Quem diria, Chico Anísio morreu. Será? Desde que me entendo por gente que vejo ele por perto, fazendo graça da vida. Talvez às vezes nem tivesse graça, mas foi sempre genial, indispensável para a cultura nacional. Fico feliz de ter tido a ideia de fazer esse comercial utilizando o seu quadro da Escolinha do Professor Raimundo, isso na década de 80, quando era redator da MPM Propaganda, que tinha a conta de publicidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Mergulhei no espírito da coisa assistindo vários programas e as falas saíram exatamente como escrevi. A direção foi de Carlos Manga. Obrigado pela inspiração, Chico Anísio.
sábado, 24 de março de 2012
Chico Anísio pra valer
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sexta-feira, 16 de março de 2012
O Blog do Gadelha no Mundo da Disney
Pelo menos uma vez por mês, o Blog do Gadelha tem sido reproduzido em Orlando, pelo Jornal B&B (Brasileiras & Brasileiros), que conta com a designer Inez Oliveira na sua coordenação. Na edição que está no ar, foi reproduzido o post "... E o vento levou os Republicanos", que você pode ver na imagem acima e ler na íntegra aí abaixo. O endereço do Jornal B&B é http://www.jornalbb.com.
quinta-feira, 15 de março de 2012
... E o vento levou os Republicanos
Teve uma época em que os Republicanos tinham esperanças em derrotar Barack Obama nas eleições de novembro. Mas isso faz tanto tempo... é uma coisa tão antiga... Naqueles tempos, eles acreditavam que o governo Democrata afundaria junto com a herança maldita deixada por Bush, uma economia em crise, governo desacreditado, a produção solapada, o desemprego em alta constante. Obama soube reagir com tranquilidade, com precisão e com um timing perfeito. Apostou no investimento no mercado interno e na recuperação do setor produtivo e soube jogar de volta a responsabilidade pelas dificuldades econômicas no colo dos Republicanos – graças à incompetência de seus congressistas que, ávidos em atrapalhar o desempenho do governo, radicalizaram na politização das soluções econômicas e impuseram medidas antipopulares.
Começaram as prévias e o discurso oposicionista mostrou-se cada vez mais vazio. O principal candidato, Mitt Romney, avançou, mas não convenceu. Sua visão da economia foi um fiasco. Fracassou até mesmo na sua terra, Detroit, onde as montadoras voltaram a crescer e os empregos voltaram a surgir – contra todas as suas previsões e propostas. Foi aí que o Sul Republicano se rebelou, iniciou uma espécie de Segunda Guerra da Secessão. Os “Novos Confederados” lançaram-se à luta com uma agenda ultraconservadora, priorizando questões como o aborto, homossexualismo, imigração, sempre com um discurso sectário. Ao contrário da Guerra da Secessão do século XIX, quando o Sul defendia a escravidão dos negros, esses “Novos Confederados” querem também escravizar mulheres, homossexuais e imigrantes. E empunhando essa bandeira partiram para batalhas sangrentas, ferindo de morte a candidatura Republicana. Bem que o Rhett (Mitt Romney) Butler revivido tenta conquistar o coração de Scarlett (Sul) O’Hara. Nas até agora não teve o mínimo sucesso. Pode ser que – como no melodrama imortalizado por Clark Gable e Vivien Leigh – nossa Scarlett O´Hara descubra que ama Rhett Butler. Mas, assim como na ficção, será tarde demais.
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terça-feira, 6 de março de 2012
Resposta a Merkel: quem vive o azedo do “agressionismo” não pode falar de protecionismo
Angela Merkel tenta desviar a atenção de sua política extremamente agressiva, expansionista, atacando o Brasil como protecionista. Que moral ela tem para falar assim? A Alemanha é um dos maiores países exportadores do mundo, com saldo na balança comercial no ano passado de cerca de 17% superior a suas importações. Enquanto isso, no acumulado de 12 meses, nosso saldo foi negativo em janeiro e apenas 7% superior às importações no acumulado de 12 meses em fevereiro. E não é só isso. A Alemanha é um dos principais responsáveis pela aniquilação da economia da Grécia (e de outros países europeus) por impor um comércio desigual entre eles, com um euro super forte que encarecia os produtos dos países vizinhos economicamente mais fracos. Foi sugando essas economias que ela cresceu mais. Como a fonte secou, ataca os emergentes com movimento inverso: desvaloriza o euro, através de seu tsunami monetário, para avançar mais facilmente sobre nossas economias. Foi mais de 1 trilhão de euros o total de empréstimos que o Banco Central Europeu concedeu ao sistema financeiro com juros subsidiados. (Similar ao que fazem os Estados Unidos com sua política de juros a quase zero.) Isso provoca uma avalanche de dólares em nossa economia, valorizando o real, prejudicando nossas exportações e dificultando ainda mais nosso setor produtivo. Felizmente temos um mercado interno forte, ainda em expansão (graças à política de inclusão social iniciada por Lula e continuada por Dilma), que garante um PIB em crescimento constante. Nossas medidas “protecionistas” foram bem tímidas e atingem muito mais os países asiáticos. Por isso, é melhor escolher palavras menos azedas, Dona Angela. E trate de vender seu Sauerkraut em outro lugar!
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