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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Morreu o Décio






Foto de Arnaldo Alves,
publicada no Globo

Quando li o seu Teoria da da Guerrilha Artística, acho que foi em 65 ou 66, no Correio da Manhã, se não me engano, minha cabeça revirou. Fiquei fascinado e ao mesmo tempo sem entender bem aquilo. Em 67, em Brasília, quando conheci o poeta Hugo Mund Jr., falamos muito sobre Décio Pignatari e sobre poesia concreta. Criei meu primeiro poema concreto, “Comunicação”, que publiquei no jornal da Universidade. Depois vieram “Blow up, Blow down”, “Olho por olho” e muitos outros, sempre com Décio e os irmãos Campos como principal referência. Já em São Paulo, em 68/69, quando estava na Veja, a presença da poesia concreta foi muito grande. Fizemos boas matérias mostrando o que havia de concreto no tropicalismo, que chegamos a chamar de movimento tropiconcreto. Lembro de uma vez entrevistando o Décio em seu apartamento nas Perdizes, ele falando da superioridade de Caetano sobre Chico como poeta, comparando Resnais e Godard e também mostrando com orgulho um pedaço de grade velha, enferrujada, que tinha na parede, com destaque, como se fosse uma grande obra de arte. Era um pedaço do túmulo do Mallarmé, que ele arrancou de lembrança durante viagem à Europa. Deve ter decidido devolver ao dono...
Uma perda imensa.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Samba da Cirrose


Comprei um mini digitalizador de fitas K-7 e fiz a festa aqui em casa. Jingles antigos, entrevistas, pesquisas, músicas – sempre que posso, estou no clima de digitalização de K-7.
Descobri uma música que o Cláudio Baltar me enviou, há mais de 20 anos. Na época, ele era meu concunhado e morava em Paris. Ele e uns amigos pegaram um de meus poemas, “Cirrose”, e musicaram. Chegaram a apresentar em emissoras de rádio da Europa (França? Holanda?). Achei que eles foram ousados em pôr música (usaram uma das etapas do poema como letra) nesse poema nada palatável. Mas adorei ouvir de novo. De ontem pra hoje, mostrei a várias pessoas.
O poema eu levei um ano e meio para concluir (comecei no Rio, continuei em Nova York e Colchester e terminei no Rio), apresenta a cirrose a partir de imagem, cor, som e texto, incluindo aí uma evolução de consoantes oclusivas surdas até vibrantes. Teve uma apresentação única com projeção de slides, efeitos sonoros e com declamação (?) de um grupo de estudantes de teatro do Rio (inclusive minha irmã, Carmem Gadelha). Lembro também que certa vez em “excursão poética” a Campos, em companhia do Affonso Romano de Sant'Anna, da Marina Colasanti e de Angela Melim, apresentei em uma faculdade e um professor pediu cópia para mostrar em suas aulas de microbiologia. Foi iniciado a partir da frase “a rosa com cirrose”, da música de Vinícius de Moraes. Faz parte do meu livro Onomatopoemas. Tentei pôr um visual na música que o Cláudio enviou, para o nosso domingo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um camelo pelas ruas egípcias: poema

Minha indignação também percorreu as imagens que vêm do Egito e fiz esse poema.


domingo, 8 de agosto de 2010

Elegia, Dia dos Pais

Escolhi como presente para mim, nesse Dia dos Pais, essa animação de um dos meus poemas, "ugas(mo" (do livro "Onomatopoemas", 1978), com a música "Elegia", de Péricles Cavalcanti e Augusto de Campos, sobre trecho de poema de John Donne, cantada por Caetano Veloso. Feliz Dia dos Pais.


domingo, 18 de abril de 2010

Domingo com Jaceguay Lins


Admirava o trabalho de Jaceguay Lins, apesar de pouco contato. Chegamos a conversar sobre fazer algo em parceria, minha poesia concreta e a musicalidade alucinada que ele tinha. Tomamos outros rumos, e quando voltei a me informar ele já tinha morrido. Peguei esse vídeo no YouTube para o domingo. Música do Lins, coreografia de Mercedes Beltrán, Luisa Matias Vilar, Enesdança 2008 - Cia Brasileira de Ballet.


domingo, 25 de outubro de 2009

Concreto: Décio Pignatari

Minha poesia é concreta. E fiquei muito feliz em voltar a assistir Décio Pignatari . 82 anos, pensamento de vanguarda. Mas se apresenta como jurássico.

domingo, 12 de agosto de 2007

Tropicália ou Panis et Circensis: quarenta anos depois, as pessoas da sala de jantar continuam ocupadas - não se sabe em quê

O movimento tropiconcreto - ou tropicalista - foi um dos movimentos mais fortes de nossa cultura, já falei isso. É louvável a homenagem no Museu de Arte Moderna, no Rio, até o dia 30 de setembro