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quinta-feira, 7 de abril de 2011
Uma imagem fala mais do que 3.321 palavras
Vamos ser francos – o discurso de Aécio foi muito chocho. E dificilmente poderia ser diferente, já que a oposição encontra-se desprovida de discurso. Não há um único de seus representantes capaz de falar qualquer coisa consistente. E o que é pior: graças ao excelente (e surpreendente) desempenho político de Dilma, a oposição já não conta com o apoio irrestrito da mídia e de amplos setores da classe média. É verdade que ele tentou uma jogada municipalista, defendendo a descentralização da arrecadação dos impostos, mas foi pouco. A postura de Aécio com seu discurso lembra antiga campanha publicitária da locadora Avis, nos Estados Unidos, que, diante da inquestionável liderança da concorrente Hertz, decidiu posicionar-se como “número 2”. Aécio por enquanto quer apenas isso – firmar-se o “principal número 2”. A palavra significativa que ele mais usou (no seu discurso de 3.321 palavras) foi “oposição” (11 vezes), seguida de “ética” (7 vezes) e “Minas/mineiro” (6 vezes). Serra mereceu duas citações, à frente de Alckmin, de Dornelles e até de Tancredo (uma vez cada). Zé Alencar, nada. Itamar, quatro. E Fernando Henrique, três. Lula teve duas. Dilma/presidente quatro. Aécio saiu na frente para ser o número 1 da oposição. E isso na atual conjuntura talvez queira dizer muito pouco. Como disse Lindberg, dirigindo-se a Aécio Neves: "Vossa Excelência é o futuro. Vai liderar esta oposição... Por muitos anos”. Ganhou o Troféu Ironia...
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terça-feira, 29 de março de 2011
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Libertas quæ sera Zé
O Vice José Alencar já declarou (ao colunista Leandro Mazzini, do JB) que não aguenta mais “campanha pro executivo”. Mas parece que “Deus” designou mais essa tarefa pra ele. José Alencar é o nome capaz de unir o PT de Minas, dividido entre os nomes de Patrus Ananias (PT), Fernando Pimentel (PT) e Hélio Costa (PMDB) para candidato a Governador. Como divulguei ontem no meu twitter, o que se articula é que Zé Alencar seja o Governador, Patrus seja seu Vice, Hélio Costa seja o Senador e Pimentel seja o Coordenador Geral da campanha de Dilma. Essa fórmula talvez agrade até mesmo a Aécio, que provaria que, sem ele, o tucanato paulista não tem espaço em Minas. Seria mais uma “Inconfidência Mineira”...
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domingo, 10 de janeiro de 2010
Samuel Pinheiro Guimarães: caças não são automóvel
Em entrevista ao Globo de hoje, o atual Secretário de Assuntos Estratégicos coloca o parecer da FAB sobre a compra dos caças no seu devido lugar. Trata-se um parecer técnico, valorizando o item preço, mas que não é suficiente para uma decisão que é estratégica para o país. Veja entrevista completa, com voos além dos caças.
O preço não pode ser o único determinante
Secretário de Assuntos Estratégicos dá recado à FAB e diz que escolher novo caça não é 'como comprar automóvel'
ENTREVISTA
Samuel Pinheiro Guimarães
Após comemorar os 70 anos, sendo 48 dedicados ao Itamaraty, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães abriu mão de uma aposentadoria para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos, foco de atritos e polêmicas na gestão de Mangabeira Unger. Conhecido pelas ideias nacionalistas e indicado pelo PRB do vice-presidente José Alencar, o novo ministro diz que o Brasil precisa ampliar seu espaço entre as grandes potências. E dá recado aos oficiais da FAB insatisfeitos com a preferência pelos caças franceses Rafale: — Isso não é como comprar automóvel.
Bernardo Mello Franco
O GLOBO: A Defesa vive um impasse com a concorrência para a compra de caças. Quando Lula anunciou a preferência pelo Rafale, o presidente francês Nicolas Sarkozy defendeu a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Isso pesa na escolha?
ENTREVISTA
Samuel Pinheiro Guimarães
Após comemorar os 70 anos, sendo 48 dedicados ao Itamaraty, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães abriu mão de uma aposentadoria para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos, foco de atritos e polêmicas na gestão de Mangabeira Unger. Conhecido pelas ideias nacionalistas e indicado pelo PRB do vice-presidente José Alencar, o novo ministro diz que o Brasil precisa ampliar seu espaço entre as grandes potências. E dá recado aos oficiais da FAB insatisfeitos com a preferência pelos caças franceses Rafale: — Isso não é como comprar automóvel.
Bernardo Mello Franco
O GLOBO: A Defesa vive um impasse com a concorrência para a compra de caças. Quando Lula anunciou a preferência pelo Rafale, o presidente francês Nicolas Sarkozy defendeu a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Isso pesa na escolha?
SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES: Tudo está interligado. Não é só questão econômica. Envolve aspectos políticos, estratégicos.
Isso não é como comprar um automóvel. O preço não pode ser o único determinante. Você não está comparando coisas que são iguais, como dois grãos de soja, um mais barato que o outro. Só o nome é que é igual: avião. Decisões na área de defesa e soberania são decisões de governo. Não são setoriais.
O GLOBO: A oposição acusa o governo de inchar o Estado.
GUIMARÃES: É equívoco. Outros países têm número de servidores proporcionalmente maior. Falta muito, os índices (de contratação no setor público) são insuficientes. Há 500 municípios brasileiros sem médico. O Estado tem que atuar onde as empresas privadas não atuam ‘A Constituição prevê plebiscitos e referendos’
O GLOBO: O Plano Nacional de Direitos Humanos foi atacado por prever a realização de mais plebiscitos e referendos. O senhor defendeu a tese da democracia direta. É hora de retomar a ideia?
GUIMARÃES: A Constituição prevê plebiscitos e referendos. A população não pode participar diretamente do processo de elaboração das normas, por isso elege representantes.
À medida que essa representação é afetada pelo poder econômico, há distorção da vontade popular. O pleb iscito não tem nada demais.
O GLOBO: Deveria ser mais usado?
Isso não é como comprar um automóvel. O preço não pode ser o único determinante. Você não está comparando coisas que são iguais, como dois grãos de soja, um mais barato que o outro. Só o nome é que é igual: avião. Decisões na área de defesa e soberania são decisões de governo. Não são setoriais.
O GLOBO: A oposição acusa o governo de inchar o Estado.
GUIMARÃES: É equívoco. Outros países têm número de servidores proporcionalmente maior. Falta muito, os índices (de contratação no setor público) são insuficientes. Há 500 municípios brasileiros sem médico. O Estado tem que atuar onde as empresas privadas não atuam ‘A Constituição prevê plebiscitos e referendos’
O GLOBO: O Plano Nacional de Direitos Humanos foi atacado por prever a realização de mais plebiscitos e referendos. O senhor defendeu a tese da democracia direta. É hora de retomar a ideia?
GUIMARÃES: A Constituição prevê plebiscitos e referendos. A população não pode participar diretamente do processo de elaboração das normas, por isso elege representantes.
À medida que essa representação é afetada pelo poder econômico, há distorção da vontade popular. O pleb iscito não tem nada demais.
O GLOBO: Deveria ser mais usado?
GUIMARÃES: Há hoje em dia situações extremamente difíceis de compreender. É necessário que haja maior responsabilidade dos representantes em relação aos representados: que só possam exercer mandatos pessoas que tenham recebido votos.
O GLOBO: Isso significaria o fim dos suplentes no Senado.
GUIMARÃES: Se as pessoas estão ali para elaborar leis, é necessário que tenham passado pelo crivo eleitoral.
O GLOBO: Em sua posse, Lula o chamou de guru do presidente Hugo Chávez e contou que ele é fã de seus livros. Como vê as acusações de que a Venezuela viveria sob restrição à liberdade de imprensa?
GUIMARÃES: É uma questão sujeita a grande distorção e desinformação. Há liberdade absoluta de imprensa na Venezuela. As pessoas dizem o que bem entendem, e com um grau de violência...
O GLOBO: Mas o governo fechou a emissora RCTV, de oposição. E Chávez é acusado de abusar no populismo.
GUIMARÃES: Televisões são concessões, não propriedades de pessoas. É o que dizem a Constituição e a lei.
Aliás, aqui também. Onde nós estamos? Há um altíssimo grau de desinformação, isso sim. Ter altos índices de aprovação popular é ser populista? (Risos). Quando um governante tem alta aprovação, é porque alguma coisa está fazendo pelo povo.
O GLOBO: No último ano do governo Lula, o senhor está coordenando o Plano Brasil 2022 com metas para o bicentenário da Independência para um período que pega outros três governos. Isso terá força de lei.
GUIMARÃES: Transcende a ideia de um governo apenas.
Queremos algo de que a sociedade participe. O que o presidente pretende fazer, eu não sei. Ele dará o encaminhamento que considerar oportuno. É preciso ter ambição e audácia. O Brasil deve ter um crescimento acelerado para chegar a 2022, no mínimo, como a quinta maior potência do mundo.
Mas também é preciso que tenha reduzido de forma muito significativa as suas disparidades sociais.
O GLOBO: Isso significaria o fim dos suplentes no Senado.
GUIMARÃES: Se as pessoas estão ali para elaborar leis, é necessário que tenham passado pelo crivo eleitoral.
O GLOBO: Em sua posse, Lula o chamou de guru do presidente Hugo Chávez e contou que ele é fã de seus livros. Como vê as acusações de que a Venezuela viveria sob restrição à liberdade de imprensa?
GUIMARÃES: É uma questão sujeita a grande distorção e desinformação. Há liberdade absoluta de imprensa na Venezuela. As pessoas dizem o que bem entendem, e com um grau de violência...
O GLOBO: Mas o governo fechou a emissora RCTV, de oposição. E Chávez é acusado de abusar no populismo.
GUIMARÃES: Televisões são concessões, não propriedades de pessoas. É o que dizem a Constituição e a lei.
Aliás, aqui também. Onde nós estamos? Há um altíssimo grau de desinformação, isso sim. Ter altos índices de aprovação popular é ser populista? (Risos). Quando um governante tem alta aprovação, é porque alguma coisa está fazendo pelo povo.
O GLOBO: No último ano do governo Lula, o senhor está coordenando o Plano Brasil 2022 com metas para o bicentenário da Independência para um período que pega outros três governos. Isso terá força de lei.
GUIMARÃES: Transcende a ideia de um governo apenas.
Queremos algo de que a sociedade participe. O que o presidente pretende fazer, eu não sei. Ele dará o encaminhamento que considerar oportuno. É preciso ter ambição e audácia. O Brasil deve ter um crescimento acelerado para chegar a 2022, no mínimo, como a quinta maior potência do mundo.
Mas também é preciso que tenha reduzido de forma muito significativa as suas disparidades sociais.
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Lindberg, o vento e a montanha
No Valor Econômico dessa terça-feira, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), disse que “a derrota do candidato que apoiou à presidência do PT fluminense, Lourival Casula Filho, diminuiu suas chances de ser o candidato do partido ao governo do Estado”. Li essa declaração pensando no excepcional filme “Kagemusha” de Kurosawa. Diante do filho impetuoso (o vento), sempre determinado a atacar seus inimigos, mostrava-se mais consistente o pensamento do sábio chefe Shingen Takeda: “a montanha não se move”. Lembrei também de um trecho do livro "Marketing de Guerra", de Al Ries e Jack Trout: “O segundo princípio de Clausewitz é a superioridade da defesa. Nenhum comandante militar procuraria combater se estivesse em desvantagem. A regra prática é que, para ter sucesso, uma força atacante deve ter superioridade de pelo menos 3 para 1 no ponto de ataque”. Lindberg acreditou que tinha poder de fogo suficiente para aniquilar a Direção Estadual do PT no Rio e, com isso, se impor à Direção Nacional – mas não tinha. Desenvolveu algumas táticas eficientes, motivando e mobilizando o universo petista com o orgulho da candidatura própria. Acreditou que a “máquina” estava emperrada e que seria facilmente afastada do caminho por seu estilo vendaval. Errou de cálculo, e errou ainda mais por ter colocado todos os ovos no mesmo casulo. Estabeleceu uma linha de ação em que a conquista da candidatura a Governador estaria garantida pela conquista da Presidência Estadual do partido. Agora, derrotado, esperneia. Diz que vai argumentar com Lula que, “se o PT não tiver candidato próprio ao governo estadual, o senador Marcelo Crivella (PRB), do mesmo partido do vice presidente José Alencar, não terá como concorrer à re-eleição ao Senado”. Argumento devastador junto a seus militantes, porque agora não se trata mais da candidatura própria petista, mas, sim, da candidatura que pode ajudar a candidatura ao Senado do candidato de outro partido. Tem cabimento? Lindberg tem que entender que já teve a sua vitória. Com relativamente pouco tempo de PT, mostrou-se um player de respeito para os embates a partir de 2012. Era esse ponto que ele deveria estar valorizando, ao invés de insistir em destacar a sua derrota. O tempo – não o vento – poderá levá-lo mais longe.
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terça-feira, 25 de setembro de 2007
O Globo errou: José Alencar não afirmou que ganha pouco
Ontem, o PRB convidou várias pessoas para um encontro no Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro, com o Presidente em exercício José Alencar e o Senador Marcelo Crivella. Presentes, deputados, prefeitos e vereadores de vários partidos. José Alencar contou umas histórias engraçadas, inclusive sobre os salários de Presidente e Vice-Presidente da República. Mas não disse, como publica O Globo de hoje, que o "presidente e o vice ganham pouco". Ao contrário, ele afirmou que, para quem acha que o salário é pouco (algo em torno de 10 mil), costuma dizer que conta também com luz, água encanada, casa, comida e roupa lavada. E ele estava valorizando isso, com o seu jeito roceiro de ser.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
O fato novo nas eleições 2008 do Rio: Garotinho tenta mover o Bispo Crivella para a casa do PMDB
O Senador Marcello Crivella, do PRB (o mesmo partido do Vice José Alencar, aliado de Lula) e também Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (denominação evangélica pentecostal, liderada pelo Bispo Edir Macedo), estaria transferindo-se para o PMDB (do Governador Sérgio Cabral, do ex-Governador Garotinho e do Presidente da Assembléia Picciani). Por trás dessa possível mudança está a eleição para Prefeito do Rio em 2008. Apesar de liderar todas as pesquisas para Prefeito, o Senador Crivella enfrenta alguns problemas básicos. 1) O seu partido atual, PRB, é um partido novo, com tempo mínimo no Horário Eleitoral Gratuito. Ele precisa urgentemente de uma aliança forte ou passar para um partido que ofereça tempo no HEG - e nesse sentido o PMDB é perfeito. 2) A Igreja Universal enfrenta forte oposição das Organizações Globo, além de significar rejeição total na classe média da Zona Sul do Rio - o PMDB não é muito bem visto também, mas teria uma grande máquina para compensar. 3) O PT do Rio jamais aceitaria apoiá-lo no primeiro turno (um dos seus pré-candidatos, aliás, o Deputado Molon, tem apoio tradicional da Igreja Católica, e a pré-candidata Benedita da Silva também é evangélica) - mas certamente daria apoio em eventual segundo turno contra outros candidatos. Assim, a passagem do Senador Crivella para o PMDB faz muito sentido. Para o PMDB poderia trazer algumas vantagens, já que o partido está com a máquina na mão, mas não tem nome forte como Crivella. A chamada "solução caseira", com a candidatura do secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, teria problemas, porque ela só faria sentido se ele se filiasse ao Democratas (ex-PFL, do Prefeito César Maia), tendo o Deputado Federal Leonardo Picciani (PMDB, filho do presidente da Assembléia) como vice. Essa aliança com o autal prefeito é defendida com unhas e dentes pelo Presidente Picciani (que quer ver o filho projetado e sonha com votos da classe média), mas poderia desagradar Lula, um aliado de Sérgio Cabral que tem César Maia como adversário. Outro problema para o PMDB seria o fato de Crivella entrar no partido pelas mãos do também evangélico Garotinho, adversário de Sérgio Cabral, de Picciani e do aliado Lula. Mas não é só isso: Crivella certamente tomaria de vez o eleitorado povão do PMDB. Isso não seria problema para Garotinho, mas poderia ameaçar outros caciques, que perderiam definitivamente o controle partidário. Quem está muito aflito com isso certamente é o Prefeito César Maia, que vê na aliança com o PMDB (que colocaria um nome no Democratas para ser o candidato) a grande chance de massificar no Rio o número 25 do seu partido e ainda garantir vitória. As peças do xadrez estão em movimento acelerado, porque o tempo para mudanças acaba em setembro.
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