A Oposição, no seu pânico eterno, volta a jogar suas esperanças de participar de um segundo turno eleitoral na hipótese de uma abstenção maior entre o eleitorado de baixa renda, particularmente o nordestino. Esse ano, seria ainda pior, com o fato de serem necessários dois documentos para votar. Mônica Bergamo escreve hoje na Folha (e Cesar Mais replica) que “abstenção é maior no eleitorado de baixa renda e nas regiões Norte e Nordeste”. Já em 2006 disse aqui no Blog ("O sofisma de Lavareda" e "Nordestino prova...") que isso se baseava em números pré-Lula. O nordestino agora – bem ao contrário do que acontecia antigamente – tem o seu próprio candidato, o seu candidato in pectore, e por isso faz questão de comparecer e votar. As diferenças para o Sudeste, por exemplo, são cada vez menores, diria até que são mínimas. Veja nos quadros abaixo as evoluções (1998/2002/2006) das abstenções no Nordeste e no Sudeste e também dos votos válidos. A queda das abstenções e o crescimento dos votos válidos são muito mais significativos no Nordeste do que no Sudeste. Garanto que agora em 2010 a participação nordestina será ainda maior, para votar em Dilma, a candidata de Lula, e poder garantir as suas conquistas. O resto é desespero de perdedor.
Veja também o texto de Mônica Bergamo:
MAIS É MENOS
As estatísticas de eleições anteriores mostram que a abstenção é maior no eleitorado de baixa renda e nas regiões Norte e Nordeste. Entre outros fatores que levaram a eleição de 2006 para o segundo turno, de acordo com especialistas, está a alta abstenção em regiões em que Lula abria dianteira sobre Geraldo Alckmin (PSDB), e onde Dilma Rousseff (PT) repete o fenômeno. No Norte, a abstenção foi de 19%. No Nordeste, de 18%. No Sul, de 15% e no Sudeste, de 16%.