- Kadima ("Avante", centrista) 28 cadeiras
- Likud ("União", de direita) 27 cadeiras
- Yisrael Beitenu (de extrema direita, com base entre imigrantes vindos da antiga União Soviética) 15 cadeiras
- Avoda (Partido Trabalhista, centroesquerda, de Shimon Peres, David Ben-Gurion, Yitzhak Rabin, Golda Meir e Ezer Weizman) 13 cadeiras
- Shas (partido de direita) 11 cadeiras
- Judaísmo Torah Unido (ultra ortodoxo) 5 cadeiras
- União Nacional (direita) 4 cadeiras
- Hadash (árabe-judeu, de esquerda) 4 cadeiras
- Lista Árabe Unida -Ta’al (nacionalismo árabe-israelense, com influência muçulmana) 4 cadeiras
- Lar Judeu (religioso, de direita) 3 cadeiras
- Meretz (Vitalidade, de esquerda) 3 cadeiras
- Balad (auto definido como partido nacional progressista para os cidadãos palestinos de Israel) 3 cadeiras
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Eleições em Israel: quem será o infiel da balança?
A rigor, em política não existe o fiel da balança. O equilíbrio político é na verdade conquistado com o recurso de pequenas “infidelidades” (raramente são grandes “infidelidades”). Essa eleição de Israel – sempre cenário de grande confusões – dá exemplo do que é isso. O partido centrista Kadima, do atual Primeiro-Ministro Ehud Olmert e da vitoriosa Tzipi Livni, venceu (para surpresa geral) porque conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento (28 cadeiras, do total de 120). Mas podemos dizer que há um empate técnico. Logo atrás veio o direitista Likud, de Benjamin Netanyahu, com 27 cadeiras. Em seguida vêm o Yisrael Beitenu, Avigdor Lieberman, de extrema direita, com 15 cadeiras, o tradicional Avoda (Partido Trabalhista), de Shimon Peres e Ehud Barak, com 13 cadeiras, e o Shas, de direita (embora faça parte do atual governo), com 11. Por último, vêm 7 partidos menores que, juntos, conquistaram as 26 cadeiras restantes (outros 22 partidos – ou coligações –, entre eles o "Partido do Poder do Dinheiro", o "Partido dos Direitos dos Homens" e o "Partido dos Sobreviventes do Holocausto", não tiveram votos suficientes para conquistar lugar no Parlamento). Agora começa a parte mais “xadrez” da eleição: as negociações para determinação do Primeiro-Ministro e seu Gabinete. A disputa está entre Tzipi Livni e Benjamin Netanyahu, e a questão estritamente ideológica passa distante. O Kadima de Tzipi Livni (que venceu detonando o campo da esquerda, como disse Yossi Verter, do Haaretz) acena para a direita e não me espantaria ver o Yisrael Beitenu participando do governo, substituindo o Partido Trabalhista (que conta com a liderança de Ehud Barak, atual Ministro da Defesa, que comandou os ataques a Gaza!), que poderá ir para a Oposição. Fidelidades ideológicas, para quê? A verdadeira união é feita em torno da guerra à Palestina. Veja a relação dos partidos e suas cadeiras:
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