(Clique no gráfico ara ampliar)
Faz quase um ano que falo aqui no Blog que são grandes as chances de Sérgio Cabral (PMDB) vencer a eleição para Governador já no primeiro turno. E de lá pra cá veja o que aconteceu – as chances ficaram maiores... Os candidatos à vaga diminuíram e Sérgio Cabral tem subido em todas as pesquisas. Lembro que em fevereiro, em uma simulação de votos válidos, Sérgio Cabral tinha 40% contra 40% da soma de Garotinho (PR) e Gabeira (PV). Hoje, segundo a pesquisa Ibope que saiu essa semana, ele tem cerca de 56,6% contra cerca de 43,4%. O curioso é que vejo alguns analistas dizendo que não há motivos para comemorar, baseados em elementos muito fracos.
Claro que nada é impossível, mas é cada vez mais difícil vislumbrar o segundo turno. Cesar Maia (DEM) dizia que o teto de Sérgio Cabral seria 30% - mas ele já está com 43% no Ibope (soube que há outra não registrada em que ele aparece com 44%), e lá atrás o Instituto Mapear chegou a apresentar 47%.
Falam que Garotinho, tornando-se elegível, pode levar a eleição para segundo turno por causa de seu voto popular e maioria no Interior. Mas esquecem que um elegível sub judice perde muita força (que já não está tão grande). É verdade que Garotinho é político extremamente hábil, grande comunicador, cheio de cartas na manga. Mas que por outro lado tem muitos senões. Já não lidera no Interior, porque não tem mais a máquina nas mãos. E também já não reina absoluto no povão, porque a transferência dos votos de Lula nesse segmento será para Sérgio Cabral. Além disso, Garotinho está isolado, com pouquíssimo tempo no Horário Eleitoral.
Gabeira talvez tivesse mais condições de crescer, por causa da Zona Sul e do bom tempo no Horário Eleitoral. Mas por ter-se aliado a Serra terá que enfrentar a enxurrada de votos lulistas que desaguarão na candidatura peemedebista. Além disso, terá que resolver o imbróglio interno, com Syrkis para um lado, Cesar Maia para outro, Marina pra outro, o PPS pra outro e Zito pra outro.
Isso tudo sem falar do acerto na política de segurança, das obras do PAC, do Pré-sal, da Rio 2016, da melhoria na saúde, transportes, ações sociais, etc, etc - sem falar de um sentimento otimista que se espalha.
Claro que ninguém é louco de apostar 100% em qualquer resultado de uma eleição que acontecerá daqui a quatro meses. Mas não tem sentido inventar tromba d’água em um cenário ensolarado como esse. Vitória no primeiro turno é o que mais se vê no horizonte.