terça-feira, 6 de março de 2012
Resposta a Merkel: quem vive o azedo do “agressionismo” não pode falar de protecionismo
Angela Merkel tenta desviar a atenção de sua política extremamente agressiva, expansionista, atacando o Brasil como protecionista. Que moral ela tem para falar assim? A Alemanha é um dos maiores países exportadores do mundo, com saldo na balança comercial no ano passado de cerca de 17% superior a suas importações. Enquanto isso, no acumulado de 12 meses, nosso saldo foi negativo em janeiro e apenas 7% superior às importações no acumulado de 12 meses em fevereiro. E não é só isso. A Alemanha é um dos principais responsáveis pela aniquilação da economia da Grécia (e de outros países europeus) por impor um comércio desigual entre eles, com um euro super forte que encarecia os produtos dos países vizinhos economicamente mais fracos. Foi sugando essas economias que ela cresceu mais. Como a fonte secou, ataca os emergentes com movimento inverso: desvaloriza o euro, através de seu tsunami monetário, para avançar mais facilmente sobre nossas economias. Foi mais de 1 trilhão de euros o total de empréstimos que o Banco Central Europeu concedeu ao sistema financeiro com juros subsidiados. (Similar ao que fazem os Estados Unidos com sua política de juros a quase zero.) Isso provoca uma avalanche de dólares em nossa economia, valorizando o real, prejudicando nossas exportações e dificultando ainda mais nosso setor produtivo. Felizmente temos um mercado interno forte, ainda em expansão (graças à política de inclusão social iniciada por Lula e continuada por Dilma), que garante um PIB em crescimento constante. Nossas medidas “protecionistas” foram bem tímidas e atingem muito mais os países asiáticos. Por isso, é melhor escolher palavras menos azedas, Dona Angela. E trate de vender seu Sauerkraut em outro lugar!
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