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quarta-feira, 22 de junho de 2016

SÃO PAULO NÃO PODE VOLTAR.



Li ontem, no Brasil 247, um Ibope para prefeito de São Paulo. Está lá: Russomano (PRB) 26%, Marta Suplicy (PMDB) 10%, Erundina (PSB) 8%, Haddad (PT) 7%, João Doria (PSDB) 6%, Andrea Matarazzo (PSD) 4%, Marco Feliciano (PSC) 4%, Delegado Olim (PP) 3% e Major Olímpio (SD) 2%. Lembrei de 12 anos atrás. Pelo Datafolha, em 27 de janeiro de 2012, o quadro era esse: Serra 21%, Russomano 17%, Netinho 11%, Soninha 09%, Paulinho 08%, Chalita 06%, Haddad 04%, Afif 03%, Fidelix 01%, Borges d’Urso 01%.


Em 2 de março, o quadro se repetia: Serra 30%, Russomano 19%, Netinho 10%, Soninha 07%, Paulinho 08%, Chalita 07%, Haddad 03%, Fidelix 01%, Borges D’urso 01%. Mas vi em outras pesquisas que, quando Haddad era associado a Lula, seu nome disparava. E no dia 4 de março de 2012 postei no meu Blog: “O povo paulistano está vendo no Brasil que está à sua volta um mundo inteiramente novo e bem melhor, no qual ele não está inteiramente inserido. O paulistano quer renovação, quer viver 100% o Brasil de Lula e Dilma”. E acrescentei: “a opção do PT por Haddad atende perfeitamente os anseios da população”.


Em 15 de junho, data equivalente à de hoje, tínhamos pequena evolução: Serra 30%, Russomano 21% e Haddad 08%. Na véspera da eleição, empate entre os três primeiros colocados: Serra 28%, Russomano 27% e Haddad 24%. O resultado do 1º turno foi Serra 31%, Haddad 29% e Russomano 22% e, no 2º turno, Haddad derrotou Serra por 55,6% a 44,4%.


Ficou confirmada a minha previsão de que o povo paulistano queria participar das mudanças que fizeram o país dar um grande salto à frente. Mas, e hoje, como fica? O país está inteiramente transtornado, imerso em um golpe cheio de espertezas e com o estigma da corrupção corroendo o mundo político. Não tem pesquisa que possa dar um norte (ou leste, oeste, seja o que for). No caso dessa pesquisa paulistana, apesar de Russomano se destacando, os principais nomes estão empatados em penúltimo lugar. Em último, felizmente, estão um feliciano, um delegado e um major. Infelizmente, não temos primeiros lugares. Nem segundos, nem terceiros – mas São Paulo acabará mostrando que sabe votar.

sábado, 30 de agosto de 2014

Atenção, senhores eleitores: apertem os cintos!


Será que a candidatura Marina alçou voo de tal forma que ninguém mais pode acompanhar? Nem tanto. Claro que houve o “voto-comoção” (que ajudou muito na apresentação de Marina como sucessora de Eduardo Campos) e também o voto-hay-gobierno?-soy-contra, incrustrado no rótulo de Não-Voto, responsável pelo grande impulso que Marina teve nessas últimas pesquisas Ibope e Datafolha. Mas será que a eleição presidencial já vive um voo sem volta? É claro que os números das pesquisas são desesperadores para Aécio e preocupantes para a candidatura Dilma. Mais preocupantes ainda para quem, independente do partido, não quer ver o Brasil mergulhado outra vez no vácuo do Consenso de Washington. Mas, calma, dá para recuperar o controle. Neste sábado, por exemplo, tanto André Singer quanto o próprio Mauro Paulino, do Datafolha, escrevem artigos com bons corretivos para esse frenesi da esquadrilha midiática.
André Singer (Rumo ao desconhecido) alerta que “há muito em aberto na candidatura pessebista”. Quais são os rumos que se pretende para uma suposta relação com o agronegócio? O programa social vai ficar solto no ar? E a base de apoio para governar, no caso de Marina eleger-se, será firme? André Singer lembra que, ao se comprometer com a independência do Banco Central, Marina aponta para um governo de “juros altos, recessão bem mais que técnica, corte de gastos públicos e desemprego”. Mais ou menos um “apertem os cintos, o piloto sumiu”.
Já Mauro Paulino (Sucesso de ex-senadora depende da cristalização do eleitorado) destaca que Marina superou o clima de “comoção”, superou o recall de 2010, abriu vantagem sobre Aécio em território exclusivo do tucano e cresceu significativamente entre os eleitores de “menor renda e baixa escolaridade, grupos onde Dilma e o governo sempre demonstraram grande força”. Mas alerta que “propostas concretas e claro programa de governo” serão decisivos. E conclui que a “ênfase exclusiva no discurso da ‘nova política’ pode, com o tempo, afastar parte dos recém-conquistados eleitores”.
Os índices estratosféricos de Marina dispararam em velocidade supersônica. Ela soube muito bem representar os que estavam insatisfeitos tanto com os vácuos do governo petista quanto com a insipidez da tentativa de voo tucano (que rapidamente virou pó). Mas até agora não conseguimos perceber um quod erat demonstrandun em suas propostas. É tudo muito frágil, contraditório, oportunista, rancoroso, tudo muito eólico e ao mesmo tempo uma guinada brutal rumo ao pior do nosso passado.
O Brasil não pode voltar a apertar o cinto e ficar eternamente preso a um mundo sem futuro. O que o Brasil precisa é de um voo tranquilo para dar asas à imaginação.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

DILMA E MARINA – QUEM É DO POVO E QUEM NÃO É?



Dilma Rousseff, diz o Wikipédia, nasceu em Belo Horizonte, Minas, em família de classe média alta, filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff e da dona-de-casa Dilma Jane Coimbra Silva. Já Marina Silva, como também diz o Wikipédia, nasceu pelas mãos de sua avó, que era parteira, na localidade de Breu Velho, em Rio Branco, capital do estado do Acre, filha do seringueiro cearense Pedro Augusto da Silva e da dona de casa Maria Augusta da Silva.
Conheço as duas cidades. Morei uns 4 meses em BH, na casa de minha tia, e morei dos 12 aos 17 no Acre, já que a família de minha mãe é de lá e também tem a ver com seringueiros nordestinos. Sempre foi motivo de admiração, entre quem é do Acre, um acreano (ou acriano) com destaque nacional. “Sabe o Armando Nogueira? É do Acre”, diziam, para ouvir em seguida: “O Jarbas Passarinho também”, ou J.G. de Araújo Jorge ou Enéas. O destaque maior passou para Chico Mendes e o nome da vez é Marina (teve também Galvez, o Imperador do Acre, mas acho que ele era espanhol...).
Pela lógica das origens, diríamos que Marina é a candidata dos mais pobres e Dilma a candidata da classe média alta. Ledo engano. As pesquisas não querem saber dessa lógica e a última pesquisa Ibope vira isso de cabeça pra baixo. Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina feita entre 23 e 25 de agosto pelo Ibope, temos resultados reveladores sobre o perfis predominantes do eleitores de Dilma e Marina. Na tabela anexa dá para ver claramente. Basta clicar na imagem.

Os índices de Dilma são maiores entre os eleitores de mais de 54 anos, de religião católica, que estudaram até a 4ª série do Ensino Fundamental, que têm cor preta/parda, com renda de até 1 salário mínimo. Os índices de Marina, ao contrário, crescem entre os eleitores de 25 a 34 anos, de religião evangélica, com curso Superior, de cor branca, e com renda de mais de 5 salários mínimos (conversando com Fábio Gomes, do Instituto Informa, ele diz que no estado do Rio de Janeiro, esse perfil se repete; não entrei em detalhes, mas acredito que no Rio esses perfis dos eleitores são ainda mais fortes). Que aconteceu, então – trocaram os bebês? É claro que as origens, as formações originais, são importantes, mas não dizem tudo. No final o que importa é saber com muita clareza a quem a candidatura realmente interessa – e por quê. Como diria Brizola, o que importa são os interésses que estão por trás. Vamos ver para que lado penderá o Brasil. Pessoalmente, acho que o que Lula plantou continuará dando frutos.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ibope 2014: acho que o Globo quer ajudar os tucanos na decolagem



Compare o Globo com o Globo. Em 2010, no Ibope de julho, Dilma tinha 39%, Serra 34%, Marina 7% e os outros 1%. Dilma, portanto, tinha 39 contra 42 da soma dos outros. Ou seja, não vencia no 1º turno. Mas vencia no 2º turno por 46 a 40 de Serra. Qual seria a manchete natural? “Dilma lidera e hoje venceria 2º turno”, certo? Errado. Essa manchete voou no tempo e veio pousar na primeira página do Globo de hoje. Você vai pensar que os números das pesquisas ocuparam os mesmos assentos em 2010 e 2014, mas perdeu o voo mais uma vez. O Ibope divulgado ontem aponta Dilma com 38, Aécio com 22, Campos com 8 e todos os outros com 7. Ou seja, Dilma vence no 1º turno de 38 a 37. Essa poderia ser a manchete natural, mas parece que caiu no vácuo. O que será que explica essa acrobacia aérea? Na minha opinião, o Globo ficou com peninha dos tucanos e resolveu dar um empurrãozinho para ver se pega no tranco. Um pouco de gás, digamos assim. A oposição precisa acreditar que o seu plano de voo para vencer esta eleição não tem nuvens pesadas pela frente. Mas está difícil encontrar o tão sonhado céu de brigadeiro. Talvez seja melhor tratar de pedir logo permissão para aterrissagem no aeroporto de Cláudio, MG... e boa viagem!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bolinhas que caem, estrelas que sobem


Serra, ontem, realmente ficou vendo estrelas. Não por causa da bolinha de papel que acertou sua cabeça, mas por causa das notícias negativas de sua campanha. O Ibope confirmou a ascensão de Dilma que o Vox Populi tinha apontado dois dias antes. A repercussão do apoio a Dilma de artistas e intelectuais continuou ressoando em sua cabeça. O seu movimento obscurantista junto a religiosos começou a abortar. A descoberta de que foi o seu “aliado”, Aécio Neves, quem estaria se beneficiando do “Dossiê Amaury” deu tratos à bola. E por último a revelação de que também Serra teria montado um dossiê contra Aécio foi uma verdadeira bola contra. Pior dos piores: com o reaparecimento de Lula, a campanha de Dilma começou a tomar rumo certo, e a reação positiva da população é visível a olho nu.
Ora, direis, ouvir bolinhas! Serra e a mídia certo perderam o senso. Jogaram a careca do tucano em um hospital, e por pouco ele não foi parar na U.T.I. Transformaram a briga idiota de militantes em “agressão petista”. E foram mais longe: atacaram a Polícia Federal que se recusou a transformar a guerra de dossiês entre tucanos em um dossiê petista. Definitivamente, Serra e seus (muy) amigos não andam bem da bola...


sábado, 4 de setembro de 2010

Ibope e Datafolha informam: o povo não é bobo

Saíram novas pesquisas Ibope e Datafolha confirmando as tendências de alta nas intenções de voto em Dilma e de queda em Serra. Dilma tem vantagem de 24 pontos em uma e de 22 pontos em outra. Em ambas, vitória no primeiro turno, e com o crescimento de Mercadante pegando carona. Isso tudo apesar do estardalhaço midiático feito em torno dos vazamentos da Receita. Politizaram o tema com objetivo de conquistar votos, mas não convenceram. O povo não é bobo. Mas o que me intriga é que não houve nenhum estardalhaço em torno do agente a serviço do governo tucano de Yeda Crusius (PSDB, RS), que foi preso acessando dados sigilosos de poíticos petistas. É ou não é intrigante? Ou sou eu que sou bobo?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Novas pesquisas vêm aí – e daí?


 (clique no gráfico para ampliar)

Essa semana teremos novas pesquisas Datafolha e Vox Populi. Mas poucas novidades deverão surgir, além de uma ou outra variação dentro da margem de erro. Deverão ser consolidadas as tendências de alta de Dilma, de queda de Serra e de estagnação de Dilma. Plínio? É, pode ser. Menos pelo debate em si, mais pela presença na mídia. Pode ser que tire votos de Marina, mas nada que possa impedir a vitória de Dilma ainda no primeiro turno. Aliás, é bom que se esclareça que a provável vitória definitiva de Dilma no primeiro turno não ocorrerá por conta de conquista de votos de Marina e nanicos. Deverá vir basicamente dos que, hoje, são 19% de não-votos (brancos, nulos, indecisos) e dos eleitores de perfil popular que ainda estão com Serra. Hoje Dilma tem algo em torno de 48,15% dos votos válidos (segundo a última pesquisa Ibope). Bastaria que ela conquistasse mais 4 pontos e os outros permanecessem como estão (o que não é difícil, talvez até caiam) para que ela liquidasse a fatura em 3 de outubro. Com o Horário Eleitoral Gratuito os novos índices devem surgir com força. E a partir daí não vencer no primeiro turno me parece o cenário mais improvável.

sábado, 5 de junho de 2010

Ibope confirma: Pontuação Acelerada de Crescimento para Dilma

 (Clique no gráfico para ampliar)

Até o Ibope agora confirma o crescimento acelerado da candidata Dilma e a estagnação absoluta de Serra e Marina.Pela primeira vez no histórico do instituto desde setembro do ano passado Dilma chega à liderança. O medo que me revelaram alguns petistas é que agora os tucanos resolvam trocar o candidato. Mas trocar por quem e pra quê?


Coloquei antes o histórico incluindo Ciro Gomes. Aqui é o histórico sem Ciro. Os dois dizem a mesma coisa: Dilma tem crescimento acelerado.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Nova pesquisa UP no Rio mostra liderança de Sérgio Cabral e ainda aponta possibilidade de vitória no primeiro turno


O Blog do Garotinho divulgou hoje pesquisa do Instituto UP (Ulrich Pesquisa) com 2.000 entrevistas, com 2,2 pontos percentuais de margem máxima de erro, que teria sido realizada entre os dias 20 e 22 de maio – não encontrei seu registro no T.R.E.
A pesquisa, em contraste com a divulgada pelo Ibope (onde antes trabalhava o Herich, dono do Instituto UP), apontaria Sérgio Cabral (37%) com apenas 12 pontos à frente de Garotinho (25%) e 22 pontos à frente de Gabeira (15%).
No Ibope, Sérgio Cabral aparece com 43% contra 33% na soma de Garotinho (21%) e Gabeira (12%). Sérgio Cabral teria 57% dos votos válidos, configurando vitória no primeiro turno, mesmo com a margem máxima de erro de 3,4% (812 entrevistas).
No UP, Sérgio Cabral aparece com menos de 48% dos votos válidos, mas podendo ter mais de 50% dentro da margem de erro, o que também configuraria possibilidade de vitória já no primeiro turno.
A grande diferença entre as duas pesquisas está nas intenções de voto para Sérgio Cabral.
NOTA: a pesquisa foi registrada, sim, no dia 28/05, sob nº36013/2010.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Pesquisa Ibope e o segundo turno no Rio de Janeiro

(Clique no gráfico ara ampliar)

Faz quase um ano que falo aqui no Blog que são grandes as chances de Sérgio Cabral (PMDB) vencer a eleição para Governador já no primeiro turno. E de lá pra cá veja o que aconteceu – as chances ficaram maiores... Os candidatos à vaga diminuíram e Sérgio Cabral tem subido em todas as pesquisas. Lembro que em fevereiro, em uma simulação de votos válidos, Sérgio Cabral tinha 40% contra 40% da soma de Garotinho (PR) e Gabeira (PV). Hoje, segundo a pesquisa Ibope que saiu essa semana, ele tem cerca de 56,6% contra cerca de 43,4%. O curioso é que vejo alguns analistas dizendo que não há motivos para comemorar, baseados em elementos muito fracos.
Claro que nada é impossível, mas é cada vez mais difícil vislumbrar o segundo turno. Cesar Maia (DEM) dizia que o teto de Sérgio Cabral seria 30% - mas ele já está com 43% no Ibope (soube que há outra não registrada em que ele aparece com 44%), e lá atrás o Instituto Mapear chegou a apresentar 47%.
Falam que Garotinho, tornando-se elegível, pode levar a eleição para segundo turno por causa de seu voto popular e maioria no Interior. Mas esquecem que um elegível sub judice perde muita força (que já não está tão grande). É verdade que Garotinho é político extremamente hábil, grande comunicador, cheio de cartas na manga. Mas que por outro lado tem muitos senões. Já não lidera no Interior, porque não tem mais a máquina nas mãos. E também já não reina absoluto no povão, porque a transferência dos votos de Lula nesse segmento será para Sérgio Cabral. Além disso, Garotinho está isolado, com pouquíssimo tempo no Horário Eleitoral.
Gabeira talvez tivesse mais condições de crescer, por causa da Zona Sul e do bom tempo no Horário Eleitoral. Mas por ter-se aliado a Serra terá que enfrentar a enxurrada de votos lulistas que desaguarão na candidatura peemedebista. Além disso, terá que resolver o imbróglio interno, com Syrkis para um lado, Cesar Maia para outro, Marina pra outro, o PPS pra outro e Zito pra outro.
Isso tudo sem falar do acerto na política de segurança, das obras do PAC, do Pré-sal, da Rio 2016, da melhoria na saúde, transportes, ações sociais, etc, etc - sem falar de um sentimento otimista que se espalha.
Claro que ninguém é louco de apostar 100% em qualquer resultado de uma eleição que acontecerá daqui a quatro meses. Mas não tem sentido inventar tromba d’água em um cenário ensolarado como esse. Vitória no primeiro turno é o que mais se vê no horizonte.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pesquisa Ibope RJ comprova: acelerou a transferência de votos de Lula para Dilma

(Clique no gráfico para ampliar)

Passaram-se apenas 2 meses de uma pesquisa Vox Populi no Rio de Janeiro que apontava Dilma com 29 e Serra com 28 (além de Ciro 16 e Marina 9). Na época, quando Dilma era associada a Lula o quadro mudava para Dilma 35 e Serra 26 (Ciro 13 e Marina 9).
No mês passado, o mesmo Vox Populi apontou Dilma 35, Serra 22 e Marina 11 – agora sem precisar fazer a relação de Lula e Dilma no questionário, mostrando que tinha começado a aumentar a identificação entre eles.
E agora o Ibope mostra um processo ainda mais acelerado: Dilma 44, Serra 27 e Marina 11.
O curioso é notar que, desde março, praticamente não houve grande alteração nos índices nem de Serra nem de Marina. Foi Dilma que cresceu com a força da transferência dos votos de Lula. Provavelmente, Serra começará a cair.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pesquisas Ibope e Mapear: Lavareda não pode mais dizer que Dilma cresceu em cima de Ciro.


No mês passado, ao comentar a pesquisa CNT/Sensus, o estrategista tucano Antonio Lavareda procurou minimizar o crescimento de Dilma declarando que “o que houve, efetivamente, foi uma transferência de votos de Ciro Gomes pra Dilma Rousseff”. Procurava dizer que a soma dos votos dos dois, entre novembro e janeiro, não tinha alterado, porque, de fato, o eleitor apenas tinha percebido que Dilma era a candidata de Lula, não Ciro. Isso não estaria errado, se não houvesse a intenção de dar limite baixo à capacidade de transferência de votos de Lula.
Tomando como exemplo as pesquisas Ibope de setembro, novembro e janeiro, temos o seguinte quadro (clique para ampliar):


Prova que Dilma não se beneficia unicamente da queda de Ciro. Ela cresce significativamente com a queda do campo dos “indecisos”, dos “não-votos” (Brancos, Nulos, Não Sabe, Não Responde). O correto, portanto, é dizer simplesmente que Dilma cresce com o reconhecimento de que é a candidata de Lula. Isso lhe traz votos de Ciro e também dos “indecisos”. E certamente vai lhe trazer até mesmo votos que hoje estão com Serra e Marina.
Não dá para insinuar um limite de transferência usando como referência os limites de Ciro. Na pesquisa Mapear feita em parte da Região Metropolitana do Rio (Baixada), divulgada aqui na semana passada, temos isso bem claro. Dilma tem inicialmente 26,9%, contra 26,3% de Serra, 16,4% de Ciro e 8,1% de Marina. Quando é revelado que é a candidata de Lula, Dilma passa para 43,4% – um salto de 16,5 pontos percentuais! Ciro só perde 3,1. Por sua vez, Serra perde 5,4, enquanto Marina perde 0,9. A soma das perdas dos três é 9,4 pontos – pouco mais da metade do que Dilma cresce. O problema da Oposição chama-se Lula, que já tem mais de 80% de aprovação pessoal. Se a associação de Dilma com Lula funcionar, voto é que não vai faltar...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nova Pesquisa IBOPE: Serra patina, cai... enquanto Dilma dispara na subida

Está explicada a tensão pré-pesquisal da Oposição. A nova pesquisa IBOPE, que foi finalmente divulgada, revela que, de setembro pra cá, o candidato tucano patinou e está em queda. Dilma só faz subir. Ciro cai. E Marina está ali meio parada, tentando entender que bicho é esse. A pesquisa, divulgada pelo Diário do Comércio, foi realizada com 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o Brasil, dos dias 6 a 9 de fevereiro, com variação máxima da margem de erro de 2 pontos percentuais. (Clique para ampliar)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Pesquisa Ibope não passa no exame antidoping

Vira e mexe sai uma denúncia contra as pesquisas, às vezes com fundamento, às vezes completamente desprovida de sentido. Mas inúmeras vezes os institutos erram não por questões estritamente técnicas, mas, sim, pelo uso dos resultados das pesquisas. Vejam o exemplo desse Ibope publicado hoje na coluna Informe do Dia. Diz a manchete da coluna, com suas letras garrafais: “SERRA LIDERA NO RIO”. E o texto continua: “José Serra (PSDB) é o favorito dos fluminenses para a Presidência da República”. Mostra Serra com 27% e Marina, Dilma e Ciro tecnicamente empatados (suponho, porque não foi divulgada a margem de erro) entre 12% e 17%. A coluna depois diz que a pesquisa foi “feita na semana passada”. De tudo que foi divulgado, há dois aspectos que tornam a pesquisa altamente desclassificável. O primeiro diz respeito ao fato de o questionário não tornar evidente que “Dilma” significa “Lula”. Até agora, pelo menos, a próxima eleição resume-se a estar contra ou a favor de Lula, ou melhor, quem é que ele indica. Sem isso, desconsidere qualquer pesquisa. Outro aspecto é a data provável em que ela entrou em campo, fim de semana anterior ao resultado do Rio 2016. O Brasil – principalmente o Rio – é outro desde sexta-feira. E por que divulgar agora essa pesquisa antiga? Para dar sobrevida a Serra (que, parece, anda tropeçando feio nos obstáculos)? Garantir que o tucano apareça bem no photochart em meio à euforia olímpica? Isso, pra mim, é puro doping. Reprovação certa em qualquer exame sério.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Eleições 2010, Rio: Crivella e Benedita lideram para o Senado

Na mesma pesquisa que tive acesso na terça, com 1.200 entrevistas feitas no fim de semana no Estado do Rio de Janeiro, pude ver os resultados para a disputa ao Senado, lembrando que são duas vagas, com a soma das intenções podendo ir além de 100%. Crivella e Benedita lideram fácil, principalmente considerando que César Maia (que está em empate técnico com um ponto atrás de Benedita) talvez não dispute. Se Gabeira fosse disputar o Senado (será candidato a Governador), também estaria em empate técnico com Benedita. Picciani e Lupi ainda estão longe de acontecer. Quando se imagina o cenário sem Benedita (com Lindberg, por exemplo), o PT perde muito: Crivella cresce (38%), César Maia cresce (33%) e Lindberg teria, na melhor das hipóteses, 13% (lembrando que são dois votos, e provavelmente o primeiro voto – considerando o baixo índice para Governador – em Lindberg é baixo).

Ontem, quando leu meu Blog, o Vice Pezão me ligou e disse que tinha acabado de ver pesquisa do Ibope com índices semelhantes aos da pesquisa que eu estava divulgando. Hoje o Ancelmo publicou os primeiros dados do Ibope.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

César 1 x 0 Ibope

No seu Ex-Blog de hoje, César Maia pega com muita precisão uma escorregadela do Ibope:
BARRACO ESTATÍSTICO: EXTREMAMENTE GRAVE! AO SE DEFENDER, IBOPE SE ENTREGA!
Diretora do Ibope - ao contrário do que diziam antes - afirma que pesquisas influenciam eleitor. Se for assim, a divulgação de pesquisas em época próxima a eleição deveria ser proibida. Afinal, Ibope errando no Crivella teria provocado o mesmo fenômeno.
Globo-On
- É só analisar o Datafolha entre 5 de julho e 4 de outubro: o eleitor enriqueceu cerca de 10%. Ou seja: o Datafolha subiu o perfil da renda familiar e da escolaridade. Acho esquisito mudar uma amostra assim. Por isso, não foi erro do Ibope. O Datafolha criou uma "onda" que ajudou Gabeira - retrucou Márcia Cavallari, diretora de atendimento e planejamento do Ibope Inteligência.

sábado, 30 de agosto de 2008

Eleição no Rio: cadê a esquerda?

A nova pesquisa Ibope para intenção de voto para Prefeito do Rio (entre 26 e 28 de agosto, 1.001 entrevistas, margem de erro com variação máxima de 3,1 pontos) confirma em primeiro lugar a subida vertiginosa do candidato do PMDB, Eduardo Paes, e a resistência de Crivella (PRB) na liderança. Mostra também que o apelo de voto útil da esquerda feito por Jandira (PCdoB) não tem muito valor, considerando-se o desempenho dos outros candidatos de esquerda (os que mais se destacam são Chico Alencar, do PSOL, e Alessandro Molon, do PT, com 2% cada um). O que temos de fato é uma candidatura com forte perfil popular (Crivella) contra outra (Eduardo Paes) que, através da máquina peemedebista, soube combinar voto popular com voto da classe média conservadora. Isso significa ainda que, na hipótese de um segundo turno entre esses dois candidatos e com a provável neutralidade de Lula, Eduardo Paes deve ganhar fácil. Para duplo desespero de César Maia, que teria seu grande desafeto como sucessor e ainda ficaria mais distante da conquista do Senado em 2010.

sábado, 16 de agosto de 2008

Eleição SP: Marta a 2,5 pontos de vencer no priemiro turno

A nova pesquisa Ibope mostra um cenário muito novo para as eleições municipais de São Paulo. Não se trata apenas do avanço de Marta ou da queda de Alckmin. A novidade é que Marta está perto de vencer ainda no primeiro turno. De acordo com a pesquisa, existem 87% de votos válidos e Marta tem 41%. Para vencer no primeiro turno, ela precisará ter 43,5% mais um voto. Falta muito pouco e o Horário Eleitoral Gratuito ainda nem começou.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Eleição no Rio: o Datafolha confirma as previsões deste Blog

A novidade dessa pesquisa Datafolha divulgada ontem sobre a eleição para Prefeito do Rio já estava nas previsões deste Blog: ascensão do peemedebista Eduardo Paes (encostando em Jandira, do PCdoB), queda de Solange Amaral (DEM, ex-PFL) e estacionada do resto (inclusive do tucano-verde Gabeira). É verdade que a pesquisa também confirma a subida de "Brancos e Nulos" de 11% para 16% já detectada pelo Ibope, mas não é isso que está derrotando a candidata de César Maia, como de certa forma ele insinuou.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Errata sobre as margens de erro

Na postagem "Globo às margens do erro" de segunda-feira, no último índice da tabela, "Não Sabe/Não responde", publiquei 17%, com variação da margem de erro entre 13,16% e 8,84%, quando o correto é entre 19,59% e 14,41%. Não me perguntem como aconteceu (considerei 11%, em vez de 17%). Felizmente o Américo do Paraná me alertou. Pena que o Jornal Nacional não corrige os erros...