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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Os liberais de César Maia: o passado condena

César Maia escreve hoje, em seu Ex-Blog, um texto ("Liberais e Conservadores") tentando trazer para ele e seu partido (DEM) a imagem de "liberal" e para seus opositores no poder (Lula, PT e outros) de "conservadores. Diz ele: "A política brasileira, desde o Império, tem seu eixo central de disputa do poder, entre conservadores e liberais, sejam mais a direita ou mais a esquerda. (...) os Liberais sempre se caracterizaram por duas questões centrais: a Federação e o balanço equilibrado entre Legislativo e Executivo. Por seu turno, os conservadores apoiavam-se num Estado Centralizador e num Executivo Forte passando por cima do legislativo. (...) É essa disjuntiva que continua permeando a política brasileira independente das nomenclaturas partidárias. (...) O Brasil vive há alguns anos um processo de desintegração da Federação e do Legislativo. O Senado não cumpre suas funções constitucionais de representação e coordenação da Federação. Transformou-se numa poderosa Câmara de Deputados de 81 parlamentares. Suas funções constitucionais são invadidas pelo Ministério da Fazenda que incorporando - manu militari - as atribuições do Senado, tornou-se o árbitro da Federação, assumindo papel regulamentador e até legislador ao se atribuir decisões, e um poder, que a constituição não lha faculta. O Executivo em sua forma de constituir uma base parlamentar majoritária avilta e humilha o Legislativo, com mensalões, emendas, cargos e trocas de favores. O Legislativo chegou a um ponto que nem suas funções constitucionais fundamentais - legislar e fiscalizar -, cumpre. (...) Os Liberais - na forma que assumiram na historia política do Brasil nos últimos 200 anos - afirmam sua condição defendendo o resgate da Federação e do Legislativo enquanto poder efetivo. É nesses pontos que a luta política no Brasil vai se tornando mais clara, em torno dos quais a oposição parlamentar hoje passa a se organizar, e que estarão condicionando a política na direção de 2010". Ele só deixa de dizer uma coisa: o DEM (ou Demo, para alguns) é o novo nome do PFL, que era o novo nome da Arena. E é exatamente aí que está a origem de tudo de ruim que temos na nossa política mais recente.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Agripino Maia está pra lá de Marraquech

Esse Senador Agripino Maia sempre me pareceu meio adoidado, com olhar estranho. Hoje, em entrevista à CBN, diretamente do Marrocos, ele se referiu ao seu próprio partido, o DEM (ex-PFL, ex-Arena), como sendo o Partido Democrata! Deve ser o sol quente africano fazendo a cabeça do Senador. Se nem ele sabe o nome do próprio partido, o que será que essa oposição espera da vida?

quarta-feira, 28 de março de 2007

Quem diria, a Arena quer virar Democratas

Charge de Chico Caruso / O Globo Era uma vez um partido chamado Arena (Aliança Renovadora Nacional), criado em 1966 (4 de abril, quase dia 1º...) para servir de braço político da ditadura militar que estava instalada no Brasil desde 1º de abril de 1964. Na época eram só dois partidos, a Arena da ditadura e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) da oposição. Em 1980, voltou o pluripartidarismo que tinha sido extinto em 1965. Aí a Arena foi rebatizada de Partido Democrático Social, PDS (que depois virou Partido Progressista Renovador - PPR -, depois Partido Progressista Brasileiro - PPB, depois Partido Progressista – PP). Em 1985, um pedaço da Arena (que já tinha virado PDS) resolveu apoiar a candidatura oposicionista de Tancredo Neves para Presidente do Brasil e, por isso, criou o PFL - Partido da Frente Liberal. O PFL separou-se da antiga Arena, mas não de seus antigos ideais (menos ainda dos ideais da origem mais remota, a velha UDN - União Democrática Nacional). É sem dúvida o grande partido da direita política brasileira, apesar de pretender, recentemente, tenta se vender como sendo de centro. Na verdade, o partido tem procurado se afastar da direita por questão de sobrevivência. Enquanto pôde se aninhar nas estruturas do Governo Federal e representar as oligarquias nordestinas, não se mexeu. Com a subida de Lula ao poder, o PFL viu minguarem suas forças (em 1998 elegeu 105 deputados, hoje só tem 58) e agora joga tudo em uma renovação que parece muito mais jogada de marketing (por mais que Cesar Maia apresente a justificativa da busca do centro como alternativa moderna à polarização esquerda-direita). Ao mudar o nome para Democratas e eleger Rodrigo Maia seu presidente, a velha Arena quer enganar quem, cara-pálida?