sábado, 8 de setembro de 2007
Aliança PMDB-César Maia: me engana, que gosto
Li hoje no "Panorama Político" do Globo: "O Acordo. O governador Sérgio Cabral (PMDB) informou ao prefeito Cesar Maia (DEM) que não pode apoiar um candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro que faça um discurso de oposição ao presidente Lula. Maia respondeu dizendo que uma candidatura comum trataria de temas municipais e que não tinha sentido aliar-se a Cabral e depois constrangê-lo com um discurso hostil ao presidente Lula. As conversas continuam". Não dá para acreditar nessa história. Mesmo que César Maia estivesse sendo sincero (coisa complicada em política), qual seria o discurso para seu eleitorado lacerdista, que se alimenta do anti-lulismo? Como evitar que seus candidatos a vereador subissem no palanque ou aparecessem no Horário Eleitoral Gratuito desancando Lula? Claro que Sérgio Cabral e todo o PMDB querem eleger o próximo Prefeito do Rio e, para isso, seria bom contar com os votos do eleitorado de César Maia. Mas como conciliar tudo isso com a lua de mel com o Governo Federal? Essa aliança - praticamente inédita no Estado do Rio de Janeiro - é o item mais aprovado pela população, tanto carioca quanto fluminense, em todas as pesquisas. Dificilmente Sérgio Cabral tomará decisão sem consultar Lula. Dificilmente César Maia poderá garantir paz com Lula.