
Mostrando postagens com marcador Poço Tupi. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Poço Tupi. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Poços da Petrobras: recordar é profundo

quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Maluf é Tupi desde criancinha
Tinha recado em casa, tinha recado no escritório, tinha recado na caixa postal, meu celular tinha 311 ligações não respondidas. Era minha sogra - ou, como ela diz, minha sogra preferida. Estava indignada. Tinha acabado de ver uma inserção política com o Maluf (PP) se dizendo responsável pela descoberta do poço Tupi da Petrobras... Reportagem da Folha de hoje deve atender às inquietações de minha sogra:
PP afirma que petróleo em SP é obra de Maluf. O PP de São Paulo tem divulgado desde o dia 14 inserções na TV nas quais apresenta o deputado federal Paulo Maluf como precursor da descoberta de petróleo na bacia de Santos pela Petrobras. "Em 1980, baseado em estudos geológicos, o governador Paulo Maluf criou a Paulipetro. Ao invés de apoio, a iniciativa recebeu calúnias e incompreensões. Vinte e sete anos depois, o projeto de Maluf se confirma. Graças ao petróleo da bacia de Santos, o Brasil vai fazer parte da Opep. PP: visão de futuro", afirma a inserção. Criada pelo então governador Paulo Maluf em 1979, a Paulipetro tentou encontrar petróleo e gás - mas na bacia do Paraná, no interior do Estado. Em 1981 a empresa descobriu pequenos depósitos de gás em Cuiabá Paulista, sem viabilidade comercial. A empresa foi extinta pelo governador Franco Montoro (PMDB), deixando dívidas de US$ 500 milhões. Em 1980, o advogado Walter do Amaral ajuizou ação contra Maluf, que foi julgada improcedente na primeira e na segunda instâncias, mas em 1997 o STJ acatou recurso e condenou Maluf e os demais acusados a devolverem US$ 250 mil ao erário. "Se for eleito governador, não voltarei a procurar petróleo", disse Maluf na época. Em agosto último, o STF confirmou a condenação.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
César Maia não entende de mulher
No seu Ex-Blog de sexta-feira, dia 9, o Prefeito César Maia (DEM, ex-PFL) dirigiu alguns "conselhos" de marketing à Ministra Dilma Roussef, "pelas lembranças do tempo em que militava por tantos anos no PDT". Ele deu mais uma justificativa: "O propósito é colaborar. Afinal, dizem que você pode ser a candidata a sucessão do Lula". Na verdade, César Maia acusou o golpe do petromarketing da última quinta-feira e está tentando ridicularizar Dilma, dando-lhe "aulas" de comportamento diante das câmeras. Quero reafirmar que considero César Maia um bom teórico de marketing político, com algumas "práticas" positivas, principalmente quando conseguiu fazer o desconhecido Luiz Paulo Conde seu sucessor em 1996. Mas César Maia acumula grandes fracassos, principalmente como "conselheiro" de candidaturas de mulheres. Em 2002, transformou a candidata ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Solange Amaral, em um clone perfeito de... César Maia - e foi um fiasco absoluto. Em 2006, fez mais ou menos a mesma coisa com a candidata Denise Frossard (PPS), com resultado melhor, mas longe de uma transformação realmente vitoriosa. Ainda em 2006, tentando inflar a candidatura de Heloisa Helena (PSOL), enviou-lhe alguns conselhos, nos moldes desses que enviou para Dilma. Faziam até mais sentido, naquela época, mas não tiveram efeito concreto. E agora, com esses "conselhos" a Dilma, concluí que César Maia (se estiver sendo sincero, o que é difícil...) definitivamente não entende de mulher - ou entende de marketing menos do que se imagina. Disse ele: "Quanto mais baixa a voz, mais atenção desperta. O tom de voz que você usou foi de rádio. Quando isso acontece, seu rosto sai pela tela e a voz por cima do aparelho, dando uma aparência de leão da Metro, rugindo". César Maia estaria certo, se não se tratasse de uma ministra mulher que até agora manteve-se à sombra e que precisa acima de tudo afirmar-se no comando. Ao contrário de Heloisa Helena, que tinha grande visibilidade para seu jeito agressivo bem antes da candidatura, Dilma ainda não teve a exposição necessária para se transformar em candidata de respeito. Para o grande público, neste momento, o que ela precisa é exatamente de um rosto que "sai pela tela". Se realmente é candidata à Presidência (na minha opinião, a melhor opção até agora dentro do PT), ela tem que falar forte agora e suavizar a fala mais à frente. O resto é jogada política de oposição. Veja o texto completo de César Maia:
MINHA CARA MINISTRA DILMA ROUSSEF! 1. Este Ex-Blog se dirige a você pelas lembranças do tempo em que militava por tantos anos no PDT. O propósito é colaborar. Afinal, dizem que você pode ser a candidata a sucessão do Lula. Que bom! Pelo menos não correríamos riscos de termos estes pelegos e chavistas do PT na disputa. 2. Mas esta nota, ministra, é para comentar sua aparição ontem no Jornal Nacional. Na TV, ministra, se fala com voz escandida, suave, pausando as palavras... Quanto mais baixa a voz, mais atenção desperta. O tom de voz que você usou foi de rádio. Quando isso acontece, seu rosto sai pela tela e a voz por cima do aparelho, dando uma aparência de leão da Metro, rugindo. 3. Por outro lado, o tipo de locução que você fez - dar uma notícia boa, com feições e tom de voz, como se estivesse denunciando um caso grave - dá a certeza a quem está vendo, de que você está mentindo, que se trata na verdade do Poço do Visconde (ler Monteiro Lobato). Isso não ajuda a sua candidatura. 4. Cuidado! Os pelegos e chavistas do PT estão de olho em você! Há bons cursos de telegenia a disposição. Em Brasília este Ex-Blog conhece pelo menos uns três de alto nível. Vão lhe ajudar a se comunicar pela TV.
Marcadores:
César Maia,
Denise Frossard,
Dilma Roussef,
eleição 2010,
Heloísa Helena,
Petrobras,
Poço Tupi,
Solange Amaral
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
A Petrobras lançou as manchetes no fundo do poço
Algumas manchetes de ontem: "Petrobras não cumpre a meta de produção de gás" (Valor Econômico), "Governo fez motorista acreditar no GNV e agora põe o pé no freio" (O Dia), "Governo agora pede para abandonar o carro a gás" (Estado de Minas), "Petrobras avisa que gás vai aumentar até 25%" (Globo). Hoje tudo mudou: "Brasil descobre campo gigante de petróleo" (JB), "Petrobras anuncia megacampo de petróleo" (Folha), "Descoberta da Petrobras deve aumentar reservas em 50%" (Estadão), "Governo diz que descoberta fará país virar exportador de petróleo" (Globo), "Nova reserva de óleo pode valer US$ 48 bi" (Gazeta Mercantil), "Brasil festeja reserva gigante de petróleo" (Correio), "Novas reservas de óleo provocam euforia" (Valor), "Petrobras anuncia superpoço, mas não livra o Rio do apagás" (O Dia). No exterior, destaquei duas manchetes: "Brasil descubre en sus aguas un gran yacimiento de petróleo - El hallazgo puede hacer del país una potencia exportadora" (El País, da Espanha) e "Tupi field a boost for Brazil’s Petrobras" (Financial Times, da Inglaterra). A sensação que tive foi de que a mídia amanheceu engasgada, tendo que divulgar notícias favoráveis ao Governo Lula. Claro que houve resistência, mas a notícia é forte demais para ser escamoteada. Acredito também que o Ministro Franklin Martins soube agir com maestria. A seguir, as reportagens no Financial Times e em El País:
Tupi field: a boost for Brazil’s Petrobras, By Sheila McNulty in Houston and agencies Published: November 8 2007 22:43 | Last updated: November 8 2007 22:43. Petroleo Brasileiro, or Petrobras, Brazil’s state-owned oil company, on Thursday said well tests revealed its Tupi field may contain as much as 8bn barrels of oil and natural gas, which would considerably bolster the country’s energy clout. The estimate, if correct, would raise the country’s reserves by 62 per cent and just about put Tupi on par with Norway’s 8.5bn barrels of proved oil reserves. Brazil has 14.4bn barrels of proved reserves of oil and natural-gas equivalent. The news pushed up Petrobras’ shares 9.95 reais, or 14.2 per cent, to 80.2 on the São Paulo stock exchange, the biggest rise in more than nine years. It also lifted the shares of its partners – BG group of the UK, which holds a 25 per cent stake, and Galp Energia of Portugal, which holds 10 per cent. BG Group’s shares rose 9.8 per cent to 989p in London and Galp Energia reported its biggest one-day gain in Lisbon, rising 14 per cent to a record close of €12.35. Petrobras’ news release contained few details beyond the fact that the estimates were made after analysis of the formation tests for a second well in the area. The company also said the oil within was light, which is more valuable because it is cheaper to refine than the heavier crude oil that Brazil mostly produces. “Tupi changes everything for Brazil and Petrobras,’’ said Carlos Renato Nunes, an oil analyst with São Paulo-based brokerage Coinvalores CCVM who has a buy recommendation on Petrobras shares. “Tupi is not only huge, its light oil offers huge cost advantages.’’ And at a time when oil is heading towards $100 a barrel, and energy security is high on the agenda of many governments, the news is sure to boost Brazil’s economic influence. Petrobras, already a well-respected national oil company on the world stage, is likely to receive a further boost from the discovery. “Brazil needs time to evaluate its new oil potential,’’ Dilma Rousseff, president Luiz Inacio Lula da Silva’s cabinet chief, said at a news conference in Rio de Janeiro. “This could make Brazil jump from an intermediate producer to among the world’s largest producers.’’ Tupi is three-quarters the size of Kazakhstan’s Kashagan field, which holds 12bn barrels of recoverable crude and was the biggest find in the past 30 years. There have only been a few gas discoveries in the past 20 years that would rival it, including the Shtokman field in Russia at 23bn barrels of oil equivalent, and two other Russian finds in the 5bn to 10bn range, Andy Latham, vice-president of exploration services at Wood Mackenzie Consultants in London, said. Brasil descubre en sus aguas un gran yacimiento de petróleo - El hallazgo puede hacer del país una potencia exportadora. JUAN ARIAS / EFE - Río de Janeiro - 09/11/2007. El presidente de Petrobras, Sergio Gabrielli, anunció ayer el hallazgo de un yacimiento de petróleo bajo las áreas marinas que explora en el océano Atlántico en el área de Tupi, en la bahía de Santos, Estado de São Paulo, de 8.000 millones de barriles, lo que puede convertir al país suramericano en un exportador de petróleo, a la altura de Venezuela o Nigeria. Nada más conocerse la noticia, las acciones de la empresa brasileña subieron más de un 15% en la Bolsa de valores de São Paulo. Inmediatamente después, la ministra jefa de la Casa Civil, Dilma Rouseff, convocó una conferencia de prensa junto al ministro de Minas y Energía, Nelson Hubner, para explicar la importancia económica y política del nuevo hallazgo. “Supone que Brasil pasa de intentar ser autosuficiente en petróleo a convertirse en un exportador, como los países árabes o Venezuela”, señaló Rouseff. Y añadió que “podrá cambiar la cara de este país”. Petrobras posee en esa zona el 65% del capital, compartido con la británica BG Group, que posee un 25%, y con la portuguesa Galp Energia, con un 10%. El hallazgo anunciado ayer podría ser sólo uno de varios ricos campos en una extensión de 800 kilómetros de longitud por 200 de ancho en el litoral de los Estados de Río de Janeiro, Espíritu Santo, São Paulo y hasta Santa Caterina, en el sureste del país. Los indicios de nuevos yacimientos apuntan a la necesidad del país de parar y pensar nuevamente respecto a su industria petroler. “Ha cambiado la realidad”, dijo Rousseff al afirmar que el tamaño de la riqueza petrolera de Brasil es ahora “mucho mayor”. Las reservas probadas totales de petróleo y gas de Brasil, a cargo de Petrobras, cerraron 2006 en 10.573 millones de barriles equivalentes. De ese total, 9.000 millones de barriles eran solamente de crudo, según criterios de evaluación aceptados por los organismos fiscalizadores del mercado de capitales de Brasil y Estados Unidos. Petrobras está controlada por el Estado brasileño, pero sus acciones cotizan en las Bolsas de Brasil, Nueva York, Madrid y Buenos Aires.
Marcadores:
Financial Times,
Franklin Martins,
mídia,
OPEP. El País,
Petrobras,
Poço Tupi
Assinar:
Postagens (Atom)