segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Que papel feio...



José Serra começou mal e terminou mal. O jovem idealista da AP (Ação Popular), vibrante no Comício da Central (13 de março de 64), não entrou nessa campanha. Utilizando o princípio de que “o que importa é ganhar, não importa como”, Serra aliou-se às forças das trevas e patrocinou uma das campanhas políticas mais reacionárias deste país. Cercado por representantes dessas forças do atraso, chamou a imprensa para reconhecer a derrota, mas prometendo um futuro sangrento. Pretendeu com aquela melancólica foto final demonstrar que continuará como grande líder da Oposição e que voltará em 2014. Mas o que existe de verdadeiro é que sua fórmula da baixaria foi derrotada e dificilmente a Oposição voltará a se unir em torno do baixo mundo de Serra. Aécio deverá liderar a nova Oposição, e já conclama os parlamentares para uma tal de “agenda Brasil” – na verdade, seu pontapé inicial para a campanha de 2014. Serra cavou para ele mesmo o papel de bolinha de papel na cesta de lixo da História.