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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Eleições 2010, RJ: o imbróglio eleitoral de Cesar Maia

Cesar Maia continua fazendo o que mais gosta, “imbrogliar”. No seu Ex-Blog de hoje volta com sua ladainha de oposição a Sérgio Cabral e Lula. Faz a análise que mais lhe agrada como se fosse uma análise altamente científica. Interessa que Sérgio Cabral seja derrotado? Lança todos os possíveis argumentos nessa direção. Interessa que Lindberg (ou Lindbergh, nome real, que Cesar prefere) seja candidato a governador? Apresenta essa hipótese distante como se fosse fato consumado. Interessa que Gabeira seja candidato a Governador? Faz de conta que ele já está eleito. Veja o texto, com observações que fiz, em negrito e itálico.
IMBRÓGLIO ELEITORAL NO ESTADO DO RIO!
1. O quadro eleitoral no Estado do Rio caminha para uma eleição em que quem chegar aos 25% dos votos irá para o segundo turno.(Os cenários não estão definidos. Mas a eleição pode até mesmo ser definida no primeiro turno. Se Gabeira e Garotinho forem candidatos, pode ser que haja segundo turno. O papel de Zito é uma incógnita, mas seu nome tornou-se um balde de água fria em todas as pretensões de Gabeira.) Cabral, com um noticiário convergente, com comícios periódicos de Lula e todos os recursos que precisa, empacou no entorno dos 30%. Esse, claramente, é seu teto. (Já vi pesquisas apontando Sérgio Cabral com 47% - no primeiro turno!) Quando a pré-campanha esquentar, ano que vem, as demais forças políticas terão espaços crescentes e o quadro deverá afunilar mais. Ou seja, ninguém pode afirmar que esse ou aquele candidato estará no segundo turno. (Se houver segundo turno, é fácil prever que Sérgio Cabral estará nele, disputando com vantagens. A seu favor, podemos anotar a aprovação de seu governo, o apoio de Lula, a máquina partidária, o Rio 2016, o desenvolvimento, a segurança)
2. Garotinho cresceu em qualquer pesquisa que se faça, estando quase no empate técnico com Cabral no Interior e Baixada Fluminense. Coloca-se como adversário contundente de Cabral. (É verdade que Garotinho cresceu, mas nada que garanta qualquer coisa. Aliás, colocar-se como o oponente de Sérgio Cabral está correto porque não lhe sobrou outra alternativa de posicionamento, mas pode significar queda mais rápida) Para isso basta ler seu blog (http://www.blogdogarotinho.com.br). Diz que tem armas poderosas contra Cabral. O problema é que boa parte dessas armas atingem indistintamente os dois governos do PMDB, o atual e o anterior. Afirma que é candidato a pedido de Dilma, para armar outro palanque, pois o palanque de Cabral seria insuficiente. Bem, se o PR do ministro de transportes o lançou, parece que é verdade.
3. Lindbergh cada dia é mais candidato. (Lindberg cada dia é mais candidato – a Deputado Estadual...) Usar de forma isolada o número 13 dará ao PT mais deputados que numa campanha de apoio a Cabral, onde o número 15 só favorecerá os deputados do PMDB (Não necessariamente. Já mostrei aqui que em 98, quando preferiu apoiar Garotinho a lançar Vladimir, o PT conquistou 7 vagas de deputados estaduais; já em 2006, quando lançou Vladimir, conquistou apenas 6 vagas). Por outro lado, se o recuo dele significar um acordo com Cabral, será ele o candidato ao senado. Benedita não terá legenda. Nesse caso, como votarão - discretamente - os delegados de Benedita na convenção? Lindbergh terá que se desincompatibilizar em abril: é acordo de campanha. Como sempre fez suas campanhas com grande energia e competência, uma vez sendo candidato, em pouco tempo estará sinalizando suas possibilidades de ir a um segundo turno. (Lindberg prepara-se para ser candidato a Deputado Estadual. Será a melhor forma de apoiar a bancada estadual do PT)
4. A entrada de Marina Silva terminou servindo de pretexto para um processo com o qual Cabral sonhava. Gabeira vence, e na campanha muito mais, nas pesquisas no Rio-Capital e Niterói, e com isso sua probabilidade de bater os 25% é enorme. Afinal, Denise Frossard foi para o segundo turno com 22% contra um Cabral muito mais forte com 37%. A confusão, ou pretexto, a partir do nome de Marina, tem colocado em suspenso a coligação ampla com PV, PPS, PSDB e DEM. Com isso, a decisão estará sendo deslocada para depois da semana santa. Nada disso ajuda a campanha presidencial do PSDB no Estado do Rio. Afinal, a diferença de Serra para Ciro não é tão grande aqui. (Caso seja candidato a Governador, Gabeira certamente perderá até mesmo no Rio-Capital e Niterói – afinal, esse eleitorado não é inteiramente de elite).
5. E ainda há a possibilidade – ou necessidade – de Ciro ter candidato a governador no Rio, onde seu nome é forte, o que ajudaria sua alavancagem. Se for assim, o quadro caminharia para todos os candidatos serem competitivos na faixa dos 20%. (Devaneios de uma madrugada chuvosa...)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Eleições 2010, RJ: o pós-vaia

  1. Mal terminou a cerimônia-vaia no Maracanãzinho, na última terça-feira, durante a festa do Bolsa Família com a presença de Lula, o Prefeito de Nova Iguaçu (RJ) Lindberg Farias (PT) saiu em disparada. A pressa era tanta que errou a saída. Foi salvo por um segurança.
  2. O Governador Sérgio Cabral (do PMDB, alvo das vaias promovidas pelo prefeito petista) saiu logo atrás. Felizmente não se encontraram. Cabral acabou voltando para ficar com Lula.
  3. No espaço Vip, cobras, lagartos e outros personagens da fauna, isso era o mínimo que se ouvia.
  4. O Ministro Edson Santos (que dentro do PT, antes, aliava-se a Lindberg) foi quem teve que ouvir diretamente de Lula que isso não podia continuar.
  5. Ontem, depois de ler a notícia no jornal Extra que Lindberg tinha atacado a Secretária de Estado Benedita da Silva (também petista, provável candidata ao Senado), o Presidente do PT, Alberto Cantalice estava cuspindo fogo. Meu telefone ardeu. Cantalice lembrou as passagens de Lindberg pelo PCdoB e pelo PSTU. “Ele quer fazer o mesmo no PT”, disse.
  6. Com o telefone ainda em brasas, falei com Benedita. Que disse que não ia entrar nesse clima de guerra criado por Lindberg. Não responderia a ninguém sobre agressões à sua pasta. Preferia continuar o trabalho sério que está fazendo. “O sucesso da Secretaria (de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro) é a melhor resposta”, disse ela.
  7. Conclusão deste Blog: Lindberg afastou de vez a possibilidade de participar da chapa majoritária da aliança PT-PMDB nas eleições estaduais de 2010. Não encontrou o eco que esperava dentro do seu partido nem as intenções de voto nas pesquisas. Deverá mesmo ser candidato a Deputado Estadual, ajudar a eleger seus parceiros, principalmente Vladimir Palmeira (seu maior aliado), que deve se candidatar a Deputado Federal.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Eleições no Rio: a ilusão dos 3 palanques

O Prefeito Lindberg Farias, do PT de Nova Iguaçu (RJ), publica hoje no jornal O Dia um artigo intitulado “Por que três palanques”, onde, fundamentalmente, ataca a aliança com o PMDB do Governador Sérgio Cabral e defende a sua própria candidatura ao Governo. Ele pergunta se o palanque único seria bom para Dilma, e responde: “Não. Teríamos Fernando Gabeira apoiando José Serra com força na capital e Anthony Garotinho, no interior e na região metropolitana, como segundo palanque tucano. E Dilma, imprensada no palanque único de Cabral”. Mas essa resposta serve também para o caso de Lindberg ser candidato, já que ele é fraquíssimo na capital (não tiraria um único voto de Gabeira) e , no interior e região metropolitana, tiraria dois ou três votos do Garotinho (que teria se tornado segundo palanque). Em seguida ele afirma que “a tese do palanque único começou a ser desmontada com a filiação de Garotinho ao PR. Dilma ganhou o apoio de Garotinho e tirou o palanque de Serra”. Essa é outra grande ilusão. Supondo que Garotinho apoie Dilma no primeiro turno, isso seria praticamente impossível na hipótese de um segundo turno. No caso de um confronto direto com Sérgio Cabral, adivinha onde Garotinho iria buscar apoio e quem apoiaria na disputa presidencial (na hipótese de também aí haver segundo turno)? Bingo!!! Garotinho seria unha e carne com a Oposição. No caso de confronto Sérgio Cabral X Gabeira, Garotinho também penderia para a Oposição. A entrada de Garotinho só tira palanque de Serra no primeiro turno. Outra ilusão de Lindberg: “A minha pré-candidatura pelo PT é outro importante reforço para Dilma. Além de mobilizar a militância de esquerda — não vai ser a máquina do PMDB em seus escritórios que agitará as ruas por Dilma —, a nossa candidatura ajudará na disputa com Gabeira pelos votos entre jovens e eleitores que têm na esquerda uma referência”. Quem disse que a poderosa máquina peemedebista não agitará as ruas por Dilma? Ela terá o maior interesse nisso, porque Dilma significa Lula e Lula tem aprovação recorde no estado. Além disso, a aliança PT-PMDB significará tempo em dobro no Horário Eleitoral Gratuito. Temos a considerar ainda que Lindberg não é tão forte entre jovens como pensa nem Gabeira tem tantos votos de esquerda. Lindberg alega que, na “relação Cabral-Lula, é o governador quem deve ao presidente, não o contrário. Pedir ao PT para não ter candidato é inaceitável. Significa diminuir nossa bancada de deputados e deixar o governo de Dilma refém do velho PMDB”. Ora, a questão não é de quem deve a quem. A relação entre os dois é fortíssima, mas Lula está sendo pragmático e buscando a melhor forma de eleger Dilma, uma questão estratégica para o PT. O argumento do tamanho da bancada de deputados petistas – que é importante – está mal colocada. Em 98, quando preferiu apoiar Garotinho a lançar Vladimir, o PT conquistou 7 vagas de deputados estaduais; já em 2006, quando lançou Vladimir, conquistou apenas 6. É verdade que para deputados federais o resultado foi diferente: 4 eleitos em 98 e 6 em 2006. Mas o fato é que o argumento não se sustenta. É preciso que os candidatos e a situação sejam viáveis. Em 2002, quando Benedita (principal nome petista eleitoralmente falando) estava Governadora e tentou nova eleição, o PT elegeu 8 deputados estaduais e 7 federais. Lindberg – orientado por Vladimir – está longe de oferecer desempenho semelhante. Por fim, Lindberg oferece o argumento dos seus 9% a 10% na pesquisa telefônica do IBPS – o que é um argumento pífio. Resta, assim, voltar ao começo do artigo de Lindberg e refazer o pensamento: “O Rio de Janeiro será palco decisivo nas eleições de 2010. Aqui, há os que defendem três palanques para Dilma Rousseff. Seria bom para Lindberg. Mas seria bom para Dilma? Não”.

domingo, 7 de junho de 2009

68 se une a 92 em 2010 para tentar o poder em 2014

Vladimir Palmeira é mais uma vez o nó que o PT (do Rio e nacional) tem que desatar para avançar na sua aliança com o PMDB. Presidente da UME (União Metropolitana dos Estudantes) em 68 (Passeata dos 100 Mil), é ele quem traça a linha política do Presidente da UNE em 92 (Movimento Cara-Pintadas), Lindberg Farias, atual Prefeito de Nova Iguaçu. Nos últimos 15 anos, o petista Vladimir Palmeira, na maioria das vezes, remou contra a maré do PT no Rio. Em 94 tentou ser candidato a Governador, mas o PT preferiu Bittar. Em 98, tentou de novo, mas o PT nacional preferiu apoiar Garotinho. Em 2002, não adiantaria tentar, porque a opção natural era Benedita da Silva (que teve 22, 43% dos votos). Em 2006 finalmente teve a indicação para ser candidato a Governador, mas conseguiu apenas lançar o partido de volta ao limbo no estado, com 6,85% dos votos. Tentou ser candidato a Prefeito do Rio em 2008, mas o PT preferiu Molon (que teve 4,97% dos votos). Em 2009, dentro dos preparativos de 2010, ele volta a remar fortemente contra a maré do PT, que busca uma aliança estratégica com o PMDB para ampliar a sustentação à candidatura Dilma. Dentro dessa estratégia, a aliança com o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), é fundamental. Mas Vladimir não pensa assim. Ele está pensando além-Dilma, e vê no PMDB o grande adversário, principalmente no Rio de Janeiro. Acredita que a aliança proposta, de apoio a Sérgio Cabral, enfraquecerá o PT e insiste em formar um palanque dito de esquerda, que apoiaria Dilma, mas excluiria o PMDB. A diferença no Vladimir de agora é que ele resolveu sair do primeiro plano e colocar no lugar o seu herdeiro no movimento estudantil, Lindberg Farias, também do PT. Juntos, pretendem inflamar os partidos mais à esquerda, contra a linha que tem sido adotada pela direção partidária. Eles não acreditam em vitória em 2010, nem mesmo em passar perto. Mas querem cacifar-se para grandes conquistas a partir principalmente de 2014. Disso eles não arredam pé. Mesmo sabendo que uma provável intervenção do Planalto (como aconteceu em 98) pode melar esse sonho estudantil.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Eleições 2008: no Rio, Benedita volta a entrar no páreo

O PT do Rio tem pelo menos 5 nomes como pré-candidatos a Prefeito: Alessandro Molon, Benedita da Silva, Carlos Minc, Edson Santos e Vladimir Palmeira. O nome que mais está sendo testado nas pesquisas, o do Deputado Edson Santos, tem patinado nos índices entre 1% e 3%. Ninguém acredita na candidatura de Vladimir e o Secretário do Meio Ambiente Carlos Minc, um nome bem aceito, está quase convencendo a todos que não é mesmo candidato. O nome do Deputado Molon, com forte apoio da Igreja Católica e com grande inserção na classe média, é o mais badalado do momento. A Secretária de Ação Social Benedita da Silva estava sendo descartada. Argumentava-se que ela mantinha-se pré-candidata apenas como barganha e que não teria nem força na estrutura partidária nem apoio do Governador Sérgio Cabral (PMDB). Dois fatos recentíssimos teriam alterado essa percepção. Primeiro, que o seu grupo teria tido desempenho surpreendente nas eleições para as direções municipais, estadual e nacional do PT (aguardo números detalhados que me foram prometidos para confirmação). Segundo, que Benedita teria comunicado formalmente ao Governador a sua intenção de se pré-candidatar. Confirmando-se essas informações, Benedita e Molon passam a ser o foco principal. Seja para aumentar a disputa entre si, seja para formarem aliança.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Eleição do Rio deve se polarizar entre César-Tucanos X Lula-Sérgio ou "Povão" X "Classe Média Zona Sul"

Com a indicação (praticamente certa) de Eduardo Paes para candidato do PMDB a Prefeito do Rio, o atual Prefeito César Maia deve redirecionar seus esforços na indicação do candidato de seu partido, o DEM (ex-PFL). É bem provável que volte a se aliar a Denise Frossard (PPS), que, no momento está em 2º ou 3º lugar nas intenções de votos, mas que venceu na cidade do Rio quando se candidatou, no ano passado, a Governadora do Estado (teve 33% dos votos válidos e agora tem cerca de 11% das intenções). Eduardo Paes, que se candidatou a Governador pelo PSDB, teve 6,67% dos votos válidos na cidade e agora está com cerca de 9% das intenções de votos. No "campo Lula-Sérgio", temos ainda Marcelo Crivella (PRB), que teve 16,26% dos votos válidos na cidade quando se candidatou a Governador, e agora lidera as pesquisas com 20%. Temos Jandira Feghalli (PCdoB), que, quando se candidatou a Senadora em 2006, foi vitoriosa na cidade, com 39,85% dos votos válidos, e agora está com cerca de 13%. E temos ainda a candidatura do PT, que está ainda indefinida e pode variar nas intenções de voto de cerca de 2% (se o candidato for Edson Santos, Molon ou Minc) até cerca de 4% (se for Vladimir) ou cerca de 7% ou 9%, se a candidata for Benedita (há ainda as candidaturas do PSB e do PDT, que estão muito indefinidas). Claro que estou arredondando esses números a partir de informações diversas sobre pesquisas, mas para mim fica claro que o "campo César" está meio encurralado. A eleição dirige-se para uma polarização onde podemos enxergar uma classe média conservadora de um lado e candidaturas de perfil mais popular de outro. No caso de Eduardo Paes e de Jandira, por mais que tenham um perfil mais próximo da classe média, é evidente que terão que buscar uma candidatura mais popular. E isso é mais um problema para César, que não tem alianças fortes de perfil popular (Garotinho e Picciani - que teriam esse perfil - não podem ser considerados aliados). Com a candidata Denise, ele pode forçar o tema da segurança (que é a principal preocupação do carioca). Aliás, é exatamente o seu tema na inserção do DEM e, na minha opinião, é mais um erro de César, apesar de ter dado certo em 98 (quando ele perdeu no Estado, mas ganhou na Capital). Seja quem forem os candidatos, deveremos ter um 2º turno enlouquecerdor, que pode levar ao fim de 18 anos de reinado de César Maia na cidade.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

As candidaturas do Rio ganham mais definição

O Governador Sérgio Cabral parece que já tem seu nome para candidato a Prefeito do Rio pelo PMDB: é o tucano Eduardo Paes. Marcelo Crivella (PRB) é certo. César Maia (DEM, ex- PFL) parece que vem mesmo de Solange Amaral. O nome de Chico Alencar deve representar o PSOL. O PT terá candidato próprio - mas ainda está indeciso entre Benedita, Edson Santos, Molon e Vladimir. PDT e PSB lutam para indicar um Vice. A candidatura de Denise Frossard (PPS) parece pouco provável e a de Jandira Feghali (PCdoB) periga. PSDB, no Rio, não conta muito. Syrkis (PV) quer, mas há dúvida. Na próxima semana, provavelmente haverá maior definição.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Todos os partidos do Brasil têm candidato próprio à Presidência da República

Não entendo toda essa quizumba em torno da candidatura própria do PT para as eleições presidenciais de 2010. Ou melhor, entendo, sim. A oposição, com apoio da grande imprensa, quer acabar de vez com o PT e, para isso, busca pêlo em casca de ovo. É natural que o maior partido, que elegeu o Presidente atual, coloque a sua alternativa de candidato para seus aliados - e os aliados fazem o mesmo. Além disso, é mais do que natural que qualquer partido tenha candidato em todas as instâncias, para todos os cargos. Um partido existe para ter voto. Ou - concluindo acacianamente - sem voto, um partido não existe. E a candidatura própria majoritária é importante para os cargos majoritários, evidente, mas também é importante para fortalecer bancadas parlamentares. É claro que, verificando que não dispõe da maioria dos votos para eleger seu candidato, um partido procure se aliar a outro para, juntos, terem uma candidatura vitoriosa. De qual dos partidos sairá o nome do candidato, é uma decisão conjunta, fruto de muito debate, muita negociação e medição de força eleitoral. Isso se chama jogo da democracia. Quem, por exemplo, é o nome eleitoralmente mais forte para 2010 na base governista? Ciro (Bloco de Esquerda), Nelson Jobim (PMDB) ou Dilma (PT)? Hoje, provavelmente seria o nome de Ciro. Mas ainda estamos muito distante da hora certa para definir o candidato comum e nem sabemos ao certo se são esses os pré-candidatos. Provavelmente muita coisa vai mudar e as negociações estão apenas começando. Vejamos o exemplo das eleições municipais do próximo ano - a indefinição de nomes ainda é imensa. Em São Paulo, por exemplo, a aliança conservadora vai de Kassab ou de Alckmin? Ou dois serão candidatos, deixando a aliança para um possível 2º turno? E no Rio, qual será o candidato dos partidos que compõem a base governista (nacional)? O PT ainda não se decidiu se terá um nome e qual será: Benedita? Edson Santos? Molon? Vladimir? Minc? O PMDB é a sigla mais forte elelitoralmente, mas está sem nome próprio capaz de disputar. O PRB tem Crivella liderando as pesquisas. O PCdoB tem o nome forte de Jandira Feghali. O PDT tem o nome forte do Deputado Federal Miro Teixeira. O PSB poderia voltar a experimentar o Deputado Federal Alexandre Cardoso. O PHS teria quem - Esdras Macedo? E o PMN - o Deputado Estadual Christino Áureo? Tudo é possível, todos podem ter candidato próprio - a eleição já é no próximo ano. Faltam menos de 13 meses e ainda não decidiram sobre candidatura única ou comum a todos ou comum a alguns! Por favor, mais juízo no noticiário. A imprensa pode escrever o que quiser, mas precisa tomar mais cuidado com as historinhas que anda inventando.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Cadê o prefeitável que estava aqui? Sumiu...

Lançamento de candidatura muitas vezes é um verdadeiro jogo de esconde-esconde. O candidato diz que é candidato, mas não é; outras vezes diz que não é, mas é. Diz que é, depois diz que não é, depois diz que é de novo, e por aí vai. E é assim que deve ser. Tudo isso depende da estratégia e das táticas de cada um, depende da conjuntura, dos adversários, etc. Veja só o exemplo do Rio. Você olha e percebe uns 30 pré-candidatos à Prefeitura do Rio em 2008. Olha de novo e não tem quase nenhum. Ou desistiram, ou nunca foram ou estão fazendo um afastamento tático. O Deputado Federal Filipe Pereira é candidato declarado pelo PSC. O Senador Marcello Crivella (PR, Igreja Universal), embora lidere as pesquisas, parece que não é mais (dizem que a Igreja não quer sofrer desgaste... será?). No PT, dos cinco nomes iniciais, dois (o Deputado Federal Edson Santos e o Deputado Estadual Molon) confirmam a candidatura, dois (a Secretária de Estado Benedita da Silva - que é a única que está bem nas pesquisas - e o Secretário de Estado Carlos Minc) negam a candidatura e Vladimir não tenho notícia. O PMDB está sem candidato: Conde vai pra Furnas, o Secretário de Estado Eduardo Paes e Garotinho não têm chances internas e, quanto a Pezão, (Vice-Governador) ele está tocando projetos importantíssimos do Governo do Estado, que não pode largar. No DEM (ex-PFL) de Cesar Maia, tudo é possível, mas o mais provável é o Secretário Municipal Eider Dantas ser o candidato. O PPS tem Denise Frossard, que está muito bem nas pesquisas, mas continua uma incógnita. Jandira, apesar de também estar bem nas pesquisas, do PCdoB, parece que decidiu mesmo ser candidata em Niterói. Outras incógnitas são Chico Alencar (PSOL) e Miro (PDT). O PV deve mesmo lançar Syrkis. O PSDB não sabe o que fazer e os outros... só Deus sabe!