No dia primeiro de março, Cesar Maia abriu seu Ex-Blog com uma análise da última pesquisa Datafolha. Tentava, na verdade, acalmar a oposição, provar que o crescimento de Dilma estava dentro do esperado e que não continuaria avançando. “O óbvio e esperado crescimento de Dilma em pesquisas se deu no correr de 2009, pela superexposição e transferência possível de Lula”, disse ele, para concluir: “Em 2010, o quadro está estabilizado”.
No Ex-Blog do dia 10 de março (“Dilma: está tudo dentro do esperado!”) ele repete: “O que está aumentando não é a intenção de voto na Dilma e sim a base (percentual das pessoas que sabem que ela é a candidata do Lula). Está tudo dentro do esperado, acontecendo mais rápido devido à campanha de um só candidato”. Ele pretendia, com tudo isso, fixar que Dilma teria um teto (em torno dos 30%) que seria atingido quando todas as pessoas percebessem que Dilma era a candidata de Lula. O que ele não fala é que os novos “pontos Lula” que chegam a Dilma não têm origem apenas em eleitores “indecisos”, “brancos”, “nulos” ou “ns/nr”. Eles vieram também de “Ciro” (praticamente inviabilizando sua candidatura) e até de Serra, que, nessa pesquisa (Brasil) do Instituto Mapear, perde 4 pontos na troca de “Dilma” para “Dilma, a candidata de Lula”, e deverá continuar perdendo. Aliás, o mesmo já tinha sido observado no mês de janeiro em pesquisa feita pelo mesmo instituto na região da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, quando Serra perdeu 3 pontos.
Cesar Maia também tem que entender (ou melhor, tem que aceitar) que nunca antes nesse país houve eleição igual a essa. Os índices não conseguirão se espremer dentro dos limites tradicionais. Lula é um fenômeno que vai alterar os limites históricos e deve, ao que tudo indica, garantir a vitória de sua candidata, provavelmente no primeiro turno.
O resto é desespero de oposição.
A pesquisa do Instituto Mapear foi feita entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, com 2015 entrevistas (margem máxima de erro de 2,18%)
A pesquisa do Instituto Mapear foi feita entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, com 2015 entrevistas (margem máxima de erro de 2,18%)