sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Eleição 2010: os rumos da disputa
Que a oposição tomaria o rumo da baixaria ninguém poderia duvidar. Pensar diferente (ou ignorar) essa possibilidade significaria, em primeiro lugar, estar alheio a tudo que a oposição tem feito nos últimos anos com apoio integral da grande mídia. Mas significaria também não perceber o que está em jogo. No dia 3 de outubro, não se estará disputando a Prefeitura de Borá (SP), a menor população do país, ou as de São Félix ou São Miguel de Tocantins, com os menores PIBs (com todo o respeito a esses municípios). O Brasil caminha para se tornar a quinta maior economia do planeta e é o poder sobre isso que está em disputa. É um jogo pesado, sujo, um vale-tudo sem limites (se me permitem a redundância). Os perdedores de plantão naturalmente moveriam mundos e fundos, dos quatro cantos da Terra, para conquistar esse poder para o qual jamais estiveram preparados. Baixaria é o mínimo que se pode atribuir a essa campanha tucana. E ela está tendo seus resultados. Não junto ao eleitorado, que não é bobo, sabe muito bem o que é melhor para o país. Os principais efeitos foram junto à campanha petista, que parece que paralisou, ficou na defensiva. Isso dá para notar claramente no Horário Eleitoral Gratuito, com um Programa que não cansa de repetir que Dilma é candidata de Lula e que o Governo tem um mundo de realizações maravilhosas. Tudo bem, isso tem mesmo que ser feito e é garantia de sucesso da candidatura. Mas já pode ir além. Falta povo na campanha. Falta a emoção das ruas, falta o contato mais direto e entusiasmado da candidata com seus eleitores. Quem está fazendo isso razoavelmente bem (quem diria!) é o Serra. Conseguiram colocar no Programa a rua que ele jamais teve. E certamente foi por isso que ele estancou a queda. A partir da próxima semana começa a fase de mais audiência do Rádio e da Televisão – é momento de aumentar a vibração da vitória que se aproxima.
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