quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O que a Oposição deve fazer com o Horário Eleitoral Gratuito



Não é fácil chegar ao Horário Eleitoral amargando 16 pontos atrás da líder (Vox Populi). Pior: sabendo que Dilma tem mais de 54% dos votos válidos, enquanto a soma de todos os outros, consequentemente, não chega a 46%.
O programa de Serra foi muito bom. Contato direto com o povo, falando direto pra câmera razoavelmente bem, batendo com insistência na sua principal tecla, a da saúde, jingle bom, bem criativo na utilização do nome de Lula. Melhor à noite do que de dia.
O programa de Dilma foi melhor, claro. Passou muito bem o sentimento de Brasil, passou grandiosidade, um país melhor de se viver, a continuidade de Lula. Apresentou Dilma não apenas herdeira de Lula, mas como sua principal parceira na condução do governo. Emocionou, mostrou números, mas cometeu um pecado: excesso de efeitos visuais. É bom mostrar um Brasil grandioso, mas é bom também botar o pé no chão. O pobre, como diz Joãozinho Trinta, gosta de luxo. Mas não gosta de firulas. Preferi o programa diurno.
O programa de Marina, é preciso que se diga Uma Verdade Inconveniente, estava horroroso. Nem Al Gore faria pior.
Para a Oposição, de um modo geral, só existe um jeito de ter sucesso no Horário Eleitoral: tirar Lula da História.
Os outros
É muito emocionante ver o Plínio de Arruda Sampaio, 80 anos, firme na luta.
Também sempre me emociono ouvindo a Internacional. Lembro daquele Congresso da CUT em São Bernardo, acho que no estúdio da Vera Cruz, 5 mil trabalhadores, num frio danado, alguns de sandália havaiana, enrolados em cobertores, cantando em alto e bom som.
Já o Ei, ei, mael, esse é o Enéas dos novos tempos.