quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Em qual palanque Sérgio Cabral e Pezão vão pisar?
No Rio de Janeiro existe um grande alvoroço com a notícia de possível aliança entre o PMDB (do Governador Sérgio Cabral e seu Vice, Luiz Fernando Pezão, aliados de Lula) e o Prefeito César Maia (DEM, ex-PFL) em torno da sucessão municipal na capital. A notícia deixou preocupados os petistas locais, que costuram o apoio do governo estadual a seu candidato (seja ele qual for) a Prefeito do Rio. A notícia tornou-se mais preocupante quando os petistas perceberam que o ex-Governador Garotinho e o Deputado Jorge Picciani (Presidente da ALERJ) estão unidos na defesa da aproximação de César Maia. No tripé do poder do PMDB regional, Picciani e Sérgio Cabral sempre estiveram juntos em oposição a Garotinho - que, por sua vez, é adversário visceral de César Maia. Dificilmente o clima de "amigos desde a infância" entre Lula e Sérgio Cabral poderá sobreviver a uma aproximação com César Maia no Rio. Garotinho, obviamente, quer fazer oposição a Lula e tentar reduzir o poder de Sérgio Cabral dentro do partido. Para isso foi capaz até mesmo de aceitar uma aliança com César Maia. Pragmaticamente, ele deve ter analisado que César Maia está em fim de carreira e que o grande adversário no Estado, daqui pra frente, será a aliança Lula-Sérgio Cabral. Picciani deve pensar algo assim e, além disso, pretende projetar o seu filho, Deputado Federal Leonardo Picciani, garantindo talvez a Vice-Prefeitura. Sérgio Cabral obviamente, pretende fortalecer a aliança com Lula, que está viabilizando o seu governo - e ainda não conseguiu resolver completamente a charada na sua cabeça. Ontem, lendo o noticiário, resolvi ligar para o Vice Pezão, que até há pouco tempo era um dos possíveis candidatos a Prefeito do Rio pelo PMDB, apesar de ter seu título na cidade de Piraí, interior do Estado. Perguntei, provocativamente: "Em qual palanque você vai pôr o pé - o mesmo do César Maia?" Pezão (que há 5 anos estava, com Garotinho, em um palanque que desabou e fez com que engessasse o pé) rebateu rápido: "Vai ser difícil subir no mesmo palanque, porque o meu palanque fica em Piraí..."
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