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domingo, 6 de dezembro de 2009

Ora, direis, ouvir a estrela... certo perdeste o "censo"



A política se move pela emoção, certo? E se consolida pela razão, certo? Talvez essa questão não seja política. Mas com certeza é uma questão do marketing político (se é que existe diferença). E é isso que está mobilizando milhares de eleitores petistas neste domingo, principalmente no Rio de Janeiro. O que é mais importante: garantir a continuidade do PT no poder nacional, mesmo que isso signifique fazer alianças com partidos “malvistos”? Ou defender a pureza partidária, mesmo que isso signifique perder o poder nacional duramente conquistado? Os defensores do Prefeito Lindberg, de Nova Iguaçu, argumentam que o PT não pode continuar se submetendo aos desmandos do PMDB fluminense. Outras lideranças locais (Bittar, Benedita, Molon, Cida, Gilberto Palmares, Adilson Pires, Waldeck, por exemplo) mais sintonizadas com o PT nacional argumentam que a aliança com o PMDB fluminense pode decidir a eleição de Dilma Roussef para a Presidência da República (o Rio de Janeiro tem o terceiro maior eleitorado do país). Colocada a questão dessa forma, parece que tudo se resume a uma luta de emoção contra razão. Mas a razão tem emoções que a própria emoção desconhece. O que há de fato é uma luta ardorosa pelo poder local, com vista à disputa pelo poder petista em nível nacional. Lindberg (ou Lindbergh) Farias de certa forma ainda é um outsider no PT. Projetou-se na UNE, filiou-se ao PCdoB (elegeu-se em 94 como o Deputado Federal mais votado da esquerda), passou (97) para o trotskista PSTU, sendo derrotado nas eleições de 2000, e apenas em 2001 aderiu à estrela. Em 2002, reelegeu-se Deputado. Em 2004, em aliança com o PSB, o PCdoB, o PSDB e o PFL (atual DEM), elegeu-se Prefeito de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense) e reelegeu-se em 2008, em aliança com PDT, PSB, PV, PCdoB, PTdoB, PR, PTB, PTN, PRB e DEM. Como se vê, o seu critério de aliança está longe de ser ideológico – o que está certo, do ponto de vista puramente eleitoral. Apesar de sua garra ter sido sempre bem-vinda no partido, sua ambição política criou certo desconforto entre os “petistas de origem”. Desconfia-se que ele esteja mais interessado em se fortalecer localmente (passando por cima de todos) para ganhar respeito e tornar-se estrela nacional. Não está inteiramente errado. Resta ao eleitor petista decidir se o projeto de Lindberg está ou não identificado com o projeto da estrela. É preciso definir o bom senso.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Domingo o PT faz a prova dos 9... que pode virar dos 13

á vimos aqui neste Blog que o PT é um partido diferente, que contabiliza seus votos internos de forma muitas vezes incompreensível para os pobres mortais que não brilham em sua constelação. O PED 2009 no Rio de Janeiro é uma prova real do que afirmo. Acabado o primeiro turno, todos os jornalistas somaram 2 mais 2 e deram como resultado vitória do candidato apoiado por Lindberg, Lourival Casula. Teve até quem argumentasse que três dos cinco candidatos do primeiro turno (Casula, Bismarck e Taffarel) agora estavam unidos, como se isso fosse garantia de vitória no segundo turno. Apenas um ledo engano a mais. Não me considero melhor do que ninguém no entendimento do PT. Mas andei xeretando daqui e dali e consegui informações importantes. Uma delas foi a de que a chapa “Um Partido Para Todos”, que apoiou Bismarck, tinha se dividido – o próprio Bismarck foi para um lado e Rodrigo Neves foi para o outro. Outra informação foi a de que a tendência “Mensagem”, que tinha entrado dividida no primeiro turno (“Mensagem - Voz Ativa no Rio de Janeiro” apoiou Luiz Sérgio e “Mensagem ao Partido” apoiou Waldeck), tinha se unificado em torno de Luiz Sérgio. Um diz-que-me-diz daqui, outro dali, me fizeram chegar à previsão de que Luiz Sérgio poderá vencer com uma diferença de 9 pontos. Veja o quadro abaixo (clique para ampliar) e no domingo faça a prova dos 13...



sábado, 22 de agosto de 2009

PT no Rio: Deputado Luiz Sérgio dá demonstração de força

Muitas vezes acho que o PT, em vez da estrela, deveria ter como símbolo uma interrogação. O que não deixa de ser bom, pode significar um partido sempre em transformação, superação. Mas no dia-a-dia isso parece representar eternas dores de cabeça, porque para quem está de fora é difícil entender o que está acontecendo. Veja agora esse caso do Rio de Janeiro, onde se decide ao mesmo tempo a nova direção partidária e fazer ou não fazer aliança com a candidatura peemedebista do Governador Sérgio Cabral. O Prefeito Lindberg, que tenta impor sua própria candidatura, mobiliza mundos e fundos para tentar derrotar a proposta de aliança da Direção Nacional do PT. Apesar dos mundos e fundos, não será uma tarefa fácil para o Prefeito de Nova Iguaçu. Ocupa a mídia diariamente apregoando que sua candidatura ao Governo do Rio é "irrevogável" (epa!) e bate de frente com os nomes eleitoral e politicamente mais viáveis da sigla petista. Contra a proposta de aliança da atual direção, decidiu apoiar alguns nomes para enfrentar a candidatura do Deputado Federal Luiz Sérgio à Presidência Regional do partido. O PED (Processo de Eleição Direta) do PT ocorrerá em novembro e, no Rio, os diversos grupos se unem e se separam basicamente em torno de 5 candidatos a Presidente. Pelo que apurei, entrevistando e conversando com representantes de diversas tendências, o Deputado Luiz Sérgio já deve contar com algo entre 50% e 55% do eleitorado. Outros 45%-40% estão distribuídos entre as candidaturas de Lourival Casula, Bismark Alcântara, Vereador (de Niterói) Waldeck Carneiro e Vereador (de Mesquita) Taffarel. O curioso é que, a acreditar no que alega Lindberg, 65% dos futuros congressistas já teriam abraçado sua proposta de não-aliança - mas o seu candidato preferido, Casula, parece estar longe de chegar aos 30%. Ontem fui convidado para o lançamento da candidatura Luiz Sérgio. Não gosto de comparecer a eventos partidários, mas dessa vez fiquei bastante interessado em ir ao auditório da ABI - Associação Brasileira de Imprensa. Infelizmente não foi possível. Recebi relato do evento que me deixou muito impressionado pela grandeza e demonstração de força do Deputado Luiz Sérgio. Entre os presentes no vai-vem da mesa, além do candidato, foi possível identificar Gilberto Palmares (Deputado Estadual), Inês Pandeló (Deputada Estadual), Benedita da Silva (Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio), Arthur Garcia (Prefeito de Santa Maria Madalena), Alberto Cantalice (Pres. do PT-RJ), Darby Igayara (pres. CUT-RJ), Jorge Mario (Prefeito de Teresópolis), Reimont (Vereador da cidade do Rio), Paulo Mustrangi (Prefeito de Petrópolis), Jorge Bittar (Secretário de Habitação da cidade do Rio), José Eduardo Dutra (candidato a Presidente Nacional do PT), Alberes Lima (Presidente do PT da cidade do Rio), Marcelo Zelão (Prefeito de Silva Jardim), Professor Tarcísio (Prefeito de Paracambi), Marilene Ramos (Secretária Estadual de Ambiente), José Mentor (Deputado Federal-SP), João Paulo Cunha (Deputado Federal-SP e ex-Presidente da Câmara dos Deputados), Paulo Rocha (Deputado Federal-PA), Marco Maia (Deputado Federal-RS e Vice-Presidente da Câmara dos Deputados), Marcelo Costa (Secretário de Desenvolvimento Econômico Solidário da cidade do Rio), Graça Foster (Diretora de Gás e Energia da Petrobras).