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segunda-feira, 23 de junho de 2014
Eleições 2014: qual o curso que o Rio vai tomar?
Até pouco mais de um ano, o Rio seguia um curso eleitoral tranquilo, tanto para os governos federal, estadual e municipal quanto para a população – o pódio já estava definido na cabeça de cada um. Mas surgiu a primeira curva perigosa quando o PT decidiu ultrapassar seu companheiro de escuderia, o PMDB, e lançou o nome de Lindberg para disputar o Governo do Rio. Daí em diante, PT e PMDB praticamente deixaram o resto da corrida em segundo plano e cuidaram de um jogar o outro para fora da pista. O prejuízo maior nessa disputa, digamos, fratricida foi da líder petista, Dilma Roussef, e dos líderes peemedebistas, Sérgio Cabral e Pezão, que, até então, contavam com vitória com ampla margem de diferença. Essa corrida maluca continuou disputadíssima – mas de certa forma previsível – até a semana passada, quando tínhamos informações (não comprovadas) de que Crivella, do PRB, ampliava a sua liderança na corrida, seguido do candidato do PR, Garotinho (que viria perdendo terreno), Pezão (na faixa dos 15%-16%, avançando) e Lindberg, que teria estancado a queda na faixa dos 11%. Quando todo mundo pensava que Lindberg, isolado, iria rodar na primeira curva, ele conseguiu reduzir o efeito do arrasto aerodinâmico abrindo as asas para Romário (PSB) participar de sua chapa como Senador. O público ficou de pé. Alguns, de cabelos em pé. Mas os personagens que estavam no meio do trânsito não se deram por vencido. Crivella intensificou sua busca para o cargo de Vice. Garotinho intensificou suas arrancadas, sem grandes alianças (chegaram a comentar que ele seria Senador na chapa de Crivella, algo bastante improvável), mas ainda com bons índices nas pesquisas. E Sérgio Cabral, em manobra igualmente arrojada, saiu da disputa para o Senado e trouxe o líder do DEM, Cesar Maia (que andava meio deslocado na disputa para Governador apoiado pelo tucano Aécio), para o seu lugar, ampliando o apoio a Pezão. Os comentaristas de plantão reagiram imediatamente. O sempre mal humorado Sirkys, alijado do processo decisório dentro do PSB, esbravejou contra a aliança do seu partido com o PT, qualificando-a como orgia política – em outras palavras, suruba. Na mesma linha orgiástica, o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, incomodado com a aproximação com seu antigo mentor e atual inimigo público nº 1, Cesar Maia, qualificou a aliança de seu partido, PMDB, com o DEM de bacanal eleitoral. Ele certamente está vislumbrando na recuperação de Cesar Maia uma ameaça nas eleições municipais de 2016. Mas uma coisa é certa: ninguém sabe com absoluta segurança o que pode ocorrer no Grand Prix Eleitoral do Rio de Janeiro. Talvez seja o caso de “alguém” lançar um safety car na pista. Ou correr o risco de ter que reescrever Dee Brown e lançar “Enterrem meu coração na curva do Rio”...
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
O Globo x Freixo: como ocultar os fatos mostrando os fatos
Marcelo Freixo é um dos bons nomes políticos que surgiram recentemente. Talvez um dos principais adversários de Eduardo Paes na disputa pelo governo do Rio de Janeiro em 2018. Tem marca jovem, de mudanças, progressista, aparentemente íntegro. De repente, teve seu nome associado a um noticiário espinhoso, a morte do jornalista da Band, Santiago Andrade. A meu ver, uma associação injusta. Acredito que o PSOL (como praticamente todos os outros partidos) procure associar-se aos movimentos sociais, principalmente os de oposição (caso do PSOL) e com boa aceitação. Acredito que os partidos deem apoio logístico e financeiro a alguns desses grupos – e estão certos ao fazer isso, porque afinal um partido existe, como o nome diz, para representar as ideias e os interesses de uma parte da sociedade. E é por isso que não se pode atribuir culpa ao PSOL no caso da “cabeça de nego”. Apesar de se apresentar como à esquerda do PT no espectro político-partidário, não é uma associação extremista. Seu perfil eleitoral está bem mais associado à classe média tipo Zona Sul do Rio – exatamente aquele segmento que mais repele ações rotuladas de vândalas. Por que então seu nome foi associado ao artefato terrorista? Não me venha o Globo dizer que agiu com isenção jornalística. Isso nunca existiu e não seria agora que começaria. O Globo atirou a primeira pedra, sim. No seu editorial do dia 12, “Os inimigos da democracia”, escreveu que “o crime jogou luz sobre a inaceitável atuação do gabinete do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) em defesa de vândalos. Ele e partido precisam explicar a função dupla de Thiago de Souza Melo, assessor do deputado, pago, portanto, pelo contribuinte, e, ao mesmo tempo, advogado de black-bloc e similares”. “Inaceitável atuação do gabinete do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) em defesa de vândalos”? Isso é ou não é uma acusação grave? Caetano Veloso soube protestar contra esse parcialismo do Globo, corajosamente, na sua coluna dominical no próprio jornal. Mas Marcelo Freixo errou no seu protesto. Resolveu fazer política barata ao tentar colocar o Globo como parceiro de Sérgio Cabral, dizendo (erroneamente) que o jornal não criticava o atual governador do Rio de Janeiro e lembrando que foi um dos veículos de comunicação que defenderam a ditadura de 64 ("A exaltação de um factoide"). O Globo respondeu bem ("O dever de um jornal — II"). E a questão não é essa. O Globo – como qualquer veículo de comunicação – pode ser parcial aparentando ser imparcial. É capaz, portanto, de ocultar ou alterar fatos simplesmente mostrando os fatos.
Ou mostrando fotos, como é o caso da foto ridicularizando José Dirceu no dia seguinte (3 de agosto de 2005) à Comissão de Ética que apresentou o seu confronto com Roberto Jefferson. Ou fazendo associações forçadas, como é o caso de apontar na direção de Freixo em um editorial intitulado “Os inimigos da democracia”. Freixo agiu defensivamente. O que ele tem que fazer é mostrar que maior inimigo da democracia pode ser quem dribla os fatos. Ou as fotos.
Nota Para que fique bem claro: não sou filiado ao PSOL nem a qualquer partido político e condeno veementemente o vandalismo. E gosto de ler diariamente o Globo e vários outros jornais.
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Qual o futuro de Lindberg?
Lindberg não deverá ser o candidato do PT a Governador nem conseguir a eleição do candidato a Presidente do PT-RJ que apoiou (Lourival Casula). Mas ninguém pode dizer que ele não foi ousado e hábil ao mesmo tempo. Conseguiu ampliar a participação do seu grupo dentro da Direção petista e se cacifou para futuras eleições. Ele pode tentar (embora seja pouco provável) ser candidato ao Senado, já em 2010. Mais provavelmente, será candidato a Deputado (estadual). Acima de tudo ele está de olho nas futuras eleições para cargos executivos. Poderá, por exemplo, ser o Vice de Eduardo Paes em 2012 (consolidando a aliança PT-PMDB que diz ser contra) e viabilizar-se para Prefeito do Rio em 2016. Em 2014, apoiaria a aliança. Será que é muita imaginação? Quem sabe? Isso bem que pode ter feito parte do menu do almoço de anteontem entre Lindberg e o Vice Governador Pezão – ou não? O problema maior de Lindberg é casar o seu projeto pessoal com o projeto partidário. Apesar de seu passado na esquerda organizada, ele não parece se encaixar inteiramente em um figurino petista, digamos, tipo “Lula”. Dá sinais de que pretende fazer futuro no Rio mergulhando no passado para recuperar o figurino “Brizola”.
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Pintou um clima
Teve mais uma que eu soube sobre essa viagem do Lula ao Rio, ontem. Dessa vez foi lá no Complexo do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, onde foram entregues 56 unidades habitacionais e inaugurado o Centro de Referência da Juventude (CRJ) de Ipanema. A comitiva com autoridades federais, estaduais e municipais foi percorrer os prédios, para conhecer os apartamentos por dentro. Eduardo Paes (do PMDB - Prefeito do Rio) e Benedita da Silva (do PT - Secretária de Assistência Social do Estado) entraram em um quarto e foram para a janela saber como era a vista. Conversaram um pouco e Eduardo Paes abraçou Benedita e fez um elogio a ela, exato na hora em que entraram Lula, Sérgio Cabral e Pezão. Sérgio Cabral parou todo mundo e disse: “É melhor a gente sair, porque parece que pintou um clima”. Te cuida, Pitanga!
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terça-feira, 30 de junho de 2009
A aliança PT-PMDB no Rio começa pelo Senado
O movimento de Lindberg (PT) para transformar sua candidatura ao Governo do Rio ou em fato consumado ou em valorização do passe para outros postos está cada vez mais complicada. A sua forma irredutível de se apresentar está prejudicando a aliança maior (por Dilma) com o PMDB e ao mesmo tempo fortalecendo a candidatura de Benedita da Silva ao Senado. O governo peemedebista de Sérgio Cabral ficou muito impressionado com o desempenho da petista nas pesquisas e com a desenvoltura que ela está apresentando em suas andanças. Ele já chegou a dizer que a chapa Benedita (PT) / Picciani (PMDB) está lançada. Na sexta-feira, o seu grande aliado, Prefeito Eduardo Paes, declarou publicamente que pretende votar em Benedita para Senadora. E nesta terça-feira o todo-poderoso Presidente da Alerj, Jorge Picciani, disse a Benedita que estava tendo conhecimento da sua movimentação pelo estado e chamou-a para andarem juntos. Quem não deve estar gostando disso (além de Lindberg) são Garotinho, Gabeira e César Maia.
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terça-feira, 14 de abril de 2009
César Maia está perdendo para Eduardo Paes

domingo, 21 de dezembro de 2008
César Maia dá nota 4 para sua atual gestão
Boa entrevista hoje, na Folha, que reproduzo na íntegra:
De saída, Cesar Maia afirma que tem desempenho melhor que de Lacerda
Prefeito mais longevo do Rio dá nota 4 ao seu terceiro mandato, apóia Serra para presidente e tem como opção futura dar aula na Espanha à espera de candidatura ao Senado ou ao governo do Estado
Mário Magalhães, sucursal do Rio
Se a vida é sonho, e a vida de Cesar Epitácio Maia amalgamou-se a um pragmatismo proverbial, nem nos seus sonhos o prefeito da cidade do Rio de Janeiro se liberta das decisões e dos despachos que consomem as 19 horas diárias em que permanece acordado.
Ele conta que no ano passado desatou, enquanto dormia, o nó que o apoquentava: o reajuste salarial de engenheiros e arquitetos do município. "Acordei com o decreto pronto na cabeça", recorda. Durante o sono, equações matemáticas são encaradas -e solucionadas-, diz.
Na madrugada de uma quarta-feira do começo de dezembro, o prefeito que mais tempo governou a antiga capital do país sonhou com a medida que tomara na véspera, de desligar à noite os pardais, aparelhos eletrônicos que fiscalizam a velocidade dos automóveis.
"Potencializei no sonho uma reação negativa, costume dos últimos meses, daquilo que eu estava fazendo", disse horas depois à Folha, na sede administrativa da prefeitura -o Piranhão, como os cariocas alcunharam o edifício erguido em uma antiga zona de meretrício.
O sonho não decorria de delírio persecutório. Aplausos aos seus atos rarearam à medida que se acercou do fim do seu mandato, o terceiro, no arremate do ciclo de 12 anos de gestão (1993-1996; 2001-2008).
São 16 anos, se somado o quadriênio de Luiz Paulo Conde (1997-2000), o desconhecido ex-secretário que Cesar Maia ungiu sucessor, no que o lugar-comum designa "eleger um poste". Invenção veio a romper com inventor, mas na essência estilo e equipe administrativa se mantiveram.
Nessas quase duas décadas, Cesar -como o prefeito é chamado, assim como Itamar Franco é Itamar, e não Franco- tocou obras como a Linha Amarela (via que une as zonas norte e oeste) e o estádio Engenhão. Comandou projetos como o Rio-Cidade, que remodelou grandes áreas, e o Favela-Bairro, modelo internacional.
Chegou a ser apontado como vocação inequívoca para o Executivo, catedrático do marketing político e postulante promissor à Presidência.
Na despedida, contudo, assemelha-se à construção que no futuro deve ser associada a ele como o Sambódromo é ao governador Leonel Brizola (1922-2004): acumulam-se apupos à Cidade da Música, que Cesar compara ao mausoléu indiano Taj Mahal e cujos detratores condenam como monumento ao desperdício (custo de ao menos R$ 518 milhões).
Na segunda quinzena de outubro, meros 22% dos moradores do Rio consultados pelo Datafolha aprovavam sua gestão (avaliações ótimo e bom). Ao fim do primeiro mandato, eram 52%. Do segundo, 61%.
O político que alardeia jamais ter apoiado perdedor em pleito local viu sua candidata, Solange Amaral (DEM), definhar em quinto lugar, aquém dos 4% dos votos. Ele fugiu de campanha na zona sul, temeroso da aversão contra si na área mais rica da cidade, onde a classe média pulula. O eleito foi Eduardo Paes (PMDB), outra cria sua que o abandonou.
Cesar aposta que algum dia as análises retrospectivas lhe serão generosas. Julga ter sido melhor prefeito que Carlos Lacerda (1914-77), o governador da Guanabara (antiga denominação do município do Rio) na primeira metade da década de 1960, ainda hoje evocado como governante inspirado.
O que provocou, nas suas palavras, o "desgaste de imagem"? Para um político que dá duro até em sonho, a busca pela resposta se tornou obsessiva.
Vaias
Enquanto arrumava cerca de 300 caixas com papéis que coleciona desde 1968, ano em que foi preso no congresso da União Nacional dos Estudantes, o prefeito matutou sobre o que saiu errado.
Como ele anota, contratempos e tropeços não lhe faltaram antes, como um temporal digno de romance de García Márquez (1996), uma epidemia de dengue (2002; outra sobreviria em 2008) e a intervenção federal na saúde (2005).
Nos estertores de 1993, 9% o aprovavam. Cesar, porém, lograva a volta por cima. De 2007 para cá, para cima se consolidou a flecha da reprovação.
Sua conclusão: "O Pan-Americano foi um sucesso para a cidade. Do ponto de vista da ação do governo, foi o elemento de desintegração da imagem".
O prefeito inventaria: quando a candidatura do Rio venceu, os Jogos previstos eram modestos; no meio do caminho, o Comitê Olímpico Brasileiro sugeriu grandiloqüência, com a ambição de sediar a Olimpíada; o Estado gastou pouco, e a União entrou tarde na operação; a prefeitura, "que tem capacidade de investimentos com recursos próprios de R$ 700 milhões por ano, em dois anos desembolsou R$ 1 bilhão" com o Pan.
O dinheiro que faltou para a fatura oriunda da competição foi subtraído de outras frentes. "Tive que derrubar as despesas", afirma Cesar. A conservação da cidade piorou.
"Perdemos qualidade, o que permitiu que a crítica ao governo, injusta, fosse absolutamente certa. A imagem [ruim] estava construída, lastreada em razões efetivas." Por que, então, injustiça? "Deviam ter me dado uma carência."
Tabela da prefeitura mostra que, enquanto o crescimento real das receitas bateu 8,2% no período de um ano encerrado em outubro, nos mesmos 12 meses as despesas despencaram -era dinheiro para saldar compromissos do Pan.
O prefeito lembra elogios das autoridades desportivas ao evento: "Estou pensando que fiz um gol, corro para a galera, a galera vai me abraçar. Quando chego à galera, ela está vaiando. Mas é uma questão que se dilui no tempo com rapidez".
Nota 8
A dimensão histórica de Cesar Maia e suas perspectivas estão ligadas à percepção sobre seu desempenho como prefeito. Ele concede 10 "com louvor" ao seu primeiro governo, 10 ao segundo e 4 ao terceiro ("sofrível, porque quebrado pelo Pan") -em outubro, no Datafolha, os eleitores lhe deram nota 4,3. Na média, 8.
Como Carlos Lacerda, Cesar iniciou no comunismo e se moveu para a direita. No DEM, ex-PFL, o prefeito se tem como "social-democrata-liberal". Do antigo governador, diz guardar amor e ódio. "Amo o governador e odeio o político."
Cesar premia com um 10 "com louvor" o desempenho de Lacerda na administração. Em infra-estrutura urbana, 10 "sem louvor". Como "estrategista do desenvolvimento econômico", nota zero.
"Ele imaginou, uma falha gravíssima, que o fundamental seria o relançamento industrial do Rio." A cidade, acredita, deveria se voltar para os serviços.
Incluindo outros itens, Cesar cravou 6 de média para Lacerda, em cujo governo (1960-1965) nasceram o aterro do Flamengo e a adutora do Guandu, decisiva para o abastecimento de água. Foi mesmo melhor que Lacerda? "Não tenha dúvida." No balanço sincero da história, considera Pedro Ernesto, prefeito nos anos 1930, o melhor de todos.
Além do seu desempenho como gestor, Lacerda ficou na memória como um entusiasta de golpes -da Intentona Comunista de 1935 ao movimento militar de 1964, passando pela morte de Getúlio Vargas em 1954. Ignora-se o que sobreviverá do empenho de Cesar para aparecer na mídia a qualquer preço na sua primeira gestão. Ele cumprimentou os ossos de um dinossauro em museu, prometeu os Beatles em Copacabana, decretou luto pela morte de um macaco, estendeu o horário de verão. Assegura que não pediu sorvete em açougue, apenas indagou onde poderia comprar um. Ao notar o mal-entendido, deu corda.
"Não contrariei a notícia que me interessava, aquele negócio de maluco. [...] Comecei a construir fatos. Eu fazia combinação com um fotógrafo. Eu dizia: "Vou te arranjar uma fotografia aqui. Você se prepara que vai ser aquela para arrebentar". Aí tinha um favelado tomando banho, eu jogava um balde de água na cabeça dele."
Tudo porque descobrira que "ninguém sabia quem era o prefeito". Eram os factóides, "explodindo as imagens para produzir noticiário". Sem cerimônia, Cesar contaria que espalhou gente pelas ruas para disseminar o boato de que um político adversário desistira de uma eleição. Ou que chutava números para impressionar.
Nem tudo mudou. Em sua newsletter, o prefeito trombeteou que seus estudos projetavam o mínimo de 15% de votos para Solange. Na verdade, revela hoje, esse era o teto. "Entrei na campanha sabendo que a gente tinha perdido."
Passado e futuro
Com a derrota, Cesar não sabe o que será o porvir. Diz que pode passar dois anos dando aulas em Madri sobre administração pública. Em 2010, sair para senador ou governador. Em 2012, tentar o quarto mandato ou, cenário sombrio, lançar-se para vereador.
Recomeçar por baixo talvez fosse uma tragédia para um passional, não para um pragmático. Cesar militou na luta armada contra a ditadura militar, foi preso, exilado, retornou e em 1983 tornou-se secretário da Fazenda de Brizola. Foi um dos muitos dissidentes do brizolismo que prosperaram. Agora, encarna a árvore cujos galhos se rebelam e superam o tronco original -como no caso de Paes. Está com José Serra (PSDB) para presidente.
Indagado sobre seu sumiço das ruas, confirma que sai menos, porque tem 63 anos, e não os 47 da estréia como prefeito.
Provocado sobre um possível desencanto com a administração, responde por 1 hora e 15 minutos, em entrevista de quatro horas, e nega a impressão.
Sua solidão pessoal é metáfora do isolamento político. Da solidão, ele não reclama: "Não posso, porque gosto. Gosto de estar em casa com a minha mulher. Nunca fui a boate. Raramente vou jantar fora. O meu hábito me dá prazer".
Noutro dia, Mariangeles Maia, a chilena com quem ele se casou no exílio, zapeava a TV. Ao ver Paulinho da Viola, o prefeito pediu para ela parar. "Vamos ver se ele fala mal de mim" -no passado, o compositor protestou contra o cachê de um show de Réveillon. Cesar se reconheceu: "Perguntam ao Paulinho: "Você vive do passado?" Paulinho responde: "Não, o passado vive em mim". Aquela resposta foi muito forte".
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quinta-feira, 30 de outubro de 2008
César Maia e 2010
Boa análise feita por César Maia sobre o cenário político-eleitoral do Rio de Janeiro com projeção para 2010. Eu diria até que ele apresenta um alto grau de imparcialidade, se é que isso é possível. Algumas observações farei dentro do texto dele, em negrito.
OS VETORES DA POLÍTICA FLUMINENSE APÓS A ELEIÇÃO E 2010!
1. Espacialmente, a política fluminense pode ser dividida em 9 vetores: Capital-Sul, Capital-Norte, Capital-Oeste, Baixada Fluminense, Norte/Centro Norte Fluminense, Niterói/São Gonçalo, Região dos Lagos, Sul Fluminense, e Região Serrana.
2. Na Capital-Sul a referência de Gabeira ficará estabelecida pelo tempo que ele definir um projeto político e então se avaliará o desdobramento. Não deverá ser candidato a governador, mas uma candidatura sua ao senado, se em coligação, reforçará muito esta coligação. Na Capital-Norte e na Capital-Oeste não há vetor político hegemônico, pois as oscilações entre primeiro e segundo turno foram claras, inclusive com inversões em certas áreas e a avaliação positiva do atual prefeito, aí, poderá lhe dar sustentabilidade. O exercício do poder pelo PMDB na capital nestes 18 meses pré-eleitorais definirá sua expressão política, na medida em que não vem tendo referências de opinião pública há anos.
Na verdade, César Maia sonha aqui com a sua candidatura para Governador, coligado com Gabeira para o Senado.
3. Na Baixada Fluminense o fato mais expressivo foram as derrotas do PMDB nos grandes municípios. As lideranças afirmadas dos prefeitos eleitos de Nova Iguaçu (PT) e de Caxias (PSDB) vão desenhar o quadro futuro. O prefeito de Nova Iguaçu será candidato a governador, negociando, com a saída do governador a vice do PT, o apoio do PMDB. Nesse caso se fortalece muito. O PSDB, com o cacife de Caxias, avaliará o quadro político nacional e as coligações que poderá fazer regionalmente com vistas a 2010, já que ainda não tem um nome majoritário para governador.
César Maia não conta com as possíveis alianças por baixo do pano com algumas candidaturas vitoriosas nem conta com a ida de Garotinho para o PSDB (um pouco dificultada agora, por causa dos fatores Gabeira e Kassab). Garotinho com certeza tem apoio de Zito para 2010 e obviamente está sonhando com Gabeira para facilitar os votos da classe média pelos quais ele tanto ora.
4. O PDT reina soberano em Niterói-São Gonçalo e com força eleitoral e lideranças expressivas, será peça desejada no jogo das alianças para 2010. Garotinho ressurge das cinzas e retoma sua trajetória a partir de sua liderança no Norte-Centro Norte Fluminense, com uma base de lançamento muito forte, lastreada pelos royalties do petróleo. O Sul Fluminense sai das eleições municipais sem vetor hegemônico, com as forças divididas.
5. Na região dos Lagos, o PMDB se enfraqueceu ao se dividir e se repete a situação do Sul Fluminense: não há hegemonia. Na região Serrana a surpresa foi a vitoria do PT em Petrópolis, o que, apoiado em nível federal, será um reforço à candidatura do prefeito de Nova Iguaçu a governador.
Esqueceu da importante vitória do PT em Teresópolis, nem tanto por conta do eleitorado (em torno de 100.000), mas sim por seu perfil mais conservador.
6. O jogo para 2010 parte com uma dúvida: se o governador do PMDB sairá para ser candidato a vice-presidente ou permanece e será candidato a reeleição. O prefeito de Nova Iguaçu será candidato de seu partido. O DEM inevitavelmente lançará o atual prefeito do Rio. Garotinho afirma que é candidato de qualquer forma. O PSDB avaliará se reproduzirá aqui a aliança nacional com o DEM, reforçando a candidatura deste a governador, ou não. E o PDT avaliará o quadro estadual até o último momento de forma a buscar a parceira certa com vistas a seu fortalecimento político e parlamentar.
7. Paradoxalmente, os espaços políticos do governador do PMDB se estreitaram muito no Estado desde sua vitória em 2006. Sua avaliação hoje é apenas sofrível, o exercício do poder na capital não é um passeio e o ano de 2009 não ajudará. Será um jogo que já começa animado, esse de 2010.
César Maia sabe que esse estreitamento é relativo. O mais provável é que a administração conjunta do Governo Lula com o Governo Sérgio Cabral e algumas prefeituras fluminenses(a começar pela da Capital, com Eduardo Paes) amplie os espaços políticos. Mas concordo inteiramente com a conclusão de César Maia: "Será um jogo que já começa animado, esse de 2010". As cartas estão na mesa. O jogo só depende do desempenho de cada jogador.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
O Rio sob a sombra de Gabeira

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008
O debate de César Maia
Por causa do trabalho, nem lembrei dos debates. Consegui ver os dois últimos blocos do debate entre Eduardo Paes e Fernando Gabeira pela Prefeitura do Rio (onde eu estava não foi possível ver o debate em outras cidades). Ao meu lado, um eleitor do Gabeira, profissional de comunicação. Devo confessar que esperava um massacre do Gabeira em Eduardo Paes e fiquei surpreso com o que vi. E hoje, quando li o Ex-Blog de César Maia analisando o debate, ri muito. César Maia é mestre em dar um tom doutoral às suas opiniões, mesmo que elas estejam bem distantes da realidade. Claro que só vi a parte final e não posso dizer se Eduardo Paes foi muito agressivo na parte inicial. Mas o que vi não passou "a agressividade e a tensão de Paes" como escreve César Maia. Muito ao contrário, Eduardo Paes passou segurança. Diz o Ex-Blog: "A comunicação na TV é imagem. A imagem na TV exige uma voz escandida, pautada, serena. A fala rápida, a voz mais alta, denotam insegurança. E as agressões reiteradas e o deboche, em vez de serem engraçados, como ele pensa, chocam quem o vê em sua casa". Pois bem, concordo com isso e cheguei a conclusões opostas. O ar blasé de Gabeira e um tom permanentemente irônico fizeram mal à sua participação. Pareceu que ele, Gabeira, estava o tempo todo procurando demonstrar superioridade, fazendo pouco do oponente. A fala mais pausada fazia parecer que estava tentando arrumar o pensamento, buscando a informação certa que não sabia onde encontrar. Pareceu-me despreparado. Aliás, um trecho do Ex-Blog explica um pouco: “A insistência de Paes de aparecer como síndico passa para quem vê ser candidato a prefeito de um pequeno município. As ironias com Gabeira reforçam a imagem de Gabeira de candidato com dimensão a prefeito de uma cidade global”. Isso mesmo. Para o eleitor que já vai votar em Gabeira, da Zona Sul, é assim que funciona – mas não traz nenhum voto. Para o eleitor indeciso, da Zona Oeste e de outras regiões carentes, para os “suburbanos” de Gabeira, o que vale é o conhecimento imediato, o feijão-com-arroz do dia-a-dia da cidade. Nisso, Eduardo Paes ganhou muito. Mostrou-se antenado com a cidade real. A citação contínua do apoio de César Maia a Gabeira pode até não ter contribuído para tirar votos na Zona Sul, mas serviu para envergonhar o voto carioquista em Gabeira. Por fim, quero comentar o olhar dos debatedores e mais uma vez discordar de César Maia. Se é verdade que não necessário em um debate o olhar permanentemente fixo na câmera, é verdade também que, ontem, Gabeira simplesmente ignorou o eleitor-telespectador. Enfim, não tenho a menor dúvida de que Eduardo Paes venceu o debate. Não voto no Rio, portanto ele não corre o risco de ganhar um voto a mais. Mas o eleitor do Gabeira (e que não gosta do Eduardo Paes) que estava ao meu lado balançou.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Ninguém tenha dúvida: Lula vai entrar com tudo no Rio
Não existe a menor possibilidade de Lula dar apenas um "apoio faz-de-conta" à candidatura de Eduardo Paes (PMDB) para Prefeito do Rio. As pessoas que torcem para ele ficar de fora alegam que Lula não teria condições de apoiar quem já o tratou de "chefe da quadrilha". Mas quem diz isso ainda sabe pouco de política. O que está jogo é uma importante posição dentro do tabuleiro político de 2010. Com a capital paulista praticamente perdida para a oposição, a cidade do Rio de Janeiro passou a ser vital para os planos do Governo Lula. Deixar que Gabeira ganhe no Rio significaria entregar um ponto estratégico a César Maia, Zito, Serra, Aécio, toda a direita carioca e nacional e até mesmo, talvez, a Garotinho que (dizem) estaria se aproximando do PSDB. Diante dessa ameaça tenham certeza que o apoio de Lula não será meramente protocolar. O Planalto, com certeza, muda-se para o Rio.
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terça-feira, 7 de outubro de 2008
Rio, uma cidade em preto e branco

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Eleição no Rio: carioquismo de direita contra Paes
A grande disputa que se faz na eleição carioca é sobre quem estará no segundo turno enfrentando Eduardo Paes (PMDB), que lidera as intenções de votos. Crivella (PRB) ou Gabeira (Tucanos-Verdes)? A maior probabilidade ainda está com Crivella, mas Gabeira cresce celeremente, com apoio de César Maia e todo o lacerdismo, Serra, Aécio, Roberto Freire. Se a coisa ficasse nisso, não teria maiores conseqüências. Mas a candidatura Gabeira não está restrito ao lacerdismo, como aconteceu com Denise Frossard. Ele conseguiu atrair o carioquismo despolitizado ou de direita, exemplificado pelo apoio de Caetano Veloso. Seu programa eleitoral – que era muito fraco – fez correção nessa direção e tornou-se boa alavanca eleitoral. Se é verdade que ele ainda não consegue atravessar o Túnel Rebouças rumo ao voto popular, ele pode estar conquistando votos de classe média de bairros além-túnel que poderão, por sua vez, influenciar votos da faixa C/D. Seria o efeito carioquista sobre as faixas populares. Por outro lado, Eduardo Paes, que se preparou para enfrentar Crivella no segundo turno e, para isso, fez uma campanha corretíssima no primeiro turno, com muitas propostas e bastante clean, tem que criar uma alternativa de campanha para enfrentar Gabeira. O principal seria dar mais emoção à sua campanha. Não que ele consiga conquistar o voto carioquista, mas poderia ter uma cara mais povão, mais próxima de Lula. Definitivamente, 2010 está mais próximo.
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domingo, 28 de setembro de 2008
Eleição no Rio: Lula vai entrar na briga
O Globo conseguiu o que queria. Tirou o "perigoso" Bispo Universal Crivella do páreo e colocou no lugar o Tucano-Verde Gabeira. A pesquisa Datafolha é cristalina. Gabeira está no segundo turno contra Eduardo Paes. Implicação nº 1: Eduardo Paes mudará a campanha, que até agora preparava-se para vencer facilmente Crivella no segundo turno. Implicação nº 2:diante da frente conservadora, capitaneada por Gabeira, Tucanos, César Maia e Globo, Lula terá que entrar na campanha do Rio apoiando Eduardo Paes. Assim como em São Paulo, a disputa de 2010 já começou forte no Rio.
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sábado, 27 de setembro de 2008
Eleição do Rio: o dilema de César Maia
César Maia já jogou a toalha neste primeiro turno: sua pupila, Solange Amaral, não conseguiu escapar da rejeição de seu tutor e cai a índices nanicos, de acordo com as últimas pesquisas. César Maia tenta posicionar-se para o segundo turno, mas está cada vez mais difícil. O seu ideal, diante do atual quadro, seria a vitória de Crivella. Seu arqui-inimigo Eduardo Paes seria derrotado e, ao mesmo tempo, César teria um adversário forte a menos na disputa para o Senado em 2010. Mas todos sabem que uma vitória de Crivella sobre Eduardo Paes (ou qualquer outro) no segundo turno é coisa muito difícil, quase impossível. Por isso César Maia lanca olhares para a candidatura de Gabeira, que conta com o apoio global e reeditaria a aliança de direita anti-Lula (DEM+Tucanos+PPS+PV). Claro que isso significaria que o Governo Lula entraria na disputa a favor de Eduardo Paes com todo o peso, sem divisões na base aliada. Mas há ainda outro fator anterior que deixa César Maia desesperado: depois do último Ibope, está dificil chegar lá...
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Datafolha Rio: Gabeira derrota César Maia

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sábado, 6 de setembro de 2008
Este Blog está com um adivinhômetro melhor do que o de César Maia

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Eleição no Rio: o adivinhômetro de César Maia
César Maia não vive sem pesquisa, e está certo nisso. Ele certamente faz boas análises. Mas, acima de tudo, ele fala o que bem entende, puxando a brasa para sua sardinha. Ele vive "adivinhando" resultados que favoreçam sua candidata. Vejamos seu Ex-Blog de hoje (vou também "adivinhar" em cima do texto dele, com meus comentários em vermelho):
COMO ANDAM AS ELEIÇÕES NO RIO!
1. Mantida a tendência atual, Jandira Niterói e Ga-gabeira caminham para repetir em 2008, Jandira e Bittar em 2004. Concordo que os dois deverão seguir essa tendência. Gabeira já era esperado. Jandira está com campanha fraca, com tempo reduzido na TV. Não conseguiu se posicionar claramente na mente do eleitor.
2. Mantida a tendência, Cri-crivella caminha para repetir 2006 na capital.Crivella errou muito. Deve estar em segundo lugar, atrás da candidatura-furacão de Eduardo Paes.
3. Mantida a tendência, Dudu Riquinho começará a vergar em breve. Qualitativas mostram exaustão de exposição. Vergar, não creio muito. Mas obviamente vai diminuir o ritmo de crescimento.
4. Mantida tendência, Solange já está em terceiro. Talvez seja mais correto imaginar que Solange está em quinto, abaixo de Gabeira, acima de Chico. As pesquisas dirão.
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sábado, 30 de agosto de 2008
Eleição no Rio: cadê a esquerda?

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sábado, 16 de agosto de 2008
Eleição Rio: Crivella se consolida, Eduardo e Jandira disputam a outra vaga

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