminentemente lacerdista, ficou igual a esses políticos que tanto ataca. Zé Dirceu, ao contrário, mostrou-se "bem comportado" e racional. É uma pena ler um Elio Gaspari tão fraco. Mas vale a pena ler as duas colunas, clicando em "O golpe do comissariado" e em "Em defesa do voto em lista e do financiamento público".
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