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sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Serra em baixa, Congresso em alta
A Oposição já sabe que a vaca foi pro brejo. Com Serra ladeira abaixo, a preocupação agora é lutar por uma boa composição parlamentar – além de tentar garantir alguns governos estaduais. Os principais nomes oposicionistas já começam a se movimentar nesse sentido. Roberto Freire (PPS) fez artigo sobre os perigos da “mexicanização”, referindo-se à supremacia do PRI – Partido Revolucionario Institucional, do México, de décadas atrás. E Cesar Maia (DEM), em seu Ex-Blog, reproduziu trecho de reportagem da revista Época (“Por um Senado companheiro”) com o título A DISPUTA PELO SENADO É A VONTADE CHAVISTA-PETISTA DE MUDAR A CONSTITUIÇÃO! Claro que esse tom alarmista demonstra apenas o medo que a Oposição tem de perder sua boquinha parlamentar. No Senado, hoje, PSDB e DEM detêm atualmente mais de 1/3 dos votos. O PT, que praticamente empata com o PTB, não chega a 10%. O PMDB tem 21%. É claro que essa composição tão favorável à Oposição deixará de existir a partir de 2011, por isso seus líderes estão mais interessados em atingir o PT e o PMDB do que a Dilma.
PRI – MERO MÉXICO. Não defendo “mexicanizações”, mas é óbvio que a utopia de todo partido é deixar de ser “partido” para ser “inteiro”. Nesse sentido, nem mesmo o quase nanico PPS de Roberto Freire, uma espécie de lacerdista de novo tipo, pensa diferente. Da mesma forma o DEM de Cesar Maia. Enquanto a Oposição dominava, tudo bem. Mas, com o risco de perder espaço, se apavora e ameaça. Todos da Oposição concordam (e se desesperam) com a reportagem citada por Cesar Maia que diz que “depois de oito anos sem maioria na casa, Lula quer aproveitar o fato de que neste ano cada Estado elegerá dois senadores para construir um Senado no qual Dilma, se eleita, tenha facilidade para aprovar o que quiser”. Pergunto: Lula está errado em pensar assim? Outro político pensaria diferente? Claro que não. Cabe ao eleitor decidir qual a composição parlamentar ideal. Será melhor um Congresso que "dificulte" ou um Congresso que "facilite" a administração de quem o povo elegeu para Presidente? A questão não pode ser colocada em termos de “mexicanização x mensalão”. Não é o caso de defender o partido-único, mas também não se pode desejar o partido-refém. Dilma não pode deixar de considerar uma Oposição representativa. Mas não poderá desejar um Congresso que tenha como único objetivo impedir o avanço do Projeto Lula aprovado pela imensa maioria do povo brasileiro. Portanto, todo petista de verdade tem que lutar com unhas e dentes para eleger um Congresso de perfil petista. Assim como todo oposicionista de verdade tem que tentar o contrário. Esse é o jogo da democracia que vivemos. E acredito que também nesse campo Lula sairá vitorioso.
Nota. A propósito, anos atrás, em visita ao México, um cartaz que me chamou muito a atenção foi exatamente um do PRI, que dizia (em duas linhas): “PRI // MERO MÉXICO”. Tanto pode querer dizer “PRIMEIRO O MÉXICO” como “PRI É O PRÓPRIO MÉXICO”. Mexicanização ou não, é uma bela peça de marketing político.
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domingo, 7 de março de 2010
Demóstenes Torres embarcou no navio negreiro errado
Texto de Elio Gaspari, hoje, Folha/O Globo:
A TEORIA NEGREIRA DO DEM SAIU DO ARMÁRIO
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é uma espécie de líder parlamentar da oposição às cotas para estimular a entrada de negros nas universidades públicas. O principal argumento contra essa iniciativa contesta sua legalidade, e o caso está no Supremo Tribunal Federal, onde realizaram-se audiências públicas destinadas a enriquecer o debate.
Na quarta-feira o senador Demóstenes foi ao STF, argumentou contra as cotas e disse o seguinte:
"[Fala-se que] as negras foram estupradas no Brasil. [Fala-se que] a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. Gilberto Freyre, que hoje é renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual".
O senador precisa definir o que vem a ser "forma muito mais consensual" numa relação sexual entre um homem e uma mulher que, pela lei, podia ser açoitada, vendida e até mesmo separada dos filhos.
Gilberto Freyre escreveu o seguinte:
"Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime".
"O que a negra da senzala fez foi facilitar a depravação com a sua docilidade de escrava: abrindo as pernas ao primeiro desejo do sinhô-moço. Desejo, não: ordem."
"Não eram as negras que iam esfregar-se pelas pernas dos adolescentes louros: estes é que no sul dos Estados Unidos, como nos engenhos de cana do Brasil, os filhos dos senhores, criavam-se desde pequenos para garanhões. (...) Imagine-se um país com os meninos armados de faca de ponta! Pois foi assim o Brasil do tempo da escravidão."
Demóstenes Torres disse mais:
"Todos nós sabemos que a África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para o mundo islâmico, para a Europa e para a América. Lamentavelmente. Não deveriam ter chegado aqui na condição de escravos. Mas chegaram. (...) Até o princípio do século 20, o escravo era o principal item de exportação da economia africana".
Nós, quem, cara-pálida? Ao longo de três séculos, algo entre 9 milhões e 12 milhões de africanos foram tirados de suas terras e trazidos para a América. O tráfico negreiro foi um empreendimento das metrópoles europeias e de suas colônias americanas. Se a instituição fosse africana, os filhos brasileiros dos escravos seriam trabalhadores livres.
No início do século 20 os escravos não eram o principal "item de exportação da economia africana". Àquela altura o tráfico tornara-se economicamente irrelevante. Ademais, não existia "economia africana", pois o continente fora partilhado pelas potências europeias. Demóstenes Torres estudou história com o professor de contabilidade de seu ex-correligionário José Roberto Arruda.
O senador exibiu um pedaço do nível intelectual mobilizado no combate às cotas.
A TEORIA NEGREIRA DO DEM SAIU DO ARMÁRIO
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é uma espécie de líder parlamentar da oposição às cotas para estimular a entrada de negros nas universidades públicas. O principal argumento contra essa iniciativa contesta sua legalidade, e o caso está no Supremo Tribunal Federal, onde realizaram-se audiências públicas destinadas a enriquecer o debate.
Na quarta-feira o senador Demóstenes foi ao STF, argumentou contra as cotas e disse o seguinte:
"[Fala-se que] as negras foram estupradas no Brasil. [Fala-se que] a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. Gilberto Freyre, que hoje é renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual".
O senador precisa definir o que vem a ser "forma muito mais consensual" numa relação sexual entre um homem e uma mulher que, pela lei, podia ser açoitada, vendida e até mesmo separada dos filhos.
Gilberto Freyre escreveu o seguinte:
"Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime".
"O que a negra da senzala fez foi facilitar a depravação com a sua docilidade de escrava: abrindo as pernas ao primeiro desejo do sinhô-moço. Desejo, não: ordem."
"Não eram as negras que iam esfregar-se pelas pernas dos adolescentes louros: estes é que no sul dos Estados Unidos, como nos engenhos de cana do Brasil, os filhos dos senhores, criavam-se desde pequenos para garanhões. (...) Imagine-se um país com os meninos armados de faca de ponta! Pois foi assim o Brasil do tempo da escravidão."
Demóstenes Torres disse mais:
"Todos nós sabemos que a África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para o mundo islâmico, para a Europa e para a América. Lamentavelmente. Não deveriam ter chegado aqui na condição de escravos. Mas chegaram. (...) Até o princípio do século 20, o escravo era o principal item de exportação da economia africana".
Nós, quem, cara-pálida? Ao longo de três séculos, algo entre 9 milhões e 12 milhões de africanos foram tirados de suas terras e trazidos para a América. O tráfico negreiro foi um empreendimento das metrópoles europeias e de suas colônias americanas. Se a instituição fosse africana, os filhos brasileiros dos escravos seriam trabalhadores livres.
No início do século 20 os escravos não eram o principal "item de exportação da economia africana". Àquela altura o tráfico tornara-se economicamente irrelevante. Ademais, não existia "economia africana", pois o continente fora partilhado pelas potências europeias. Demóstenes Torres estudou história com o professor de contabilidade de seu ex-correligionário José Roberto Arruda.
O senador exibiu um pedaço do nível intelectual mobilizado no combate às cotas.
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terça-feira, 31 de março de 2009
CNT/Sensus: em 2010, é Lula outra vez...

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sábado, 12 de abril de 2008
Pesquisa GERP para eleição do Rio: surpresa em todos os índices

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Agripino Maia está pra lá de Marraquech
Esse Senador Agripino Maia sempre me pareceu meio adoidado, com olhar estranho. Hoje, em entrevista à CBN, diretamente do Marrocos, ele se referiu ao seu próprio partido, o DEM (ex-PFL, ex-Arena), como sendo o Partido Democrata! Deve ser o sol quente africano fazendo a cabeça do Senador. Se nem ele sabe o nome do próprio partido, o que será que essa oposição espera da vida?
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Eleições 2008: se continuar assim, só restará à oposição paulistana relaxar sem gozar

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sexta-feira, 23 de novembro de 2007
A memória às vezes é Demo...
No Panorama Político de hoje, no Globo, o brasileiro pode refrescar um pouco a memória. Diz o texto, referindo-se ao novo ministro de Relações Institucionais, José Múcio (PTB): "Em 1992, o PFL afastou Múcio da CPI do PC Farias porque ele assumiu posição contra o presidente Fernando Collor". Para quem ainda não sabe, o PFL (ex-ARENA) atende atualmente pelo nome de DEM (alguns tratam por Demo, mas isso é detalhe...).
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Todos querem a CPMF
Só quem é contra de verdade a CPMF quem tem que desembolsar. E ninguém venha me dizer que isso corresponde à maioria do povo brasileiro. A maioria real nem sabe do que se trata. Os empresários são contra e têm suas razões; podem ser convencidos do contrário, caso tenham lucro mais adiante. A classe média tende a ser contra, um pouco para proteger o bolso, um pouco para ser contra o Governo Lula. Mas a classe média não é totalmente insensível e bem que pode ser motivada pelos ganhos sociais. Os políticos são a favor, mas querem ser do contra, para ver se ganham algo desse bolo. O DEM (ex-PFL), por exemplo, é “filosoficamente” contra. E está certo, já que pretende posicionar-se como o fiel representante da classe média conservadora moderna (se é que se pode imaginar algo assim...). Mas só é “filosoficamente” contra circunstancialmente. Coloque-o no poder e, logo logo, vai inventar uma CPMF de novo tipo. O PSDB é obviamente a favor, mas tem que ser do contra. Os tucanos precisam se defender dos avanços do DEM (ex-PFL) junto ao eleitorado de classe média, mas não querem perder de vista o eleitorado maior que pode lhe garantir o poder nos estados e, quem sabe, até na Presidência da República. Por isso vivem passando de um lado pro outro do muro. A base aliada parece ser obviamente a favor, mas pode até ser do contra, dependendo do naco que lhe será reservado. A grande verdade nisso tudo é que o CPMF continuará sendo arrecadado – seja lá o nome ou a cara que venha ter.
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sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Programa do DEM: desacertos no ar
O Programa do DEM (ex-PFL) que foi ao ar na última quinta-feira teve a marca da pretensão. Cara de caro, bem produzido. Todos falando como donos da verdade, mas com um grande sofisma logo no começo: se a CPMF deixar de existir (disseram eles), cada família brasileira vai ter 50 reais a mais. Alguém acredita em algo assim? Existe absurdo maior? Por que tanta manipulação? Houve também contradição entre eles: o Governador Arruda orgulhava-se de ter cortado Secretarias em Brasília, enquanto o Prefeito César Maia, do Rio, propunha a criação de mais um Ministério, o de Combate às Armas e às Drogas! Outro momento bastante hilário foi o da insistência em faturar com a "vaia" em Lula. Como falei aqui a respeito das inserções de 30", ninguém entende aquele ruído esquisito como vaia da multidão. Para tentar deixar claro (sem muito êxito), colocaram uma legenda explicando que aquilo era a tal da "vaia". Mas o pior do programa foi o conjunto. Tentaram dar uma cara jovem, mas passaram de verdade apenas a falta de emoção.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Guerra santa
Curiosa notícia do Painel da Folha de hoje: "Entre as chapas que se inscreveram para disputar vagas na direção da UNE, em congresso realizado duas semanas atrás, uma surpreendeu pelo nome inusitado: "Deus". No discurso a que teve direito, seu único representante leu passagens da Bíblia. Em seguida foi a vez dos integrantes do DEM defenderem sua tese diante dos estudantes, a maioria ligada a partidos como PC do B e PT. Encerrados os debates e a apuração dos votos, chamou a atenção da platéia o fato de o solitário religioso ter recebido mais votos do que a chapa do Democratas. Rapidamente, um slogan se espalhou entre os presentes: -"Deus" vence os "demos" no congresso da UNE!
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