sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pesquisa: PSD quer dizer Partido Sem Democratas ou Partido Sem “Deologia”?


A matéria da Daniella Sholl, “PSD: ideologia pesquisada”, publicada no Congresso em Foco do dia 25 é um primor. Desvenda a mente não dos eleitores, mas dos políticos que sonham conquistar voto a qualquer custo. Quem me enviou o link foi o Cláudio Gama, do Instituto Mapear, gargalhando, não sei se de indignação ou de felicidade com a possibilidade de mais um grande cliente de pesquisas. Diante da pergunta sobre qual seria a cara do novo/velho PSD, as respostas são todas fabulosas.
Vejam:
 “O PSD, entretanto, não terá cara. E não terá cara porque nasce sem formular o seu pensamento. A ideologia do novo partido, disse-me o secretário-geral Índio da Costa há poucos dias, será discutida depois que ele for criado. Como? Através de pesquisas qualitativas e quantitativas. Isto mesmo: o PSD vai defender as ideias e ideais que as pesquisas quali e quanti, como dizemos no jargão profissional, disserem o que o eleitor quer.” (Pergunta que não quer calar: só terá cara-pálida, Índio?)
“Kassab já tinha cunhado a máxima de que o novo PSD não será de direita, nem de esquerda, nem de centro. Será o que, então? Índio desvendou o mistério. Concebido em laboratório, o PSD versão 2.0 vai se adequar às necessidades e ao gosto do freguês. Um partido nem frango, nem peru. Chester, talvez.” (Nas palavras do Houaiss, “galináceo resultante de engenharia genética, que apresenta maior desenvolvimento do peito e das coxas que o comum dessas aves”. Em outras palavras, “cérebro-zero”.)