terça-feira, 31 de maio de 2011

Cof! Cof! Cof! Cof! Cof! Cof! Cof! Cof! Cof!



O que me fez escrever este post foi o anúncio da Souza Cruz “respondendo” ao Dia Mundial sem Tabaco. Diz o anúncio que “a liberdade é inegociável”, e destaca que “valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa, livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que faz uma empresa ser grande”. Por trás disso, obviamente, está a indignação da empresa contra as leis antitabaco, considerando-se cerceada em sua liberdade de vender fumaça tóxica. A importância de valorizar os valores da liberdade é inegável. Mas isso não pode se esvair em sofismas.  Não há liberdade absoluta para a produção e distribuição de veneno. Nem para a prática do suicídio. As leis de restrição ao cigarro devem permanecer e até serem ampliadas. Fui fumante e criei dezenas de campanhas para as mais diversas marcas de cigarro. Muito do que aprendi em marketing (principalmente conceitos de “posicionamento” e de “percepção”) veio dos briefings que recebi para criar essas campanhas. Hoje tenho consciência de que não se deve dar a liberdade de transformar vidas em fumaça.