skip to main |
skip to sidebar
Luiz Inácio Obama da Silva
O The Christian Science Monitor de hoje está puro Brasil. Na sua home page, a reportagem principal é sobre os superpoderes brasileiros na agricultura (Brazil rising: Agricultural superpower spreads its know-how) e no seu editorial o primeiro comentário é sobre "O Obama do Brazil" (The Obama of Brazil), referindo-se, claro, a Lula. "He came from the left and poverty, but da Silva rules from the center, as Obama must", orienta o jornal. Quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio da Silva, se encontrarem, pode ser que o presidente Lula é quem acabará "ensinando a Obama uma ou duas coisas", diz o editorial. Aliás, Lula ocupa bom espaço no noticiário internacional com o G-20 em São Paulo, o encontro com Berlusconi, o telefonema de Obama, o apoio ao continente africano e a Cuba, o puxão de orelha nos Estados Unidos e demais países desenvolvidos. Leia a reportagem da BBC:Lula 'poderá dar lições a Obama', diz jornal americano
Quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio da Silva, se encontrarem, pode ser que o presidente Lula é quem acabará "ensinando a Obama uma ou duas coisas", diz um editorial desta quarta-feira do jornal americano The Christian Science Monitor.
O editorial, intitulado "O Obama do Brasil", destaca o que considera pontos comuns entre os dois líderes, afirmando que "como Barack Obama, o presidente do Brasil veio da pobreza e da esquerda política e chegou ao poder. Mas durante seis anos no cargo, ele (Luiz Inácio Lula da Silva) governou do centro, aproveitando os pontos fortes do mercado do Brasil, conquistando o respeito mundial".
The Christian Science Monitor afirma que uma série de reportagens sobre o Brasil que o jornal publica esta semana mostra que o país passou de "gigante adormecido" para um país mais ativo "graças, em grande parte, à adoção por (Luiz Inácio Lula) da Silva de soluções práticas que agradam os investidores globais e também a maioria dos brasileiros", lembrando que "os índices de popularidade dele são muito altos".
"Em muitas áreas, tais como agricultura, política social e diplomacia, o Brasil agora serve como modelo para outros países, especialmente da África", diz o editorial, mencionando o programa bolsa-escola como exemplo de "uma política inovadora que une políticos da esquerda e da direita".
'Líder regional'
Sobre suas relações com o mundo, o jornal menciona a reunião do último fim-de-semana do G20 em São Paulo, em que Lula "repreendeu os Estados Unidos por sua responsabilidade na crise financeira global, que também está afetando o Brasil".
Mas ressaltou que "mais do que criticar, o ex-líder sindical e fundador do Partido dos Trabalhadores também advertiu os países contra recorrer ao protecionismo comercial". O jornal observa que "Obama quer reformular o Nafta (tratado de livre comércio entre EUA, México e Canadá)".
Lembrando que o ministro Assuntos Estratégicos brasileiro, Roberto Mangabeira Unger, foi professor de Obama na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o jornal afirma que "o filósofo manteve contato com Obama e pode servir como um elo no que pode ser uma poderosa parceria para o Hemisfério Ocidental".
Por enquanto, "o Brasil está tendo um bom desempenho como líder regional", de acordo com The Christian Science Monitor.
"Embora (Luiz Inácio Lula) da Silva use com freqüência o jargão esquerdista de Hugo Chávez, (presidente) da Venezuela, suas ações demonstram uma vontade de liderar a região com soluções guiadas pelo mercado e forjar uma geopolítica" que não desagrade os americanos.
Floresta amazônica
A presença militar brasileira no Haiti a serviço das Nações Unidas, sua participação em "acalmar a ameaça de guerra entre Colômbia e Venezuela" e as relações com a Bolívia também são mencionados no editorial.
The Christian Science Monitor conclui que se o presidente brasileiro "conseguir manter um nacionalismo saudável, ele vai encontrar um parceiro em Obama em questões que vão de energia a segurança".
"O ex-líder sindical e o ex-coordenador comunitário, ambos sabem como negociar um acordo em prol do bem comum".
"Como (Luiz Inácio Lula) da Silva e Obama, Estados Unidos e Brasil têm coisas demais em comum para não compartilhar a liderança regional e global", diz o editorial.