segunda-feira, 22 de março de 2010

Cesar Maia promove Samuel Pinheiro Guimarães


Cesar Maia adora dar pitaco em política externa, obviamente alinhando-se ao mundo conservador, muitas das vezes praticamente automático lado a lado com os Estados Unidos. A figura de Samuel Pinheiro Guimarães, ex-Secretário Geral do Min. das Relações Exteriores e atual Ministro de Assuntos Estratégicos, para ele, deve ser igual ao demo... epa, desculpe, igual a satanás.
No seu ex-Blog de hoje, com o título de “Este é o ministro de assuntos estratégicos do Lula!", ele escreve: “Samuel Pinheiro Guimarães faz parte da equipe próxima de Dilma junto com o chavista Marco Aurélio Garcia. É quem aproximou Lula e vai aproximar Dilma do Irã. Na entrevista ao Estado de SP (21), agride os EUA e mostra claramente qual é o time dele” (grifo nosso). Em seguida ele dá o link para a (ótima) entrevista, que ainda não tinha lido e agradeço pela dica. Procurei o trecho em que Samuel Pinheiro Guimarães “agride os Estado Unidos”. Não encontrei. Tentei de novo, e nada. A não ser que ele se refira a esses dois trechos:
  • Mas existe ainda outro problema, a da redução de ogivas e de aperfeiçoamento da letalidade do armamento. Deveríamos ter um protocolo adicional para países que continuam a desenvolver armamento nuclear e não cumprem suas obrigações. Quem não cumpre o TNP não tem moral para cobrar os outros. Sem contar que há países armados dos quais não se exige nada, muitos nem signatários do TNP são.
  • Eu concordo com o presidente (sobre a frase de Lula de que as potências “não tem superioridade moral para cobrar o Irã”). E lhe acrescento: antes da segunda guerra do Iraque (em 2003), foi propalado em todos os países que Bagdá tinha armas de destruição em massa e, por isso, seria uma ameaça internacional. Diziam que armas iraquianas destruiriam capitais europeias em segundos. O sr. Colin Powell (então secretário de Estado dos EUA) discursou com fotos no Conselho de Segurança da ONU. O Iraque foi invadido e não foi descoberta nenhuma arma de destruição em massa. Isso dá moral a alguém?
Alô, alguém aí, por favor descubra a agressão aos Estados Unidos.