quarta-feira, 22 de julho de 2009
Ainda sobre a candidatura Tarso
Sobre a postagem que fiz ontem, “Tarso contra a eleição plebiscitária de Lula?”, recebi um comentário com alguns pingos nos iis: “Gadelha, a diferença é que, enquanto o Tarso tem 40% de intenção de voto e o PT do RS sempre fez total oposição ao Governo Yeda, o Lindberg tem 5% e o PT carioca compõe o Governo do Sérgio Cabral. Espero que o Lindberg coloque-se no seu lugar”. É uma observação importante, porque tratei muito superficialmente da candidatura Tarso em si – estava mais preocupado com as possíveis desculpas para rompimentos da aliança PT-PMDB em vários estados, com reflexos na campanha presidencial. Claro que não dá para comparar nem candidaturas nem candidatos nos casos de Tarso e Lindberg. São projetos com histórias diferentes. O PT gaúcho já governou o estado uma vez (Olívio Dutra) e a capital 5 vezes (duas vezes, o próprio Tarso Genro), tem marca forte e alto índice nas pesquisas. No Rio a situação é bem diferente. O PT só governou o estado uma vez, durante 9 meses, quando Benedita da Silva ocupou a vaga deixada por Garotinho. Jamais conseguiu vencer na capital. Além disso, o governo peemedebista de Sérgio Cabral, que busca a reeleição, é forte aliado de Lula e do PT local. Lindberg sabe que não será candidato, mas tenta se cacifar para lances futuros, mesmo que seja à custa de ataques aos aliados. Não vai dar certo, claro. Mas significa mais uma pedra no caminho de Dilma, cuja vitória é o objetivo maior do partido. Talvez fosse o caso do próprio Tarso explicar para Lindberg a importância da aliança com o PMDB.
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