domingo, 24 de julho de 2011
A manchete do dia é do Meia Hora
Essa primeira página do Meia Hora de hoje é uma coisa horrorosa, mas que traduz bem o espírito da coisa. Não chega ao nível de manchetes como "Violada em pleno auditório" ou "Cachorro fez mal à moça", mas mandou bem.
sábado, 23 de julho de 2011
Back to Winehouse
Back to Black
Amy Winehouse
Composição: Amy Winehouse / Mark Ronson
He left no time to regret
Kept his dick wet with his same old safe bet
Me and my head high
And my tears dry, get on without my guy
You went back to what you knew
So far removed from all that we went through
And I tread a troubled track
My odds are stacked, I'll go back to black
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
I go back to us
I love you much
It's not enough, you love blow and I love puff
And life is like a pipe
And I'm a tiny penny rolling up the walls inside
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
Black, black, black, black
Black, black, black...
I go back to
I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to black
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Três hai-kai de 80
Reencontrei por acaso esses três poemas à moda hai-kai (que fiz na década de 80, presumo) e divido com vocês:
Pinçar as palavras.
Passa e pousa, limpo, o pólen.
Pensar um poema.
Barulho do voo.
As palavras batem asas.
Imaginação.
Um poema quasímodo
(ressurreição da palavra?)
quase que um quasar
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Mano e o pé de apoio
Não dá para justificar a eliminação da Copa América por causa de problemas no pé de apoio na hora dos pênaltis. A situação foi bizarra, mas não podemos nos fixar nos 10 minutos de incompetência brasileira em bater pênalti e esquecer os 400 minutos de jogo ruim de nossa seleção. Não adianta querer dizer que dominamos o jogo ontem e só não ganhamos por falta de sorte. Dominar os jogos contra Venezuela, Peru e Paraguai era apenas obrigação – mas nem isso conseguimos. O que vimos foi um monte de bons jogadores mal distribuídos em campo, sem saber direito o que fazer. O Ganso é uma águia no meio campo? Sem dúvida, mas nosso meio campo ficou meio amarrado. Neymar, Robinho e Pato são gênios da bola? Genial dizer isso, mas a verdade é que ficaram embolados o tempo inteiro. Os jogadores são ótimos, mas a seleção foi péssima. Quer um conselho para continuar técnico, Mano? Pede apoio.
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domingo, 17 de julho de 2011
Quem diria, escuta telefônica clandestina deu cadeia
Tudo indica que Rebekah Brooks, ex-toda poderosa do Grupo Murdoch na Grã-Bretanha, foi presa hoje de manhã pela Scotland Yard. Se for confirmado que se trata mesmo de Rebekah (a polícia inglesa não identifica os presos até que haja acusação formal), estaremos diante de um caso raro. E se a moda de prisão por escuta telefônica clandestina pegar, vai faltar cadeia no planeta. Leia mais no Washington Post.
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
O enigma sino-americano
Tenho um amigo que costuma dizer que no futuro não teremos nem G-5, nem G-7, nem G-8, nem G-20 – “o mundo caminha para o G-2”, diz, referindo-se à concentração de poder entre China e Estados Unidos, trazendo à tona uma alternativa de mundo bipolar de triste memória. Mas, olhando o cenário da economia mundial e observando os laços indissolúveis das economias da China e dos Estados Unidos, prefiro dizer que infelizmente já vivemos uma espécie de G-1, onde os dois países praticamente viraram uma “unidade” e ao resto do mundo só resta rezar para que isso não conduza o Planeta Terra à bancarrota. Os dois gigantes não podem mais agir independentes um do outro, porque o risco de catástrofe é muito grande. Praticam um jogo de alto risco em que um não pode fazer uma jogada que seja inteiramente enigmática e deixe o outro sem saída. Vejamos algumas das notícias recentes sobre as dificuldades na economia americana:
- Se o Congresso americano forçar o Governo Obama (indo contra a própria Constituição) a dar um calote monumental, o seu maior credor (e o portanto maior prejudicado), com 1,15 trilhão de dólares em títulos do Tesouro americano, é exatamente a China. Outros grandes credores são: Japão (882,3 bilhões), Reino Unido (272,1 bilhões), exportadores de petróleo (211,9), Brasil (187 bilhões), bancos no Caribe (169 bilhões), Taiwan (155 bilhões), Rússia (151 bilhões), Hong Kong (135 bilhões) e Suíça (107 bilhões) – todos bem abaixo do total chinês. A situação indefinida já levou o Governo Chinês a aconselhar os Estados Unidos a tomarem juízo. Afinal, o calote é ruim para todo mundo (até para os Republicanos...)
- Anteontem, o presidente do FED, Ben Berbanke, falou de um novo estímulo à economia (seria o terceiro afrouxamento quantitativo). As bolsas ocidentais reagiram positivamente, prevendo maior aquecimento, mas a China chiou forte. Isso significaria também enfraquecimento do dólar (olha as reservas chinesas aí de novo...) e, pior, aumento dos preços das commodities, petróleo à frente. A China, como importadora gigantesca, seria enormemente prejudicada, não apenas pelos custos de importação como pelas dificuldades de exportação, inflação, etc. A sua reação contrária foi ainda mais forte (leia o artigo “Possible US QE3 sparks concerns”, de Hu Yuanyuan e Chen Jia, no China Daily). Ontem, Berbanke meio que desdisse o que falara na véspera, deu a entender que não haveria novos estímulos à economia. Resultado: as bolsas ocidentais caíram e as de Xangai e Hong Kong subiram.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Cesar Maia brilhante: descobriu que a herança de Lula é bendita
Pode-se ser contra ou a favor de Cesar Maia politicamente (eu, por exemplo, sou contra). Mas ninguém pode negar que ele é um obstinado investigador de marketing político. Erra aqui, acerta acolá, mas está sempre tentando aperfeiçoar-se. Suas falhas em marketing político geralmente estão associadas à sua obstinação conservadora na política. Hoje, no seu Ex-Blog, ele dá um bom puxão de orelha na oposição (basicamente nos tucanos) pela insistência em classificar Lula como “herança maldita” para o Governo Dilma ("Herança Maldita": um erro político primário do PSDB como Oposição!”). Diz ele: “O PSDB carrega o carma de Lula ter dado continuidade a algumas de suas políticas e ter ficado com o mérito. O PSDB carrega o carma de ter sido derrotado por Lula. E traumatizou essa relação. E quer buscar a forra”. E acrescenta: “Se o alvo é Lula, o resultado será a população concordar com ele e não com a oposição, e ainda tirar Dilma, que é a presidente, de foco, aliviando a tendência dela à perda progressiva de popularidade”. Percepção corretíssima sobre a herança de Lula para Dilma. O que ele não percebe é que a perda de popularidade de Dilma, caso ocorra, acontecerá junto à classe média conservadora, que acreditava que o novo governo seria anti-Lula. Junto à grande maioria do povo brasileiro, ela está com altos índices de aprovação. E até mesmo junto a classes privilegiadas. Assim como o PSDB, Cesar Maia também carrega o carma das recentes derrotas políticas. Isso, sim, é herança maldita.
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terça-feira, 12 de julho de 2011
A oposição “Pagot” pra ver, mas pelo andar da carruagem vai ficar a ver navios
Esses escândalos ligados a denúncias de corrupção não me atraem. Não é que pense que não se deva denunciar todo e qualquer indício de corrupção. Mas é que não agradam as inúmeras denúncias escandalosamente políticas. Ou escandalosamente vergonhosas, como acontece com o pessoal do Murdoch, que confunde jornalismo investigativo com jornalismo esculhambativo. Nessa história do DNIT e do Pagot, fez-se o maior auê, verdadeiro suspense, holofotes inteiramente voltados para o depoimento que ele faria hoje no Senado, como estivéssemos iniciando a Revolução Francesa, com as guilhotinas bem afiadas. Deixei a televisão ligada aqui ao meu lado e pude acompanhar alguns momentos. Até agora, 14:01h, me pareceu apenas uma grande chatice. O depoimento e as respostas do tal Pagot são extremamente sonolentas e aparentemente bem fundamentadas. Os parlamentares da oposição estão sem fala, silenciosos, abatidos. Não se ouve entre eles nem mesmo o piuiiii de um automóvel ou a buzina de um trem bão. Se continuar nessa andança, a oposição engarrafa de vez.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
90 anos do Partido Comunista Chinês: quem disse que o país iria de Mao a Piao?
A manchete foi do Jornal da Tarde: “A China vai de Mao a Piao”. Brilhante, dos tempos em que nossa imprensa desconhecia o pinyin e escrevia Mao Tsé-Tung e Lin Piao, ao invés de escrever Zedong ou Biao. Além do ótimo trocadilho, a manchete refletia perfeitamente o temor ocidental, no final da década de 60, com a ascensão da ultraesquerda na política chinesa através de Lin Biao, comandante do Exército Vermelho e primeiro na sucessão de Mao. Felizmente para o mundo ocidental quem ocupou o lugar de Mao, em 76, foi Deng Xiaoping (ou Teng Hsiao-Ping), autor da célebre frase “não importa a cor do gato, desde que pegue o rato”. Eu disse “felizmente”? Não sei se é bem assim que pensam atualmente as potências ocidentais. O pragmatismo de Deng Xiaoping foi muito além do imaginado. Graças a esse pragmatismo, ao comemorar hoje os 90 anos de existência do seu Partido Comunista, a China pode se orgulhar de estar ultrapassando os “capitalistas” sem precisar ter-se tornado inteiramente “comunista”.
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Cesar Maia denuncia: venda de armas nos Estados Unidos para população civil deixou de ser uma questão local
O Ex-Blog de hoje reproduz texto de Andrés Oppenheimer, do La Nacion, sobre a nova jogada de marketing da indústria de armas americana. Como a vendas está caindo entre a população civil, os estrategistas da violência engatilharam novíssimos produtos, cada vez mais sofisticados. Armas semiautomáticas com cartuchos de cargas múltiplas, por exemplo, são atrações para que os civis militarizem-se cada vez mais. Os Estados Unidos inventam (e distribuem por toda parte) esses produtos, invadem e bombardeiam países, e ainda querem parecer defensores da paz. Veja o texto do Ex-Blog:
EUA: FABRICANTES DE ARMAS CRIAM QUASE-FUZIS PARA CIVIS!
(Andrés Oppenheimer-La Nacion, 28) 1. Um novo estudo revela uma tendência assustadora: os fabricantes de armas norte americanos, confrontados pela queda nas vendas, estão produzindo armas cada vez mais sofisticadas - tipo militar - para uso civil. O relatório do Centro de Políticas sobre Violência (CPV), intitulado "A militarização do mercado de armas de fogo para civis'', diz que o mercado de armas para uso civil vem caindo há várias décadas nos Estados Unidos, entre outros motivos devido à crescente popularidade dos jogos eletrônicos e ao fato de que os jovens americanos e os imigrantes tendem a comprar menos armas.
2. Enquanto a população dos EUA cresceu 24% nas duas décadas até 2000, a produção de armas pequenas caiu 33%, diz o relatório. Então, qual tem sido a resposta da indústria? Trata de vender armas maiores, mais letais, muitas das quais acabam sendo usadas em chacinas, ataques contra a polícia, ou são vendidas para os cartéis de drogas no México e América Central.
3. "O mercado de armas civis tornou-se uma tenda militar", diz o relatório. Por exemplo, diante de uma lei de 1986 que proíbe a venda de metralhadoras a civis, a indústria de armas tem promovido nos últimos anos a venda de rifles semiautomáticos que se parecem com os AK-47 e M-16 de uso militar. Ao contrário das metralhadoras, as armas semiautomáticas requerem que se aperte o gatilho cada vez que se atira uma bala. Mas os fabricantes de armas constantemente adicionam novos recursos a estas armas semiautomáticas - como cartuchos de munição contendo até 75 cargas - o que torna seus produtos formidáveis máquinas de matar, afirma o estudo.
4. "A diferença entre os rifles semiautomáticos e as metralhadoras é mínima - disse Tom Diaz, autor do estudo. Os rifles semiautomáticos são tão ou mais mortíferos: você pode mirar melhor, porque eles não se movem para cima como as metralhadoras".
5. Minha opinião: a venda de armas de estilo militar nos Estados Unidos já não é mais um problema interno. Com mais de 40.000 mortos na guerra contra o narcotráfico no México nos últimos cinco anos e cada vez mais assassinatos de policiais por criminosos armados nos EUA, essa venda se tornou um problema regional.
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Strauss-Kahn X camareira: Sarkozy em maus lençóis
O New York Times de ontem provocou uma reviravolta no caso Strauss-Kahn ao revelar ligações suspeitas da camareira acusadora com traficante preso (Strauss-Kahn Case Seen as in Jeopardy). Durante os dois últimos anos, por exemplo, esse mesmo traficante seria um dos depositantes em uma conta bancária da camareira que já teria chegado ao valor de 100.000 dólares. Ela também estaria pagando mensalmente centenas de dólares em contas telefônicas de cinco companhias telefônicas diferentes – apesar de declarar que possui apenas uma linha. A polícia contaria até com gravações telefônicas que detonariam ainda mais a credibilidade da camareira e os promotores do caso já começariam a admitir “problemas”. Se tudo isso for confirmado e Strauss-Kahn for declarado inocente, vítima de armação, Sarkozy pode ter que arrumar as malas e deixar o seu Palais (ou seria “Hôtel”...) de l'Élysée. Se Strauss-Kahn já era favorito para a próxima corrida presidencial, agora, como “grande vítima de complô internacional”, vai estar com a cama feita.
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William K. Rashbaum
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