quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Rio de Janeiro vai avançar a passos largos.



Fico feliz com a vitória do Pezão para Governador do Rio de Janeiro. Não apenas por confiar inteiramente na sua capacidade como político e gestor, mas por sentir que de alguma forma contribuí na comunicação de sua candidatura – mesmo não tendo participado da campanha para governador.
Em 96, fui convidado por Franklin Dias Coelho (antigo coordenador de Programa de Governo do candidato Bittar, em 94, e atualmente Secretário de Ciência e Tecnologia da cidade do Rio) para participar de um seminário promovido pelo IBAM para secretários municipais da região do Médio Paraíba. Durou uma semana, em Resende, e a minha palestra, sobre a construção da imagem de uma cidade, encerrou o seminário. Assim que acabei, veio uma moça falar comigo: “Gostei muito da sua palestra. Meu marido vai se candidatar a prefeito e eu gostaria que você fizesse a campanha dele”.
Tempos depois, Maria Lúcia veio à minha empresa, acompanhada do marido, Luiz Fernando, e dos amigos Chiquinho Perota e Luiz Antonio. Luiz Fernando foi logo dizendo: “Não entendo nada disso. O que você disser pra fazer, eu faço”. Na época, ainda era voto em papel, e eu quis saber por qual nome o candidato era conhecido. “Luiz Fernando”, disseram. Mas alguém lembrou que “na cidade, ele também é conhecido por um apelido que tem, Pezão”. Completei: “Então, esse vai ser o nome dele”.
Conversamos muito, o Franklin (que é de Piraí) coordenou uma pesquisa e logo finalizei o conceito: “Com Pezão, Piraí caminha a passos largos”. Foi uma campanha sensacional, alegre, alto astral, a cara de Piraí. Tivemos liberdade total para criar. Por exemplo, no Programa de Governo, satirizando Fernando Henrique com a mão aberta apontando os 5 temas principais de sua plataforma, fizemos o desenho de um pé com seus dedos também apontando os 5 temas principais e o título: “Este Programa foi feito com o pé no chão.”
O Prefeito de Piraí, na época, era o Tutuca (que 8 anos depois elegeu-se mais duas vezes). Maria Lúcia era secretária de Fazenda. Luiz Fernando virou Pezão, elegeu-se Prefeito de Piraí em 96 (no dia da posse, ele já pôde contar com o novo conceito e a nova programação visual da cidade, feita com o Zé Luís "Bob Marley"), reelegeu-se em 2000 e é o atual Governador. Chiquinho Perota foi seu Vice-Prefeito e Luiz Antonio é o atual Prefeito. Na campanha de 2000, já com urna eletrônica e, portanto, com um número para cada candidato, mudei o tema para “Meu Pezão é 12” (o número do PDT) - logomarca criada por Robson Sosa e premiada no Prêmio Colunistas do Rio de Janeiro.
Nessa eleição de 2000, percen-
tualmente, Pezão foi o mais votado do estado. Pezão é um vencedor. Realizador incansável, apaixonado pelo que faz. E ainda tem muito chão pela frente.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

FIM DE PAPO II



No dia 5 de agosto do ano passado, postei aqui no Blog (FIM DE PAPO) a minha previsão para três eleições deste ano - Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. Errei alguma coisa (por exemplo, achei que Eduardo Campos poderia acabar apoiando Dilma e ainda não considerava a candidatura de Crivella para o Rio), mas acertei no principal. Reveja aqui os principais trechos:

Papo eleitoral.
Adoro bolas de cristal. Desde que tenham pesquisas por trás, perfis bem definidos, muita informação, histórico bem avançado de todos os atores e cenários – enfim, um papo aqui, papo acolá, e imaginação com pé no chão. Vou usar minha bola de cristal para tentar prever três resultados eleitorais.
•    Dilma (PT) vence, talvez no primeiro turno. Eu me baseio no poder da máquina e na inconsistência dos nomes da oposição. A máquina governamental, bem usada, bem azeitada, é capaz de mover montanhas. E apesar dos pequenos reveses da economia, da relação com os aliados e do clamor das ruas, a máquina federal ainda conta com uma força-reserva monumental, graças à sua política social (isso sem contar a força-Lula...). A oposição, fraca, ajuda muito. Marina (?), até hoje, tem um partido indefinido. Variou da crença evangélica ao PT, passou pelo PV e chega hoje a uma Rede da Solidariedade que ainda não encontrou gancho para se sustentar. Tá difícil. Aécio (PSDB) é o mais frágil dos tucanos. Não tem a antipatia atávica de Serra (PSDB), mas também não tem o mesmo preparo nem o mesmo maquiavelismo. Tem um lado simpático, jovem, moderno, mas pesa contra ele o lado irresponsável, “garotão”.
•    Alckmin (PSDB) vence em São Paulo, será reeleito Governador. Apesar de sua política de insegurança assustadora, ainda pode contar com a ação da máquina no Interior. Os petistas Mercadante, Marta e Padilha não avançaram bastante e Haddad até agora não ajudou em nada. Os outros não têm nem papo.
•    Pezão (PMDB) vence no Rio, passará de Vice para Governador. Talvez seja a previsão mais polêmica, mas é bom lembrar que, hoje, os principais nomes (além do Pezão, temos Lindberg, do PT, talvez Garotinho, do PR, e Cesar Maia, do DEM) estão praticamente em empate técnico, com a vantagem para Pezão de ser o menos conhecido e de poder contar com a máquina estadual e com a política de segurança que mais deu certo até agora. Não estou contando ainda com Miro Teixeira, do PDT, porque não levo muita fé na sua candidatura. Também não considero que Freixo, do PSOL, corra o risco de se candidatar agora. Nem acho que os tucanos tenham algum nome viável. Pezão conta também com a alta rejeição dos outros três e não se contamina com a rejeição (talvez temporária) de Sérgio Cabral. Seu estilo pé no chão, realizador, alheio aos holofotes passou a ser grande virtude para o momento. O PT ainda vive a dúvida de apoiar ou não apoiar a candidatura peemedebista, porque pensa no fortalecimento da aliança nacional. Mas é difícil frear a ânsia do petismo local para tentar a sorte com um nome eleitoralmente melhor, por isso é quase irreversível a candidatura de Lindberg. Aliás, em 2006, isso já aconteceu, e o PT, com Vladimir, teve 7,7% dos votos contra 41, 4% de Sérgio Cabral. No dia seguinte, o grupo de Cabral reuniu-se para discutir se apoiaria Lula ou Alckmin. Foi coisa rápida. Cabral e Pezão apoiavam Lula e logo telefonaram para comunicar a decisão. Se Lindberg for mesmo candidato, certamente terá mais votos do que Vladimir - mas apenas isso.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

DESCONSTRUINDO O TSE?



Não entendo por que “desconstruir” virou palavrão. Passaram a confundir “desconstruir” com “golpe baixo” ou “anti-política”, o que não é verdade. E o ministro Toffoli, presidente do TSE, ainda vem dizer que o conteúdo dos programas eleitorais deve ser somente "propositivo", ou programático. Na mesma linha, o ministro Tarcisio Vieira suspendeu trecho da campanha de Dilma na televisão que dizia que o adversário, Aécio Neves, construiu um aeroporto no terreno da família na cidade mineira de Cláudio. Por quê? “A Corte entendeu que, mesmo dispondo os candidatos, no segundo turno, de tempos rigorosamente iguais no horário eleitoral gratuito (simetria), o espaço disponibilizado no rádio e na TV deve ser utilizado de maneira propositiva. Ou seja, não pode ser desvirtuado para a realização de críticas destrutivas da imagem pessoal do candidato adversário, nem é justo que o ofendido tenha de utilizar o seu próprio tempo para se defender de ataques pessoais em prejuízo de um autêntico e benfazejo debate político. Em suma: o espaço é público e deve ser utilizado no mais lídimo interesse público, não soando legítima, doravante, sua apropriação desmesurada”. Continuo chocado com essa decisão, descolada da realidade política. Primeiro, se ele era governador, mas (hipoteticamente) beneficiou-se pessoalmente com a questão do aeroporto, o problema não é pessoal, é político. Por que não divulgar, não tratar da questão no horário eleitoral? Foi a ação de um ex-governador (que agora é candidato a presidente) que até agora não parece estar esclarecida. Então por que não trazer à tona essa questão, de interesse público e que pode determinar uma escolha importante para o país? Provavelmente (não vi), houve igualmente peças na campanha de Aécio que não eram programáticas, mas que não feriam a lei.
Na Resolução N° 23.404 do TSE (que dispõe sobre propaganda eleitoral e condutas ilícitas em campanha eleitoral nas Eleições de 2014 e que teve como relator o mesmo ministro Dias Toffoli) está escrito no Art. 14: “Não será tolerada propaganda, respondendo o infrator pelo emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso de poder (Código Eleitoral, arts. 222, 237 e 243, 1 a IX, Lei n° 5.700171 e Lei Complementar n° 64190, art. 22), (...) IX – que caluniar, difamar ou injuriar qualquer pessoa, bem como atingir órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública”. Claro, nada mais justo. Isso não pode e quem fizer isso tem que pagar pelo que fez. Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Marketing é uma guerra de percepções, seja no âmbito político, pessoal, comercial, profissional, o que for. Na campanha eleitoral, cada candidato procura expor suas próprias características positivas para poder conquistar uma percepção positiva na mente do eleitor. Como ninguém é absolutamente perfeito, é claro que ele oculta o que pode causar má percepção. A tarefa de expor o que é negativo cabe ao adversário – o que é absolutamente saudável em uma democracia. A escolha que o eleitor faz baseia-se no confronto entre as percepções (positivas e negativas) que ele constrói, por isso ele tem que ter acesso a tudo politicamente importante para a definição do seu voto. A questão, portanto, não é “desconstruir ou não-desconstruir” – a questão é “como desconstruir”. Caso seja mal feita, a desconstrução pode se voltar contra o autor. Em 98, por exemplo, Cesar Maia tentou desconstruir a imagem de Garotinho associando-o ao que seria uma “desordem brizolista”. Acontece que a campanha do Garotinho tinha sido feita sem as marcas clássicas dos candidatos de Brizola. Isso dificultou a associação que Cesar Maia pretendia. A campanha de Cesar Maia ficou pesada, negativa – e ele só teve a perder com a sua “desconstrução”. Em certo momento da campanha, Garotinho perguntou a Brizola se gostaria de aparecer no programa. Ele, sabiamente (em todos os sentidos), recusou, dizendo: “Em time que está ganhando não se mexe”. Além disso, a campanha de Garotinho soube desconstruir. A partir da frase atribuída a Cesar Maia de que usaria água e creolina para afastar os mendigos das calçadas do Rio, foram feitas pequenas entrevistas com moradores de rua declarando que preferiam o Garotinho, porque “tem candidato que não gosta de pobre” (algo assim).
É assim que funciona o jogo democrático. Construções e desconstruções, uma guerra de percepções com regras transparentes, sem precisar “caluniar, difamar ou injuriar qualquer pessoa, bem como atingir órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública”. Se alguém pisa na bola no seu trabalho de desconstrução, o maior castigo é a perda do tempo na TV ou - pior ainda - perda da confiança do eleitor. Essa decisão do TSE de transformar o horário eleitoral gratuito no carcomido formato de retrato 3x4 é a desconstrução da democracia. Talvez seja o caso do TSE reconstruir-se...

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Os dois perderam: a não-virtude está no meio

(clique para ampliar)
Não importa quem vai vencer, Dilma ou Aécio (parece que é mesmo Dilma), os dois já perderam. Qualquer que seja o vencedor no dia 26, vai entrar derrotado no próximo Congresso. Basta comparar os deputados eleitos deste ano com os que vão encerrar esta legislatura. Até hoje, o PT com seus aliados mais à esquerda, mais o PMDB, mais o PSOL, formavam 195 deputados. Passaram a formar 170. O PSDB com seus aliados mais à direita, mais o seu novo aliado PSB, formavam 136 deputados. Passaram a formar 147. Seja à esquerda ou à direita, são alianças feitas, digamos, no atacado. O “centrão”, ou aquelas siglas que flutuam pra lá ou pra cá, em alianças feitas, digamos, no varejo, passou de 182 para 196. São esses 196 que, no final das contas, vão segurar a bengala do governo na travessia cega da governabilidade. O que nos apontam mais uma vez esses resultados? A necessidade urgente de reforma política. Não adianta mais ficar remoendo essa história. Como bem frisou o Presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, no seu artigo de sábado na Folha (A quarta maior democracia do mundo), “os resultados das eleições para a Câmara dos Deputados, onde 28 partidos obtiveram assentos, são preocupantes. Revelam séria fragmentação política e desfavorecem a governabilidade. Os partidos de menor expressão, pelo acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na TV, ficam sujeitos a se colocar a serviço de projetos políticos de agremiações mais robustas”. Toffoli faz algumas sugestões, como “o fim das coligações partidárias para as eleições proporcionais (cairia de 28 para 22 o número de partidos na Câmara) e a instituição de cláusula de barreira com a necessária imposição de limites para partidos que não obtenham percentual mínimo de votos, mas que observe os princípios constitucionais do pluralismo político e garanta a expressão das minorias”. Sugere também a “redução do tempo de campanha de 90 para 45 dias e duas semanas para o segundo turno” e ainda reduzir “o tempo da propaganda gratuita de seis para três semanas”. Finalmente critica firmemente as “doações de empresas para partidos e candidatos, o que é uma contradição, já que a cidadania e o voto não são exercidos por empresas, mas por cidadãos”. E propõe fixar “limites de gastos e de doações por pessoas físicas, (...) estimulando-se a reaproximação entre partidos, candidatos e eleitores. É o que chamo de financiamento democrático das eleições: o financiamento privado de partidos e candidatos, com limites isonômicos, pelos próprios eleitores”. Sugestões excelentes. Podemos acrescentar a ampliação do financiamento público de campanha e medidas que possam fortalecer ainda mais os partidos políticos (voto em lista?).
Urge, repito, a necessidade de uma reforma política profunda. Mas não podemos esperar que isso caia do céu ou aconteça espontaneamente a partir desse Congresso que acabamos de eleger. Os parlamentares não vão querer legislar contra seus interesses mesquinhos. A sociedade tem que rugir. Tem que ir paras as ruas. Tem que forçar Governo e Congresso a transformarem esse modo de fazer de política. Tem que conquistar uma virtude que não seja algo perdido no meio de nada, mas que represente os interesses da maioria. A virtude tem que estar sempre no meio do povo.

domingo, 5 de outubro de 2014

SURPRESAS E NÃO-SURPRESAS DA ELEIÇÃO



1. A maior surpresa, claro, foi a morte de Eduardo Campos. A ascensão de Marina, não foi surpresa – eu mesmo previ isso, baseado no efeito comoção (só não previ a rapidez da ascensão e queda).
2. Outra surpresa foi o tucano que tinha virado pó ter conseguido tornar-se um pó-ssível (ou pó-cível), como dizia meu amigo Edson Vidigal, nas suas campanhas da década de 60 para vereador de Caxias, Maranhão. É verdade que Aécio foi muito ajudado pela incompetência da campanha de Marina (iniciada com o imbróglio do “sim, pastor Malafaia”), mas foi principalmente o poder paulista e a mídia que conseguiram fazê-lo alçar voo novamente. Curiosamente, se conseguir o segundo turno, como indicam as pesquisas, talvez tenha contra ele exatamente o poder paulista do vitorioso Alckmin, que está de olho em 2018.
3. A vitória de Alckmin não foi surpresa, assim como não foram surpresas, para mim, as vitórias de Dilma e Pezão, no Rio. Em agosto do ano passado, postei no meu Blog: “Adoro bola de cristal. Desde que tenham pesquisas por trás, perfis bem definidos, muita informação, histórico bem avançado de todos os atores e cenários – enfim, um papo aqui, papo acolá, e imaginação com pé no chão. Vou usar minha bola de cristal para tentar prever três resultados eleitorais”. Os três resultados:
a. Dilma (PT) vence, talvez no primeiro turno.
b. Alckmin (PSDB) vence em São Paulo.
c. Pezão (PMDB) vence no Rio (...). Talvez seja a previsão mais polêmica, mas é bom lembrar que, hoje, os principais nomes (além do Pezão, temos Lindberg, do PT, talvez Garotinho, do PR, e Cesar Maia, do DEM) estão praticamente em empate técnico, com a vantagem para Pezão de ser o menos conhecido e de poder contar com a máquina estadual e a com a política de segurança que mais deu certo até agora. (...) Pezão conta também com a alta rejeição dos outros três e não se contamina com a rejeição (talvez temporária) de Sérgio Cabral. Seu estilo pé no chão, realizador, alheio aos holofotes passou a ser grande virtude para o momento.
Aliás, há pouco mais de 3 meses, o jornalista Roberto Barbosa me perguntou pelo Skype quem venceria, Pezão ou Garotinho? Respondi Pezão. Ele disse que, se isso acontecesse, ele publicaria que eu fui o único oráculo que tinha previsto isso quando Pezão ainda estava com 4%. Veremos no Blog do Roberto Barbosa.
4. Depois do desastre do avião, o maior desastre, para mim, foi a campanha de Lindberg para o Governo do Rio. Pensei, inicialmente, que ele iria para o segundo turno junto com Pezão. Mas seu marketing eleitoral foi errado do começo ao fim. Percebi logo pela foto oficial. Como ainda trazia resquício de cara-pintada, irreverente, daqueles que entram na casa dos eleitores e pedem para tomar banho, conhecido como “Lindinho” por mocinhas enlouquecidas, foi necessário dar seriedade à sua imagem para se qualificar como “Governador”. Foi o que fizeram, mas exageraram na dose: além de sério, ele ficou de cara triste. Não parou por aí. Um quadro forte e repetido exaustivamente em seu programa de TV, mostrava Lindberg atacando o candidato Pezão com a mesma cara triste, cercado por jovens cabisbaixos, mais tristes ainda. Faltou a alegria que ele sempre soube imprimir às suas campanhas. Pior: trouxe para o foco inicial o conceito de cidade partida / estado partido ou “ricos versus pobres”. Muito bom, mas com o desenvolvimento errado – em vez de usar isso para uma proposta de unir/nivelar os dois mundos, ele ampliou o abismo, dando um tom que parecia condenar o mundo da classe média. A classe média que estava pronta para abraçá-lo, mas acabou largando-o no abismo. Como disse Quaquá, presidente do PT-RJ, para o candidato: “Fizeram de você o Não-Lindberg”.
5. Uma grande e simpática surpresa foi o candidato a Governador do Rio, pelo PSOL, Professor Tarcísio. Já conhecia pessoalmente, porque ele esteve, anos atrás, na minha empresa, como um dos dirigentes do SEPE. Mas jamais poderia imaginar que ele teria desempenho tão excelente.

Meus votos, logo mais, não serão surpresas – apenas o voto para Senador, que decidi ontem, depois de um bom papo com meu cunhado, Edwaldo Cafezeiro.