Demissão e picolé
Os doutores Nelson Jobim, o general Enzo Peri, o almirante Moura Neto e o brigadeiro Juniti Saito esqueceram-se de duas coisas:
1) Seus cargos sempre estão à disposição do presidente da República.
2) Demissão não se pede, se dá. O que se pede é picolé.
Os comandantes militares aborrecem-se sempre que se ilumina o porão das torturas e assassinatos mantido por seus antecessores nos anos 60 e 70. Pena, porque esse risco era inerente aos crimes que se praticavam. A pergunta estava no ar no próprio porão: “Avançando a ‘abertura’ poderá alguém deter a marcha da Justiça reclamada? (…) “Não viria a provar ao menos o patrocínio efetivo das Forças Armadas à (sic) ações que qualquer justiça do mundo qualificaria de crime?” Esse texto é de um escriba do Centro de Informações do Exército, num documento intitulado “Estudo e Apreciação sobre a Revolução de 64”, de 16 de junho de 1975, Informe nº 209/S-102-A3-CIE.
Se o general Enzo Peri não puder achar o cartapácio no arquivo do seu comando, talvez consiga na Abin a cópia guardada pelo falecido SNI.
domingo, 3 de janeiro de 2010
Elio Gaspari sobre a "irritação" dos militares por causa dos direitos humanos
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