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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Esse papo do Papa não agradou nem à Mônica...


O Papa não é pop, mas é esperto. Resolveu pegar carona no sucesso de Lula e do Brasil para também se projetar no cenário internacional. Alguém tem dúvida de que dar pitaco na eleição brasileira significa garantia de projeção imediata? O Papa também procurou com seu discurso do aborto desviar a Igreja Católica das manchetes da pedofilia e dos escândalos financeiros para buscar uma agenda de “defesa da vida”. Ao mesmo tempo Bento 16 tratou de dar uma força à sua turma ultraconservadora na luta com os evangélicos pentecostais para saber quem é mais medieval. O Papa sabe muito bem que seu discurso eleitoral não vai alterar uma vírgula o resultado do dia 31. O que ele quer é se dar bem, não importa quem vença. Se ele quisesse interferir pra valer no resultado, teria apontado diretamente para o papo da Mônica. Cruz credo!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

No pasarán!


Os Cavaleiros do Atraso colocaram as Trevas em pauta. Aborto ou não aborto. Homossexualismo ou não homossexualismo. Moralismo ou não moralismo. Tentam iludir, procuram tirar proveito da boa-fé do nosso povo. Querem a qualquer custo retomar o poder para levar o Brasil de volta aos períodos pré-Lula, com altíssima desigualdade social, injustiça, desemprego, baixa renda, subserviência internacional, portas escancaradas para privatizações e todo o fundamentalismo neoliberal.
Não podemos cair nessa armadilha. Nossa pauta é de um novo Brasil, com milhões de novos empregos, milhões saindo da pobreza, milhões transformados em classe média, avanço social e econômico. Nosso país ganhou respeito, é referência internacional, está a caminho de transformar-se na quinta economia mundial. Vamos enfrentar os profetas da escuridão com a alegria dessa nova sociedade. Povo na rua. Disposição para vencer. Eles querem de volta o Apocalipse, querem abortar nossas conquistas - mas no abortarán!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sérgio Cabral fez bem em abortar sua idéia de aborto nas favelas

Desde que foi eleito, o Governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), tem feito um excelente trabalho de reposicionamento de sua imagem. Ele venceu a eleição de 2008, principalmente, conquistanto votos das faixas pais pobres. No primeiro turno, chegou a perder na Capital para a candidata da classe média conservadora (Denise Frossard, PPS), e tinha tudo para ser estimatizado como apenas mais um populista. Depois da posse, começou a agir de modo a conquistar a faixa do eleitorado arredia. Mostrou firmeza na questão da segurança, com uma política diferenciada e de resultados. Teve coragem de colocar em pauta questões polêmicas (com enfoque que eu, em alguns casos, discordo), como a descriminalização da maconha, a redução da maioridade penal e o aborto. E soube como ninguém conquistar a simpatia do Governo Federal, atraindo para o estado recursos nunca antes vistos. O resultado já se vê nas pesquisas de opinião pública, onde seu governo é amplamente aprovado. Embalado por tantos sucessos, ele se descuidou e teria dado uma declaração completamente fora de propósito. Teria defendido o aborto com a justificativa de que as altas taxas de natalidade em localidades como a favela da Rocinha geram “fábricas de marginais”. O problema é que esse pensamento, além de desagradar as camadas mais pobres, não consegue agradar a maioria dos conservadores. É verdade que há muita gente defendendo a redução das taxas de natalidade como método de redução da criminalidade - mas não através do aborto. Aliás, o jornal O Globo, porta-voz conservador, opina nesse sentido: "Pode-se concordar ou discordar da defesa feita da legalização do aborto pelo governador Sérgio Cabral. Mas é irrefutável que, por falta de um programa sério de planejamento familiar, as camadas pobres da população converteram-se numa fábrica de reposição de mão-de-obra para o exército da criminalidade". Agora Sérgio Cabral está consertando suas declarações. Faz bem. Ele está fazendo um bom governo e não precisa ir com tanta sede ao pote do conservadorismo mais retrógrado.

domingo, 30 de setembro de 2007

Conservadores americanos ameaçam lançar um terceiro partido

Dificilmente a ameaça se concretizará, mas aumenta o número de cristãos conservadores horrorizados com a possibilidade de Rudy Giuliani ser o indicado do Partido Republicano para disputar as eleições presidenciais de 2008. E a questão principal estaria na sua defesa do aborto. O que é inadmissível para um Republicano. Leia mais no New York Times.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Habemus Papo II: o aborto e a escolha de Sofia

A elevação do tom na discussão sobre o aborto foi altamente planejado pela Igreja. Não bastava a criação do santo brasileiro - que serve para motivar os atuais fiéis e impedir sua fuga para outras religiões. O santo recém criado acrescenta pouco em novas conquistas. Era preciso algo mais forte e com profunda inserção política, algo polêmico e ecumênico. A discussão sobre o aborto cabia como uma luva. O surgimento inesperado, com um tom elevado além do normal, parece obviamente extemporâneo. Mas pôde ser bem incorporado à viagem papal, conferindo-lhe mais conteúdo. É um dogma mais forte do que o celibato dos padres ou o sexo somente após o casamento. Mais: mobiliza todas as religiões. Mais ainda: é um tema de paixões, de "ame ou odeie", sem grandes espaços para justificativas racionais convincentes. Recolocando esse dogma em questão, a Igreja Católica reforça seu posicionamento como verdadeira Guardiã da Verdade, aquela que conhece o verdadeiro caminho da salvação. Para fazer o jogo e entrar na discussão, quero dizer que eu, pessoalmente, como Lula, sou contra o aborto. Mas por outro lado acho que a realidade é bem mais complexa do que apregoam as vãs filosofias dessas religiões, com suas visôes simplistas e dogmáticas. Ao ameçar com o fogo do inferno a mulher que pratica o aborto e o cirurgião que a auxilia, a Igreja está lançando seus fiéis, na maioria pobres, num beco sem saída. Como, apenas como exemplo, tapar os olhos para os 10 milhões de crianças que morrem anualmente antes de atingirem 5 anos de idade? Nesse mundo de matança, como evitar os sofrimentos de mães e pais impotentes na busca de uma vida digna para seus filhos? Entre fazer um aborto e conduzir o recém-nascido para um mundo de sofrimento e morte prematura, qual a escolha certa, menos cruel? É uma "escolha de Sofia", onde não há escolha certa - só existe a exigência de escolher.