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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Comparar a eleição chilena com a brasileira é comparar não sei o que com sei lá o quê



Em dezembro deixei claro aqui neste Blog (Chile: posição neutra de Marco Enríquez-Ominami pode complicar vitória de Frei no segundo turno) que não seria fácil Eduardo Frei vencer por causa da posição “independente” do candidato Ominami (MEO), que teve mais de 20% dos votos no primeiro turno. Esse, sim, seria um apoio decisivo, porque, saindo da esquerda, era o único com capacidade de atrair votos que seriam do direitista Piñera. Ominami acabou “apoiando não apoiando”, com discurso às vésperas do segundo turno, sem nem citar o nome de Frei: "Declaro formalmente minha decisão de apoiar ao candidato deste povo, o de 29% de chilenos que votaram em 13 de dezembro". Ominami preferiu pensar em seu futuro político. A própria Bachelet só entrou em campanha pra valer a favor do candidato da Concertación nos últimos dias, quando pôde demonstrar a força dos seus 80% de popularidade na Presidência: Frei saiu de uma derrota massacrante para uma surpreendente derrota no photochart. Tirando o fato de Bachelet, assim como Lula, ter 80% de apoio no governo, não há semelhanças significativas entre a eleição chilena e a próxima eleição presidencial brasileira. Frei já foi Presidente do Chile, enquanto Dilma nunca se candidatou. Bachelet, nessa eleição, praticamente não foi candidata, no sentido de se empenhar de corpo e alma pela eleição de Frei (ela própria preferia preservar sua imagem...), enquanto Lula é praticamente o candidato a um terceiro mandato, empenhando-se de corpo, alma, Bolsa Família, PAC, 2016, tapinhas nas costas e isopor na cabeça na vitória de Dilma. Na década de 70, um jingle do vitorioso Allende dizia: “De ti depende // de ti depende // de ti depende // que sea // Allende”. Bachelet não puxou para ela essa responsabilidade. Mas Lula já sabe há tempos que tudo depende dele.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Chile: posição neutra de Marco Enríquez-Ominami pode complicar vitória de Frei no segundo turno


Com 98,32% dos votos do primeiro turno chileno já definidos, o candidato da direita, Sebastian Piñera, teve 44,03%, o candidato da Concertacion (centro-esquerda, que está no poder), Eduardo Frei, teve 29,62%, o candidato "independente" (saiu do Partido Socialista para tornar-se candidato), Marco Enríquez-Ominami (MEO), teve 20,12% e o candidato comunista, Jorge Arrate, teve 6,21%. Para o segundo turno, entre Piñera e Frei, os votos de MEO tornaram-se decisivos, mas ele não pareceu muito disposto a fazer acordos de apoio. Logo após conhecer os resultados eleitorais, MEO liberou seus eleitores: “cada uno de ustedes, como hombres y mujeres soberanos, mayores de edad, responsables, sabrá muy bien qué hacer en esta segunda vuelta que enfrenta a dos líderes del pasado”. Apesar de sua trajetória na esquerda, com seus 20% de votos, MEO parece mais interessado em consolidar sua nova força política.