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Quando me dedicava a jogar xadrez, admirava em primeiro lugar Mikhail Tahl, embora, com as brancas, preferisse usar os movimentos fechados do dinamarquês Bent Larsen (com as pretas, aprendi com Herman Claudius a gostar da siciliana clássica - que aliás usou certa vez quando foi arrasado por Mequinho). Fazia isso, mesmo depois de Bobby Fischer ter vencido Larsen por 6 a zero. Mas acontece que Fischer era um gênio. Insuportável, mas genial. Guardo até hoje a partida que a revista Time considerou "the game of the century", em que Fischer deu xeque-mate no então campeão americano. Se bem me lembro, foram 42 lances, com sacrifício da dama no 17º movimento. Na época, Bobby Fischer tinha 13 anos.