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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Última semana: tucanos em pânico


Reproduzo trechos da reportagem de Gerson Camarotti, no Em Pauta da Globonews desta segunda-feira, falando sobre a estratégia dos tucanos na última semana antes da eleição. Acaba revelando o desespero da candidatura Serra às voltas com os índices das pesquisas e com a debandada de seus eleitores. Essa reportagem acaba deixando mal o GPP (instituto preferido de Cesar Maia), dá impressão de fazer pesquisa encomendada sob medida para animar a "militância" da oposição.

terça-feira, 30 de março de 2010

A manipulação das pesquisas


Vamos começar dizendo o seguinte: qualquer instituto de pesquisa tem condições de manipular os resultados e é praticamente impossível evitar isso. Você confia ou não confia nos resultados de determinado instituto. Pessoalmente, adotei a postura de sempre confiar – desconfiando...
Há casos que fogem ao controle da direção dos institutos. Por exemplo, é comum ouvir relatos de entrevistadores que testemunharam concorrentes preenchendo respostas sorrateiramente à sombra de uma árvore. Ou de entrevistadores impedidos de entrar em área perigosa, comprometendo resultados. Claro que os institutos têm sistemas de verificação, mas não dá para ter controle absoluto. Principalmente porque, cada vez mais, os entrevistadores pertencem a empresas terceirizadas – que, por sua vez, podem atender a clientes concorrentes entre si. O instituto, quem sabe, pode ser simplesmente uma pessoa contratando outras empresas. Claro que isso não significa necessariamente má-fé ou incompetência – mas demonstra a dificuldade de controle.
Há outras questões de caráter mais subjetivo, com certo grau de dificuldade para dar precisão aos resultados – ou que, por diversos motivos, não tiveram todos os resultados expostos. Vou dar dois exemplos.
  • O GPP (de Niterói, RJ) é um dos poucos institutos que procuram evitar a pergunta espontânea, porque ela tende a influenciar o resultado da estimulada. Concordo com essa posição, mas é difícil de comprovar. O raciocínio é o seguinte: na espontânea, o entrevistado revela o recall maior, a lembrança principal de um nome. Quando é apresentado o disco com todos os candidatos, o entrevistado pode ter alguma tendência a repetir a escolha da espontânea. Ou seja, o recall passa a ter valor maior do que o real.
  • Outro exemplo é o dessa última pesquisa Datafolha. Não vou questionar o índice de Serra mais alto do que o esperado. Mas tem uma questão que me chamou a atenção, que é a história da transferência de votos. A pesquisa detectou que os eleitores que avaliam Lula com ótimo ou bom dividem- se no apoio a Dilma e Serra (em torno de 33% para cada um). A partir dessa informação, está aberto o campo para a especulação de que Lula não transfere tudo para Dilma – ao contrário, transferiria boa parte para Serra. De um lado, é verdade que Lula não transfere toda sua excelente avaliação automaticamente para Dilma – ou ela estaria com 80% das intenções de voto... De outro lado, não é verdade que ele divida igualmente entre os dois. Não foram divulgados quantos dos que apoiam Lula (mas pretendem votar em Serra) sabem que Dilma é a candidata lulista – e esse cruzamento pode fazer toda a diferença. No Rio de Janeiro, por exemplo, a última pesquisa Vox Populi (ver na próxima postagem) faz duas perguntas diferentes sobre a intenção de voto para Presidente. Na primeira, lista os nomes "Dilma", "José Serra", "Ciro Gomes" e "Marina Silva" (com 29%, 28%, 16% e 9%, respectivamente). Na outra, acrescenta apoios e o resultado passa a ser: "Dilma” (com apoio de Lula) sobe para 35%, "Serra" (com apoio de Fernando Henrique) cai para 26%, "Ciro Gomes" cai para 13% e "Marina Silva" (com apoio de Gabeira) permanece em 9%. As intenções de voto em Dilma crescem mais de 20%. É bom esclarecer que, na mesma pesquisa, comprovou-se que 14% ainda nem sabem que Lula não pode candidatar-se novamente. A questão principal, portanto, não é o da capacidade de transferência que Lula tem (está claro que tem!), mas, sim, a capacidade de comunicar clara e amplamente o seu apoio. Ao não passar esse tipo de informação, os institutos de pesquisa deixam margem para especulação – que, no caso, só interessa à Oposição.
Concluindo, não acho que as pesquisas devam ser tratadas como um demônio em si (como fazia Brizola). Mas todos precisam ficar bem atentos – e ao primeiro cheiro estranho devem berrar.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Eleições para o Senado no Rio: Cesar Maia prefere Lindberg

No Ex-Blog de ontem, Cesar Maia publica pesquisa do seu instituto predileto, o GPP, sobre intenções de voto no município de Araruama, região das Baixadas Litorâneas do Rio de Janeiro. Seus índices para o Senado mostram Cesar Maia e Crivella empatados em primeiro lugar, em torno dos 40%. Depois vêm Manoel Ferreira, Lindberg, Waguinho e Picciani em torno dos 10%. Espertamente, Cesar Maia "esquece" os índices de Benedita que lidera absoluta na região. Não recebi os números específicos do município, mas recebi dados da Região Baixadas Litorâneas que mostram Benedita com 58%, com Cesar... 11 pontos atrás! Faz tempo que Cesar Maia procura inflar a candidatura de Lindberg ao Senado pelo PT do Rio - é o adversário dos sonhos da oposição...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Eleição 2010, RJ: avaliação dos números de Cesar Maia


No seu Ex-Blog de hoje, Cesar Maia divulga números de Pré-Campanha no Rio de Janeiro. Vou comparar, em negrito, com outras informações que tenho recebido, abaixo de cada item do Ex-Blog:

OBSERVAÇÕES SOBRE A PRÉ-CAMPANHA DA ELEIÇÃO DE 2010, NO ESTADO DO RIO!

GOVERNO
Ex-Blog: Continua dando segundo turno. Ou seja, a soma de Garotinho e Gabeira é maior que Cabral, que está na frente.
Dentro da margem de erro, tanto pode dar segundo turno quanto primeiro. É melhor considerar que os votos válidos estariam mais ou menos em 50% para Sérgio Cabral.
Ex-Blog: A intenção de voto espontânea para governador dá a Cabral menos da metade do que tem na induzida. É um resultado muito ruim. Em outros estados, os governadores na espontânea têm pelo menos 70% dos votos que têm na induzida. Garotinho e Gabeira vêm empatados na espontânea.
Cesar Maia precisa conversar melhor com o pessoal do GPP...
Ex-Blog: Na pesquisa de intenção de voto induzida, Cabral lidera na faixa dos 35%, Garotinho tem 25%, e Gabeira está próximo a 20%.
A avaliação de Cabral está na faixa de 40% de ótimo e bom.
Disponho de 39, 21 e 20. O “ótimo+bom” deve ser por aí mesmo, mas a aprovação do Governo está em 65.

Ex-Blog: Mas um dado importante: são 55% os que querem mudar o governo e 40% os que querem continuidade.
Natural, nada demais.

PRESIDÊNCIA
Ex-Blog: Dilma se aproximou de Serra e estão em empate técnico. Serra abre no Interior e empata na capital e municípios metropolitanos. Num segundo turno Serra vence na margem.
É verdade que há empate técnico, mas quando Dilma é identificada como candidata de Lula pula mais de 21 pontos à frente – e portanto vence fácil também no segundo turno.

SENADO
Ex-Blog: Para Senador tanto no primeiro como nos dois votos, Crivella e Cesar Maia lideram com vantagem para Crivella dentro da margem de erro. Na alternativa com Benedita ela tem performance melhor que na alternativa com Lindberg: praticamente o dobro.
Crivella, Cesar Maia e Benedita estão com empate técnico em primeiro lugar. Comparada com Lindberg, é verdade, Benedita tem o dobro.
 
LULA
Ex-Blog: Lula atingiu seu melhor momento na avaliação ótimo+bom no Estado do Rio: cerca de 75%.
Aprovação já está 84.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pesquisa de Cesar Maia comprova apagão da Oposição no Rio

No seu Ex-Blog de hoje, Cesar Maia divulga pesquisa de intenção de votos para Governador do Rio, com 1.600 entrevistas feitas no último fim de semana pelo Instituto GPP: “Cabral 29% \ Garotinho 23% \ Gabeira+Cesar Maia (que será candidato a senador) 23% \ Lindbergh 4%”. O grifo é nosso, destacando a confissão de Cesar Maia de que será candidato a Senador, tentando se aproveitar dos votos de Gabeira. Como nem Gabeira (PV) nem Cesar Maia (DEM) serão candidatos a Governador, os números da pesquisa não têm valor. Mas a disposição de Cesar Maia de se candidatar a Senador deve acender uma luz amarela na campanha de Gabeira. A associação de seu nome com o do ex-Prefeito pode afastar muitos eleitores da candidatura verde. E no final os dois podem acabar vendo suas candidaturas derrotadas por uma luz negra...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O GPP de Cesar Maia

O GPP é o instituto de pesquisas preferido por César Maia, o que faz com que todo mundo fique com um pé atrás com seus resultados (quero dizer que eu mesmo já utilizei o GPP – embora não tenha sido escolha minha – com resultado satisfatório). Dessa vez Cesar Maia está se esmerando. Pegou uma pesquisa (1.600 entrevistas) feita há 10 dias no estado do Rio de Janeiro, e vai distribuindo os índices em conta-gotas, conforme seus interesses políticos. Um dia liga pro Lindberg e dá alguns resultados. No dia seguinte liga pro Garotinho e faz a mesma coisa. Solta uns números para um colunista, publica outros no Ex-Blog, e por aí vai. Ao mesmo tempo cria suspense, chama atenção para ele próprio por mais tempo e, principalmente, consegue ocultar o que não lhe interessa. Está certo ele, é o jogo. Os outros players é que têm que ficar atentos, principalmente os jornalistas. Hoje ele está publicando os índices de intenção de voto para o Senado – e a primeira coisa que se nota é que não incluiu Gabeira, embora esse seja o maior desejo do candidato verde. Acontece que a candidatura Gabeira incomoda a quase todos os outros candidatos (exceto Crivella e Benedita), principalmente César Maia. No início do mês publiquei pesquisa (A) também para o Senado e vou comparar com a de César Maia (CM). Com base nesses números e supondo que Gabeira não seja candidato ao Senado, concluímos que será uma briga boa entre Crivella, Benedita e Cesar Maia.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Segurança Rio: pesquisas e percepções

Uma jornalista minha amiga está desesperada. O assalto que acabou na morte de uma moça na madrugada do Rio foi praticamente em frente ao seu edifício e agora morre de medo de sair de casa à noite. Sua percepção de insegurança aumentou nos últimos dias. Mas o que será que o Governo Sérgio Cabral está fazendo para combater a criminalidade? A população apoia ou não apoia? O Instituto GPP fez pesquisa também sobre segurança no Rio de Janeiro, para o PV, e o Vereador verde Alfredo Sirkis que analisa a pesquisa em seu site espantou-se com o resultado. Notou que a avaliação geral sobre segurança pública, no governo Sérgio Cabral, foi positiva (melhorou para 37,7%, piorou para 17,7%), e notou também que diante da pergunta “Como se sente, pessoalmente, no governo Sérgio Cabral?” o resultado é bem diferente: 13,7% dizem se sentir mais seguros e, 20%, menos seguros. Ele pergunta: “Como explicar essa dicotomia entre avaliação de segurança pública, em geral, e segurança individual?” E responde: “Há aqui, na minha opinião, um dado de maturidade do cidadão carioca e fluminense. Por um lado, reconhece uma menor politização e mais profissionalismo da atual equipe em relação a anterior, cujos dirigentes mais visíveis saíram candidatos (e um deles acabou cassado e preso)”. Na verdade não há exatamente uma “dicotomia”, já que os resultados não se opõem. É perfeitamente lógico que as pessoas possam se sentir menos seguras e, ao mesmo tempo, aprovem as ações do Governo na área de segurança. A escalada da violência é inegável, mas isso não implica necessariamente desaprovar o Governo. No mínimo, as pessoas sentem que o Governo está agindo de verdade - e esperam resultado cada vez melhores. Vejam esses números da pesquisa do Instituto Mapear sobre segurança:

terça-feira, 14 de julho de 2009

A segurança das pesquisas

As pesquisas são seguras? Claro que são. Sendo bem feitas, sem segundas intenções e dentro das margens de erro estabelecidas, sempre são seguras. Esse mês, vi (no Blog do PV e no Ex-Blog de César Maia) os resultados de uma pesquisa do Instituto GPP que não me convenceram muito – apesar do GPP, preferido do César Maia, me parecer um instituto respeitável. Foram 2.000 entrevistas (margem de erro de 2,2%) com avaliações do governo estadual e com intenções de voto para Governador e Senador em 2010. Achei exagerado o índice atribuído a César Maia (35%) na intenção de voto para Senador, já que na maioria das pesquisas que vi até agora seus índices eram reduzidos (NOTA: na verdade, algumas pesquisas tinham índices bem inferiores, outras semelhantes aos do GPP). Mas notei também que no cenário apresentado não apareciam nem Benedita nem Denise Frossard, o que talvez justifique a distorção. Senti estranheza também na avaliação do governo e nas intenções de votos e, com dados que recebi de uma pesquisa do Instituto Mapear (3.600 entrevistas, margem de erro de 1,6% e 7.200 entrevistas, margem de erro de 1,2%), resolvi fazer uma comparação. Há uma diferença de duas semanas no campo, mas ainda assim é possível comparar. Vejam as tabelas abaixo. Notem que pelos números do Mapear, sem Wagner Montes, Sérgio Cabral vence no primeiro turno. Amanhã falarei sobre segurança.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

César Maia se rende a Lula

A principal atividade de César Maia nos últimos anos tem sido combater Lula e sua popularidade. Lançou um arsenal infindável de teorias políticas e econômicas para provar que o Governo Lula acabaria fracassando, que a aprovação popular despencaria, que a Oposição, logo, logo, conquistaria o lugar ao sol. Mas, mais uma vez, a realidade vai além da imaginação. A popularidade de Lula bate recordes, a economia brasileira está bem diante da crise (até virou referência internacional) e a candidata apoiada por Lula cresce sem parar nas pesquisas. Na sua coluna de sábado na Folha, César Maia se pergunta “por que razão a máxima (‘é a economia estúpido’) de Carville, assessor de Clinton na época, que relaciona a economia à política, não atingiu Lula?” Mergulha em números econômicos e de pesquisas na tentativa de encontrar resposta, mas continua atônito. “Passando à lógica política, talvez os discursos de Lula o situem como um protetor. Isso explicaria até números piores e sua avaliação. O mais provável é que os números estejam certos e que os primeiros meses de desemprego estejam protegidos pela indenização, FGTS, seguro-desemprego e a esperança. Mas não explicam a avaliação crescente de Lula no Rio”, conclui César Maia visivelmente desorientado. Hoje, no seu Ex-Blog, analisando a Pesquisa Datafolha ele admite: “Este Ex-Blog questionou em fevereiro a capacidade de Lula transferir votos a um personagem antípoda ao seu. Hoje deixa aquela afirmação em processo de re-avaliação”. Veja parte do Ex-Blog aqui:
A CRISE ECONÔMICA AINDA NÃO AFETOU A APROVAÇÃO DE LULA!
Trechos da coluna de Cesar Maia, na Folha de SP, da semana passada.
1. A pesquisa GPP -maio- ERJ, mostrou níveis de aprovação de Lula que nunca antes no RJ se havia visto. A avaliação –ótimo+bom- de Lula na Capital-RJ não chegava a 50%. Agora, no Estado 65%, na Capital 59%, na Baixada 74%, no Interior Industrial 72% e no Interior Rural 65%. As avaliações do governador permanecem entre 30% e 35%, apesar de feéricas campanhas publicitárias na TV, colagem em Lula e a boa vontade da imprensa local.
2. Lá se vão oito meses da crise econômica. O Brasil, neste período, ficou entre os países com dados mais acentuados de queda na indústria, no PIB e no comércio exterior. Por que razão a máxima (“é a economia estúpido”) de Carville, assessor de Clinton na época, que relaciona a economia à política, não atingiu Lula? O indicador mais óbvio seria o desemprego. A pesquisa mensal de emprego do IBGE pode ajudar.
3. Compare a PME de abril, de 2008 e de 2009 para as Regiões Metropolitanas agregadas. Pessoas em Idade Ativa 1,2%. Pessoas Economicamente Ativas (PEA) 0,6% e as Não Economicamente Ativas (PNAE) 2%. Em seguida, abram-se os elementos negativos da PNEA. As pessoas que gostariam e estavam dispostas a trabalhar diminuíram percentualmente de 12,2% para 12%. As marginalmente ligadas a PEA, cresceram de 4,6% a 5,2%. As desalentadas diminuíram de 0,1% a 0%.
4. A Taxa de Desocupação cresceu de 8,5% para 8,9%, mas, paradoxalmente o percentual de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas caiu de 3,4% a 3%. Vale dizer: a Taxa Efetiva de Desocupação, somando o desemprego aberto com o emprego precário, ficou estável em 11,9%.
5. Questionar os números vis a vis a crise é infantil depois de tantos anos. Os trabalhadores metropolitanos irem para o interior? A lógica é o inverso. É provável que o Bolsa Família tenha reduzido a migração e isso ajudaria a explicar os números. Passando à lógica política, talvez os discursos de Lula o situem como um protetor. Isso explicaria até números piores e sua avaliação. O mais provável é que os números estejam certos e que os primeiros meses de desemprego estejam protegidos pela indenização, FGTS, seguro-desemprego e a esperança. Mas não explicam a avaliação crescente de Lula no Rio.
NOTAS SOBRE A PESQUISA DATA-FOLHA-BRASIL!
1. A avaliação de Lula ter voltado a crescer (agora 69% de ótimo+bom) confirma os dados sobre sua avaliação (GPP), no Rio-Capital, apresentados no sábado na coluna de Cesar Maia na Folha de SP. E da mesma forma que a crise econômica não o afetou, apesar de ter se intensificado. Data-Folha mostra as seguintes respostas entre março e maio de 2009: a) a situação do país vai melhorar de 31% para 41%. b) O desemprego vai aumentar, cai de 59% para 43%. c) Inflação vai aumentar cai de 48% para 36%.
2. Os que estão de acordo com um terceiro mandato passam de 34% para 63%. Atenção! A campanha que Lula faz todos os dias aumenta a sua capacidade de transferir votos. Lula (na induzida) tem 47% das intenções de voto e Serra 25%, caindo 13 pontos. Essa é uma boa e má notícia. Boa porque define um piso para Serra. Má porque ele ainda pode perder 1/3 de suas intenções de voto se Lula mantiver capacidade de transferi-los.
3. Lula tem na espontânea 27% ou 57% da induzida. Serra tem 5% ou 13% da induzida sem Lula. Dilma tem 4% (e com Lula marcado), ou 25% de seus 16%.
4. Sem SP (supondo diferença aqui pró-Serra de 40 pontos), o resultado seria Serra 32% e Dilma 20%.
5. Este Ex-Blog questionou em fevereiro a capacidade de Lula transferir votos a um personagem antípoda ao seu. Hoje deixa aquela afirmação em processo de re-avaliação.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aprovação Lula: desespero da Oposição

O Ex-Blog do César Maia divulgou hoje índices de aprovação do Governo Lula em São Paulo, a partir de Pesquisa GPP. No Rio, disponho de algumas informações a respeito. Nos dois casos, explica-se o desespero oposicionista. A aprovação é monumental. E estamos falando apenas de "ótimo+bom". Se incluirmos o "regular positivo", vai pra bem mais de 80%!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Pesquisa CNT/Sensus: se a crise continuar, Lula chega aos 100%...

Está todo mundo impressionado com os recordes de popularidade de Lula e de seu governo apesar da crise mundial. A oposição faz tudo para transformar Lula no culpado de tudo, sem êxito. Esssa primeira página do Globo de hoje é exemplo disso. A foto do evento em que Lula anuncia a construção de 500 mil casas populares serviu apenas para tentar associá-lo à queda na indústria. Mas não tem jeito, com crise ou sem crise Lula está em alta. Há dois meses atrás, na postagem César Maia demonstrou, ontem, porque Lula bateu recorde de aprovação no Datafolha de hoje, citei uma pesquisa do Instituto GPP no Rio onde foi feita a seguinte pergunta:
Com essa crise e perspectiva de aumento da inflação e desemprego, você acha melhor – votar num candidato do Governo Federal, votar num candidato da Oposição, ou não sabe o que dizer?
O resultado foi:
* Votar num candidato do Governo Federal – 40,5%
* Votar num candidato da Oposição – 32,3%
* Não sabe – 27,2%.
E continuei:
A conclusão é óbvia. Os governos anteriores ao de Lula estão todos associados a “oposição”. E todos estão associados também a péssimas administrações, desde Sarney até Fernando Henrique. Assim, diante da necessidade de se escolher um governo com capacidade de enfrentar os problemas gerados pela crise internacional, qual a opção lógica: governos associados ao fracasso ou um governo que está fazendo tudo certo até agora? (...) Lamento informar, mas o Governo Lula é a resposta natural. E nessa pesquisa do GPP a Oposição só teve índice tão alto porque o povo sabe que Lula não é candidato – mas já deixa claro que prefere um candidato indicado por ele.
Hoje, a situação continua igual (a diferença é que Dilma subiu e Serra caiu), e Ricardo Guedes, responsável pela nova pesquisa CNT/Sensus que dá 84% de aprovação a Lula, praticamente repete isso:
— O povo acredita em Lula e nas medidas do governo contra a crise. O cidadão percebe o desemprego, mas acredita que as medidas vão funcionar.
Está difícil, Oposição, cada vez mais difícil...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

César Maia demonstrou, ontem, porque Lula bateu recorde de aprovação no Datafolha de hoje.

No seu Ex-Blog de ontem, César Maia citou uma pesquisa do Instituto GPP no Rio onde foi feita a seguinte pergunta:
Com essa crise e perspectiva de aumento da inflação e desemprego, você acha melhor – votar num candidato do Governo Federal, votar num candidato da Oposição, ou não sabe o que dizer?
O resultado foi:
  • Votar num candidato do Governo Federal – 40,5%
  • Votar num candidato da Oposição – 32,3%
  • Não sabe – 27,2%.
A conclusão é óbvia. Os governos anteriores ao de Lula estão todos associados a “oposição”. E todos estão associados também a péssimas administrações, desde Sarney até Fernando Henrique. Assim, diante da necessidade de se escolher um governo com capacidade de enfrentar os problemas gerados pela crise internacional, qual a opção lógica: governos associados ao fracasso ou um governo que está fazendo tudo certo até agora? O governo do desastrado Plano Cruzado ou o governo com desenvolvimento consistente? O governo da falsa caça aos marajás ou o governo da Polícia Federal? O governo do fusquinha ou o governo do Bolsa Família? O governo de quem acabou com a inflação – mas que praticamente faliu o Brasil e aumentou o desemprego – ou o governo da estabilidade econômica e social, dos novos empregos, do crescimento acelerado, que fala a linguagem do povo e ainda assim soube conquistar o respeito internacional? Lamento informar, mas o Governo Lula é a resposta natural. E nessa pesquisa do GPP a Oposição só teve índice tão alto porque o povo sabe que Lula não é candidato – mas já deixa claro que prefere um candidato indicado por ele. Assim, é incompreensível a irritação de César Maia, no seu Ex-Blog de hoje, diante dos 70% de Ótimo+Bom que o Governo Lula conquistou no Datafolha (vale lembrar que no Nordeste, que tem cerca de 27% do eleitorado, o índice atingiu 81% - clique no gráfico acima para ampliar). Não adianta acusar de populismo ou dizer que Lula, diante da crise mundial, “mantém uma coreografia glacial e mistura má fé, ao criar otimismo com ilusão da boa fé da população”. A constatação de que o governo está fazendo a coisa certa vem de todas as partes do mundo. Agora mesmo a Reuters distribui notícia de que estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sinalizou forte desaceleração das economias globais por conta da crise financeira, e o Brasil foi único país que teve a sua perspectiva de ciclo de crescimento apresentada apenas como "declínio". Será que isso não basta? Até quando a Oposição vai ficar sem se encontrar, batendo cabeça, tentando descobrir uma falha mínima de Lula para tentar conquistar um pouco do eleitorado? Cadê o marketing correto? Está difícil, Oposição, cada vez mais difícil...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

César Maia diante da própria imagem

Muito bom o texto de César Maia sobre avaliação de governos. Informações atuais, inclusive com alguns dados de pesquisa do Instituto GPP na cidade do Rio de Janeiro. Faz boas comparações entre as atuais administrações municipal e estadual. César Maia dá até mesmo a entender que sua imagem não está boa e conclui afirmando que "para sustentar ou para reverter (a avaliação do dirigente), a assessoria que mais importa não é a de publicidade de governo, nem a de imprensa, mas a assessoria de imagem. Essa é que vale de verdade". Tudo correto. Só não dá para entender por que ele não consegue se sair bem com a própria imagem. Texto completo:
AVALIAÇÃO DE GOVERNOS? OU AVALIAÇÃO DE PERSONAGENS?
1. É evidente que sempre que um governo vive uma situação excepcionalmente favorável, sua avaliação será sempre positiva. Coisas como o Plano Cruzado, enquanto durou, ou Plano Real, até as crises asiática e russa, são exemplos. Ou quando por coincidência governam em períodos extremamente favoráveis, como JK (além dos investimentos), que governou no ápice do Plano Marshall, ou mesmo Lula agora, empurrado pela onda internacional que começa a quebrar.
2. Ao contrário, em momentos de grave crise, os governos são arrastados por elas, mesmo que não tenham responsabilidade, e então suas avaliações desabam. Os mega-temporais no Rio-Capital em fevereiro de 1996 caíram na cabeça dos governos e governantes. Mas o personagem que vinha num processo ascendente de percepção, o prefeito, passadas as chuvas, a sua curva ascendente prosseguiu. Um ano antes era o mais mal avaliado do país. Semanas depois, o inverso. O governo era o mesmo e os feitos idem. Caíram os tapumes? Ou caiu a máscara negativa?
3. Numa situação de normalidade, o peso maior na avaliação dos governos é a avaliação dos personagens e suas circunstâncias. A capacidade comunicacional dos personagens, nessas circunstâncias, certamente ajuda ou atrapalha. Quando o personagem ganha a opinião pública, não há mídia que resista: é água ladeira abaixo, fogo ladeira acima. Quando não, se trava, especialmente no Brasil, uma batalha entre os gastos de publicidade dos governos e a mídia espontânea. Nesse caso raramente os gastos de publicidade resolvem.
4. Semana passada, o GPP, em pesquisa no Rio-Capital fez a mesma pergunta de avaliação dos serviços municipais e estaduais, educação, saúde, transportes, etc... as avaliações foram milimetricamente as mesmas, como se fossem a mesma coisa. Quando os serviços são percebidos de forma distinta e geridos por empresas com marca própria, as avaliações podem diferir muito (como os casos da Comlurb +60% e da Cedae +30%). Mas isso não significa a colagem a este ou aquele governo.
5. Na pergunta geral -quais são os serviços e investimentos melhores- os realizados pelo estado ou pela prefeitura, houve outro empate: prefeitura +37%, e estado +35%. Mas na avaliação dos personagens o governador obteve melhor resultado que o prefeito. Olhando os últimos meses, não pela aprovação, que são muito próximas, mas pela rejeição que se distinguem. Na verdade, na avaliação dos personagens, não são os governos e seus feitos que estão sendo avaliados, mas estes mesmos personagens, que por uma ou outra razão são percebidos como tais de forma diferente neste momento.
6. Importante sublinhar, e há exemplos para todos os gostos, tempos e situações, que as avaliações dos governos personificados ou, o que dá no mesmo, dos personagens governantes, que a popularidade/impopularidade/avaliações não são nem estáticas nem cumulativas e, portanto a reversão do quadro pode se dar a qualquer momento com fatos novos. O prefeito de Salvador abriu esta campanha -junho/julho- como um dos mais mal avaliados. Mas a campanha corrigiu a percepção sobre o personagem, embora o governo não tenha tido tempo para melhorar. E ele foi um grande vitorioso. Aliás, este fenômeno, as campanhas mudando as avaliações dos personagens, tem sido cada vez mais comum.
7. Uma eleição só avalia os governos nos casos extremos citados no início, para o bem ou para o mal. Nos demais casos, digamos notas de 3 a 7, os avaliados serão os personagens e isso ocorrerá nas circunstâncias da conjuntura, ou das eleições que disputam. Tanto num como em outro caso, para sustentar ou para reverter, a assessoria que mais importa não é a de publicidade de governo, nem a de imprensa, mas a assessoria de imagem. Essa é que vale de verdade.