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sexta-feira, 10 de setembro de 2010
O triste fim de um discurso diplomático
Excelente esse artigo (O triste fim de um discurso diplomático) de Marco Aurélio Garcia. Clareza, precisão, interessantíssimo, excelente leitura:
Não é fácil poder dar, em um período relativamente curto, duas entrevistas às páginas amarelas da revista Veja. É preciso estar muito afinado com o conservadorismo raivoso dessa publicação para merecer tal distinção.
Sei disso por experiência própria. Há muitos anos, um colunista-fujão de Veja dedicou-me um artigo cheio de acusações e insultos. Ingenuamente, enviei minha resposta a esta publicação, que se proclama paladina da liberdade de expressão. Meu texto não foi publicado e, para minha surpresa, li uma semana mais tarde uma resposta à minha resposta não publicada.
O embaixador-aposentado Roberto Abdenur teve mais sorte que eu. Emplacou uma segunda entrevista à Veja, talvez para retificar o tiro da primeira que concedeu (7 de fevereiro de 2007). Ou quem sabe para "compensar" o excelente depoimento do Presidente Juan Manuel Santos, na semana anterior, que não sucumbiu às tentativas da revista de opor o Brasil à Colômbia na América do Sul. Em sua primeira entrevista o diplomata destilava ressentimento contra o Ministro Celso Amorim que, num passado distante, o havia convidado para ser Secretário-Geral do Itamaraty e, mais recentemente, o havia enviado para uma de nossas mais importantes embaixadas – a de Washington. Abdenur preservava, no entanto, a política externa brasileira e, sobretudo, o Presidente Lula, que o havia designado como seu representante nos Estados Unidos.
Agora, tudo mudou. A crítica é global e dela não escapa nem mesmo o Presidente da República. Em matéria de política externa Lula não passa de um "palanqueiro", a quem o Itamaraty "não sabe dizer não". Faltando à verdade, o intrépito embaixador diz que nosso Presidente "começou a bater em Obama antes de eleito e não cansa de dar canelada no americano". Abdenur desconhece, ou finge desconhecer, as inúmeras manifestações de simpatia – e de esperança – que a eleição do atual Presidente norte-americano provocou em seu colega brasileiro. Ao invés disso, o ex-embaixador escorrega em rasteiro psicologismo ao detectar no Presidente Lula "um elemento de ciúme" em relação a Obama, pois este último lhe teria subtraído "a posição privilegiada no palanque global"...
Abdenur fez vinte anos de sua carreira diplomática durante o regime militar e não sofreu nenhum constrangimento. Até aí tudo bem. Muitos outros de seus contemporâneos tampouco foram perseguidos. Mas essa experiência profissional não lhe autoriza fazer analogias entre a política externa atual e aquela levada adiante nos primeiros anos da ditadura, quando chanceleres proclamavam que o que "é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil" ou patrocinavam o envio de tropas brasileiras para esmagar as mobilizações populares na República Dominicana.
É claro que aquelas inflexões da política externa brasileira foram tomadas por "razões ideológicas" (de direita). Mas a pergunta que não quer calar é: quando não temos motivações ideológicas na política, em particular na política externa?
Durante o Governo Geisel, quando Abdenur integrou o grupo dos "barbudinhos" do Itamaraty, foram resgatados princípios da Política Externa Independente de Santiago Dantas, Afonso Arinos e Araújo Castro, apresentados para a ocasião sob a eufemística denominação de "pragmatismo responsável". Mas aquela política – que tinha conteúdos progressistas, diga-se de passagem – também era expressão do projeto autoritário de "Brasil Potência" propugnado pelos militares. Tanto ela, como a Política Externa Independente do período Goulart-Jânio, tinham fortes componentes "ideológicos", como é normal em qualquer sociedade, democrática ou não.
É igualmente "ideológica" a reivindicação do ex-embaixador de que nossa diplomacia se alimente de "valores ocidentais". Mais do que ideológica, é ultrapassada e perigosa.
Ultrapassada, pois traz à memória os tempos da "guerra fria", quando se falava em "civilização ocidental e cristã" para esconder propósito profundamente conservadores.
Perigosa porque traz à tona e legitima a idéia de choque de civilizações (entre "oriente" e "ocidente") que os neo-conservadores têm defendido com tanta insistência nos últimos anos para justificar suas aventuras belicistas, queima de livros ou interdição de templos religiosos.
O ex-embaixador se alinha com as críticas da oposição brasileira contra a política externa atual. Seletivamente, ataca nosso bom relacionamento com Venezuela, Bolívia e Equador, supostamente motivado por afinidades ideológicas, esquecendo-se de mencionar nosso igualmente bom relacionamento com Argentina, Chile, Peru e Colômbia. Motivado por que?
Escondendo-se detrás de "boa fonte boliviana bem informada", desconhece ou deliberadamente omite, a cooperação militar e policial que se desenvolve com a Bolívia e com outros países para fazer frente ao flagelo do narcotráfico na região.
É próprio do pensamento conservador tentar apropriar-se de valores universais para encobrir interesses particulares – de classe, estamento, grupo ou etnia. A história do Brasil está cheia de exemplos. Nosso liberalismo conviveu alegremente com a escravidão. Nossa República proclamou retoricamente, durante décadas, a cidadania plena e praticou a mais brutal exclusão econômica, social e política. Tudo isso à sombra o Iluminismo, dos ideais da Renascença, do Humanismo ou da Revolução Americana que o embaixador invoca em seu vago projeto diplomático.
O Presidente Lula, assim como quase todos governantes, manteve e mantém relações com Chefes de Estado e de Governo dos mais distintos países: de democráticos, de regimes teocráticos, de partido único ou de responsáveis por graves violações de direitos humanos em nível local ou global. Não será difícil encontrar os nomes dos países na tipologia antes aludida.
Esses relacionamentos não se devem a idiossincrasias presidenciais como, de forma desrespeitosa, pretende Abdenur. Eles se inserem no difícil esforço de construção de um mundo multilateral e, sobretudo, de um mundo de paz.
São muitos os caminhos para atingir esse objetivo. Vão do uso da força militar ao emprego das sanções que golpeiam mais ao povo do que aos governantes dos países atingidos. Mas há também o caminho da negociação, da diplomacia que não renuncia valores, mas que não faz deles biombo por traz do qual se ocultam inconfessáveis opções políticas e ideológicas, particularmente quando a sociedade brasileira é chamada a decidir seus destinos pelos próximos quatro anos.
P.S.: há algum tempo a imprensa noticiou que Roberto Abdenur estava dando cursos de política externa para os Democratas (ex-PFL). Não acreditei. Agora passei a acreditar.
Marco Aurélio Garcia é assessor para assuntos internacionais da Presidência da República.
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quinta-feira, 27 de maio de 2010
Serra, um tucano metamorfoseando-se em barata tonta
A pesquisa fez mal ao moço. Foi só ele perceber que sua liderança era pura ficção, e já saiu tonteando em todas as direções, em busca de mais atenção e intenções de voto. Está baratinado. Olhou para o mapa eleitoral, viu que estava sem espaço no Norte-Nordeste-CentroOeste e resolveu buscar lugar ao sol em outra parte. Mas está difícil, muito difícil.
Na luta para preservar votos conservadores no Sul-Maravilha, tem feito de tudo. Hoje ofendeu o Presidente da Bolívia, Evo Morales, chamou-o de cúmplice do narcotráfico. Já atacou o Mercosul, a Argentina, o Irã, está querendo o quê? – isso ninguém sabe. Atacou a falta de planejamento do Governo, mas na verdade estava atacando o Governo passado. Errou feio sobre dados de investimentos do próprio estado que “governou”. Ontem perambulou pelo Rio e hoje, para não deixar Dilma livre, leve e solta no Rio Grande Sul, mudou a agenda na última hora e partiu desesperado, rumo ao XXVI Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado.
Marco Aurélio Garcia disse que Serra virou um “exterminador do futuro”. Mas me parece que ele virou barata-voa, transformou-se em exterminador do presente, do próprio presente...
Se continuar com essa superexposição estonteante, vai cair mais na próxima pesquisa.
Na luta para preservar votos conservadores no Sul-Maravilha, tem feito de tudo. Hoje ofendeu o Presidente da Bolívia, Evo Morales, chamou-o de cúmplice do narcotráfico. Já atacou o Mercosul, a Argentina, o Irã, está querendo o quê? – isso ninguém sabe. Atacou a falta de planejamento do Governo, mas na verdade estava atacando o Governo passado. Errou feio sobre dados de investimentos do próprio estado que “governou”. Ontem perambulou pelo Rio e hoje, para não deixar Dilma livre, leve e solta no Rio Grande Sul, mudou a agenda na última hora e partiu desesperado, rumo ao XXVI Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado.
Marco Aurélio Garcia disse que Serra virou um “exterminador do futuro”. Mas me parece que ele virou barata-voa, transformou-se em exterminador do presente, do próprio presente...
Se continuar com essa superexposição estonteante, vai cair mais na próxima pesquisa.
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segunda-feira, 22 de março de 2010
Cesar Maia promove Samuel Pinheiro Guimarães
Cesar Maia adora dar pitaco em política externa, obviamente alinhando-se ao mundo conservador, muitas das vezes praticamente automático lado a lado com os Estados Unidos. A figura de Samuel Pinheiro Guimarães, ex-Secretário Geral do Min. das Relações Exteriores e atual Ministro de Assuntos Estratégicos, para ele, deve ser igual ao demo... epa, desculpe, igual a satanás.
No seu ex-Blog de hoje, com o título de “Este é o ministro de assuntos estratégicos do Lula!", ele escreve: “Samuel Pinheiro Guimarães faz parte da equipe próxima de Dilma junto com o chavista Marco Aurélio Garcia. É quem aproximou Lula e vai aproximar Dilma do Irã. Na entrevista ao Estado de SP (21), agride os EUA e mostra claramente qual é o time dele” (grifo nosso). Em seguida ele dá o link para a (ótima) entrevista, que ainda não tinha lido e agradeço pela dica. Procurei o trecho em que Samuel Pinheiro Guimarães “agride os Estado Unidos”. Não encontrei. Tentei de novo, e nada. A não ser que ele se refira a esses dois trechos:
- Mas existe ainda outro problema, a da redução de ogivas e de aperfeiçoamento da letalidade do armamento. Deveríamos ter um protocolo adicional para países que continuam a desenvolver armamento nuclear e não cumprem suas obrigações. Quem não cumpre o TNP não tem moral para cobrar os outros. Sem contar que há países armados dos quais não se exige nada, muitos nem signatários do TNP são.
- Eu concordo com o presidente (sobre a frase de Lula de que as potências “não tem superioridade moral para cobrar o Irã”). E lhe acrescento: antes da segunda guerra do Iraque (em 2003), foi propalado em todos os países que Bagdá tinha armas de destruição em massa e, por isso, seria uma ameaça internacional. Diziam que armas iraquianas destruiriam capitais europeias em segundos. O sr. Colin Powell (então secretário de Estado dos EUA) discursou com fotos no Conselho de Segurança da ONU. O Iraque foi invadido e não foi descoberta nenhuma arma de destruição em massa. Isso dá moral a alguém?
Alô, alguém aí, por favor descubra a agressão aos Estados Unidos.
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domingo, 5 de agosto de 2007
Acidente da TAM: Nobel de Psiquiatria prescreve "fazer sexo" para que a mídia brasileira supere sua obsessão anti-Lula
Recebi e-mail de meu amigo Luiz fernando Favilla, com texto engraçado, de suposto psiquiatra, que transcrevo na íntegra:
Nobel de Psiquiatria prescreve sexo para mídia Brasileira "Midia brasileira é obssessiva", afirma psiquiatra alemão pai do "Geburtschaf". (Fernando Carvalho, da EFF, Madrid) "Toda a obsessão é um mal da mente. Nesta nova viagem que faço ao Brasil encontro os jornais brasileiros ou melhor, seus chefes de redação, acometidos de uma moléstia mental coletiva que beira a obsessão". "Tudo, absolutamente tudo, para eles é culpa do presidente do país." Rindo bastante hoje pela manhã, entre uma caipirinha e outra, foi assim que Heinz Achlochstrecher, 79, famoso psiquiatra suíço, radicado na cidade de Ulm na Alemanha, comentou as noticias que leu nos jornais de hoje, no hall do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, onde está hospedado em visita de férias ao Brasil. "Essa história do assessor do Lula que foi filmado fazendo gestos obscenos, por entre as cortinas de seu próprio escritório, é um caso raro". Para o psiquiatra, autor de vários best-sellers como "Eu quero que o mundo seja assim" e "Nicolau, agora pára com isso e larga do meu pé", ter a imprensa ligado a cena dos gestos obscenos ao anúncio de que um avião tinha apresentado problemas mecânicos, sem haver um áudio comprovando isso, é absolutamente doentio. "A obsessão por culpar o presidente por tudo expõe esses jornalistas ao ridículo". "Depois de passar três dias inteiros de manhã à noite culpando o governo pela falta de umas ranhuras que só 5 pistas de aeroporto possuem em todo o país, a mídia, em vez de fazer auto-critica quando o vice-presidente técnico da TAM revelou que o avião estava com o reverso desligado no momento do pouso, sai como louca em busca de uma nova imagem sensacionalista para desviar a atenção do público para a mentira que repetiu setenta e duas horas seguidas, sem descanso, sobre as tais "ranhuras indispensáveis", afirmou o Prêmio Nobel de Psiquiatria de 1988. "Podia ser o Lula tirando meleca. Podia ser Dona Marise, limpando o sapato depois de pisar em cocô de um dos cachorrinhos do presidente. Podia ser qualquer coisa, contanto que desviasse a atenção. Quis o destino que fosse o tal assessor, fazendo "top-top" atrás da cortina do seu escritório. Então, desce o pano rápido e vamos de assessor! "Escondam imagem do avião correndo a velocidade três vezes a normal na pista". "Escondam essa história de reverso quebrado e desligado", "Mostrem o Marco Aurélio fazendo top-top, rápido!" Sinceramente, eu gostaria de perguntar aos "barões da mídia" e seus cumplices: Quem vocês acham que ainda acredita em vocês? Vocês não têm medo de perder completamente o que lhes restou de credibilidade? "Esse caso parece a versão do capitalismo que nos irradiava dia e noite a televisão da ex-RDA (Alemanha Oriental). Tudo para eles era culpa do capitalismo!" Disse Von Achlochstrecherstein que no Brasil a censura é muito mais forte do que sob o comunismo soviético, pois aqui as chefias de redação usam métodos empresariais para exercer a censura, que são muito mais eficientes do que os velhos censores estatizados e burocráticos. Mandar cinegrafistas ficar nas janelas do Palácio do Planalto filmando as janelas dos escritórios para pegar alguém coçando prurido anal, o buraco do nariz ou da orelha é uma atitude que denota absoluta falta de controle emocional e uma obsessão que pode ser contagiosa. Comendo uma "casquinha de siri" abraçado com uma jovem afro-descendente vestido com a camisa do Flamengo, o velho psiquiatra termina a entrevista desafiante: "Em vez de obsessão por Lula, esses jornalistas deveriam transformar toda essa energia em obsessão saudável pelo sexo oposto, como essa que me faz correr 45 minutos todos os dias e ainda dar conta da Licimara, que vive comigo em Berlim há quase cinco anos... Todos os dias!"
terça-feira, 24 de julho de 2007
Acidente da TAM: chega de politização
A politização da tragégia com o Airbus da TAM chegou a extremos. Não é que eu seja contra as análises politicas dessas situações. Mas não dá para fantasiar, forçar a barra, simular "fatos". Tudo começou pelo desejo de crucificar o Governo Lula, utilizando-se para isso da pista sem grooving. Depois, como viram que essa "causa" não se sustentava, transformaram a justa indignação de Marco Aurélio Garcia em comemoração anti-vítimas. Deputados da CPI, que foram aos Estados Unidos fazer não sei bem o que, deram depoimentos sobre o conteúdo da caixa-preta que nem tinha sido aberta ainda. E agora César Maia, no seu Ex-Blog inventou uma história de que o defeito no reverso é coisa do Governo e que o Marco Aurélio Garcia, na hora do famoso top-top, já sabia disso. Alguém tem que ter mais respeito à dor das famílias das vítimas, à dor de toda a população e a um mínimo de inteligência do ser humano. Parem com essa brincadeira de mau gosto, que parece não ter fim. Na sua coluna Toda a Mídia, na Folha, Nelson de Sá relata algumas dessas maluquices que percorrem a mídia (transcrevo trechos mais abaixo). Também na Folha, há bom senso nas críticas de Adyr da Silva, presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial e do Instituto do Transporte Aéreo do Brasil, chefe permanente do Brasil na Organização da Aviação Civil Internacional e professor da Universidade de Brasília, ex-presidente da Infraero (1995-98), ex-diretor-geral do Centro Tecnológico Aeroespacial (1991-92) e ex-diretor do extinto Departamento de Aviação Civil (1987-91). Trecho de Toda a Mídia:
O blog de Marcelo Coelho na Folha Online avisou, dias antes, contra os esforços seguidos de "capitalizar politicamente a tragédia", apesar das evidências de causas conflitantes e, mais provavelmente, múltiplas. A oposição "usa" uma possibilidade, os governistas "comemoram" outra. Ontem foi a vez de Fernando Rodrigues, diante do vaivém no laudo do IPT, postar no blog do UOL que "a guerra política para faturar com a morte de 200 inocentes não pára nem tem limites". E de Helena Chagas, em seu blog no iG, apontar "politização da caixa-preta" nos vazamentos dos dois deputados que a seguem -um da oposição, contra a pista, e outro da situação, contra o avião.
A PISTA, A PISTA O vazamento do deputado da oposição foi destaque por todo lado, mas a manchete que causou espécie foi a do Globo Online, que assumiu a informação, "Caixa-preta mostra que a pista teria contribuído para acidente". Ou ainda, no texto blogueiro de Ricardo Noblat, "a pista contribuiu de algum modo para ocorrer a tragédia". Duas horas depois e o site mudou o enunciado para "Caixa-preta revela que piloto não tentou arremeter", como nos demais sites e portais, com eco por rádio e TV paga.
O AVIÃO, O AVIÃO O UOL foi o único a dar as duas versões. Primeiro, em uma submanchete, "Piloto não tentou arremeter, diz deputado" -o da oposição. Depois, no lugar da anterior, "Falha no computador do Airbus é hipótese investigada, diz deputado" -o da situação.
"ESPECULAÇÃO" Só no fim da tarde surgiu a manchete "Aeronáutica ataca especulação, nega informação sobre caixa-preta", Folha Online e depois vários outros, inclusive Globo Online, com enunciado um pouco diverso. Segundo um brigadeiro, "no grau em que estão as investigações da caixa-preta, não se pode afirmar nada nem especular sobre dados".
SOBERANOS Depois dos três dias de bate-estaca na mesma Globo com a entrevista dos dois pilotos "autorizada pela TAM" -declarando que o problema é pista, não avião- o "SPTV" noticiou que os "pilotos se recusam a pousar". Daí os vôos cancelados, o saguão lotado, as cenas do dia. De sua parte, segundo a Globo, também ontem sobre os cancelamentos, "a TAM disse apenas que é questão de soberania dos pilotos".
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sexta-feira, 20 de julho de 2007
Acidente da TAM: nossas câmeras flagraram um digno representante do povo brasileiro reagindo à notícia do fim da farsa sobre a tragédia em Congonhas

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