quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Expocuba: apesar das ameças de Bush, aumentam os negócios americanos em Cuba

Foto de Jose Goitia para o New York Times A 25ª Expocuba, a feira cubana anual de negócios, encerrou-se no último sábado. E nela pôde-se ver que os americanos estão cada vez mais interessados - e necessitados - em negociar com Cuba. Escreveu James C. McKinley Jr para o New York Times: "A atmosfera era festiva, com mais de uma dúzia de restaurantes onde as pessoas bebiam Havana Club (rum da melhor qualidade!) e davam baforadas nos famosos charutos cubanos, uma iguaria com que os americanos se deliciam (...) Além de autoridades estaduais, a delegação americana incluiu várias empresas de transporte e do setor agrícola, como Pilgrim’s Pride, Cargill e Purdue. Seus vendedores passavam o dia inteiro trabalhando nos quiosques, voltavam para o Hotel Nacional (um marco art deco) e partiam para aproveitar a noite havanense". O mais curioso era a presença de autoridades americanas, como Dave Heineman, Governador Republicano do Nebraska (na foto comemorando vendas de 11 milhões de dólares). Junto com 100 empresários, viam-se também autoridades do Minnesota, Alabama e Ohio. Como ficam então as ameaças de Bush e seu argumento de que "todo dólar que entra em Cuba ajuda a manter um regime despótico"? Governadores e outras autoridades estaduais contraargumentam simplesmente que a exportação para Cuba (ou seja, a entrada de dólares nos estados Unidos) está "ajudando os seus agricultores" e destacam que não querem "falar de política nacional". Por mais que o raivoso Bush insista no bloqueio econômico, o fato é que Cuba tem um bilhão e meio de dólares para fazer compras e a realidade americana precisa abocanhar uma fatia desse bolo.