domingo, 31 de maio de 2009

Datafolha: Serra começa a cair

A Pesquisa Datafolha divulgada hoje pela Folha mostra que Dilma Roussef (PT) é a única candidata que continua a subir nas intenções de voto, e que Serra (PSDB) começa a cair. A Oposição vai ter que garimpar muito ouro das CPIs - mas corre sério risco de ficar apenas com uma "Serra Pelada" nas mãos...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Oposição tem medo de Família, mas quer ser o pai da criança

A Oposição chegou à conclusão óbvia de que não adianta lutar contra o Bolsa Família do Governo Lula. E agora tenta dizer que que foi ela a mãe (ou pai) da criança. Notamos isso ou através dos vários discursos em que os seus representantes afirmam com todas as letras que o Bolsa Família nasceu no Governo Fernando Henrique, ou de forma sub-reptícia, com um pretenso distanciamento científico ou suprapartidário, como faz no seu artigo publicado hoje ("Muito além do Bolsa Família") o Deputado Rodrigo Maia (DEM). Ele começa lamentamdo "desapontar, com uma só cajadada, o triunfalismo governista, autossuficiente e mesquinho, e o radicalismo oposicionista, conservador e desconfiado". Depois diz que "estrategicamente, este é o momento dos brasileiros superarem qualquer tipo de oportunismo político-partidário e assumirem como conquistas coletivas os avanços de promoção social realizados até agora por diferentes governos, politicamente antípodas". Mais adiante, nessa busca insana de tentar esvaziar o Bolsa Família do Governo Lula, escorrega ao afirmar que "o fato marcante, datado de 1993, foi a adoção no país do conceito 'Proteções Sociais' que estabeleceu uma ordem consequente de iniciativas que contiveram os arroubos de 'queimar etapas' e deu sentido de acumulação à sequência de avanços". Esqueceu de falar que as primeiras idéias de Programas de Garantia de Renda Mínima surgiram entre pensadores liberais do século XVIII e que países europeus desenvolvidos já adotam essa idéia desde a década de 30 do século passado. Mas "esqueceu" principalmente que - surpresa! - em 1991, o Senado brasileiro aprovou, por unanimidade, o projeto de lei do Programa de Garantia de Renda Mínima apresentado pelo senador Eduardo Suplicy, do PT. Além das conquistas sociais da Constituição de 88, é esse o fato marcante nas políticas de renda mínina no Brasil. Mas algo curioso, descrito em 1999 no artigo "Pobreza - Bolsa-Escola: Uma política pública de renda mínima e educacional", pelo sociólogo e mestre em Ciências Políticas pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Silvio Caccia Bava, que, entre outros, tem o título de Consultor do Programa de Gestão Urbana - PGU para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-PNUD, deixa a Oposição em maus lençóis com essa tentativa de paternidade indevida: "Este projeto", diz Silvio Caccia Bava, "embora aprovado no Senado, fica 'congelado' por mais de 6 anos na Câmara dos Deputados por força da maioria governista que bloqueia sua aprovação". Ele continua dizendo que a partir de inúmeras iniciativas parlamentares, nos âmbitos federal, estadual e municipal, "colocou o governo federal em posição muito incômoda por manter paralisado o PGRM do senador Suplicy e um substitutivo apresentado pelo deputado Nelson Marchesan é aprovado com uma rapidez fulminante no final de 1997 e sancionado imediatamente pelo Presidente da República. O que se lamenta é o caráter extremamente restritivo dos critérios de acesso ao programa e a falta de recursos orçamentários para sua implementação. Técnicos do governo identificam os beneficiários deste PGRM como 'um conjunto vazio', uma vez que os municípios mais pobres não terão recursos próprios para complementar os recursos federais, condição para o repasse federal". O que tem a dizer sobre isso a nossa Oposição? Graças a ter levantado a bandeira contra o Bolsa Família no passado, só lhe resta manter-se no MSBP - Movimento dos Sem Bandeira Política... (Ver também "Programas de Garantia de Renda Mínima: Perspectivas Brasileiras", de Lena Lavinas)

terça-feira, 26 de maio de 2009

A ditadura militar em Seminário

Recebi este comunicado, que reproduzo:
Continuam abertas as inscrições para o Seminário sobre o golpe militar de 1964, que começa semana que vem. Se você estiver interessado, inscreva-se logo, pois as vagas são limitadas. Seminário sobre a ditadura militar
O golpe militar que derrubou, em 1964, o presidente João Goulart, completou 45 anos. Durante 21 anos, o Brasil foi submetido a uma ditadura implacável, que suprimiu direitos, reprimiu partidos e movimentos sociais, perseguiu, prendeu, torturou e matou. É muito importante que estes fatos e seus protagonistas não sejam esquecidos. As novas gerações precisam informar-se, para que as tentações totalitárias não encontrem terreno fértil.
A ASA contribui para a reflexão sobre o período ditatorial, organizando um Seminário com renomados professores e historiadores. Todas as mesas começam às 19:30 horas, na sala de vídeo.
Eis o programa:
Dia 4 de junho, quinta-feira: O governo João Goulart e a articulação do golpe militar; o projeto econômico da ditadura - Fernando Vieira (doutor em Sociologia, professor de História) e Oswaldo Munteal (doutor em História, professor).
Dia 18 de junho, quinta-feira: Repressão e resistência durante a ditadura – Rubim Aquino (professor, autor de livros de História) e Esther Kuperman (professora, historiadora e doutora em Ciências Sociais).
Dia 25 de junho, quinta-feira: Crise da ditadura, abertura e redemocratização – Modesto da Silveira (advogado, diretor da Casa da América Latina) e Regina Bruno (doutora em Sociologia, professora). No encerramento, o Coral da ASA cantará músicas da época. Como o número de lugares é limitado, pedimos que a inscrição seja feita com antecedência (das 9 às 18 horas, telefones 2539-7740 e 2535-1808 ou pelo e-mail asa@asa.org.br).
O Seminário é gratuito.
O Endereço da ASA é Rua São Clemente 155 - Botafogo - Rio de Janeiro - R.J. Próximo à Estação Botafogo do metrô.
A ASA possui estacionamento pago.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Governo RJ: Sérgio Cabral lidera com folga

De novo atendendo a pedidos, apresento alguns cenários de pesquisas que me chegaram às mãos. A Pesquisa A foi divulgada hoje por César Maia. Em todos os cenários, Sérgio Cabral lidera fácil e Gabeira, distante, seria o seu principal adversário.

Senado RJ: índices

Atendendo a pedidos, selecionei 17 cenários da disputa para o Senado no Rio de Janeiro, entre as informações de que disponho. Eles vêm de duas fontes diferentes. Os candidatos estão dispostos por ordem alfabética, sendo que Crivella, Picciani e Lupi são os únicos que participam de todos os cenários. Quero lembrar que dificilmente Jandira e Edson Santos disputarão; que Lindberg é dúvida; e que, entre César, Denise e Gabeira, um deles deverá estar fora.

domingo, 24 de maio de 2009

Avaliações de Sérgio Cabral e Lula no Rio

Outro dia falei aqui que a aprovação do Governo Sérgio Cabral, RJ, era de 70%. Algumas pessoas estranharam, porque tinham visto pesquisa com índice menor, apenas 46%. Comparei as pesquisas e vi que elas eram praticamente iguais, apesar dos índices diferentes. É uma questão de método. No método "A", a aprovação é considerada como soma de "ótimo", "bom" e "regular positivo" (cor azul nos gráficos). A desaprovação é considerada como soma de "regular negativo", "ruim" e "péssimo" (cor laranja nos gráficos; a cor cinza corresponde a "não sabe/não responde"). No método "B", não se faz distinção entre "regular positivo" e "regular negativo", juntando-se tudo em "regular" (cor verde nos gráficos). A diferença é que no "método "A" obtém-se a tendência de quem vota "regular", enquanto no "método "B" obtém-se aprovação mais consolidada. Pelos índices que me chegaram às mãos, no "método "A", a administração Sérgio Cabral tem aprovação de 70% e desaprovação de 24%, com 6% de "não sabe/não responde". No "método "B", tem 46% de aprovação, 36% de "regular", "15%" de desaprovação e 3% de "não sabe/não responde". Da mesma forma, no Rio, a administração Lula tem, no "método "A", aprovação de 83% e desaprovação de 15%, com 2% de "não sabe/não responde". No "método "B", tem 60% de aprovação, 29% de "regular", "10%" de desaprovação e 1% de "não sabe/não responde".

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Rio 2010: destaques para o Senado

Como já falei, recebo frequentemente inúmeras pesquisas e enquetes, envolvendo os mais diversos cenários para a próxima eleição. Levantei cerca de 20 cenários para a disputa de Senador do Rio de Janeiro (quando serão eleitos dois Senadores), vindos de fontes diferentes, e cheguei a algumas conclusões interessantes, algumas surpreendentes. Os nomes incluídos (não necessariamente em todos os cenários) são, por ordem alfabética, de Benedita (PT), Crivella (PRB), César Maia (DEM), Denise Frossard (PPS), Edson Santos (PT), Gabeira (PV), Jandira (PCdoB), Lindberg (PT), Lupi (PDT), Milton Temer (PSOL) e Picciani (PMDB), e essas são minhas conclusões:
  • Crivella lidera em todas as situações.
  • Há 6 nomes que podem ser considerados de destaque: Crivella, Gabeira, Benedita, Jandira, Denise Frossard e César Maia.
  • Com relação a Jandira, considero muito difícil que ela se candidate; com relação a Denise e César, as fontes entram em conflito: às vezes César está muito bem e Denise está mal, às vezes é o inverso. É verdade também que dificilmente Gabeira, César e Denise estarão disputando simultaneamente as duas vagas do Senado. Os três compartilham o eleitorado conservador e deverão garantir o palanque para o candidato tucano. Um deles deve se candidatar a Governador, provavelmente César Maia.
  • O desempenho de Crivella surpreendeu muita gente que achava que ele estaria liquidado, depois do fiasco da eleição para Prefeito do Rio. Esqueceram que a força do seu voto vem da periferia, da área mais pobre e do mundo evangélico.
  • Gabeira aproveitou bem o sucesso na última eleição, embora evidentemente tenha saído com a imagem ética chamuscada com o “caso das passagens”.
  • Benedita (que me ligou hoje, confirmando que é candidatíssima) surge como a grande surpresa, embora eu já desconfiasse disso em função dos sucessivos ataques que ela recebe de César Maia. Ontem mesmo o Vice-Governador Pezão me falou que estava impressionado com o seu desempenho nas pesquisas. De todos os nomes incluídos, o dela foi o que teve a menor exposição nos últimos anos. Sua última participação eleitoral foi em 2002, quando enfrentou Rosinha para o Governo do Estado. Os apoios certos de Lula e Sérgio Cabral serão um impulso a mais.
  • Picciani surge em um bloco intermediário, embora ainda distante dos líderes – mas já mostra a importância de ter nas mãos a máquina partidária.
  • Lupi e Lindberg aparecem um pouco atrás de Picciani, mas ambos teriam potencial para uma melhora, caso realmente sejam candidatos.
  • Edson Santos não é candidato e não tem índices para isso.
  • Milton Temer está apenas garantindo espaço para sua legenda e uma agenda carioca para Heloísa Helena.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A revista Time perdeu a noção do tempo

Li no "Toda Mídia" da Folha e fui lá conferir, o correspondente Andrew Downie fez matéria na revista revista Time desta semana sobre massacre policial no Brasil, realizado em São Paulo pelo PCC... em maio de 2006! Incrível, já estão fazendo reencarnação de carnificina...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Oposição está apostando todas as fichas na CPI da Petrobras: mais uma aposta errada

Na falta do que fazer, a Oposição resolveu ir fundo na CPI da Petrobras, e está certa em fazer isso – quem está no fundo do poço tem que tentar tudo. Mas lamento informar que desse poço não sai coelho. Primeiro porque a opinião pública está saturada de CPI (tratada pelo José Simão, da Folha, como Comissão de Perguntas Imbecis). Segundo porque, ao contrário do que diz o Governo, a Petrobras não será prejudicada em nada. Por outro lado, ela não pode ser ameaçada, porque vai mexer com os brios do povo brasileiro. Ao menor sinal de agressão, o povo vai pra rua, o que fortalecerá ainda mais o Governo Lula. Se insistir muito, a Oposição vai apenas dar mais combustível para o 3º Mandato...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Eleição para Governador do Rio: quais são os candidatos?

Hoje o Panorama Político do Globo publica trecho de uma pesquisa IBPS sobre intenções de voto para Governador do Estado do Rio de Janeiro. Os cenários não são claros, mas em um deles o atual Governador Sérgio Cabral (PMDB) está disparado na liderança e em outro pedaço de cenário ele divide a liderança com o apresentador da Record, Wagner Montes (PDT). Os outros nomes que aparecem são de Garotinho (?), César Maia (DEM), Gabeira (PV) e Lindberg (PT). Tenho visto várias pesquisas e acredito que a maior dificuldade está em “escolher” os candidatos para lançar no questionário. Sérgio Cabral teria tudo para ser nome certo para se reeleger – mas pode se candidatar a Vice na chapa de Dilma. César Maia poderá ser candidato, se Gabeira não for – e vice-versa. Lindberg não é, com certeza, por causa da aliança PT-PMDB (pode ser que ele tente o Senado, ou Deputado Federal, ou Deputado Estadual, ou, quem sabe, Vice de Pezão – caso Sérgio Cabral seja confirmado Vice de Dilma. Wagner Montes (que mora em São Paulo) está longe de se candidatar, já que tem os seus próprios interesses de audiência e tem os seus laços com Crivella. Nem mesmo Garotinho (que faz aparente campanha cerrada contra Sérgio Cabral) pode ser candidato certo. O que é certo – por várias informações que me chegam – é que o Governo Sérgio Cabral está bem avaliado, com cerca de 70% de aprovação. O resto é futurologia...

Lava a jato ao som de Brahms

Perto da minha casa tem um desses Lava a Jato de rua, bem no pé de uma favela, onde de vez em quando deixo o carro. Fiz isso hoje de manhã e só lembrei de pegar agora há pouco. Entrei, liguei o rádio e tomei um susto - estava tocando Brahms, na programação de "Grandes Clássicos" da Rádio MEC, emissora que não tinha botão de "meus favoritos" no meu carro, mas agora tem. Lava a Jato também é cultura.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Tucano pode ter saco?

Hoje ouvi na CBN o Senador Arthur Virgílio, líder tucano no Senado, declarar que não foi a determinada reunião porque não teve saco. E acrescentou: "Eu tenho o direito de não ter saco". Quero dizer ao Senador que ele não tem esse direito, não. Ele foi eleito para representar o eleitorado de seu estado, o Amazonas, afinado com as idéias do seu partido, o PSDB. Ele é pago pra isso, não para ter ou não ter saco. Se ele deixa de fazer aquilo para o qual está sendo pago, deve devolver o salário ou até mesmo o cargo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aprovação Lula: desespero da Oposição

O Ex-Blog do César Maia divulgou hoje índices de aprovação do Governo Lula em São Paulo, a partir de Pesquisa GPP. No Rio, disponho de algumas informações a respeito. Nos dois casos, explica-se o desespero oposicionista. A aprovação é monumental. E estamos falando apenas de "ótimo+bom". Se incluirmos o "regular positivo", vai pra bem mais de 80%!

domingo, 10 de maio de 2009

Pela reforma de comentários políticos

Vamos colocar claro uma coisa: nós somos representados no Senado, na Câmara, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores, por partidos políticos, não por indivíduos. Se não fosse assim, para que, então, constituir partidos? Resolvi tocar nesse assunto porque a reforma política anda sendo tratada na mídia de forma meio boba. Hoje, em sua coluna, Elio Gaspari investe ferozmente contra a possibilidade de aprovação do “voto em lista” alegando que “pelo sistema de lista, o voto é canalizado para um panelão partidário e são eleitos os candidatos arrolados pela panelinha da burocracia da sigla”. Qual a novidade? A burocracia é da essência dos partidos, com lista ou sem lista. E, aqui pra nós, adivinha por quem são arrolados os candidatos nesse sistema sem lista? Isso mesmo, pelo que o Elio Gaspari chama de “panelinha da burocracia”. Então quer dizer que tanto faz? Não é bem assim. O sistema atual viabiliza muito mais facilmente o político que entra no jogo apenas por interesses próprios, totalmente desvinculado dos interesses comuns. Muito mais facilmente permite as siglas de aluguel. Cria ambiente mais do que propício aos mensalões e outras artimanhas semelhantes. O voto de lista fortalece os partidos e contribui para mais organização, disciplina e para melhor representação de um grupo de eleitores com afinidades ideológicas ou políticas. É bom que se lembre que o voto em lista já é praticado no Brasil em várias situações, como eleições sindicais, de clubes, de direções partidárias, e é também utilizada em outros países, inclusive (de certo modo) nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Não significa o saneamento da política brasileira. Mas com certeza é um avanço. Da mesma forma que será um avanço a aprovação do financiamento público de campanha. O pequeno exemplo que temos já em vigor há alguns anos, o Horário Eleitoral Gratuito, é bastante positivo e deve ser ampliado. No último "Fatos e Versões", a apresentadora, Cristiana Lobo, tentou falar de outro assunto também muito mal abordado, que é o caso de suplentes de senadores que acabam assumindo o posto de Senador sem terem recebido voto para isso. As pessoas acham um absurdo votar em alguém para Senador e, no caso de algum impedimento (morte, doença, cassação, licença, ou seja o que for), ter que ver o seu suplente assumir o seu lugar. Dizem que ele não recebeu voto para isso. Mas esquecem que se trata de uma eleição majoritária, assim como são as eleições para Presidente, Governador ou Prefeito. E não vejo ninguém reclamar dos Vices assumirem no caso de impedimento de Presidente, Governador ou Prefeito. O suplente de Senador é como se fosse um Vice. Precisamos, é verdade, melhorar a qualidade de nossos políticos e de nossa política. Mas isso não se faz com pequenez política.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

César Maia e o quadro eleitoral do Rio

No seu Ex-Blog de ontem, César Maia fez mais uma de suas análises sobre pesquisas eleitorais. Como sempre, puxa a sardinha para a brasa dele. Fala de pesquisas genericamente, mas certamente fala a partir de pesquisas que ele mesmo faz. Vou comentar sua análise em negrito, junto com o seu texto:
O QUADRO ELEITORAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO!
1. Os partidos – nacional e regionalmente – e pré-candidatos começam a fazer pesquisas para governador (ERJ) em 2010. Hoje se tem um quadro de partida muito interessante pela incerteza generalizada. Nenhum dos nomes pode garantir que é favorito para ir ao segundo turno. Atenção: não é para ganhar, mas simplesmente passar para o segundo turno.
Comentário. Ele sabe que não é verdade. O Governador Sérgio Cabral (PMDB) não apenas é favorito para passar ao segundo turno como pode ganhar no primeiro. A não ser que ele esteja considerando que Sérgio Cabral vai se tornar Vice de Dilma.
2. O PSDB, o DEM e o PPS estarão juntos em nível nacional e, no ERJ também o PV, todos em apoio ao Serra, candidato a presidente (supondo ser ele). A experiência de várias eleições mostra que uma forte candidatura a presidente alavanca a candidatura a governador. Em 1990 a eleição de governador foi solta. Em 1994 venceu FHC e no ERJ Marcello Alencar de seu partido. Em 1998 venceu FHC, mas sua base (PFL e PSDB) foi separada e com isso no primeiro turno a vinculação com o PSDB, em um candidato a governador que estava fora da disputa, prejudicou a ambos. Em 2002, Lula e Rosinha. Em 2006, Lula e Cabral.
Comentário. É verdade. Em 2010, a aliança forte no Rio de Janeiro promete ser Lula, Dilma e Sérgio Cabral.
3. Essa vinculação alavancadora impõe que a coligação no ERJ em torno de Serra não se divida e tenha um só candidato a governador. O presidente nacional do DEM já informou ao governador José Serra que o DEM deixa à vontade a coligação para escolher o candidato a governador e que só oferecerá um nome em última instância, quando e se solicitado pelos demais. Com isso as pesquisas devem trazer um nome só desta coligação (Gabeira, Denise e Maia) e oferecer listas alternativas.
Comentário. Pode ser. Mas pode ser que não. Gabeira, chamuscado pelas passagens, talvez prefira garantir um lugar no Senado – praticamente inviabilizando tanto César Maia quanto Denise Frossard, tanto para o Senado quanto para o Governo. Qualquer um dos três nomes, pelo que se vê no momento, teria imensas dificuldades candidatando-se a Governador.
4. A novidade é a queda do governador Cabral entre os eleitores de menor renda. Provavelmente pelo efeito combinado muro/truculência urbana/mortes em comunidades, com ênfase na capital. Garotinho ressurgiu e já é mais forte que Cabral no Interior e seu nome passou a existir na capital, nas áreas mais carentes. Alternando César Maia e Gabeira vemos que a soma dos dois nas pesquisas anteriores se transforma em intenção de voto com um nome só nas atuais. Gabeira vai melhor que Maia na Capital, mas este vai melhor que aquele fora da Capital. No final a soma é a mesma.
Comentário. Isso depende da pesquisa. Pelo que estou informado, Sérgio Cabral tem crescido na faixa popular e Garotinho até agora não reapareceu para valer.
5. A dúvida fica quanto à candidatura de Lindberg, do PT. Hoje ele tem uns 7%, mas se chegar a 10% antes de junho do ano que vem, será provavelmente candidato a governador. Com esses 4 nomes, Cabral terá muita dificuldade de ir para o segundo turno. A publicidade na TV mostra sua ansiedade. Comentário. Lindberg dificilmente será candidato a Governador. A aliança PT-PMDB é uma questão é nacional, e todos sabem disso – inclusive César Maia e Lindberg.
6. Os resultados surpreendem. Para uma expectativa de 20% de abstenção, brancos e nulos, dos 80% restantes, quando se apresentam 3 nomes: Cabral, Garotinho e Gabeira (ou Maia), o jogo está empatado em torno de 26%. Com Lindberg a troca é inteira com Cabral e ficam Garotinho e Gabeira (Maia) com 26%, Cabral com 19% e Lindberg com 7%. A coligação PSDB/DEM/PPS e PV avalia que, com a puxada de Serra, seu candidato garante o patamar nestes 26% e pode crescer uns 5 a 7 pontos contra Cabral e Garotinho. Ou seja, 31% e Cabral e Garotinho entre 23% e 24%. Comentário. O problema de César Maia com os números é mágica que tem que fazer para atingir o ponto que considera ideal. Ele sabe que se trata de um truque, longe de retratar a realidade.
7. Esses são números ainda pré-grid de largada, mas que mostram que a eleição no ERJ será sem favorito e que a performance em campanha e a vinculação nacional serão decisivas.
Comentário. Na próxima semana, certamente surgirão novos números...

terça-feira, 5 de maio de 2009

El País versus Folha

Enquanto a Folha de hoje estampa uma manchete terrorista anti-Brasil, o El País de hoje faz exatamente o oposto. A reportagem feita por Juan Arias tem como título "Primeros signos de recuperación en la economía de Brasil". E logo no primeiro parágrafo diz o seguinte: "Alicia Bárcena, directora de la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (Cepal), aseguró ayer que la economía brasileña "muestra signos de recuperación". Lo demuestran también los números: la Bolsa está boyante, ayer mismo subió un 5%; las exportaciones crecieron en abril un 14,8% respecto de marzo, y la balanza comercial ha registrado un superávit de 3.700 millones de dólares en abril, según datos del Ministerio de Desarrollo, Industria y Comercio. Además, el número de declaraciones de la renta ha aumentado un 5,4% en comparación con el ejercicio anterior". Será que vou precisar ler El País diariamente para ser informado sobre o Brasil?

A mídia oposicionista continua burra

Com tantas notícias positivas no Brasil e no mundo sobre sinais de recuperação econômica, a Folha de hoje prefere manchete terrorista no alto da primeira página. E o pior é que a notícia principal da reportagem é bastante positiva:
"A balança comercial brasileira fechou o primeiro quadrimestre de 2009 com saldo de US$ 6,7 bilhões, alta de 49,4% ante o mesmo período de 2008. Em abril, ela ficou positiva em US$ 3,7 bilhões - o melhor desempenho nos últimos 11 meses. Os dados do mês passado, porém, também mostram que o Brasil exportou mais produtos básicos (como metal e soja) que manufaturados."
Em época de crise, é dever, mesmo para a mídia de oposição, procurar levantar o astral da população. Ajuda a superar os problemas - e ajuda os negócios até da própria mídia...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quem é mais "vice" no futebol do Rio de Janeiro?

Ontem, o Flamengo tornou-se tri-campeão, vencendo o Botafogo pela terceira vez consecutiva. Naturalmente, todo mundo começou a dizer que o Botafogo tirou o lugar do Vasco em vice-campeonatos. Tirando a gozação natural, a tabela real de campeonatos e vice-campeonatos no Rio é essa:
  • FLAMENGO foi campeão 31 vezes e vice 28
  • FLUMINENSE foi campeão 30 vezes e vice 21
  • VASCO foi campeão 22 vezes e vice 23
  • BOTAFOGO foi campeão 18 vezes e vice 17
Como vemos, ser vice não é tão ruim assim. O Flamengo, que tem o maior número de campeonatos, é também o que tem o maior número de vice-campeonatos. Significa que esteve mais vezes na final. O Botafogo esteve menos vezes. (Mas não tem jeito: ser vice é muito ruim...)

Sobre a (quase?) viagem de Ahmadinejad

A notícia, ainda não confirmada oficialmente, de Ahmadinejad à América Latina, incluindo o Brasil, vai acalmar os ânimos de manifestantes contrários à sua presença por essas bandas. Particularmente sou contra atrelamento do Estado à religião, qualquer que seja ela, como ocorre no Irã e em vários outros países. Também sou contra preconceitos, seja preconceito racial, preconceito social, preconceito religioso, preconceito sexual, homofobia, ou o que seja. Como também sou contra tortura e terrorismo. Dito isso, fica a pergunta: por que ninguém se manifestou contra a viagem de Bush ao Brasil?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

País do Ano

Energy Magazine escolheu o Brasil como "País do Ano". Para quem quer participar do evento, aí vão as informações:
Location:
The Junior League of Houston, Main Ballroom, 1811 Briar Oaks Lane, Houston, Texas 77027
When:
Monday, May 4, 2009
Seated Breakfast 7 a.m. to 9 a.m.
Followed by the Opening of the Brazil Pavilion
Price:$50 / per person.

César Maia promove Benedita

Já faz algum tempo que tenho notado o César Maia (DEM) vez ou outra batendo na Benedita da Silva (PT), atual Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. Como em política ninguém bate em ninguém sem motivo, concluo que César Maia está identificando em Benedita uma forte adversária nas próximas eleições. No seu Ex-Blog de anteontem ele escreveu:
PT/BENÉ NADA FAZ! ABRIGOS ABANDONADOS!
Mas propaganda, ah, isso faz. E distribui brindes, ironizando os pés descalços. Clique abaixo e conheça as sandálias que Bené distribui.
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http://farm4.static.flickr.com/3572/3485991516_baa6d02783_b.jpg
Liguei para ela, ontem, para comentar e saber de sua opinião. Ela não tinha visto o texto de César Maia, mas reagiu com alegria: "Que ótimo! Justamente ontem eu estava comentando que esse é um programa tão bom, que reúne tantas pessoas, mas que
não tem divulgação na imprensa. Agora o César Maia está ajudando a divulgar!" A disputa para as duas vagas de senadores do Rio de Janeiro está dando seus primeiros passos...

Atenção, mídia, hoje não é "dia do trabalho" - é Dia do Trabalhador

O 1º de Maio é uma homenagem à luta da classe trabalhadora. Inicialmente, uma referência à luta pela redução das jornadas de trabalho para 8 horas/dia. "Dia do trabalho" dilui o significado original.