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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Eleições 2010 no Rio: César Maia faz a análise dos seus sonhos

No seu Ex-Blog de hoje, César Maia faz uma análise do “Quadro Eleitoral no Estado Rio” e, como sempre, dá um tom aparentemente científico, mas que deixa muito a desejar – exatamente porque trata-se apenas de objeto do seu desejo. Ele tenta provar que haverá segundo turno na eleição para Governador do Rio – o que pode até acontecer, mas não pelos motivos que ele alega. Começa dizendo que “nenhum candidato alcançará os 30%”, o que contradiz algumas pesquisas que apontam Sérgio Cabral, dependendo do cenário, até mesmo com mais de 40%. O Instituto Mapear, conforme já publiquei aqui, coloca Cabral com 36% (em cenário com Gabeira 13%, Garotinho 16% e Wagner Montes 19%) e 47% (em cenário com César Maia 5% e Garotinho 19%). César Maia compara a situação de 2010 com o resultado do primeiro turno de 2006, quando “Cabral teve 37% dos votos e Denise Frossard 22%”, e ele mesmo reconhece que naquela eleição “o quadro era mais forte e diversificado que o atual, com Crivella, Eduardo Paes, Wladimir Palmeira, Lupi, além de Cabral e Frossard” (dá pra entender a contradição?). Adiante ele afirma que “30% de Cabral devem ser seu teto em campanha”, baseado em que a candidatura de Gabeira (que não deverá ser candidato...) será mais poderosa do que o “quadro mais forte” de 2006. Ele volta a falar na candidatura de Lindberg (que está fora de questão) como mais um complicador na vida de Sérgio Cabral e inventa mil e uma situações que lhe agradam. Não lhe passa pela cabeça, por exemplo, que Denise Frossard pode até mesmo apoiar a re-eleição de Cabral e que Garotinho pode desistir da candidatura, quando perceber que pode ser que não haja segundo turno. César Maia deve lembrar muito bem do velho slogan de Gabeira (É só querer) e sabe que isso não dá certo. Veja seu texto completo:
QUADRO ELEITORAL NO ESTADO DO RIO!
1. A cada dia fica mais claro que a eleição para governador do Estado do Rio terá um garantido segundo turno, e que nenhum candidato alcançará os 30%. Use-se como referência a eleição para governador de 2006. No primeiro turno, Cabral teve 37% dos votos e Denise Frossard 22%. O quadro era mais forte e diversificado que o atual, com Crivella, Eduardo Paes, Wladimir Palmeira, Lupi, além de Cabral e Frossard.
2. Frossard venceu Cabral na Capital e em Niterói, com quase 30%, Cabral ficou próximo. É evidente que uma candidatura a governador como a de Gabeira, alcançará resultado ainda mais expressivo na Capital e em Niterói. Hoje, nenhuma pesquisa lhe dá menos que 35% nessas duas cidades, que representam mais de 45% do eleitorado.
3. Cabral vem se equilibrando com um pouco menos de 30% nas pesquisas informadas. Isso, com uma imprensa -digamos- extremamente paciente e com todo o palanque de Lula que se arma no ERJ a cada 15 dias. Com a campanha em ação, os espaços de seus adversários serão muito maiores para a crítica, seja pela própria cobertura da imprensa (mesmo que com candidato preferencial), seja pelo acesso a TV e Rádio, publicidade gráfica e em carros de som, além da mobilidade pessoal aberta. Sendo assim, esses quase 30% de Cabral devem ser seu teto em campanha.
4. Garotinho, chamado pela esfera federal para ser outro palanque para Dilma, já ultrapassa os 15% e vence Cabral nos segmentos de menor renda e nível de instrução. Lindbergh, na medida em que comprove que sua candidatura agrega a Dilma (independente de quem perca), espalhará ainda mais o voto, com as intenções de voto já registradas na Baixada. 5. Com isso, teríamos um quadro de 4 candidatos, onde as possibilidades do segundo turno serão uma análise combinatória de quatro, dois a dois. Com esse quadro, quem alcançar 25% estará certamente no segundo turno.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eleições RJ: qual o candidato da Oposição?

O Ruan essa semana me perguntou a opinião sobre quem "será o candidato a Governador do Rio, pela oposição? "César Maia, Gabeira ou, quem sabe, Denise Frossard?" Eu tendo a achar que nenhum deles, mas, quem sabe, poderia acontecer de os três serem. César Maia sabe que não tem chance. Mas, dependendo do desempenho do seu candidato presidencial, ele pode ir para o “sacrifício”, até porque precisa massificar o número 25, do DEM, para ajudar as bancadas estadual e federal. Gabeira sem dúvida prefere tentar o Senado, onde o risco é menor. Denise Frossard pensa longe disso, prepara-se, talvez, para outras surpresas. Eu diria que é mais fácil ela voltar a disputar a Câmara Federal. A Oposição poderia tentar lançar os três, para forçar um segundo turno e aí investir no melhor colocado. O risco seria nenhum dos três ir para o segundo turno (Garotinho agradeceria...). Como fica, então? Oposição sem candidato? Creio, assim como meu amigo André Siqueira, que Ronaldo César Coelho é um nome possível para ser o candidato da Oposição. Principalmente se candidatura presidencial começar a fazer muita água...

terça-feira, 14 de julho de 2009

A segurança das pesquisas

As pesquisas são seguras? Claro que são. Sendo bem feitas, sem segundas intenções e dentro das margens de erro estabelecidas, sempre são seguras. Esse mês, vi (no Blog do PV e no Ex-Blog de César Maia) os resultados de uma pesquisa do Instituto GPP que não me convenceram muito – apesar do GPP, preferido do César Maia, me parecer um instituto respeitável. Foram 2.000 entrevistas (margem de erro de 2,2%) com avaliações do governo estadual e com intenções de voto para Governador e Senador em 2010. Achei exagerado o índice atribuído a César Maia (35%) na intenção de voto para Senador, já que na maioria das pesquisas que vi até agora seus índices eram reduzidos (NOTA: na verdade, algumas pesquisas tinham índices bem inferiores, outras semelhantes aos do GPP). Mas notei também que no cenário apresentado não apareciam nem Benedita nem Denise Frossard, o que talvez justifique a distorção. Senti estranheza também na avaliação do governo e nas intenções de votos e, com dados que recebi de uma pesquisa do Instituto Mapear (3.600 entrevistas, margem de erro de 1,6% e 7.200 entrevistas, margem de erro de 1,2%), resolvi fazer uma comparação. Há uma diferença de duas semanas no campo, mas ainda assim é possível comparar. Vejam as tabelas abaixo. Notem que pelos números do Mapear, sem Wagner Montes, Sérgio Cabral vence no primeiro turno. Amanhã falarei sobre segurança.

domingo, 21 de junho de 2009

Pesquisa IBPS RJ: Cabral cresce para Governador; Benedita, Crivella e Gabeira crescem para o Senado

O IBPS está divulgando hoje pesquisa de intenções de voto para o Governo e o Senado no Rio de Janeiro. Foram 1.106 entrevistas feitas pelo telefone, com margem de erro de 3%. Na essência, não traz grandes alterações. Sérgio Cabral (PMDB) é favorito para a re-eleição (principalmente considerando que o pedetista Wagner Montes provavelmente não participará) e, para o Senado, a disputa está forte entre Crivella (PRB), Gabeira (PV), Denise Frossard (PPS) e Benedita da Silva (PT). Sérgio Cabral cresceu em relação à pesquisa anterior. Para o Senado, os destaques são o crescimento de Benedita e o surgimento de Denise Frossard. Na verdade, já tinha sido verificado, em outras pesquisas, que Denise está mais forte do que César Maia (DEM). Jandira (PCdoB) e Garotinho (PR) não devem ser candidatos, e Lindberg (PT), Picciani (PMDB) e Lupi (PDT) não aconteceram. É bom registrar que no método do IBPS o questionário provavelmente apresenta apenas uma alternativa para o Senado, enquanto outros institutos apresentam duas, o que explica a grande diferença entre os índices. (Clique no gráfico para ampliar a imagem)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Senado RJ: índices

Atendendo a pedidos, selecionei 17 cenários da disputa para o Senado no Rio de Janeiro, entre as informações de que disponho. Eles vêm de duas fontes diferentes. Os candidatos estão dispostos por ordem alfabética, sendo que Crivella, Picciani e Lupi são os únicos que participam de todos os cenários. Quero lembrar que dificilmente Jandira e Edson Santos disputarão; que Lindberg é dúvida; e que, entre César, Denise e Gabeira, um deles deverá estar fora.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Rio 2010: destaques para o Senado

Como já falei, recebo frequentemente inúmeras pesquisas e enquetes, envolvendo os mais diversos cenários para a próxima eleição. Levantei cerca de 20 cenários para a disputa de Senador do Rio de Janeiro (quando serão eleitos dois Senadores), vindos de fontes diferentes, e cheguei a algumas conclusões interessantes, algumas surpreendentes. Os nomes incluídos (não necessariamente em todos os cenários) são, por ordem alfabética, de Benedita (PT), Crivella (PRB), César Maia (DEM), Denise Frossard (PPS), Edson Santos (PT), Gabeira (PV), Jandira (PCdoB), Lindberg (PT), Lupi (PDT), Milton Temer (PSOL) e Picciani (PMDB), e essas são minhas conclusões:
  • Crivella lidera em todas as situações.
  • Há 6 nomes que podem ser considerados de destaque: Crivella, Gabeira, Benedita, Jandira, Denise Frossard e César Maia.
  • Com relação a Jandira, considero muito difícil que ela se candidate; com relação a Denise e César, as fontes entram em conflito: às vezes César está muito bem e Denise está mal, às vezes é o inverso. É verdade também que dificilmente Gabeira, César e Denise estarão disputando simultaneamente as duas vagas do Senado. Os três compartilham o eleitorado conservador e deverão garantir o palanque para o candidato tucano. Um deles deve se candidatar a Governador, provavelmente César Maia.
  • O desempenho de Crivella surpreendeu muita gente que achava que ele estaria liquidado, depois do fiasco da eleição para Prefeito do Rio. Esqueceram que a força do seu voto vem da periferia, da área mais pobre e do mundo evangélico.
  • Gabeira aproveitou bem o sucesso na última eleição, embora evidentemente tenha saído com a imagem ética chamuscada com o “caso das passagens”.
  • Benedita (que me ligou hoje, confirmando que é candidatíssima) surge como a grande surpresa, embora eu já desconfiasse disso em função dos sucessivos ataques que ela recebe de César Maia. Ontem mesmo o Vice-Governador Pezão me falou que estava impressionado com o seu desempenho nas pesquisas. De todos os nomes incluídos, o dela foi o que teve a menor exposição nos últimos anos. Sua última participação eleitoral foi em 2002, quando enfrentou Rosinha para o Governo do Estado. Os apoios certos de Lula e Sérgio Cabral serão um impulso a mais.
  • Picciani surge em um bloco intermediário, embora ainda distante dos líderes – mas já mostra a importância de ter nas mãos a máquina partidária.
  • Lupi e Lindberg aparecem um pouco atrás de Picciani, mas ambos teriam potencial para uma melhora, caso realmente sejam candidatos.
  • Edson Santos não é candidato e não tem índices para isso.
  • Milton Temer está apenas garantindo espaço para sua legenda e uma agenda carioca para Heloísa Helena.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

César Maia e o quadro eleitoral do Rio

No seu Ex-Blog de ontem, César Maia fez mais uma de suas análises sobre pesquisas eleitorais. Como sempre, puxa a sardinha para a brasa dele. Fala de pesquisas genericamente, mas certamente fala a partir de pesquisas que ele mesmo faz. Vou comentar sua análise em negrito, junto com o seu texto:
O QUADRO ELEITORAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO!
1. Os partidos – nacional e regionalmente – e pré-candidatos começam a fazer pesquisas para governador (ERJ) em 2010. Hoje se tem um quadro de partida muito interessante pela incerteza generalizada. Nenhum dos nomes pode garantir que é favorito para ir ao segundo turno. Atenção: não é para ganhar, mas simplesmente passar para o segundo turno.
Comentário. Ele sabe que não é verdade. O Governador Sérgio Cabral (PMDB) não apenas é favorito para passar ao segundo turno como pode ganhar no primeiro. A não ser que ele esteja considerando que Sérgio Cabral vai se tornar Vice de Dilma.
2. O PSDB, o DEM e o PPS estarão juntos em nível nacional e, no ERJ também o PV, todos em apoio ao Serra, candidato a presidente (supondo ser ele). A experiência de várias eleições mostra que uma forte candidatura a presidente alavanca a candidatura a governador. Em 1990 a eleição de governador foi solta. Em 1994 venceu FHC e no ERJ Marcello Alencar de seu partido. Em 1998 venceu FHC, mas sua base (PFL e PSDB) foi separada e com isso no primeiro turno a vinculação com o PSDB, em um candidato a governador que estava fora da disputa, prejudicou a ambos. Em 2002, Lula e Rosinha. Em 2006, Lula e Cabral.
Comentário. É verdade. Em 2010, a aliança forte no Rio de Janeiro promete ser Lula, Dilma e Sérgio Cabral.
3. Essa vinculação alavancadora impõe que a coligação no ERJ em torno de Serra não se divida e tenha um só candidato a governador. O presidente nacional do DEM já informou ao governador José Serra que o DEM deixa à vontade a coligação para escolher o candidato a governador e que só oferecerá um nome em última instância, quando e se solicitado pelos demais. Com isso as pesquisas devem trazer um nome só desta coligação (Gabeira, Denise e Maia) e oferecer listas alternativas.
Comentário. Pode ser. Mas pode ser que não. Gabeira, chamuscado pelas passagens, talvez prefira garantir um lugar no Senado – praticamente inviabilizando tanto César Maia quanto Denise Frossard, tanto para o Senado quanto para o Governo. Qualquer um dos três nomes, pelo que se vê no momento, teria imensas dificuldades candidatando-se a Governador.
4. A novidade é a queda do governador Cabral entre os eleitores de menor renda. Provavelmente pelo efeito combinado muro/truculência urbana/mortes em comunidades, com ênfase na capital. Garotinho ressurgiu e já é mais forte que Cabral no Interior e seu nome passou a existir na capital, nas áreas mais carentes. Alternando César Maia e Gabeira vemos que a soma dos dois nas pesquisas anteriores se transforma em intenção de voto com um nome só nas atuais. Gabeira vai melhor que Maia na Capital, mas este vai melhor que aquele fora da Capital. No final a soma é a mesma.
Comentário. Isso depende da pesquisa. Pelo que estou informado, Sérgio Cabral tem crescido na faixa popular e Garotinho até agora não reapareceu para valer.
5. A dúvida fica quanto à candidatura de Lindberg, do PT. Hoje ele tem uns 7%, mas se chegar a 10% antes de junho do ano que vem, será provavelmente candidato a governador. Com esses 4 nomes, Cabral terá muita dificuldade de ir para o segundo turno. A publicidade na TV mostra sua ansiedade. Comentário. Lindberg dificilmente será candidato a Governador. A aliança PT-PMDB é uma questão é nacional, e todos sabem disso – inclusive César Maia e Lindberg.
6. Os resultados surpreendem. Para uma expectativa de 20% de abstenção, brancos e nulos, dos 80% restantes, quando se apresentam 3 nomes: Cabral, Garotinho e Gabeira (ou Maia), o jogo está empatado em torno de 26%. Com Lindberg a troca é inteira com Cabral e ficam Garotinho e Gabeira (Maia) com 26%, Cabral com 19% e Lindberg com 7%. A coligação PSDB/DEM/PPS e PV avalia que, com a puxada de Serra, seu candidato garante o patamar nestes 26% e pode crescer uns 5 a 7 pontos contra Cabral e Garotinho. Ou seja, 31% e Cabral e Garotinho entre 23% e 24%. Comentário. O problema de César Maia com os números é mágica que tem que fazer para atingir o ponto que considera ideal. Ele sabe que se trata de um truque, longe de retratar a realidade.
7. Esses são números ainda pré-grid de largada, mas que mostram que a eleição no ERJ será sem favorito e que a performance em campanha e a vinculação nacional serão decisivas.
Comentário. Na próxima semana, certamente surgirão novos números...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Segundo César Maia, os mosquitos da DEMgue estão levando os votos de Solange Amaral para Gabeira

No seu Ex-Blog de hoje, César Maia (DEM, ex-PFL) baixa o cacete no pré-candidato verde-tucano Fernando Gabeira, que teria pedido contagem do tempo morando no exílio para efeito de aposentadoria. Dá para ver claramente que o Prefeito do Rio de Janeiro, está preocupado com os votos que sempre foram seus e que podem voar para Gabeira. Na verdade são os votos da classe média conservadora do Rio de Janeiro, lacerdistas, tradicionais eleitores de César Maia, Denise Frossard et caterva. Estão desorientados, decepcionados com o final de governo de César Maia, dispostos a embarcar no primeiro mosquito que aparece. Ele não precisava se preocupar tanto - a epidemia acaba logo...

quinta-feira, 27 de março de 2008

Eleição no Rio: não tem como Lula ser neutro

A surpresa da aliança PT-PMDB pela Prefeitura do Rio ainda está deixando muito político aturdido. Tanto os prejudicados da Oposição (César Maia-DEM, Gabeira-PV-PSDB, Chico Alencar-PSOL) quanto os candidatos da base aliada (Crivella-PRB, Jandira-PCdoB, Paulo Ramos-PDT) estão sem palavras certas para reagir. Gabeira é o melhor exemplo disso, reconhecendo para o Globo "que não tem condições de analisar" porque "São muitas variáveis. Para onde vai o eleitorado do (Eduardo) Paes? Até que ponto a disputa entre Molon e (Marcelo) Crivella pelas obras do PAC pode enfraquecer a ambos?" Em outras palavras, não disse nada com nada, ou tentando enganar o repórter ou porque estava perdido mesmo. César Maia procura fazer de conta que não aconteceu nada, mas faz e refaz suas contas políticas: Solange continua? Chama Denise Frossard (PPS)? Faz aliança com Crivella? Já Chico Alencar, prejudicado no seu eleitorado mínimo, faz gracinhas necessárias para marcar a diferença. Na base aliada, PSB e PP já indicaram que participarão da aliança PT-PMDB, PDT ninguém sabe o que vai fazer. Mas os partidos com candidatos bem situados em pesquisas (PRB de Crivella e PCdoB de Jandira) estão apavorados, preocupados com qual será a posição que Lula ("O presidente Lula disse várias vezes que, nas capitais onde houver mais de um candidato, só iria participar no segundo turno", disse Crivella; "Ele tem é que olhar o que é mais viável para ganhar a eleição", alertou Jandira), o mais importante eleitor do País, tomará. Tratam de cobrar neutralidade total - o que é impossível. Lula, obviamente, cumprirá o prometido e não tomará partido de ninguém. Mas ele tomará partido de Molon, mesmo sem querer. Primeiro, por causa do número. Eles têm o mesmo número 13 marcado por anos e anos de candidatura pelo PT. Segundo, por causa das obras do PAC no Rio, que tiveram grande impacto e que são creditadas prioritariamente como obras da aliança Lula-Sérgio Cabral. Terceiro, pela oportunidade única da aliança político-administrativa das esferas federal, estadual e municipal. Em várias pesquisas que presenciei, as pessoas aplaudem a aliança do Governo Federal com o Governo Estadual e vêem nisso o ponto principal para o quadro de crescimento e otimismo do Estado do Rio de Janeiro. Inúmeros pessoas, de várias cidades (inclusive do Rio), sonham com a sua Prefeitura Municipal também entrando nesse novo ritmo. Sob esses três pontos de vista (e devem existir outros), Lula apóia Molon - mesmo sem mover uma palha nesse sentido.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Eleição no Rio: Gabeira entrou para disputar votos de César Maia e PSOL

Na sua longa trajetória da esquerda para a direita, o ex-guerrilheiro Fernando Gabeira entrou na disputa para a Prefeitura do Rio com um perfil bem diferente do de suas outras eleições majoritárias (para Governador do Rio, em 1986, e para Presidente da República, em 1989, em ambos os casos pelo PV). Ele já foi o candidato do romantismo de esquerda, do puro idealismo ("é só querer" era seu slogan, se não me engano), da garotada mutcho doida ("O PV é maconha e Gabeira", diziam as pesquisas com grupos de discussão) e acabou chegando ao que seria aparentemente o seu oposto. Como candidato a Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, o seu movimento da esquerda para a direita só lhe fez bem. Em 1994, foi eleito pelo PV, com 35.384 votos (0,78%); em 1998, foi reeleito pelo PV com 48.836 votos (0,69%); em 2002 - dessa vez pelo PT -, foi mais uma vez eleito, pela média, com 40.337 votos (0,50%); finalmente, saiu do PT, voltou para o PV, brigou com Severino Cavalcanti (o folclórico ex-Presidente da Câmara), abraçou a bandeira da ética conservadora e teve 293.057 votos (3,64%). Ao se lançar candidato a Prefeito do Rio de braços dados com o tucanato, ele atrapalha principalmente os planos de políticos que também empunham as bandeiras da classe média conservadora, como César Maia (DEM, ex-PFL), Chico Alencar (PSOL), Eduardo Paes (PMDB) e - um pouco menos - Jandira Feghali (PCdoB) e Alessandro Molon (PT). Essas duas candidaturas transitam mais facilmente entre os diversos perfis cariocas, seja por causa de suas trajetórias, digamos, individuais, seja por causa dos partidos. Alguém poderia lembrar de Denise Frossard (PPS). Mas ela, dizem, não pretende ser candidata e, se decidir candidatar-se (substituindo Solange no coração desesperado de César Maia?), dominará facilmente esse tipo de voto. A presença de Gabeira nem mesmo arranha candidaturas como a do Senador-Bispo Crivella (PRB) ou outras que tenham um perfil mais popular. Pelo sim, pelo não, jogará mais emoção na eleição carioca.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Eleições 2008: no Rio, a liderança está embolada

A Pesquisa Datafolha de intenção de voto para Prefeito do Rio divulgada pela Folha repete o que se fala há muito tempo: total indefinição no cenário carioca. Estão tecnicamente empatados em primeiro lugar Wagner Montes (PDT, 18%), Crivella (PRB, 17%) e Denise Frossard (PPS, 15%). O curioso é que ninguém aposta que qualquer um dos três possa sair vitorioso. O Deputado Estadual Wagner Montes, de perfil popular, pode se transformar em Vice de alguma aliança. O Senador Crivella, bispo da Universal e também de perfil popular, enfrenta a falta de tempo na TV e forte rejeição da Zona Sul carioca. Denise Frossard conta com o apoio da classe média conservadora, tem pouco voto na área popular e também pouco tempo na TV (Crivella tenta obter seu apoio agora em troca de apoio para o Senado em 2010). Jandira (PCdoB, 12%), Eduardo Paes (PMDB, 10%), Chico Alencar (PSOL, 8%) e Solange Amaral (DEM, ex-PFL, 5%) aparecem em seguida. O PT, ainda sem candidato definido, não teve nomes incluídos na pesquisa (feita com 643 entrevistas, margem de erro de 4%).

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Eleição no Rio: avaliação de César Maia é quase boa.

O Prefeito César Maia (DEM, ex-PFL) traz hoje no seu Ex-Blog uma avaliação do quadro eleitoral de 2008 na cidade do Rio de Janeiro que seria boa se ele conseguisse se conter na puxada de brasa pra sua sardinha. Vou comentar os seus comentários no trechos em vermelho:

ATUALIZAÇÃO DO QUADRO ELEITORAL NO RIO-CAPITAL!

1. Pesquisas -quantitativas e qualitativas- às quais este Ex-Blog teve acesso mostram alguns ajustes no quadro -pré-eleitoral- para Prefeito do Rio.

2. Um fato a destacar é que a tendência do senador Crivella ver seu patamar de apoio, reduzido, continua. Esta curva descendente tem seu ápice na eleição de Senador, cai um pouco na de Prefeito - mais ainda fica nos 20% -, cai na de Governador para uns 14%. E essa tendência tende a se confirmar. O Voto aberto em Renan Calheiros não vai ajudar o Senador.
(É verdade que o Senador Crivella está carente de apoio de peso e de tempo na TV. Precisa disso e de um bom trabalho para neutralizar a rejeição na Classe Média.)
3. O PDT sabe que a puxada do Deputado Wagner Montes ajudará a eleger uma bancada de pelo menos 5 vereadores e que com um candidato para marcar posição se elegem apenas os dois mais fortes. Os candidatos a vereador querem o Deputado Wagner Montes, que continua liderando todas as pesquisas na faixa dos 20% e superior e sendo o que gera mais memória nas qualitativas. Nestas, ele é inclusive citado e saudado como o Capitão Nascimento de Tropa de Elite.
(A avaliação está bem feita, mas faltou falar do risco do PDT transformar-se definitivamente em um clone do PTB – não aquele que sonhou...)
4. Os testes quali-quantis com a Deputada Solange Amaral - candidata do PMDB-DEM - mostram que quando o eleitor está informado plenamente da origem - e apoio - de e à sua candidatura, esta vai para um patamar de 20%, bem acima do pouco menos de 10% que tem nas quantitativas de intenção de voto.
(Aqui César Maia forçou muito a barra. Primeiro porque a sua candidata está longe de crescer tanto assim. Mesmo quando “o eleitor está informado plenamente da origem – e apoio – de e à sua candidatura". Ou talvez por isso. Além disso, a aliança PMDB-DEM ainda é um sonho, talvez bem distante.)
5. A candidatura de Denise Frossard continua sendo uma incógnita. Bem nas pesquisas com cerca de 20%, ela sabe que precisa de tempo de TV e apoio capilar de candidatos a vereador. Segundo se informa, ela aguarda estas confirmações para decidir.
(Perfeito. Talvez ela aguarde exatamente o fim do “sonho” PMDB-DEM...)
6. O convite ao economista Carlos Lessa e sua decisão de se candidatar, implode ainda mais a vontade de coligar o PSB, o PDT e o PCdoB. E, com ela, o tempo de TV, tão requerido por Jandira Feghali. Esta se mantém na faixa superior aos 10%, mas a experiência de 2004 mostra suas dificuldades de caminhar sem tempo de TV. Nas qualitativas seus problemas com a Igreja e com o aborto, continuam presentes.
(A análise está correta, mas a luta pela aliança é forte.)
7. O Deputado Chico Alencar continua liderando o bloco Left-Classe Média. Especialmente em quali-quantis quando sua trajetória é relembrada. Seus problemas estarão no tempo de TV e na dispersão do mesmo voto com os candidatos do PSB, PCdoB, PT e PV. Terá que antecipar o voto útil desde já. Ou conseguir desistências a seu favor.
(A candidatura de Chico Alencar é uma necessidade para o PSOL eleger vereadores.)
8. Finalmente as candidaturas do PT – Deputado Edson Santos – e do PV, Alfredo Sirkis, continuam patinando entre 1% e 2%. Curiosamente nas quali-quantis não há memória de seus currículos, temas e feitos. O Deputado Edson Santos com o segundo maior tempo de TV terá chance de fazer memória. Ambos ficam tamponados por Feghali e o Deputado Chico Alencar.
(Atenção. As outras pré-candidaturas do PT – Benedita, Minc, Molon e Vladimir – não estão inteiramente descartadas.)
9. Finalmente no PSDB as informações internas dizem que na Convenção as chances do Deputado Luiz Paulo são maiores que as do Deputado Otavio Leite. Em função desta disputa interna, eles não tem tido tempo de iniciar a pré-campanha nas ditas bases sociais e com isso permanecem na faixa um pouco inferior aos 5%. Nas qualitativas ainda a memória de ambos é muito fraca. Com tempo de TV – e a candidatura definida – o vencedor poderá ter muito mais visibilidade e sensibilizar as pesquisas, coisa que ainda não ocorreu.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

César Maia não entende de mulher

No seu Ex-Blog de sexta-feira, dia 9, o Prefeito César Maia (DEM, ex-PFL) dirigiu alguns "conselhos" de marketing à Ministra Dilma Roussef, "pelas lembranças do tempo em que militava por tantos anos no PDT". Ele deu mais uma justificativa: "O propósito é colaborar. Afinal, dizem que você pode ser a candidata a sucessão do Lula". Na verdade, César Maia acusou o golpe do petromarketing da última quinta-feira e está tentando ridicularizar Dilma, dando-lhe "aulas" de comportamento diante das câmeras. Quero reafirmar que considero César Maia um bom teórico de marketing político, com algumas "práticas" positivas, principalmente quando conseguiu fazer o desconhecido Luiz Paulo Conde seu sucessor em 1996. Mas César Maia acumula grandes fracassos, principalmente como "conselheiro" de candidaturas de mulheres. Em 2002, transformou a candidata ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Solange Amaral, em um clone perfeito de... César Maia - e foi um fiasco absoluto. Em 2006, fez mais ou menos a mesma coisa com a candidata Denise Frossard (PPS), com resultado melhor, mas longe de uma transformação realmente vitoriosa. Ainda em 2006, tentando inflar a candidatura de Heloisa Helena (PSOL), enviou-lhe alguns conselhos, nos moldes desses que enviou para Dilma. Faziam até mais sentido, naquela época, mas não tiveram efeito concreto. E agora, com esses "conselhos" a Dilma, concluí que César Maia (se estiver sendo sincero, o que é difícil...) definitivamente não entende de mulher - ou entende de marketing menos do que se imagina. Disse ele: "Quanto mais baixa a voz, mais atenção desperta. O tom de voz que você usou foi de rádio. Quando isso acontece, seu rosto sai pela tela e a voz por cima do aparelho, dando uma aparência de leão da Metro, rugindo". César Maia estaria certo, se não se tratasse de uma ministra mulher que até agora manteve-se à sombra e que precisa acima de tudo afirmar-se no comando. Ao contrário de Heloisa Helena, que tinha grande visibilidade para seu jeito agressivo bem antes da candidatura, Dilma ainda não teve a exposição necessária para se transformar em candidata de respeito. Para o grande público, neste momento, o que ela precisa é exatamente de um rosto que "sai pela tela". Se realmente é candidata à Presidência (na minha opinião, a melhor opção até agora dentro do PT), ela tem que falar forte agora e suavizar a fala mais à frente. O resto é jogada política de oposição. Veja o texto completo de César Maia:
MINHA CARA MINISTRA DILMA ROUSSEF! 1. Este Ex-Blog se dirige a você pelas lembranças do tempo em que militava por tantos anos no PDT. O propósito é colaborar. Afinal, dizem que você pode ser a candidata a sucessão do Lula. Que bom! Pelo menos não correríamos riscos de termos estes pelegos e chavistas do PT na disputa. 2. Mas esta nota, ministra, é para comentar sua aparição ontem no Jornal Nacional. Na TV, ministra, se fala com voz escandida, suave, pausando as palavras... Quanto mais baixa a voz, mais atenção desperta. O tom de voz que você usou foi de rádio. Quando isso acontece, seu rosto sai pela tela e a voz por cima do aparelho, dando uma aparência de leão da Metro, rugindo. 3. Por outro lado, o tipo de locução que você fez - dar uma notícia boa, com feições e tom de voz, como se estivesse denunciando um caso grave - dá a certeza a quem está vendo, de que você está mentindo, que se trata na verdade do Poço do Visconde (ler Monteiro Lobato). Isso não ajuda a sua candidatura. 4. Cuidado! Os pelegos e chavistas do PT estão de olho em você! Há bons cursos de telegenia a disposição. Em Brasília este Ex-Blog conhece pelo menos uns três de alto nível. Vão lhe ajudar a se comunicar pela TV.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Eleição do Rio deve se polarizar entre César-Tucanos X Lula-Sérgio ou "Povão" X "Classe Média Zona Sul"

Com a indicação (praticamente certa) de Eduardo Paes para candidato do PMDB a Prefeito do Rio, o atual Prefeito César Maia deve redirecionar seus esforços na indicação do candidato de seu partido, o DEM (ex-PFL). É bem provável que volte a se aliar a Denise Frossard (PPS), que, no momento está em 2º ou 3º lugar nas intenções de votos, mas que venceu na cidade do Rio quando se candidatou, no ano passado, a Governadora do Estado (teve 33% dos votos válidos e agora tem cerca de 11% das intenções). Eduardo Paes, que se candidatou a Governador pelo PSDB, teve 6,67% dos votos válidos na cidade e agora está com cerca de 9% das intenções de votos. No "campo Lula-Sérgio", temos ainda Marcelo Crivella (PRB), que teve 16,26% dos votos válidos na cidade quando se candidatou a Governador, e agora lidera as pesquisas com 20%. Temos Jandira Feghalli (PCdoB), que, quando se candidatou a Senadora em 2006, foi vitoriosa na cidade, com 39,85% dos votos válidos, e agora está com cerca de 13%. E temos ainda a candidatura do PT, que está ainda indefinida e pode variar nas intenções de voto de cerca de 2% (se o candidato for Edson Santos, Molon ou Minc) até cerca de 4% (se for Vladimir) ou cerca de 7% ou 9%, se a candidata for Benedita (há ainda as candidaturas do PSB e do PDT, que estão muito indefinidas). Claro que estou arredondando esses números a partir de informações diversas sobre pesquisas, mas para mim fica claro que o "campo César" está meio encurralado. A eleição dirige-se para uma polarização onde podemos enxergar uma classe média conservadora de um lado e candidaturas de perfil mais popular de outro. No caso de Eduardo Paes e de Jandira, por mais que tenham um perfil mais próximo da classe média, é evidente que terão que buscar uma candidatura mais popular. E isso é mais um problema para César, que não tem alianças fortes de perfil popular (Garotinho e Picciani - que teriam esse perfil - não podem ser considerados aliados). Com a candidata Denise, ele pode forçar o tema da segurança (que é a principal preocupação do carioca). Aliás, é exatamente o seu tema na inserção do DEM e, na minha opinião, é mais um erro de César, apesar de ter dado certo em 98 (quando ele perdeu no Estado, mas ganhou na Capital). Seja quem forem os candidatos, deveremos ter um 2º turno enlouquecerdor, que pode levar ao fim de 18 anos de reinado de César Maia na cidade.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

As candidaturas do Rio ganham mais definição

O Governador Sérgio Cabral parece que já tem seu nome para candidato a Prefeito do Rio pelo PMDB: é o tucano Eduardo Paes. Marcelo Crivella (PRB) é certo. César Maia (DEM, ex- PFL) parece que vem mesmo de Solange Amaral. O nome de Chico Alencar deve representar o PSOL. O PT terá candidato próprio - mas ainda está indeciso entre Benedita, Edson Santos, Molon e Vladimir. PDT e PSB lutam para indicar um Vice. A candidatura de Denise Frossard (PPS) parece pouco provável e a de Jandira Feghali (PCdoB) periga. PSDB, no Rio, não conta muito. Syrkis (PV) quer, mas há dúvida. Na próxima semana, provavelmente haverá maior definição.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Cadê o prefeitável que estava aqui? Sumiu...

Lançamento de candidatura muitas vezes é um verdadeiro jogo de esconde-esconde. O candidato diz que é candidato, mas não é; outras vezes diz que não é, mas é. Diz que é, depois diz que não é, depois diz que é de novo, e por aí vai. E é assim que deve ser. Tudo isso depende da estratégia e das táticas de cada um, depende da conjuntura, dos adversários, etc. Veja só o exemplo do Rio. Você olha e percebe uns 30 pré-candidatos à Prefeitura do Rio em 2008. Olha de novo e não tem quase nenhum. Ou desistiram, ou nunca foram ou estão fazendo um afastamento tático. O Deputado Federal Filipe Pereira é candidato declarado pelo PSC. O Senador Marcello Crivella (PR, Igreja Universal), embora lidere as pesquisas, parece que não é mais (dizem que a Igreja não quer sofrer desgaste... será?). No PT, dos cinco nomes iniciais, dois (o Deputado Federal Edson Santos e o Deputado Estadual Molon) confirmam a candidatura, dois (a Secretária de Estado Benedita da Silva - que é a única que está bem nas pesquisas - e o Secretário de Estado Carlos Minc) negam a candidatura e Vladimir não tenho notícia. O PMDB está sem candidato: Conde vai pra Furnas, o Secretário de Estado Eduardo Paes e Garotinho não têm chances internas e, quanto a Pezão, (Vice-Governador) ele está tocando projetos importantíssimos do Governo do Estado, que não pode largar. No DEM (ex-PFL) de Cesar Maia, tudo é possível, mas o mais provável é o Secretário Municipal Eider Dantas ser o candidato. O PPS tem Denise Frossard, que está muito bem nas pesquisas, mas continua uma incógnita. Jandira, apesar de também estar bem nas pesquisas, do PCdoB, parece que decidiu mesmo ser candidata em Niterói. Outras incógnitas são Chico Alencar (PSOL) e Miro (PDT). O PV deve mesmo lançar Syrkis. O PSDB não sabe o que fazer e os outros... só Deus sabe!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Cesar Maia e 2008

Já disse para inúmeros políticos que o mais provável candidato do Prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM, ex-PFL), para sua sucessão é o seu Secretário de Obras, Eider Dantas, do mesmo partido. Claro que ele tem alternativas fora do partido. Pode, por exemplo, trazer Denise Frossard (que está muito bem nas pesquisas), libertando-a do PPS, o partido conservador que defendeu o aborto. Pode também tentar uma composição com o PMDB de Sérgio Cabral e Picciani - desde que o peemedebista escolhido mude para o 25. A questão central, aliás, é essa. Cesar Maia precisa fortalecer o DEM (ex-PFL) e, por isso, precisa que o número do partido, o 25, seja massificado em uma campanha majoritária. Ele precisa disso para ajudá-lo na formação de uma boa bancada de vereadores, para ajudá-lo nas campanhas das outras prefeituras fluminenses e para ajudá-lo nas campanhas de 2010 - principalmente considerando que ele será candidato a Senador (ou a Presidente, quem sabe...). Seja quem for o seu candidato a Prefeito do Rio, o PAN 2007 será o carro-chefe. Políticos da área estadual e federal espantam-se com isso, alegando que Cesar Maia não fez nada pelo sucesso do PAN 2007. Mas eu falo que eles estão enganados. Na percepção da população, principalmente carioca, o PAN já está prioritariamente associado a Cesar Maia. Ele está vencendo a batalha da percepção nesse campo. Digo isso e digo mais: a sua linha de campanha será idêntica à que ele fez em 96, que garantiu a vitória do "poste" Luiz Paulo Conde: obras e mais obras, a grande maioria por causa do Pan. Esse comercial que foi produzido para a propaganda partidária do DEM (ex-PFL) e que Cesar Maia distribuiu hoje através do seu Ex-Blog é a melhor prova.

sábado, 2 de junho de 2007

Eleições 2008: por enquanto, sem novidades no Rio e em São Paulo

Segundo a Coluna de Lauro Jardim na Revista Veja, "o Ibope acaba de fechar uma pesquisa sobre a disputa do ano que vem para a prefeitura de São Paulo. Deu Geraldo Alckmin e Marta Suplicy, empatados, na cabeça: 35% das intenções de voto para cada um deles. O prefeito Gilberto Kassab não chegou aos dois dígitos". Como se vê, são os nomes que todos esperavam que estariam liderando. No Rio, embora o cenário seja mais confuso, com quase 30 pré-candidatos, as pesquisas que me chegaram às mãos quatro os nomes: Marcelo Crivella (PRB - disputou a eleição para Prefeito em 2004 e para Governador em 2006, com 2º e 3º lugares respectivamente, força evangélica), Denise Frossard (PPS - a Deputada federal mais votada de 2002 e 2º lugar na disputa para o governo do estado em 2006, força conservadora), Jandira Feghali (PCdoB - disputou a Prefeitura em 2004 e o Senado em 2006, esquerda) e Benedita da Silva (PT - 2º lugar na disputa para o governo do estado em 2002, esquerda, força popular). O PMDB, partido do atual Governador, Sérgio Cabral, e dos ex-Governadores Garotinho e Rosinha, ainda não tem nenhum nome que se destaque nas pesquisas. O mesmo acontece com o PFL (atual DEM) do Prefeito César Maia. Está cedo para definições. No Rio, por exemplo, pode ser que nenhum dos quatro nomes que lideram as pesquisas torne-se efetivamente candidato. Esse é o momento das especulações e para começar a estruturar pré-campanhas.