sexta-feira, 22 de março de 2013

2014 não está mais em pauta – o que está em pauta é 2018


Tucanos e campistas já perceberam que não têm como derrotar Dilma em 2014. A aprovação do governo está em alta, a economia começa a retomar um bom ritmo, os ganhos sociais crescem, a inflação está sob controle e o cenário externo, embora ainda carregue muitas incertezas, pode apresentar melhoras graças a alguma recuperação da economia americana. Além disso, tem o “fator máquina”, decisivo em qualquer eleição – e a “máquina federal” já começou a se movimentar rumo a 2014, para desespero das oposições.
Na verdade, os tucanos e campistas que em algum momento sonharam com vitória nas próximas eleições estão voltando ao projeto original, que era o de fazer bonito agora para se cacifar para 2018. Eles tinham começado tudo certo, ao procurar recompor uma forte aliança conservadora (que voltaria a unir também Nordeste e Sudeste) para enfrentar o governo de esquerda. Mas a disputa pela cabeça de chapa melou a aliança ainda no seu ninho. Em vez de somar, dividiram. E agora vão se engalfinhar para saber quem se sai melhor contra Dilma em 2014 – e com isso conquistar o título de melhor nome da oposição para a sucessão em 2018. Nessa disputa não conta apenas a eleição presidencial. Os governos estaduais e as vagas no Congresso e nas assembleias regionais serão disputados com unhas e dentes, porque essas conquistas é que darão mais gás para as eleições seguintes, principalmente considerando que Dilma não poderá se reeleger e o PT ainda não demonstrou ter escolhido o nome da sucessão. Por tudo isso, o melhor que os apressadinhos fazem é tomar um bom chá de camomila.