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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Horário Eleitoral: fixação de marcas


Com o Horário Eleitoral Gratuito, as marcas de cada candidatura têm que mostrar a que vieram. Às vezes, elas são lançadas pra valer apenas no Horário Eleitoral. Outras vezes, é nesse momento que elas são divulgadas mais amplamente. Outras vezes ainda, é só aqui que elas são testadas para, no caso de desaprovação, serem trocadas.
A marca da campanha de Dilma já estava definida há muito tempo: é LULA. O que faltava era levá-la a um público maior, principalmente do segmento popular, menos alcançável pela mídia tradicional. A campanha espera que o conhecimento e a fixação dessa marca contribuam para a vitória definitiva de Dilma já no primeiro turno. É isso que o programa petista procura fazer repetidamente.
Serra, coitado, andava completamente perdido, sem saber o que fazer para enfrentar razoavelmente a marca LULA. Todos sabíamos que ele evitaria bater em Lula, mas não sabíamos como ele se apresentaria. Com o Horário Eleitoral, ficou definido: Serra é o candidato da SAÚDE. Alguns dizem que, com isso, parece que ele está se candidatando a Ministro da Saúde, mas é bobagem. É uma boa marca, agrada a um eleitorado importante que poderia mais facilmente assumir a candidatura Dilma.
Marina era outra marca óbvia, VERDE. Mas esperava-se que ela ganhasse mais cor. Puro daltonismo – ela ganhou um tom ainda mais esverdeado.
Plínio ninguém sabia que marca teria. Só se sabia que não seria aquela xaropada da Heloísa Helena. Com o Debate da Band, surgiu com força a indignação esquerdista com foco na REFORMA AGRÁRIA. Mas é bom ressaltar que sua mensagem ganhou a roupagem de um octogenário sem papas na língua, mas surpreendentemente bem humorado.
As marcas estão lançadas. O eleitor vai eleger a sua preferida.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Programas eleitorais do Rio: sem grandes novidades para o Governo, surpresas para o Senado


Sem dúvida, há uma grande diferença entre o programa eleitoral de Sérgio Cabral, PMDB, e os outros. É mais objetivo, mais informativo e ao mesmo tempo mais emocionante. Muito bem feito, tem o que mostrar. Desnecessária a velha viagem de van, semelhante à que foi usada em 2006, com Sérgio Cabral falando com o olhar perdido.
O programa de Gabeira, PV, é bonitinho, mas ordinário. Nada de concreto e objetivo para mostrar. As cenas de valas a céu aberto meio que “sujam” seu programa clean. O slogan “Gabeira é outra história” parece que deseja apresentar o Ex-Gabeira. As imagens com Gabeira atacando Renan Calheiros estão bem feitas, mas pra quê? Esse dedo em riste deu certo contra Severino Cavalcanti, mas depois ficou desmoralizado com o “escorregão ético” das passagens. Aliás, na época Severino Cavalcanti deu entrevista para o Blog do Mello: “Sabe o que acontece? Eu não gosto de pisar em ninguém que está por baixo. Ele agora está sendo humilhado por ele mesmo. Eu vou preferir deixar passar a pose dele, ele repor o dinheiro que recebeu...”
Fernando Peregrino, PR, candidato de Garotinho, fez um bom programa apresentando sua biografia, ao lado de figuras ilustres e em momentos importantes do nosso país. Mostrou que tem história e que não é apenas um pau mandado de Garotinho.
Jefferson Moura, do PSOL, foi melhor no debate da Band. A apresentação feita por Heloísa Helena era inteiramente dispensável.
Na disputa pelo Senado, de um lado estão os programas dos líderes nas pesquisas (Crivella, Cesar Maia, Lindberg e Picciani), do outro lado estão os outros.
Crivella, PRB, que já conta com o apoio da Record e da Igreja Universal, no programa (bem curto) conta com o apoio explícito e decisivo de Lula. Não é à toa que seu adversário peemedebista entrou na Justiça para impedir a participação lulista no programa peerrebista.
Cesar Maia, DEM, fez programa bonito, didático e com elementos visuais associados a elementos da internet – paixão do candidato.
Lindberg, PT, fez um programa bem cuidado, com um jeito bom de falar, com apoio explícito de Lula, mostrou a família – mas deixou a sensação de que ainda não começou. Deve melhorar bem.
Picciani, PMDB, foi o que mais surpreendeu. Programa bem feito, dinâmico, informativo, mostrando um Picciani atuante, desenvolto e contando com o forte apoio de Sérgio Cabral. Parecia programa de candidato executivo.
Ah, sim, teve também o programa de Marcelo Cerqueira, PPS, horroroso. Cheio de erros, inclusive de português, e com a cena lamentável do apoio de Fernando Henrique.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Entrego meu povo em suas mãos

A postagem anterior escrevi às 4,30h da manhã. Mas não postei antes porque tive que pegar a estrada. No caminho ouvi o primeiro Horário Eleitoral gratuito de rádio. Me pareceu covardia, a diferença é gritante. Não é que o programa de Serra tenha sido ruim - é que o programa de Dilma foi excepcional. Mais emocionante, mais criativo, bem melhor produzido. E aquela música simpática, reproduzindo o que seria uma despedida de Lula, entregando nas mãos de Dilma o destino de nosso povo, isso foi demais.
Vai ficar cada vez mais difícil para a Oposição.

Eleições 2010: começou a reta final


Tem gente que prefere dizer que a campanha está apenas começando. Não quero polêmica: está começando a última fase. Se o que aconteceu até agora, nos últimos 12 meses, não é campanha eleitoral, então é porque mudou de nome. Uma luta frenética com muitos avanços e recuos, alianças feitas, alianças rompidas, pesquisas, estudos minuciosos, passos dados com grande precisão, disfarces, sinais trocados, entrevistas, debates, discursos, sorrisos e caras fechadas – tudo que é possível fazer em uma disputa presidencial. Hoje começa o que é considerado a fase final, o período em que os candidatos, durante 45 dias, ocupam os principais horários das redes de rádio e televisão para, livremente, terem um contato mais direto com o eleitorado, mostrando com mais detalhes o que são, o que pretendem, o que representam, quem são seus aliados – sempre procurando ocupar (ou reforçar) uma posição única e positiva na mente do eleitor, aquela percepção capaz de garantir a sua vitória. Outras ações continuarão sendo realizadas, mas o Horário Eleitoral Gratuito tem peso muito grande.
Em uma campanha como essa, plebiscitária, em que temos, de um lado, uma candidata em ascensão permanente, representando a continuidade de um governo com 80% de aprovação e, de outro, um candidato em descensão permanente, representando um passado desaprovado, o Horário Eleitoral Gratuito assume o caráter de arma decisiva.
Dilma deve utilizá-lo para conquistar o eleitor que se encontra, nas pesquisas, na faixa do não-voto (branco, não sabe, indeciso, nulo), basicamente aquele que ainda não sabe que ela é a candidata de Lula. Tentará conquistar também o eleitor mais ou menos de Serra, aquele que nem sabe que Lula está apoiando alguém. Obviamente, usará o programa também para evitar perder eleitor para Serra – o que não será muito difícil, basta fazer um programa vitorioso, com muitas realizações e a emoção de Lula.
A Serra interessa igualmente tirar eleitor da faixa do não-voto e tirar votos da Dilma. Para isso, deverá fazer um programa igual ao de Dilma – com a diferença de não contar com Lula... Espera empurrar a eleição para o segundo turno e criar com isso clima de vitória para tentar reverter a tendência. Tarefa inglória. Esse pódio deve se definir no primeiro turno.