quarta-feira, 17 de março de 2010

A questão do Pré-sal tornou ainda mais doce a campanha de Sérgio Cabral


Depois que a Câmara dos Deputados decidiu arrancar drasticamente do Rio de Janeiro os royalties do petróleo, já vi várias pessoas perguntando “e agora, como fica o Sérgio Cabral?” Ou então afirmando que o Sérgio Cabral “se deu mal”. Já vi até quem criticasse o seu choro na palestra da PUC. Pior, há quem diga que ele foi inábil ao bater de frente com os Deputados dos outros estados.
Penso exatamente o contrário de tudo isso. Sérgio Cabral percebeu que só haveria uma saída para o Rio e para sua própria campanha à re-eleição: radicalizar. Se não fizesse isso, o Planalto talvez não percebesse claramente a importância eleitoral que o Rio de Janeiro tem. E a bandeira do “O royalty é nosso!” certamente seria empunhada por Garotinho – que não teria força suficiente para defender o estado, mas poderia ter força de sobra para derrotar Sérgio Cabral, principal aliado do Planalto no terceiro colégio eleitoral do país e garantia de votos decisivos para Dilma.
O mega evento que deve se realizar hoje no Rio, com participação de dezenas de milhares de pessoas, é a confirmação do que digo. O Governador peemedebista agiu rápido e com precisão. Criou um movimento tão forte que, hoje, até quem é de outros estados considera que o Rio está sendo injustiçado. E sem fazer muita força, ele ainda tirou o pirulito da boca de Garotinho.