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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pesquisa: PSD quer dizer Partido Sem Democratas ou Partido Sem “Deologia”?


A matéria da Daniella Sholl, “PSD: ideologia pesquisada”, publicada no Congresso em Foco do dia 25 é um primor. Desvenda a mente não dos eleitores, mas dos políticos que sonham conquistar voto a qualquer custo. Quem me enviou o link foi o Cláudio Gama, do Instituto Mapear, gargalhando, não sei se de indignação ou de felicidade com a possibilidade de mais um grande cliente de pesquisas. Diante da pergunta sobre qual seria a cara do novo/velho PSD, as respostas são todas fabulosas.
Vejam:
 “O PSD, entretanto, não terá cara. E não terá cara porque nasce sem formular o seu pensamento. A ideologia do novo partido, disse-me o secretário-geral Índio da Costa há poucos dias, será discutida depois que ele for criado. Como? Através de pesquisas qualitativas e quantitativas. Isto mesmo: o PSD vai defender as ideias e ideais que as pesquisas quali e quanti, como dizemos no jargão profissional, disserem o que o eleitor quer.” (Pergunta que não quer calar: só terá cara-pálida, Índio?)
“Kassab já tinha cunhado a máxima de que o novo PSD não será de direita, nem de esquerda, nem de centro. Será o que, então? Índio desvendou o mistério. Concebido em laboratório, o PSD versão 2.0 vai se adequar às necessidades e ao gosto do freguês. Um partido nem frango, nem peru. Chester, talvez.” (Nas palavras do Houaiss, “galináceo resultante de engenharia genética, que apresenta maior desenvolvimento do peito e das coxas que o comum dessas aves”. Em outras palavras, “cérebro-zero”.)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pesquisa Mapear: as diferenças entre “Dilma” e “Dilma, a candidata de Lula”


(Clicar nos gráficos para ampliar)

Essa pesquisa do Instituto Mapear divulgada hoje tem o mérito de buscar identificar as diferenças entre a candidatura de "Dilma” e a candidatura de "Dilma, a candidata de Lula”, tentando captar tendências. Isso é extremamente importante, porque todos nós sabemos que Lula é o eleitor que fará toda a diferença – e 34% dos eleitores ainda não sabem que Dilma é apoiada por ele. Esse desconhecimento ocorre principalmente entre as mulheres (40%), os mais jovens (41%), nos estudantes do ensino fundamental (40%), no Nordeste (43%) e no Interior (37%).
Quando Dilma é identificada como “candidata do Lula”, ela pula de 22% para 35% e tem o perfil predominante do eleitorado alterado em 3 segmentos:
  • Escolaridade – passa de “superior” para “fundamental”;
  • Região – passa de “Norte/Centro Oeste” para “Nordeste”;
  • Região do Estado – passa de “Periferia” para “Capital”.
A pesquisa do Instituto Mapear teve o seu campo realizado entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, 2.015 entrevistas, erro máximo de 2,18 pontos percentuais para mais ou para menos.

Eleições 2010: nova pesquisa presidencial confirma “erro” elementar de Cesar Maia


No dia primeiro de março, Cesar Maia abriu seu Ex-Blog com uma análise da última pesquisa Datafolha. Tentava, na verdade, acalmar a oposição, provar que o crescimento de Dilma estava dentro do esperado e que não continuaria avançando.  “O óbvio e esperado crescimento de Dilma em pesquisas se deu no correr de 2009, pela superexposição e transferência possível de Lula”, disse ele, para concluir: “Em 2010, o quadro está estabilizado”.
No Ex-Blog do dia 10 de março (“Dilma: está tudo dentro do esperado!”) ele repete: “O que está aumentando não é a intenção de voto na Dilma e sim a base (percentual das pessoas que sabem que ela é a candidata do Lula). Está tudo dentro do esperado, acontecendo mais rápido devido à campanha de um só candidato”. Ele pretendia, com tudo isso, fixar que Dilma teria um teto (em torno dos 30%) que seria atingido quando todas as pessoas percebessem que Dilma era a candidata de Lula. O que ele não fala é que os novos “pontos Lula” que chegam a Dilma não têm origem apenas em eleitores “indecisos”, “brancos”, “nulos” ou “ns/nr”. Eles vieram também de “Ciro” (praticamente inviabilizando sua candidatura) e até de Serra, que, nessa pesquisa (Brasil) do Instituto Mapear, perde 4 pontos na troca de “Dilma” para “Dilma, a candidata de Lula”, e deverá continuar perdendo. Aliás, o mesmo já tinha sido observado no mês de janeiro em pesquisa feita pelo mesmo instituto na região da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, quando Serra perdeu 3 pontos.
Cesar Maia também tem que entender (ou melhor, tem que aceitar) que nunca antes nesse país houve eleição igual a essa. Os índices não conseguirão se espremer dentro dos limites tradicionais. Lula é um fenômeno que vai alterar os limites históricos e deve, ao que tudo indica, garantir a vitória de sua candidata, provavelmente no primeiro turno.
O resto é desespero de oposição.
A pesquisa do Instituto Mapear foi feita entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, com 2015 entrevistas (margem máxima de erro de 2,18%)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pesquisas Ibope e Mapear: Lavareda não pode mais dizer que Dilma cresceu em cima de Ciro.


No mês passado, ao comentar a pesquisa CNT/Sensus, o estrategista tucano Antonio Lavareda procurou minimizar o crescimento de Dilma declarando que “o que houve, efetivamente, foi uma transferência de votos de Ciro Gomes pra Dilma Rousseff”. Procurava dizer que a soma dos votos dos dois, entre novembro e janeiro, não tinha alterado, porque, de fato, o eleitor apenas tinha percebido que Dilma era a candidata de Lula, não Ciro. Isso não estaria errado, se não houvesse a intenção de dar limite baixo à capacidade de transferência de votos de Lula.
Tomando como exemplo as pesquisas Ibope de setembro, novembro e janeiro, temos o seguinte quadro (clique para ampliar):


Prova que Dilma não se beneficia unicamente da queda de Ciro. Ela cresce significativamente com a queda do campo dos “indecisos”, dos “não-votos” (Brancos, Nulos, Não Sabe, Não Responde). O correto, portanto, é dizer simplesmente que Dilma cresce com o reconhecimento de que é a candidata de Lula. Isso lhe traz votos de Ciro e também dos “indecisos”. E certamente vai lhe trazer até mesmo votos que hoje estão com Serra e Marina.
Não dá para insinuar um limite de transferência usando como referência os limites de Ciro. Na pesquisa Mapear feita em parte da Região Metropolitana do Rio (Baixada), divulgada aqui na semana passada, temos isso bem claro. Dilma tem inicialmente 26,9%, contra 26,3% de Serra, 16,4% de Ciro e 8,1% de Marina. Quando é revelado que é a candidata de Lula, Dilma passa para 43,4% – um salto de 16,5 pontos percentuais! Ciro só perde 3,1. Por sua vez, Serra perde 5,4, enquanto Marina perde 0,9. A soma das perdas dos três é 9,4 pontos – pouco mais da metade do que Dilma cresce. O problema da Oposição chama-se Lula, que já tem mais de 80% de aprovação pessoal. Se a associação de Dilma com Lula funcionar, voto é que não vai faltar...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Eleições 2010, Baixada Fluminense – PARTE 1: Dilma tem o dobro das intenções de voto de Serra





Hoje vi essa nota no Informe do Dia. E peguei mais informações da pesquisa com Cláudio Gama, do Instituto Mapear. Os números que obtive são ainda mais surpreendentes, em todos os níveis (intenções de voto para Presidente, Governador e Senador, além das avaliações dos governos).
A pesquisa foi feita em 12 municípios da Baixada Fluminense, parte da Região Metropolitana. Essa área (Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Magé, Mesquita, Nilópolis, Queimados, Japeri, Guapimirim e Paracambi) conta com quase 2.500.000 eleitores, com perfil predominantemente popular. Foram realizadas 1.400 entrevistas (o que dá margem de erro máxima de 2,6%) entre os dias 23 e 29 de janeiro.
O dado de maior impacto é o desconhecimento ainda muito alto (49%) de que Dilma é a candidata de Lula. E isso faz toda a diferença em uma região de eleitorado mais alheio ao noticiário dos jornais. Quando o eleitor é informado de que Dilma é a candidata de Lula, as intenções de voto na candidata petista crescem 58%, fazendo que ela pule de um empate técnico com José Serra para ter o dobro do índice do candidato tucano. Vejam os gráficos, mostrando primeiro a resposta sem a indicação do apoio de Lula, depois o detalhamento por município e finalmente a resposta com os apoios de Lula, FHC e Gabeira (CLIQUE PARA AMPLIAR):

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Curiosidade: 23% dos eleitores do Rio ainda não sabem que Lula não pode ser novamente candidato a Presidente em 2010

Na pesquisa que fez no mês passado com 2.700 eleitores do Estado do Rio de Janeiro, o Instituto Mapear perguntou se o entrevistado “sabia ou não sabia que Lula não pode se candidatar, porque já foi eleito duas vezes presidente?” 23% disseram que não sabiam, com desconhecimento maior entre as mulheres (25%), os jovens (27%, entre 16 e 24 anos) e os de baixa escolaridade (29%, entre os que têm apenas a primeira metade do ensino fundamental).

domingo, 25 de outubro de 2009

Metade do eleitorado ainda não sabe que Lula tem candidato para sua sucessão

Na sexta-feira, tive um papo telefônico com Cláudio Gama, diretor do Instituto Mapear, sobre sua última pesquisa de intenções de votos no Rio de Janeiro. Enquanto ele pedalava sua bike na Lagoa Rodrigo de Freitas, comentava detalhes da pesquisa que aponta "Dilma, a candidata de Lula" com 25% e José Serra com 18% (ver postagem Dilma lidera no Rio: conforme queríamos demonstrar... ). Ele ficou particularmente impressionado com o desconhecimento que o eleitor ainda tem sobre "quem Lula é o(a) candidato(a) de Lula". São 47% que ainda não sabem que Dilma é o nome escolhido por Lula para a sua sucesão na Presidência. Imagina como vai ser daqui a 1 ano, quando todos associarem Dilma a Lula! A questão (cada vez maior) é saber quem será o candidato da Oposição...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dilma lidera no Rio: conforme queríamos demonstrar...


Faz quase cinco décadas que digo aqui do alto deste Blog que as pesquisas que mostram Dilma lá atrás, na grande maioria das vezes, não têm grande valor. Isso porque a próxima eleição presidencial está tendo um caráter plebiscitário: sim ou não ao Governo Lula. Portanto, é fundamental que os questionários das pesquisas esclareçam quem é o(a) candidato(a) de Lula. Foi o que fez agora o Instituto Mapear no Rio de Janeiro. E vejam o resultado: “Dilma, a candidata de Lula” tem 25% e “Serra” tem 18% das intenções de voto. CQD...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Segurança Rio: pesquisas e percepções

Uma jornalista minha amiga está desesperada. O assalto que acabou na morte de uma moça na madrugada do Rio foi praticamente em frente ao seu edifício e agora morre de medo de sair de casa à noite. Sua percepção de insegurança aumentou nos últimos dias. Mas o que será que o Governo Sérgio Cabral está fazendo para combater a criminalidade? A população apoia ou não apoia? O Instituto GPP fez pesquisa também sobre segurança no Rio de Janeiro, para o PV, e o Vereador verde Alfredo Sirkis que analisa a pesquisa em seu site espantou-se com o resultado. Notou que a avaliação geral sobre segurança pública, no governo Sérgio Cabral, foi positiva (melhorou para 37,7%, piorou para 17,7%), e notou também que diante da pergunta “Como se sente, pessoalmente, no governo Sérgio Cabral?” o resultado é bem diferente: 13,7% dizem se sentir mais seguros e, 20%, menos seguros. Ele pergunta: “Como explicar essa dicotomia entre avaliação de segurança pública, em geral, e segurança individual?” E responde: “Há aqui, na minha opinião, um dado de maturidade do cidadão carioca e fluminense. Por um lado, reconhece uma menor politização e mais profissionalismo da atual equipe em relação a anterior, cujos dirigentes mais visíveis saíram candidatos (e um deles acabou cassado e preso)”. Na verdade não há exatamente uma “dicotomia”, já que os resultados não se opõem. É perfeitamente lógico que as pessoas possam se sentir menos seguras e, ao mesmo tempo, aprovem as ações do Governo na área de segurança. A escalada da violência é inegável, mas isso não implica necessariamente desaprovar o Governo. No mínimo, as pessoas sentem que o Governo está agindo de verdade - e esperam resultado cada vez melhores. Vejam esses números da pesquisa do Instituto Mapear sobre segurança:

terça-feira, 14 de julho de 2009

Eleições 2010 no Rio: mapeando rejeições

Pelo que dizem os números da pesquisa Mapear (ver postagem abaixo), está difícil encontrar adversário para Sérgio Cabral (PMDB). Dos cinco nomes que mais são citados para tentarem a sucessão, a maioria não deve continuar. Lindberg não deve ter aval do seu partido, o PT, para se opor à candidatura peemedebista. Wagner Montes (PDT) é muito bem cotado, mas ele sabe que seu público/eleitorado prefere que continue à frente de seu programa de televisão. Gabeira (PV) não deve arriscar tanto o seu mandato de Deputado Federal – ele sabe que até mesmo a candidatura ao Senado é arriscada. César Maia bem que gostaria ser Governador, mas a sua rejeição é alta e ele deve tentar o Senado. Resta Garotinho, que disputa com César Maia a rejeição mais alta e que provavelmente vai até o fim – mas, nesse caso, não haverá segundo turno, independente de quem seja o candidato tucano. Hoje falei com meu amigo Cláudio Gama, do Instituto Mapear, com quem já realizeis milhões de pesquisas (há mais de 15 anos!). Ele soube que eu estava com números da pesquisa que seu Instituto realizou e resolveu me passar mais alguns dados. Mostro aqui tabelas relacionadas com rejeição.

A segurança das pesquisas

As pesquisas são seguras? Claro que são. Sendo bem feitas, sem segundas intenções e dentro das margens de erro estabelecidas, sempre são seguras. Esse mês, vi (no Blog do PV e no Ex-Blog de César Maia) os resultados de uma pesquisa do Instituto GPP que não me convenceram muito – apesar do GPP, preferido do César Maia, me parecer um instituto respeitável. Foram 2.000 entrevistas (margem de erro de 2,2%) com avaliações do governo estadual e com intenções de voto para Governador e Senador em 2010. Achei exagerado o índice atribuído a César Maia (35%) na intenção de voto para Senador, já que na maioria das pesquisas que vi até agora seus índices eram reduzidos (NOTA: na verdade, algumas pesquisas tinham índices bem inferiores, outras semelhantes aos do GPP). Mas notei também que no cenário apresentado não apareciam nem Benedita nem Denise Frossard, o que talvez justifique a distorção. Senti estranheza também na avaliação do governo e nas intenções de votos e, com dados que recebi de uma pesquisa do Instituto Mapear (3.600 entrevistas, margem de erro de 1,6% e 7.200 entrevistas, margem de erro de 1,2%), resolvi fazer uma comparação. Há uma diferença de duas semanas no campo, mas ainda assim é possível comparar. Vejam as tabelas abaixo. Notem que pelos números do Mapear, sem Wagner Montes, Sérgio Cabral vence no primeiro turno. Amanhã falarei sobre segurança.