sábado, 3 de maio de 2014

- Olha a oposição ali! - Onde? Onde? - Já passou...


Demorou, mas a oposição conseguiu se apresentar ao eleitorado. Soube sincronizar o trabalho da mídia, com momentos negativos da economia (bem explorados pelo “mercado”), com institutos de pesquisas e, last but not least, com o apoio de alguns “aloprados”. O clima geral de protestos também ajudou. E o resultado mais visível foi um 1º de Maio surreal, onde representantes do “grande capital” subiram no palanque para falar aos trabalhadores paulistas sem serem apedrejados. “Que país é este?”, diriam Francelino e as legiões urbanas. Se ficasse apenas nisso, eu diria aqui: “Gente, o passado tornou-se presente para ameaçar o futuro...” Mas o PT começou a sair da letargia provocada pelas manchetes escandalosas. No 31 de abril, Dilma fez um excelente programa de 1º de Maio, distribuindo algumas amostras do seu pacote de bondades que está sendo arquitetado. No 1º de Maio, o partido teve a sabedoria de não mandar seus principais líderes para a arapuca da Força Sindical (exceção para Gilberto Carvalho, o ministro-chefe Manda Que Mato No Peito da Presidência da República). E ontem, dia 2, o PT decidiu definitivamente o óbvio, que Dilma é a candidata natural em 7 de outubro. Essa foi uma decisão importante e inadiável, porque até mesmo vários petistas históricos estavam se deixando levar pelo canto da sereia do “Volta, Lula”, sem perceber que se tratava de uma jogada de marketing para enfraquecer o partido. Por trás do “Volta, Lula” estava o “Fora, PT”. Daqui pra frente trata-se de evitar “aloprados”, garantir uma Copa bem animada e partir pro abraço – provavelmente no primeiro turno. Para o PT, resta a preocupação – séria – de 2018. Para a oposição, também.


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