quinta-feira, 19 de junho de 2008
Eleição no Rio: Molon cada vez mais distante do PT
A situação do Deputado Alessandro Molon, candidato (ainda) petista à Prefeitura do Rio é muito curiosa. Depois de uma história de firmeza no trabalho legistativo, depois da ousadia na luta difícil pela indicação partidária, depois de subir aos píncaros com o apoio do PMDB do Governador Sérgio Cabral à sua candidatura e depois de ser nocauteado pela retirada do mesmo apoio, Molon ganhou uma grande projeção, com muita presença na mídia. Pena que seja uma projeção negativa... Ele se transformou na pedra no sapato de um grande acordo do PT com os outros partidos de esquerda, porque não desiste de sua minguada candidatura em apoio à candidatura fortalecida de Jandira Feghali do PCdoB. Claro que o partido não deve simplesmente descartá-lo. O PT tem o dever de proteger a imagem de seus quadros, principalmente um tão importante como Molon. Mas ele tem que ajudar. Está se tornando quixotesco ao não abrir mão da candidatura, alegando que "é impossível mudar de idéia" (como destaca o Globo de hoje) porque "não há possibilidade de abrirmos mão da missão que a base do partido nos confiou". Na verdade, boa parte do partido já se sentia abandonada por ele logo após a sua indicação. Ele teria se afastado até mesmo de nomes que ajudaram na sua indicação. Teria demonstrado intransigência e ingenuidade política na condução de sua pré-campanha e já causava irritação na maioria dos aliados. Talvez a base do partido que ele diz representar não exista mais. E não vai ser batendo o pé que vai sair dessa de cabeça erguida. É um nome expressivo e ele próprio tem que saber dar valor a isso.
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