terça-feira, 7 de setembro de 2010

Está mais do que provado: Aécio apóia Dilma contra Serra


Já deixei claro inúmeras vezes neste Blog que Aécio não está nem um pouquinho interessado em uma hipotética vitória de Serra, muito ao contrário. Ele quer que Serra e todo o tucanato paulista afunde de vez. Alckmin, ainda passa, desde que se acomode sob suas asas. Essa linha de pensamento casa perfeitamente com o objetivo imediato lulo-petista de derrotar a oposição paulista. Na minha postagem da semana passada, Derrotar ou não derrotar Aécio – eis a questão, escrevi que Aécio “ajuda a minar a liderança paulista” e que, por outro lado, se Lula avançasse contra Aécio, “estaria reaproximando Minas e São Paulo, dando mais fôlego a esse eixo cambaleante” e ainda “estaria matando o voto “dilmasia”, essencial para a vitória consistente de Dilma em Minas”.
Hoje, confirmando minha análise, o Painel da Folha, da jornalista Renata Lo Prete publica três notinhas bem reveladoras:
"Cristianização cruzada"
Não obstante a esperada aparição de Lula amanhã ao lado de Hélio Costa (PMDB), o comando da campanha de José Serra (PSDB) se convenceu de que Minas assiste a uma "cristianização cruzada": o presidente cumpre tabela em relação ao aliado local, que perde terreno para Antonio Anastasia (PSDB), cujo padrinho, Aécio Neves, tampouco se empenha por Serra.
A percepção do QG serrista foi consolidada pela notícia, vinda do entorno de Aécio, de que ele e Lula tiveram longa e recente conversa por telefone. Na avaliação de aliados do candidato presidencial tucano, a contínua expansão do voto "Dilmasia" vale mais para o Planalto que a eleição de Costa.
Sem tela
A campanha de Serra já pediu mais de uma vez aos tucanos de Minas que o incluam na propaganda de TV de Anastasia. Um dos apelos foi feito pelo próprio Serra, sem resultado.
Senha
Ao defender a aproximação do PSDB com o PSB e o PDT em 2011, Aécio teria, na interpretação de petistas, sinalizado a intenção de se integrar ao projeto lulista para 2014. Disso resultaria a relativa indiferença do presidente para com as aflições de Hélio Costa.