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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Obama, Blue State Digital e o marketing viral


Obama mudou. Depois de quase dois anos, voltei a receber seus e-mails. Não apenas dele, aliás. Da Michelle Obama, do Vice Joe Biden e de outros obamistas. Esse novo esforço é resultado evidente do avanço devastador dos Republicanos. No seu último e-mail, do dia 22 e com o (bom) título de Winning the future, Obama antecipa o seu Discurso sobre o estado da União (State of the Union). “Está claro que o nosso momento exige uma proposta sobre como nós, como povo, ganharemos o futuro (will win the future). E é essa agenda que será o centro do meu discurso dia 25 (hoje)". Obama chega a oferecer link para um vídeo-síntese do discurso. Seu marketing parece estar fazendo efeito. No e-mail do dia 21 enviado por um de seus adversários ferrenhos, o marqueteiro Republicano Dick Morris, a questão principal é “Será que o ‘centrista’ Obama vencerá?” Na verdade é um alerta para que os Republicanos não tentem fazer também um discurso ‘centrista’ – “se tentarem, Obama ficará mais 6 anos”. “Ao contrário”, continua Dick Morris, “se os Republicanos realçarem o seu contraste e se empenharem nas políticas conservadoras, nós vamos vencê-lo”.
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Um nome de destaque no marketing viral de Obama na sua campanha eleitoral foi a Blue State Digital, um nome importante nessa área. A BSD também foi contratada pelo PT para trabalho semelhante na campanha de Dilma 2010. Mas a empresa, que publicou em seu site notícia com o título “Em 2010, BSD ajudou a candidata Dilma Roussef a conectar-se com milhões de eleitores, consolidar a opinião pública e tornar-se a primeira presidente mulher do país” (In 2010, Blue State Digital helped Brazilian presidential candidate Dilma Rousseff to connect with millions of voters, solidify public opinion, and become the country’s first female president), acabou provocando, indiretamente, grande confusão no meio petista. A campanha virou finalista na categoria “criação de página de internet” em concurso internacional (a premiação é da revista americana ‘Campanhas e Eleições’, cujos vencedores serão conhecidos dia 4 de fevereiro) e a página oficial do PT deu essa notícia com destaque para a Blue State Digital. Acontece que nem tudo foi um mar de rosas entre os representantes da empresa americana e os marqueteiros virais brasileiros. Houve protesto junto à direção petista. Há quem diga até que Dilma sequer encontrou os gringos. Os profissionais brasileiros reclamam porque alguns dirigentes estariam valorizando demais os americanos (que realmente tiveram participação, mas que seria bem menor do que se imagina) sem reconhecer o amplo e excelente trabalho feito pela “prata da casa”. Certamente muitos terabytes ainda se chocarão na web por causa desse assunto. Mas no final os marines e nossos peles-vermelhas fumarão um cachimbo da paz virtual.

sábado, 1 de março de 2008

Primeira Dama?

Peguei esse texto de Lucas Mendes, no site da BBC, sobre a mulher de Barack Obama, Michele LaVaughn Robison Obama:
Damobama
Michele LaVaughn Robison Obama. Com este nome franco-africano Dama Obama, dia-a-dia mais primeira, é, como o marido, a realização de um sonho americano, mesmo sem chegar à Casa Branca. Nasceu na parte pobre de Chicago, filha de um funcionário público municipal que trabalhava do departamento de águas e teve distrofia muscular aos vinte, Michele cresceu num apartamento de um quarto com o irmão Craig, um atleta que conseguiu entrar em Princeton pela quadra de basquete. Apesar das limitações, era uma família unida, com uma mãe afetuosa e um pai que jamais levantou a voz com um deles. Bastava dizer: "você me decepcionou" e eles desmontavam. Michele, que não tinha um currículo acadêmico excepcional, também conseguiu entrar em Princeton e acha que foi mais pelo talento do irmão do que o programa de quota ação afirmativa para integração racial. Na universidade ela conta que nunca se sentiu tão negra. Cercou-se de amigas negras e freqüentava a o café Third World Campus, um ponto de encontro de várias raças e poucos brancos que preferiam os restaurantes e clubes mais tradicionais da universidade. Michele via na atitude deles a superioridade e a condescendência de quem dizia "você está aqui só pela cor". A tese de sociologia dela foi sobre esta experiência de ser negra numa das universidades mais exclusivas do país, mas ela não mostra nem fala sobre a tese. Diz que não se lembra direito. Conseguiu outra façanha acadêmica ao ser aceita na Faculdade de Direito de Harvard, aí sim, por notas e mérito, de onde saiu para uma firma de advogados poderosos de Chicago onde tinha um salário alto, mas se entediou com o departamento de direitos autorais. Lá conheceu um advogado novato que chegou com fama de gênio, também vindo de Harvard e foi incumbida de treiná-lo, mas depois de pouco tempo ele propôs que saíssem juntos. A princípio relutou e não estava tão impressionada com o gênio. No primeiro encontro foram para o porão de uma igreja onde Obama arregaçou as mangas e falou para grupo de pobres da vizinhança sobre "o mundo como é e como deveria ser". À noite e nos fins de semana ele era líder comunitário e Michele percebeu que estava diante de um homem diferente.
Depressão
Ela teve uma crise de depressão em 91 com a morte do pai e de uma das melhores amigas, deixou o emprego bem pago de advogada e foi trabalhar por muito menos para prefeitura de Chicago. Hoje ganha US$ 275 mil por ano como executiva de um hospital responsável por um programa que leva médicos para comunidades pobres. Quando Obama decidiu disputar a cadeira do senado em 2003 ela tentou fazê-lo mudar de idéia e estava cheia de dúvidas sobre a campanha presidencial, preocupada com a segurança do marido e com a fonte do dinheiro. Exigiu, entre outras coisas, que ele parasse de fumar. Michele não participa do debate sobre a plataforma política nem da estratégia da campanha, mas está sempre envolvida. Antes da primária de Iowa ela fez 33 discursos em 8 dias. O casal tem duas filhas de 6 e 9 anos e o senador abre a agenda para reuniões de pais na escola, shows, festas e aniversários das filhas. Diante de obamistas deslumbrados que vêm nele mais do que um homem, Michele cuida da humanização do marido: ele ronca, tem mau hálito de manhã, deixa meias espalhadas pela casa e a manteiga fora da geladeira. Com 1,80 m no salto alto, um corpo sólido sem gordura á vista, é uma mulher vistosa como dizem em certas partes do Brasil. Leva fama de mandona, mas, com mais de mil aparições públicas, recebeu poucas críticas. Uma quando perguntaram se apoiaria Hillary Clinton caso fosse a candidata do partido, Michele disse que precisaria pensar, mas depois disse que a resposta foi editada e que apoiara sem hesitar. A outra quando disse que "pela primeira vez na vida sentia orgulho do país". Esta, até hoje, ela e o marido estão tentando corrigir. E há uma outra correção que ela poderia ter feito com seu salário de US$ 275 mil e ainda há tempo: uma visita ao ortodontista.