sexta-feira, 22 de maio de 2009

Rio 2010: destaques para o Senado

Como já falei, recebo frequentemente inúmeras pesquisas e enquetes, envolvendo os mais diversos cenários para a próxima eleição. Levantei cerca de 20 cenários para a disputa de Senador do Rio de Janeiro (quando serão eleitos dois Senadores), vindos de fontes diferentes, e cheguei a algumas conclusões interessantes, algumas surpreendentes. Os nomes incluídos (não necessariamente em todos os cenários) são, por ordem alfabética, de Benedita (PT), Crivella (PRB), César Maia (DEM), Denise Frossard (PPS), Edson Santos (PT), Gabeira (PV), Jandira (PCdoB), Lindberg (PT), Lupi (PDT), Milton Temer (PSOL) e Picciani (PMDB), e essas são minhas conclusões:
  • Crivella lidera em todas as situações.
  • Há 6 nomes que podem ser considerados de destaque: Crivella, Gabeira, Benedita, Jandira, Denise Frossard e César Maia.
  • Com relação a Jandira, considero muito difícil que ela se candidate; com relação a Denise e César, as fontes entram em conflito: às vezes César está muito bem e Denise está mal, às vezes é o inverso. É verdade também que dificilmente Gabeira, César e Denise estarão disputando simultaneamente as duas vagas do Senado. Os três compartilham o eleitorado conservador e deverão garantir o palanque para o candidato tucano. Um deles deve se candidatar a Governador, provavelmente César Maia.
  • O desempenho de Crivella surpreendeu muita gente que achava que ele estaria liquidado, depois do fiasco da eleição para Prefeito do Rio. Esqueceram que a força do seu voto vem da periferia, da área mais pobre e do mundo evangélico.
  • Gabeira aproveitou bem o sucesso na última eleição, embora evidentemente tenha saído com a imagem ética chamuscada com o “caso das passagens”.
  • Benedita (que me ligou hoje, confirmando que é candidatíssima) surge como a grande surpresa, embora eu já desconfiasse disso em função dos sucessivos ataques que ela recebe de César Maia. Ontem mesmo o Vice-Governador Pezão me falou que estava impressionado com o seu desempenho nas pesquisas. De todos os nomes incluídos, o dela foi o que teve a menor exposição nos últimos anos. Sua última participação eleitoral foi em 2002, quando enfrentou Rosinha para o Governo do Estado. Os apoios certos de Lula e Sérgio Cabral serão um impulso a mais.
  • Picciani surge em um bloco intermediário, embora ainda distante dos líderes – mas já mostra a importância de ter nas mãos a máquina partidária.
  • Lupi e Lindberg aparecem um pouco atrás de Picciani, mas ambos teriam potencial para uma melhora, caso realmente sejam candidatos.
  • Edson Santos não é candidato e não tem índices para isso.
  • Milton Temer está apenas garantindo espaço para sua legenda e uma agenda carioca para Heloísa Helena.